domingo, 31 de dezembro de 2017



“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
TUA CONTRIBUIÇÃO

RECONHECES AS DIFICULDADES QUE crescem em todos os seguimentos da sociedade moderna, convidando à reflexão e ao equilíbrio.

Distúrbios de todo tipo invadem a Terra, arrebanhando as multidões sem valores morais elevados, que se permitem anestesiar pelas influencias doentias, intoxicando-se, alucinando-se.

Belas construções do amor, de um para outro momento ruem, reduzindo-se a escombros ameaçadores.

Pessoas idealistas que, em um momento, se dedicavam aos trabalhos do bem com entusiasmo, inesperadamente mudam de comportamento, apresentando-se perturbadas ou deprimidas, agressivas ou queixosas de todas as demais...

Núcleos de iluminação espiritual multiplicam-se e surgem líderes carismáticos atraindo grande numero de interessados, que logo se desencantam com as suas façanhas verbais ante os exemplos infelizes que se permitem no comportamento individual.

Vês o caminhar dos vencedores de um dia, rapidamente esquecidos e substituídos por outros mais audaciosos e impudicos, desaparecendo do cenário onde desempenharam papel de grandiosidade e foram quase deuses...

Porque segues Jesus com dedicação, és criticado pelos ociosos, que se permitem o luxo de ficar nos gabinetes censurando os que estão lutando no cotidiano, porque não se encoragem de enfrentar os combates corpo a corpo das necessidades evolutivas.

Se te cuidas, para não pareceres negligente ou irresponsável, és taxado de vaidoso e prepotente.

Se te apresentas com simplicidade, censuram-te e acusam-te de hipocrisia, porque a verdadeira humildade não está na aparência, mas no interior.

Já que continuas fiel ao compromisso que abraças desde quando o Senhor te chamou para o Seu serviço, ironizam-te, apodam-te de desfrutador e oportunista.

Como não dás importância aos seus atentados contra a tua honorabilidade, mais te detestam, porque desejariam que parasses, para que pudessem demonstrar que não era legítimo o teu devotamento.

Muitos companheiros esperavam e desejavam a tua desistência das lutas e obstáculos que te colocam à frente, mas, porque continuas destemido, caluniam-te e zombam da tua constância no bem.

Não se refere somente a ti, mas a todos que não se submetem aos seus padrões de exigências, aos valores que se atribuem, ao zelo hipócrita que se permitem pelo ideal que dizem abraçar.

Aqueles que já desencarnaram e hoje são elogiados, não ficaram livres das mesmas acusações que hoje lançam contra ti e outros mais, levando-os às lágrimas e à terrível solidão.

Eles não se abateram quando foram perseguidos e maltratados porque estavam servindo a Jesus sem o aplauso do mundo.

A competição da inveja é esclarecedora e sem qualquer honorabilidade.

Faz tudo para chamar a atenção sobre si, ainda que seja por envenenar aqueles a quem detesta.
Permanece assim, exatamente como estás...


Jesus não passou indene a esses fariseus que, no Seu tempo, eram da mesma forma pusilânimes, travestidos de honoráveis e preservadores da fé herdada de Moisés...

Segue em direção ao Calvário alegre, pois necessitas de esquecer-te de ti mesmo, para pensar, divulgar e viver Jesus.

Não temas já que somente após a crucificação, é que ressuscitarás em luz.

Os cristãos primitivos davam a vida pela honra de conhecer o Senhor a quem amavam.

Todos os sofrimentos imagináveis foram infligidos, e eles mantiveram-se alegres e fiéis.

A tua contribuição é o exemplo de coragem e de compaixão para com eles, que deves oferecer em qualquer situação.

Desse modo, alegra-te sempre quando fores mal interpretado por amigos ou companheiros de luta, permitindo-lhes a conduta infeliz e a ti exigindo sempre a transformação para melhor em toda e qualquer circunstancia.

A grande noite moral que se abate sobre a Terra foi anunciada por Jesus e confirmada por Allan Kardec, que a todos convidaram a refletir em torno da transitoriedade do período mais difícil.

Trabalha com entusiasmo, com equilíbrio e sem aflição, com a certeza de que cabe ao Senhor a tarefa que não podes realizar, mantendo-te nos limites das tuas forças e possibilidades. Mas não esqueças, da autoiluminação, durante o esforço de auxiliar o próximo e de construir uma nova mentalidade entre as criaturas humanas.

“Do que vale salvar o mundo e perder a alma?” – perguntou Jesus aos Seus discípulos, ensinando que o autoamor é  muito importante na execução da tarefa espiritual na Terra.

É fácil abraçar uma causa meritória por curto período de tempo. Mas, continuar, com fidelidade através dos anos até o fim da vida é mais difícil, constituindo desafio ser o mesmo no inverno dos testemunhos, na primavera dos sorrisos, no verão das realizações,  no outono dos desencantos...

Se cada servidor do evangelho se preocupasse em fazer bem a sua parte, seria mais fácil instalar o reino dos céus na Terra sofrida.

Portanto, não te alegres, ante o aplauso, que pode se transformar em pedradas, nem desanimes ante os apedrejamentos, que podem se transformar em futuras ofertas de flores de alegria...

Tudo passa com rapidez no mundo dos sentidos físicos, permanecendo somente o amor e o bem que se possa viver.

A tua hora é esta. Não foi ontem, nem  será amanhã.

Hoje é o teu dia de renovação e de construção da futura harmonia.

Continua capinando o teu jardim, dele arrancando as ervas más que medram com facilidade e plantando o trigo bom que se converterá em pão.

O Senhor espera por ti...

Não te detenhas pelo caminho em atodefesas, em autojustificações nem em recriminações.

A tua contribuição é o amor incessante na seara em que te movimentas ou mourejas.

   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 31/l2/2017.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017


“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
A SUBLIME CANÇÃO

Ouviste a melodia da sublime canção que vem, desde a dois mil anos, fixando nas mentes e nos corações a mensagem de libertação que o evangelho proporciona.

O doce canto de Jesus  conseguiu atravessar os tempos e continuar fascinando as vidas que se Lhe entregaram em total oferta, anelando por permanecer diante do seu autor.

Cada frase rica de luz penetra os sentimentos humanos e desencarcera-os das malhas grosseiras das trevas da ignorância multimilenar, ofertando liberdade e vida.

Os textos encantadores que falam de parábolas portadoras de incomparável conteúdo relatam os milagres operados pelo amor, encantando os seres que aspiram por beleza e anseiam pela plenitude da imortalidade.

São narrados com ternura e ouvidos com unção, abordando o sofrimento da ovelha perdida e do seu pastor, a angustia da mulher que também perdeu uma dracma, o padecimento do genitor abandonado pelo filho ingrato e o seu arrependimento, a generosidade do homem de Samaria que encontrou o judeu caído e deixado na estrada, a ansiedade das virgens loucas e a da tranquilidade das prudentes, o desgosto do rico perdulário e a harmonia do pobre Lázaro...

Jamais se haviam escutado canções como essas e acompanhado a modulação de voz do seu cantor como Ele o conseguiu fazer.

Por isso mesmo, toda essa musicalidade permaneceu insuperável, vencendo os séculos e enriquecendo-os de esperança e de harmonia, mesmo quando a noite medieval tentou obscurecer-lhe a encantadora magia.

Aqueles que ofertaram a própria vida ao ministério de permanecer ouvindo-as e vivenciando-lhes os delicados harpejos puderam resistir à opressão da loucura de cada época, à crueldade dos surdos em relação à verdade, entregando-se ao holocausto, cantando-as todas sob suplícios inenarráveis, ansiosos pelo momento de voltarem a ouvir o seu Cantor...

A sinfonia das bem-aventuranças permaneceu inconclusa, porque somente a poderiam completar aqueles que ultrapassassem os ritmos de cada canto na partitura existencial terrestre...E isso ocorreu, a partir do martirologio que escreveu na mesma página, que seriam ditosos aqueles que amassem até o sacrifício da própria existência...

E não foram poucos os poemas que nasceram entre as labaredas fumegantes que os devoraram, ou os punhais que lhes dilaceraram as carnes em forma de dentes dos animais selvagens ou dos instrumentos destrutivos habilmente manipulados por gladiadores insensíveis, a soldo da obsessão coletiva que tomou conta dos três primeiros séculos de expansão da musicalidade ímpar.

A glória da imortalidade apresentada na ressurreição do Mestre compositor transformou-se no conserto final da epopeia musical da Sua mensagem.

A canção continua ainda vibrando no ar da atualidade, modulada por incontáveis Espíritos que lhe sentem saudades e necessitam da sua harmonia a fim de prosseguirem na indumentária material.


Se te encontras desiludido e magoado com os desafios da existência corporal, para um pouco na corrida do desencanto a que te entregas e ouve a música sem par do evangelho de Jesus.

Se experimentas angustia profunda e estás a ponto de desistir da jornada, diante dos problemas e sofrimentos que te assinalam a marcha, permite-te um momento de reflexão ouvindo um trecho da sinfonia das bem-aventuranças.

Se sofres o apodo e a perseguição gratuita ou não dos adversários de ocasião, renova-te ao compasso rítmico das parábolas portadoras de profundos ensinamentos, que foram cantadas aos ouvidos dos tempos, a fim de alcançar-te hoje acústica da alma.

Se enfermidades atrozes roubam-te as energias e pensas que não disporás de forças para suportar o testemunho, acompanha mentalmente o ritmo do Cantor no horto das Oliveiras, naquela noite tenebrosa de traição e de infelizes golpes, iniciando a tragédia que culminou no Gólgota.

Se sentes solidão e abandono, caminhando em pleno deserto, evoca os formosos staccatos no grande concerto que o Mestre regia sempre diante da multidão em sofrimento, partindo depois para a reflexão e o encontro com o Pai, distante de todos, a sós, e em oração.

Se te sentes excluído do grupo social em que te movimentas como consequência da tua eleição espiritual, evoca a franze musical a respeito daqueles que devem perseverar até o fim, quando se encontrarão em paz.

Em qualquer situação, onde estejas e conforme te encontres, sob chuvas de desrespeitos e açoites de incompreensões, tropeçando e caindo, fixa o pensamento na mensagem que se faz refrão na canção incomum, quando se refere que no mundo somente teremos aflições...

Impregnado dos acordes maviosos, torna-te, por tua vez, um cantor, modesto que seja, ampliando a música da alegria de viver por toda parte, a fim de que outros que se encontram aturdidos e inquietos possam acalmar as ansiedades, renovar as expectativas de felicidade, avançando na direção da melodia que verte do Alto e é conduzida pelos músicos espirituais encarregados de mantê-la viva e pulsante na Terra sofrida destes dias difíceis.

Nunca te permitas a surdez e a indiferença ao sublime canto.

Aproveita o dia de luz enquanto transitas na roupagem carnal, contribuindo com o teu esforço em favor do  movimento sinfônico do evangelho restaurado pelos imortais, trazendo de volta o inolvidável Cantor.

Enxuga, portanto, o suor e as lágrimas, no lenço da alegria de viver, da oportunidade que desfrutas, e nunca te permitas o desfalecimento.

As dificuldades de hoje se tornarão os sorrisos de amanhã.

As expectativas de agora se converterão na realidade de logo mais.

O certo é que nunca mais alguém pôde como Ele cantar o reino dos céus e sua justiça, a conquista da felicidade e do bem-estar, conforme o fez.

Não te consideres deserdado do Seu amor, porque Ele te deixou a harmonia da mensagem para que te nutras com as suas vibrações, avançando, sorrindo e confiando, sem cessar, no grande final.

Lentamente, enquanto amanhece a era nova, o divino canto emociona o mundo sofrido e as vidas estioladas, enfraquecidas, fragilizadas, proporcionando-lhes renovação e estímulo para que prossigam todos os indivíduos no bom combate.

Onde quer que te apresentes, canta sempre a abertura da suave e doce canção: Paz seja convosco! E faze-te, por tua vez, também cantor da iluminação de todos os seres, pois que, para isso, estás convidado...    

   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 22/l2/2017.

sábado, 16 de dezembro de 2017



“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
DIGNIDADE MORAL
Vivemos hoje, na Terra, o momento culminante da perda do senso moral a benefício da vulgaridade e do prazer enganoso.

Depois das visíveis conquistas da inteligência, o homem perde-se, não mais deslumbrado das glórias e expressões do macro e do microcosmo, mas nos estímulos perturbadores dos gozos passageiros, que gostaria de torna-los permanentes.

Luta-se, quase em loucura, para a conquista de recursos legais ou não, para participar-se do banquete do desperdício e da luxúria, da disputa entre os egos auto fascinados, utilizando-se de qualquer métodos que confiram a vitória, sem consideração pela ética do comportamento.

Nesse combate, existem exceções que  mantém as heranças ancestrais do dever e da dignidade moral, pagando o  tributo da zombaria dos frívolos e do desrespeito dos alucinados.

Parece predominar em conspiração generalizada contra a dignidade moral que é a base da sociedade próspera e feliz.

Os altos índices de corrupção nas diversas áreas de atividades públicas e privadas são assustadores, porém mais graves são a indiferença com que os extravagantes, depois de denunciados, continuam no convívio social criando leis e administrando os bens conseguidos de maneira indigna, como se fossem verdadeiros e honestos cidadãos.

Há momentos difíceis para discernir ente o certo e o errado, a desonra e a moralidade, ante o amontoado de justificativas para as condutas esdruxulas e incorretas que adquirem respeitabilidade, zombando dos princípios morais de todos os tempos.

O materialismo disfarçado em denominações religiosas que se satisfazem em trabalhar pelos valores da Terra em prejuízo dos do reino dos céus, conforme as sublimes propostas de Jesus, em nome de Quem esses pastores dizem estar a serviço.

As mensagens do mundo espiritual avolumam-se em convites honrosos a todos, para que despertem e alterem a compreensão dos fenômenos da vida, com comportamento compatível com a ordem e o progresso.

Estudos importantes e profundos em várias áreas do conhecimento psicológico e sociológico demonstram que o bem é bom para quem o pratica, e que a verdadeira conquista da saúde começa no pensamento equilibrado, exteriorizando-se como alegria e bem-estar, que superam as situações perturbadoras da caminhada evolutiva.

Nunca foram apresentados os excelentes resultados de pesquisas acadêmicas, demonstrando o alto significado do amor, da gratidão, do perdão, na construção do ser integral, como nestes dias conflitivos. Mas, o volume de convites ao erotismo e à violência sombreia as luzes libertadoras, gerando desconforto e tormento emocional.

Isso porque o ser humano que investiga se é possível a vida além da Terra não aprendeu ainda a viver no formoso planeta que o agasalha, servindo-lhe de escola de sublimação.

Indispensável e urgente é o investimento da dignidade em todos os comportamentos humanos.


Evita o tumulto das novidades perturbadoras.
Harmoniza-te, para que não sejas arrebatado pela ilusão de estar presente em todo lugar ao mesmo tempo, fruindo somente prazeres, possuindo os equipamentos mais recentes, logo  ultrapassados por outros mais complexos, mas incapazes, de proporcionar-te a harmonia interior.

Essa correria insensata para conquistar instrumentos de utilidade tecnológica e virtual esconde, a fuga psicológica do indivíduo que não se encoraja a viajar para dentro, buscando descobrir as raízes dos conflitos que o aturdem, escondendo-se sob a tirania das máquinas que lhe permitem comunicação com o mundo e todos quantos deseje, sem conseguirem a autorrealização no seu possuidor.

O encantamento pela posse, para estar atualizado, resulta dos medos internos, dos tormentos pessoais e da imaginação exacerbada pela propaganda muito bem dirigida, que embeleza as paixões morais, encobrindo a claridade da razão com as sombras dos gozos fugidios.

Ninguém pode viver em paz interior, sem a consciência do dever retamente cumprido. Após anestesiar-se a consciência por algum tempo, ela desperta, gerando culpa e necessidade de corrigenda por meio de punições.

Surgem, os mecanismos de fuga e de transferência que, por algum tempo, distraem o enfermo moral, abrindo espaço a falsas necessidades que se transformam em fantasia levando à drogadição, ao envenenamento pelos vícios sociais e espirituais de consequências lamentáveis.

O ser humano está destinado à gloria imortal. A sua é a fatalidade das excelsas bênçãos que o aguardam.

Diamante bruto, o Espírito, no seu processo de lapidação, necessita perder as anfractuosidades que o enfeiam, impedindo-o de refletir a beleza da luz.

Após o largo trajeto do instinto e o quase recente surgimento da razão e o do discernimento, predominam ainda nele os hábitos automáticos, os impulsos imediatistas, as heranças ancestrais...

A dignidade moral é um desafio que deve ser enfrentado e experienciado desde as experiências mais simples, para criar o condicionamento superior  que se transforma em conquista valiosa.

Só, com uma visão correta da imortalidade do Espírito é que se torna legítimo a contribuição da ação honorável, pois, sem a certeza da continuidade da vida, indispensável é usufruir agora de todos os bens que a vida proporciona, afogando-se no prazer do momento.

Por isso o espiritismo, como filosofia exemplar, oferece o concurso da iluminação interior, explicando o por quê da vida, sua finalidade, sua origem e sua culminância...

Sem esse extraordinário contributo, bom negócio fariam os maus, procedendo irregularmente, como dizia Platão, ante a ideia de que tudo logo mais seria consumido... mal negócio, porém, para esses, dizia com sabedoria o grande filosofo, tendo em vista que a vida continua além da disjunção molecular pelo fenômeno inevitável da morte ou desencarnação.

Desde que travaste contato com o Mestre de Nazaré com as Suas lições de imortalidade e vida, nunca te apartes da dignidade pessoal, que se encontra nas páginas do Seu evangelho, comprometendo-te com a verdade dos seus ensinos, para que vivas em harmonia e, ao libertar-te do corpo sigas em paz e alegria.

A dignidade é tesouro ainda pouco conhecido, mas, possuindo, as imensas fortunas da honradez e do alto significado existencial a que todos os seres estão destinados.

Em qualquer situação de difícil comportamento em que te encontres, pergunta-te como Jesus agiria se fosse com Ele, e faz como concluas que Ele o faria sempre com dignidade moral.

   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 16/l2/2017.

domingo, 3 de dezembro de 2017


“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
 LUTAS ABENÇOADAS

CONSIDERA O PROCESSO DA EVOLUÇÃO MORAL E espiritual  de emergência, e dá prioridade em todas as ações que te sejam possíveis aplicar.

A luta, como esforço bem dirigido, é  vacina eficaz em relação à paralisia e a morte dos ideais de nobreza.

Entende-se luta como confronto, debate verbal ou enfrentamento corporal, que traz desgraça, derrota, dividindo grupos e os degradando. Sendo essa, a luta perversa, filha do egoísmo, que se expressa, através dos instintos asselvajados que insistem em permanecer na natureza humana.

Mas a luta do cotidiano tem por objetivo desenvolver os valores adormecidos, enriquecendo o ser espiritual, quando sabe comportar-se nos desafios e dificuldades.

Quando se abraça um ideal elevado, se chama a atenção, especialmente a atenção dos ociosos, e daqueles que ainda se satisfazem na prática do mal ou na indiferença, criando dificuldades ao crescimento ético e cultural do indivíduo, e, da sociedade.

São travadas fortes lutas que partem dos que se encontram nos desvios da evolução, tentando manter a situação degradante em que se satisfazem.

A obstinação saudável do idealista o faz sofrer as incompreensões e a malquerença predominante, que não desistem.

É preciso, que o esforço no trabalho não diminua nem a coragem enfraqueça, abrindo espaço para que os maus dominem e tornem-se pedra de tropeço, dificultando a conquista dos altiplanos da vida.

Nada de positivo se faz sem esforço e  sacrifício como recurso inadiável.

Todos que abraçam uma causa nobre está marcado para pagar o preço da audácia de sonhar com o mundo melhor, de anelar a felicidade geral, de entregar-se na construção da harmonia social.

A luta é inevitável. O ideal é a firmeza da conduta do lutador, que não deve temer diante das circunstancias nem usar os mesmos recursos dos que se opõem ao trabalho superior.

Os conteúdos que são a sua aspiração à plenitude dão-lhe resistência moral e força para continuar entusiasmado, sem diminuir a intensidade da dedicação a que se entrega.

Por isso o bem, que sempre vem de Deus, é vitorioso em todas as propostas  apresentadas à sociedade. Enfrenta dificuldades, é certo, que fazem parte do processo, demonstrando a alta qualidade que o constitui.

Todos que se entregaram às obras de elevação espiritual da humanidade foram convidados ao combate sem trégua, em ambos os planos da vida.

Dessa forma, não te surpreendas quando não compreendido, quando insultado e acusado ou ferido nos mais nobres sentimentos que te encantam a vida.

Reserva-te a consciência lúcida do dever, e luta!

Vive-se na Terra o momento da grande transição planetária.

As forças do bem enfrentam os exércitos do mal, em luta cruel e perversa.

É preciso que os servidores de Jesus revistam-se de misericórdia e de compaixão, para que não sejam arrastados pelas redes da perversidade, da ironia, da astúcia e da calúnia...

O egoísmo predominante luta para não ceder ao sentimento de amor que prevalecerá sobre todas as situações infelizes.

A presunção e a soberba encontram-se em combate, não abrindo espaço para o altruísmo.

É preciso que a coragem aprenda a calar e a esperar, perseverando no compromisso com a verdade.

Onde estão os tiranos, os déspotas, os governantes sádicos e cruéis de todos os tempos, que arrasaram cidades, ceifaram vidas incontáveis e ambicionaram pelo poder que detiveram por um pouco, logo  subtraídos pela morte, quando antes a grande maioria experimentou a baixeza, a vergonha, o ódio que espalharam?

Todos voltaram ao país da consciência responsável e retornaram ao  palco terrestre em sérias expiações...

O triunfo do mal é como a vitória de Pirro, passageira, mas o bem é uma perene luz, a tudo sustentando e conduzindo ao sublime fanal.

Os vaidosos, ricos de autodeslumbramento, atribuindo-se valores que não possuem, desfrutando do trabalho de todos que os antecederam e dizendo serem os seus autores...

Não te perturbes com a sua empáfia, perseverando no dever simples e reto, porque as tuas lutas em favor da causa edificante da imortalidade do Espírito pelos caminhos complexos das reencarnações bem-sucedidas são abençoadas.

A maior vitória daquele que lutador é a sua consciência de paz, e a certeza de que se encontra no desempenho da tarefa a que se afeiçoou, convidada por Aquele que nunca desprezou o serviço, mesmo quando ultrajado, perseguido, caluniado, traído e entregue aos Seus inimigos...

Colherás bênçãos no combate a que te entregas, após as lutas, porque terás o exemplo dos muitos que te anteciparam e os numerosos que estão chegando para darem prosseguimento ao serviço em realização.

Nunca sintonizes com esses lutadores de ilusão e da mentira, traidores e ingratos.

Provocado, sorri, e continua fazendo o melhor de tua parte, porque o realizas para Aquele que constitui guia divino.

Ninguém alcança os altos cimos sem os tropeços e pedras das baixadas. Mas é, nessas regiões inferiores que o terreno se encontra adubado, para que os lírios e as rosas enriqueçam a natureza com perfume.

Eleva-te sempre, não pares em detalhes com os quais se satisfazem os discutidores inúteis, os presunçosos vãos.

Ouviste o chamado, disseste que estás presente no campo, agora segue sem nenhuma reserva.


Nunca tanta necessidade de amor e de compaixão na Terra como nestes dias.

Nunca tanta luta, apesar das extraordinárias conquistas intelectuais que se multiplicam cada momento.

Como também, nunca antes houve tanto combate covarde e vergonhoso como nestes dias, ao mesmo tempo com aquelas de redenção, de iluminação, de valorização da vida, de construção do novo mundo.

Luta e ama, serve e passa.
Jesus espera-te ao fim da luta abençoada.

   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 03/l2/2017.

sábado, 18 de novembro de 2017

“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
CEGUEIRA ESPIRITUAL

A CEGUEIRA, DO PONTO DE VISTA ORGANICO, É A falta da visão, mantendo aquele que a sofre na escuridão em torno de tudo quanto se passa em sua volta.

Prova especial ou expiação necessária ao processo de desenvolvimento, quando, na criatura humana, contribuindo para o melhor entendimento da existência.

Por se originar no esquema da lei de causa e efeito, constitui drama interior doloroso, permitindo a alguns espíritos resignados conquistar a iluminação pessoal, não se tornando, motivo de desgraça ou de infelicidade. Pelo contrário, muitos superam, trabalhando  em benefício próprio graças aos inestimáveis serviços que faz.

Dos exemplos mais importantes destacamos o da extraordinária americana Hellen Keller, que se tornou uma verdadeira missionária do bem, da sabedoria e do amor, apesar dos limites da visão, da audição e da fala...

Um outro exemplo é do admirável missionário cego Louis Braille, que inventou, em Paris, no ano de 1827, o alfabeto com sinais acessíveis ao tato, que permite a leitura, tornando-se um instrumento extraordinário para estudos e compreensão do mundo, especialmente para os invidentes.

Muitos, se revoltam e se desencantam, recolhem-se em solidão ou se desesperam, sem entenderem  a importância da experiência enriquecedora que vivenciam, propiciada pelas soberanas leis da vida.

Apesar dos grandes avanços da ciência e da tecnologia, ainda não se conseguiu  arrancar da cegueira aqueles que sofrem, com pouquissimas exceções.

Mas Jesus, o sublime psicoterapeuta da humanidade, muitas vezes convidado a socorrer esses aflitos, conhecendo-lhes as causas geradoras do impedimento, abriu-lhes os olhos, proporcionando-lhes a oportunidade de recuperação da claridade luminosa da visão.

São comoventes as cenas em que os pacientes recuperados expressam sua alegria e demonstram o poder de que era dotado o Senhor.

Às expressões de alegria, o encantamento pela oportunidade de conseguirem ver, envolvendo-se na beleza da paisagem e do mundo externo.

Mesmo assim não faltaram os opositores para dizerem que era magia, interferência demoníaca, como se, o mal pudesse proporcionar os mesmos benefícios.

Um deles, após recuperado, não resistindo a maldade dos fariseus disse:

- Se foi Satanás quem me curou, não sei. Só sei é que eu era cego e agora vejo...

Outros, também foram liberados, alguns vitimas de subjugações espirituais perversas, entoaram seu canto de louvor ao Mestre, agradecendo a dádiva de serem beneficiados.


Há também uma cegueira cruel, mais dolorosa do que a falta da visão orgânica. Trata-se da visão espiritual, em que muitos seres rebeldes debatem-se.

Aqueles que não aceitam a interferência de Jesus nas vidas em reparação constituem os protótipos específicos dos cegos morais e espirituais que abundam na sociedade terrestre.

Nada obstante a declaração dos que haviam conquistado a visão, pois que nasceram cegos, os sofredores buscavam explicações mágicas para negar a grandeza da realidade da vida, aferrados aos órgãos dos sentidos.

Não desejavam encontrar o significado elevado da existência corporal, tudo reduzindo a corpo celular de passageira ou frágil duração.

Permanecem ainda hoje esses portadores da cegueira espiritual que se satisfazem em negar tudo que não lhes convém aceitar, porque, se assim agissem, teriam que alterar completamente o comportamento moral, adotando novos métodos existenciais de comportamento.

Estão sempre em busca de provas, como se todas as demonstrações dos séculos, das pesquisas honestas de mulheres e homens de grande importância nas várias ciências, examinando cuidadosamente os fenômenos mediúnicos, de nada valessem.

Somente a sua experiência parece ter significado e respeitabilidade, o que não passa de gracejo e pobreza intelectual.

O Espírito é o ser imortal que transita pelas diversas romagens carnais, rumando na direção da conquista superior da plenitude.

As dificuldades encontradas durante o período carnal são resultados da observância das leis da vida, estabelecidas como processo metodológico para o crescimento interior, que devem ser cumpridas fielmente.

Apesar de alguns insucessos no desenvolvimento de valores éticos e morais, a benção da oportunidade sempre ressurge, permitindo a conquista do conhecimento libertador e da experiência iluminativa pelo exercício da paciência, da resignação, da coragem, e da perseverança nos objetivos superiores.

Não se estranhe que esses cegos espirituais estejam sempre equipados dos instrumentos da dúvida, do escárnio, da agressividade contra aqueles que já encontraram o rumo da paz e entregam-se por inteiro à construção da verdadeira solidariedade que deve viger entre todas as criaturas no planeta terrestre.

Frustrados interiormente e magoados com a vida, exibem a mascara da ironia sempre que convidados à reflexão, evitando os comprometimentos com a mudança interior e renovação inadiável.

Alguns são falantes, parecendo ilustrados, usando expressões complicadas para enganar os ingênuos e parecerem superiores a todos.

Diversos apresentam-se em postura emocional acima do bem e do mal, caracterizados por falsa eloquência, mantendo-se distantes do seu próximo, que sempre se consideram inferior, evitando-lhe o contágio, que ignoram e lhes seriam benéfico...

Não lhes dê o valor que se atribuem nem temas sua arrogância infantil.

São como balões que flutuam e estouram a qualquer contato com delicados objetos perfurantes, eliminando a presunção de que estão cheios.

Continua na ação do bem, apoiado ao ideal de fraternidade, confiando nas bênçãos do porvir, desde hoje vinculado ao dever.


Jesus nunca lhes deu maior importância.

Por eles perseguido, acusado, injustamente censurado, deixava-os, cegos que eram conduzindo outros cegos do mesmo gênero, enquanto Ele espalhava a luz da esperança e do bem, deixando pegadas seguras apontando o rumo da real felicidade.

Avança, fiel ao compromisso abraçado de amar e servir, certo de que, hoje ou mais tarde, da mesma forma que aconteceu contigo, também eles terão a oportunidade de ver o esplendor da luz da verdade e de confessarem:
- O que sei, é que éramos cegos e agora vemos...  



   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 18/l1/2017.

domingo, 12 de novembro de 2017

“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
RESGUARDA-TE NA SERENIDADE

VIVEM-SE, NA TERRA, DIAS DE AFLIÇÃO CONTÍNUA, como efeito  das grandes ocorrências perturbadoras que afetam quase todas as criaturas humanas.

O contínuo desrespeito às divinas leis, a desagregação da família, as espetaculares fugas psicológicas mediante os vícios da drogadição, do alcoolismo, do tabagismo, refletem-se na indiferença em relação à vida e à natureza, dando lugar aos  transtornos de comportamento, à violência, à agressividade, à indiferença pelos valores éticos quando não são desconsiderados.
O bem proceder parte das conquistas intelecto morais do ser em evolução cede lugar ao bizarro, ao diferente, demonstrando desarmonia interior, chamando atenção pelo esdruxulo e pelo abandono de si mesmo...

Provocações de todo tipo fazem a paisagem humana sem princípios que dizem respeito aos demais, como se a vida só servisse para atender aos caprichos dos que se perderam  nas condutas estranhas.

Quase tudo e todos são descartáveis,  dispensáveis, após o uso.

O utilitarismo e as buscas pelo prazer exaustivo ocupam o lugar dos compromissos com a vida, que não deve ser usada apenas com essa finalidade, trazendo objetivos psicológicos profundos, com vistas na imortalidade do Espírito e a sua transitoriedade enquanto na carne.

A soberba e o despotismo ocupam os espaços da brandura e da compaixão, da solidariedade e do sentimento fraterno, como se a Terra fosse um campo de batalha contínua em que os aparentemente fortes e poderosos a tudo dominassem e submetessem.

A ilusão do tempo que transforma tudo, ou consome, entorpece a compreensão das novas gerações que vem herdando os distúrbios e as frustrações dos seus antepassados, dando a impressão de que a doença, os dissabores, a velhice e a morte são aspectos da vida para os outros, nunca para eles...

Usam todos os mecanismos para driblar a realidade, consumindo tempo numa cópia falsa de juventude artificial e instrumentos de vitalização, como se a máquina orgânica não tivesse seus limites e suas dificuldades. As heranças do passado espiritual de cada um não são consideradas, apoiando-se, esses equivocados, nas manipulações do materialismo e do consumismo a que se entregam.

Parece não ter mais lugar para a seriedade e a consideração pelos elevados compromissos existenciais, barateados pelo suborno, pela desonestidade e pela equivocação das massas trabalhadas pelos equivocadores de opinião, a merce, também, dos mesmos instrumentos de projeção do ego e das fantasias existenciais.

Perguntaria:

- para onde vai a sociedade contemporânea que acha ter alcançado o patamar da cultura, da tecnologia, do conhecimento, mas se encontra sem os   significados da dignidade, do auto amor, confundido com vaidade e violência?

Vivemos, dias desafiadores para todos que querem construir uma sociedade mais feliz e menos turbulenta, porque parece não ter espaço para a sensatez, a serenidade, o equilíbrio moral.
Mas nunca, tivemos tempo tão favorável para viver os postulados  propostos e vividos por Jesus, no que diz respeito ao amor em todas as suas faces e manifestações.

Espíritos de escol também encontram-se reencarnados para demonstrar que a vida é uma dádiva especial de Deus às Suas criaturas, cuja fatalidade é a plenitude.

Por mais difíceis os mecanismos existências e triunfem a insensatez e o desamor, o seu é um tempo breve, porque logo serão devorados pelo tempo, cedendo lugar à nova ordem de significados que se expressam através das virtudes que dignificam o Espírito e o auxiliam no seu desenvolvimento moral.

É natural, que se encontrem em combate os trabalhadores do bem e os mensageiros da desordem, da ufania e da ignorância, numa luta não declarada, mas manifesta.

A tua serenidade diante do infortúnio, das provocações de todo tipo, darão a medida do comportamento para que triunfem as propostas de misericórdia e de compaixão com esses enfermos espirituais dos dois planos da vida, que se constituem, pedra de tropeço ao progresso e à chegada do reino dos céus.
Não te intimidem as artimanhas dos hipócritas e dos adversários da luz, nem te deixes seduzir pelas suas fantasias coloridas e festivas.

Pouco te importem as acusações de que estás ultrapassado, és de conduta ortodoxa, um fracassado que se esconde na fé religiosa...

Não esquecendo que a tua tarefa é a de compreender e não de ser compreendido, de ajudar e menos de ser ajudado, não te permitindo a intoxicação fluídica dos transtornos que aturdem aos infelizes, sendo jovial e sereno em todas as situações.

Também irás contar com os que te acusarão de covardia moral, de  desrespeito, porque ainda acreditam que  revidar é demonstrar coragem, quando na realidade se trata é de sintonia com as ondas da perversidade e do desalinho emocional.

Administra a tua vida com calma, para que possas fruir experiências emocionais enriquecedoras, tornando-te um exemplo de alegria de viver, caso te encontres aureolado pelas bênçãos do êxito ou pelos testemunhos dos sofrimentos.

Que nada altere o teu comportamento de verdadeiro cristão, porque o mal por si mesmo se aniquila, da mesma forma que o bem cada vez mais esplende triunfante comandando as vidas entregues ao amor.

Candidataste-te ao ministério da fraternidade e deves demonstrar que esse compromisso é com a verdade e não com as questões momentâneas prazerosas, atraentes, mas com os deveres que permitem o desenvolvimento intelecto-moral e favorecem a verdadeira harmonia interior.

O triunfo do verdadeiro vencedor não é contra as criaturas dele necessitadas, mas sobre as heranças negativas que lhe dormem no imo e são ardilosas e contínuas.

Se queres a vitória, vence as inclinações negativas e te deixa levar pela serenidade.

Jesus é sempre o modelo e guia para a humanidade.

Criticado acidamente por conviver com os infelizes, ignorado pelos prepotentes e desconsiderado pelos iludidos nas paixões servis, perseguido pelo farisaísmo e pela hipocrisia religiosa do Seu tempo, sempre esteve sereno e incomparável, demonstrando a força do amor que o inundava.

Mesmo negado por um amigo e por outro traído, considerou-os débeis e humanos, buscando-os com ternura, para que reparassem os prejuízos que causaram a si mesmos  e recomeçassem a tarefa da autoiluminação.

...E foi serenamente que retornou aos amigos desorientados, inaugurando a era sublime do Espírito imortal.  


   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 12/l1/2017.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
ENFERMIDADE DA ALMA

Gravame perigoso nos relacionamentos humanos é a intriga.

Perversa, é como a erva daninha e traiçoeira que cresce no jardim das amizades, criando desconforto e agressividade.

A intriga é enfermidade da alma que se alastra na sociedade, tornando-se inimiga dos bons costumes.

O intrigante é alguém infeliz e invejoso que projeta os seus conflitos onde se encontra, alegrando-se com os embaraços que desenvolve no meio social.

Como o cupim sorrateiro, que destrói sem ser vista, até quando as resistências fragilizadas de suas vitimas rompem-se, levando ao caos, à destruição.

O insensato muitas vezes não tem noção do poder maléfico da intriga, permitindo-se a manifestação verbal ou gráfica, por faltar a responsabilidade ou até por desvio psicológico.

Apenas da referencia sobre alguém ou algum acontecimento falso criado pela imaginação enferma, surge a rede das informações infelizes que ferem as vidas que lhes são o alvo infeliz.

Ninguém, na Terra, encontra-se indene à difamação das pessoas espiritualmente enfermas,  e muitos, quando são atingidos pelas flechas das narrações deturpadas, permitem-se sucumbir, abandonando os propósitos superiores em que se fixavam, sem ânimo para o prosseguimento nos ideais abraçados.

Infelizmente a intriga espalha-se  facilmente na maioria dos grupos sociais, religiosos, familiares, políticos, de todos os tipos, por alguns dos seus membros encontrarem-se em desarmonia interior.

Todo o esforço deve ser feito na busca da vitória sobre a intriga.

Cabe aos devotados ao bem não darem ouvidos à intriga disfarçada de maledicência, de censura em relação ao outro ausente, aplicando o antídoto do silencio nesse barulho da maldade.

Se o intrigante cuidasse do próprio comportamento, perceberia o que precisa corrigir em si mesmo, em vez de projetar no próximo o mal infeccioso.

Toda censura acusatória é filha da crueldade  transformada em intriga.

São célebres as intrigas das cortes, em que os ociosos e inúteis se satisfaziam em construir fortes redes que asfixiavam as melhores expressões do trabalho que, mesmo imperfeito ou necessitado de melhorar-se, produziam o bem...

Nada se constrói ou se faz sem o exercício, que no início os enganos tem vez.

As realizações mais importantes resultam de tentativas pequenos ou incertos.

O intrigante, sempre ativo e vigilante, porque traiçoeiro, se apropria da mínima falha que observa em qualquer projeto para investir furioso e destruidor.

Jesus referiu-se com firmeza àquele que vê o argueiro no olho do próximo, apesar da trave pesada que se encontra no seu.

Sê tu, aquele que adota a complacência, que compreende o limite e a dificuldade do outro.

Fala, quando a tua boca possa cantar o bem de que está cheio o teu coração.

A palavra anunciada torna-te servo, mas a que  silencia faz-se dela senhor.

Não estás convidado para vigiar o próximo, mas para conviver e trabalhar com ele.

Tocado pelo amor, sede bondoso nas tuas considerações em relação às outras pessoas com  quem convives ou não.

Torna-te a criatura gentil por quem todos desejam,  sempre estando às ordens dos mensageiros da luz para o serviço da fraternidade e da construção do bem no mundo.

A palavra tem grande poder, tanto para estimular, conduzir à plenitude, ou para gerar sofrimento, destruição e amargura...

Guerras terríveis, representando a inferioridade humana, surgiram de pequenas intrigas, que se tornaram ameaças terríveis...

Tratados de paz e de união também são frutos do acordo pela parlamentação e graças às decisão de alto porte.

Tende cuidado com o que falas, a respeito do que ouves, vês ou participas. Serás responsável pelo efeito das expressões que externes, pelo seu conteúdo.

Chamado a servir na seara de Jesus, fica vigilante em relação a essa enfermidade contagiante: a intriga!

Tentado, em algum momento, a acusar, a criar situações danosas, resiste e cala, dando ao tempo a tarefa que lhe cabe.

Isso não é conivência com o erro, mas interrupção da corrente prejudicial mantida pela intriga. É também a decisão de não vitalizar o mal, mantendo-te em paz, sustentado pela irrestrita confiança em Deus, na realização da tarefa abraçada, seja ela qual for.

A intriga apresenta-se de forma sutil ou atrevidamente, produzindo choques emocionais que se transformam em dores nas suas vítimas.

Allan Kardec, o nobre mensageiro do Senhor, preocupado com o seu comportamento, e o dos indivíduos, buscando caminho seguro para evitar a intriga e outros desvios no convívio social, perguntou aos guias espirituais, na questão 886, de O livro dos Espíritos:
- Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

E eles responderam com sabedoria:
“ Benevolência para com todos, indulgencia para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Nessa resposta luminosa encontra-se todo um tratado de ética para o bem viver, ser feliz e contribuir para a alegria de todos.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 03/l1/2017.