terça-feira, 29 de outubro de 2013


PSICOLOGIA TRANSPESSOAL UMA QUARTA FORÇA EM PSICOLOGIA

Se a Psicologia Humanista agregou importantes conquistas para o conhecimento em torno do ser, faltava ainda integrar a sua dimensão espiritual para tornar a análise mais completa. Isso ocorreu logo após, com a constituição da Psicologia transpessoal ou Quarta Força. O próprio Maslow, no livro Introdução à Psicologia do Ser, no seu prefácio, precursor das duas correntes, considerou o seguinte:
Devo também dizer que considero a Psicologia humanista, ou Terceira Força da Psicologia, apenas transitória, uma preparação para uma Quarta Psicologia ainda “mais elevada”, transpessoal, transumana, centrada mais no cosmo do que nas necessidades e interesses humanos, indo além do humanismo, da identidade, da individuação...”
Apoiando-se na valiosa contribuição da ancestralidade orientaI em torno do ser espiritual, a Quarta Força estruturou-se oficialmente a partir do ano de 1968, nos Estados Unidos, tendo como fundadores: Abraham Maslow, Viktor Frankl, Stanislav Grof, Antony Sutich e James Fadiman. Certamente outros teóricos já haviam lançado as bases para que a Psicologia transpessoal viesse a se constituir, tais quais: Fritjof Capra, Carl G.Jung, Pierre Weil e Roberto Assagiogli, dentre outros.
O campo de atuação da Psicologia transpessoal é definido por Pierre Weil, no seu livro, A Morte da Morte, p. 55, da seguinte forma:
“(...) trata do estudo de consciência em que se dissolve a aparente fronteira entre o “eu” e o mundo exterior, em que desaparece o que chamamos de pessoa e surge uma vivência que está além. Daí vem a designação “transpessoal”, já utilizada por C.G. Jung em sua obra, tendo o termo “Psicologia transpessoal” sido oficialmente adotado nos Estados Unidos em meados de 1969.”
Verificamos nesse aspecto a importância do caminhar da Psicologia até aquele momento, em especial quando Freud e Jung conseguiram romper o campo de observação para além das fronteiras do ego, estabelecendo os pródromos de uma análise transpessoal. Na condição de um dos seus fundadores, Stanislav Grof considera que:
“(...) A nova ênfase residia no reconhecimento da espiritualidade e das necessidades transcendentais como aspectos intrínsecos da natureza humana e no direito de cada individuo escolher ou mudar seu caminho. Muitos renomados psicólogos humanistas  mostraram crescente interesse por várias áreas, antes negligenciadas, e por tópicos de psicologia como experiências místicas, transcendência, êxtase, consciência cósmica, teoria e prática da meditação ou sinergia interespécie e interindividual.” (Emergencia Espiritual: Crise e Transformação Espiritual p.138).
A integração da dimensão espiritual possibilita um enorme avanço da Psicologia em direção à essência do ser, que preexiste e sobrevive à morte. Além disso, as experiências místicas e mediúnicas deixam de ser consideradas patológicas por natureza, e revelam novas formas de perceber a vida e se relacionar com o mundo, nesta e em outras dimensões, condições intrínsecas ao Espírito que somos.
Com o advento da Psicologia transpessoal, portanto, diversos temas e conceitos passaram a ser mais amplamente discutidos, possibilitando a sua desmistificação. Dentre eles destacamos:
- A dimensão espiritual do ser, antes atributo exclusivo das religiões;
- os estados alterados de consciência;
- os níveis de consciência, partindo do estado de “sono” até à consciência cósmica;
- experiências de vidas passadas;
- experiências de Quase Morte;
- fenômenos mediúnicos enquanto manifestação de diferentes estados do ser, e não mais como patologia.
Final d texto, porém o cap.7 , DA PSICOLOGIA HUMANISTA À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; a 3ª e a 4ª FORÇAS EM PSICOLOGIA, escrita por Claudio Sinoti,no livro  REFLETINDO A ALMA, continuará na próxima postagem. Postado dia 29/10/13.

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