PSICOLOGIA
TRANSPESSOAL UMA QUARTA FORÇA EM PSICOLOGIA
Se a Psicologia Humanista
agregou importantes conquistas para o conhecimento em torno do ser, faltava ainda
integrar a sua dimensão espiritual para tornar a análise mais completa. Isso ocorreu
logo após, com a constituição da Psicologia transpessoal ou Quarta Força. O próprio
Maslow, no livro Introdução à Psicologia
do Ser, no seu prefácio, precursor das duas correntes, considerou o
seguinte:
“Devo também dizer que considero a Psicologia humanista, ou Terceira
Força da Psicologia, apenas transitória, uma preparação para uma Quarta
Psicologia ainda “mais elevada”, transpessoal, transumana, centrada mais no
cosmo do que nas necessidades e interesses humanos, indo além do humanismo, da
identidade, da individuação...”
Apoiando-se na valiosa
contribuição da ancestralidade orientaI em torno do ser espiritual, a Quarta
Força estruturou-se oficialmente a partir do ano de 1968, nos Estados Unidos,
tendo como fundadores: Abraham Maslow, Viktor Frankl, Stanislav Grof, Antony
Sutich e James Fadiman. Certamente outros teóricos já haviam lançado as bases
para que a Psicologia transpessoal viesse a se constituir, tais quais: Fritjof
Capra, Carl G.Jung, Pierre Weil e Roberto Assagiogli, dentre outros.
O campo de atuação da
Psicologia transpessoal é definido por Pierre Weil, no seu livro, A Morte da Morte, p. 55, da seguinte
forma:
“(...)
trata do estudo de consciência em que se dissolve a aparente fronteira entre o “eu”
e o mundo exterior, em que desaparece o que chamamos de pessoa e surge uma vivência
que está além. Daí vem a designação “transpessoal”, já utilizada por C.G. Jung
em sua obra, tendo o termo “Psicologia transpessoal” sido oficialmente adotado
nos Estados Unidos em meados de 1969.”
Verificamos nesse aspecto a importância
do caminhar da Psicologia até aquele momento, em especial quando Freud e Jung
conseguiram romper o campo de observação para além das fronteiras do ego,
estabelecendo os pródromos de uma análise transpessoal. Na condição de um dos
seus fundadores, Stanislav Grof considera que:
“(...) A nova ênfase residia no reconhecimento da espiritualidade e das
necessidades transcendentais como aspectos intrínsecos da natureza humana e no
direito de cada individuo escolher ou mudar seu caminho. Muitos renomados psicólogos
humanistas mostraram crescente interesse
por várias áreas, antes negligenciadas, e por tópicos de psicologia como experiências
místicas, transcendência, êxtase, consciência cósmica, teoria e prática da meditação
ou sinergia interespécie e interindividual.” (Emergencia Espiritual: Crise e Transformação Espiritual p.138).
A integração da dimensão
espiritual possibilita um enorme avanço da Psicologia em direção à essência do
ser, que preexiste e sobrevive à morte. Além disso, as experiências místicas e mediúnicas
deixam de ser consideradas patológicas por natureza, e revelam novas formas de perceber
a vida e se relacionar com o mundo, nesta e em outras dimensões, condições intrínsecas
ao Espírito que somos.
Com o advento da Psicologia
transpessoal, portanto, diversos temas e conceitos passaram a ser mais
amplamente discutidos, possibilitando a sua desmistificação. Dentre eles
destacamos:
- A dimensão espiritual do
ser, antes atributo exclusivo das religiões;
- os estados alterados de consciência;
- os níveis de consciência,
partindo do estado de “sono” até à consciência cósmica;
- experiências de vidas
passadas;
- experiências de Quase
Morte;
- fenômenos mediúnicos enquanto
manifestação de diferentes estados do ser, e não mais como patologia.
Final d texto, porém o cap.7 , DA
PSICOLOGIA HUMANISTA À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; a 3ª e a 4ª FORÇAS EM
PSICOLOGIA, escrita por Claudio Sinoti,no livro REFLETINDO A ALMA, continuará na próxima postagem.
Postado dia 29/10/13.
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