sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

 

Blog: Psicologia Espírita

REFLETINDO A ALMA

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

livro em leitura e estudo: VIDAS VAZIAS

 

Texto lido: RECORRE À ORAÇÃO

 

A oração é instrumento sublime de que a criatura humana deve utilizar-se para nutrir a alma.

Em qualquer situação a oração é sempre,  tônico vigoroso trazendo equilíbrio para manter a paz.

 

Energia poderosa que restabelece o animo de quem ora quando esse orante sintoniza emocionalmente com as Fontes geradoras da Vida.

 

É vínculo de segurança que sustentam a clareza mental nos objetivos elevados, facilitando a harmonia e o entusiasmo na caminhada existencial.

 

A oração deveria estar mais presente no cardápio existencial, como tesouro, com possibilidades incomuns para a edificação interior.

 

Por engano de teólogos e crentes desprevenidos, a oração só é conhecida como reserva de forças para momentos especiais.

 

Por isso, a oração tem sido mais buscada como ajuda apenas quando as situações conspiram contra o bem-estar e outras ambições humanas.

 

Esperam-se então milagres, como se só pelo fato de orar já merecesse resposta imediata da Divindade, atendendo às suplicas de urgência.

 

Transformada em obrigação a que o individuo se vê forçado, é utilizada apenas em condições especiais, em casos principalmente de desespero e angústia, forçando-se anuência a todos os problemas apresentados.

 

Ligado às palavras sonoras ou poéticas, elas são repetidas de memoria, sem a ligação com o objetivo que se busca.

 

Esse improviso normalmente tem como resultado desânimo e frustração.

 

A vida física impõe compromissos e deveres que devem ser considerados e vividos, para que ocorra de forma prazerosa.

 

Aí estão as tarefas espirituais que pedem oportunidade para serem feitas com espírito de abnegação e luta na busca da autoiluminação.

 

As obrigações com o corpo pedem quase todo tempo disponível nos cuidados, esforço de todo tipo para atender os programas estabelecidos ou os excessos de repouso na ociosidade.

 

Apenas se pensa na realidade do ser, quando acontece algum fato de forma inesperada ou alguma necessidade urgente, quase nunca com a merecida consideração.

 

É natural que os resultados não sejam satisfatórios ou até que nem existam, pela falta de conexão com as faixas superiores do bem.

 

A oração não deve ser um hábito de petitórios inconsequentes, mas um programa de convivência mental e emocional de ideias felizes.

 

O comportamento saudável é a primeira necessidade para a vigência oracional no íntimo do ser humano.

 

Quando Jesus diz que tudo quanto pedirmos ao Pai orando, Ele nos concederá, deixa clara a ideia para que sejamos filhos devotados e merecedores das mercês desejadas.

 

É diferente de quando se tem uma conduta alienada, distante e, de repente, buscar respostas benéficas para pedidos injustificáveis.

 

Ora, então sempre e sem cessar, certo de que o intercambio, o movimento oracional vai da Terra para o Céu, para que a partir daí aconteça a corrente da vibração de amor vinda do Céu para a Terra.

 

Mas a oração, não são apenas as palavras, ela inicia com o pensamento cheio de amor e de esperança, em busca de apoio e de conforto, de diretriz e de segurança que venham das regiões sublimes da Espiritualidade.

 

Léon Tolstoi, escritor e filósofo russo, numa importante narração, finaliza o diálogo entre um sacerdote e um camponês, dizendo:- Arar é orar!

 

Sempre que se esteja trabalhando na construção do dever e em benefício do próximo, está-se orando na ação.

 

A oração feita com palavras nem sempre leva a doçura do sentimento voltado para Deus, dessa forma não transforma-se em onda de comunicação superior. Assim também na oração repetitiva, com o pensamento ligado a outras correntes mentais.

 

A alma, reconhecendo sua fragilidade e limites de recursos específicos para atender ao seu programa evolutivo, busca o núcleo de onde vem as energias superiores para a preservação da vida e tenta sintonizar, com a prece buscando ligação com as nascentes do bem inominável.

 

Por isso, nas lutas mais difíceis, quando as dificuldades são mais graves, a mente busca a  Deus, num apelo como ela é e como se encontra, na espera do socorro que sempre vem.

 

Uma oração nunca fica sem resposta. Embora nem sempre corresponda às aspirações de quem a elabora, porque a Sabedoria Divina sabe o que é melhor para todos, não atende à ânsia de um momento que pode se transformar em sofrimento futuro, mas ao que vem depois de passada a tempestade.

 

É preciso, saber discernir quando da ocorrência após a oração, não se permitindo desanimar ou desarmonizar, por não haver sido resolvida a questão afligente.

 

Nem tudo que em um momento parece um grande bem é realmente, muitas vezes, esse entender transforma-se, com o tempo e as circunstancias, em calamidade não desejada.

 

Quanto possível, faz da tua vida um rosário de preces e evocações elevadas pelo teu pensamento, palavras e ações.

 

Sempre que tenhas tempo vazio, em vez de te permitires devaneios e sonhos sem importância ou sem sentido, ora, permite contatar com a vida exuberante em toda parte e enriquece-te de paz e alegria de vier.

 

Quem ora com frequência eleva-se espiritualmente, mantendo-se imperturbável em qualquer situação.

 

Orar é comungar com Deus.

 

Após atender as multidões, Jesus desaparecia da balbúrdia e dos comentários insensatos, para orar a Deus, no silencio do deserto...

 

Nunca, pois, te sintas solitário ou triste, porque podes buscar a companhia espiritual pela oração e enriquecer-te de luz e de amor.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 29/01/2021.

 

INTRODUTÓRIO PARA OPRÓXIMO TEXTO

“Quando não puderes retribuir ao teu benfeitor algo do muito que ele te ofereceu, passa a outrem a colaboração de amizade, o sorriso da simpatia, a ajuda que seja possível ofertares.”

                                                                                                                             Joanna de Ângelis

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Texto lido: PERIODO DE TRANSE

 

A densa atmosfera vibratória que se encontra na sociedade atual produz um tóxico entorpecente pondo quase todos os indivíduos em semitranse.

 

Como fantasmas a vagar sem destino, as massas humanas movimentam-se atoleimadas em faixas de energia deletéria sem entender o que lhes está ocorrendo.

 

Sob um aspecto, arrastam-nas ao embalo de barulhos alucinatórios e luxúria exacerbada, ou anulam-lhe a compreensão, o discernimento e o bom-tom, permitindo-se quaisquer arrastamentos.

 

Entorpecidas pelas sensações grosseiras do primitivismo em que se situam, elegem condutas estranhas, distantes dos comportamentos do amor e da responsabilidade que a vida impõe inflexível.

 

Levados pela força hipnótica em que se nutrem, vivem as situações asselvajadas para atenderem falsas necessidades orgânicas, especialmente as que pertencem aos instintos primários.

 

Mentes poderosas da Erraticidade inferior infiltraram ideias torpes, indecentes que ferem a moral, nas suas redes psíquicas e não possuem energias saudáveis para arrebentar as correntes magnéticas em que se debatem.

 

Esse estágio que caracteriza os dias da sociedade de hoje é o fruto de comportamentos materialistas apresentados por doutrinas cínicas e existencialistas que reduzem a vida humana ao amontoado de células montadas pelo acaso.

 

O predomínio da natureza animal sobre a natureza espiritual do ser faz do homem o brutamonte, insensível a manifestações do amor e da solidariedade.

 

Ao fracassar, o individualismo egoísta,  empurrou as comunidades para o coletivismo das modas e hábitos viciosos que desgovernam a Terra.

 

Problemas que o amor resolve facilmente foram abandonados e cresceram na preferencia do gozo pessoal em detrimento dos valores éticos que são a segurança emocional para a existência terrenal.

 

Esse transe é pestífero porque vitaliza miasmas psíquicos que se transformam em vírus e bactérias agressivos que se multiplicam nos organismos em desarmonia.

 

Surgem doenças de repente, e distúrbios individuais de gênese desconhecida dizimam esses ingênuos ou imprudentes.

 

O pensamento é o dínamo que gera forças por ser a casa mental a emissora de ondas que se transformam em ideais e expressam na  matéria.

 

A cada momento, propostas de prazer, de recreações varias inconsequentes arrebatam as multidões desestruturadas.

 

Há um vazio existencial que o gozo material não preenche porque é de breve duração.

 

Cada dia mais cresce a degradação moral e dos sentimentos que conquista cidadania embriagando os viandantes descuidados da organização material.

 

Quando a situação se tornou desesperadora entre os seres humanos, em cada fase, os Céus ensejaram a oportunidade para que antigos mártires, missionários do bem e da caridade, renascessem no mundo para despertar os anestesiados nas ilusões infelizes.

 

Esses Espíritos oferecem-se para arrancar do transe nefasto os irmãos que não tem sabido resistir às atrações do mal.

 

Nesses períodos, a angustia domina as emoções, e o sofrimento se oculta em sorrisos de embriaguez e de paixões imediatistas que consomem as massas.

 

A angústia, de alguma forma, é necessária no processo da evolução.

 

A lagarta que quer voar em forma de borboleta leve retorce-se no casulo, experimenta mudanças totais e consegue sair do solo para planar nas correntes aéreas.

 

O Espírito também é constrangido as imposições, às vezes penosas, difíceis para ascender na direção da Grande Luz.

 

És membro dessa grei sublime, capacitada para o soerguimento moral da Humanidade.

 

Alguns que estão participando do movimento revolucionário se encontram na Espiritualidade, com o objetivo de sustentarem os que se sacrificam no corpo em que mergulham para que tenham assistência especial até o fim do compromisso.

 

Para atenderes a essa tarefa específica de despertamento para a iluminação, serás chamado aos desafios da sombra e ciladas do mal, permanecendo sem temor e fiéis no dever embora aparentemente vencido.

 

É uma verdadeira guerra de ideias que se tornaram vidas,  necessitadas no momento de socorro e vitalização.

 

Não esperes compreensão geral nem apoio emocional. As vítimas do transe não estão dispostas à reabilitação, ao reencontro com a lucidez. E outros que também são sustentados pelo sopro nefasto produzirão armas contra ti, causando-te dores e punições perversas para que desanimes.

 

Formarão grupos bem organizados para o combate e se multiplicarão, surpreendendo pelas armas de que se utilizarão para destruir-te, para silenciar-te.

 

Fica atento e não revides, caindo nas  armadilhas que sabem preparar.

 

Continua fiel ao compromisso com Jesus, que enfrentou situação equivalente, sempre perseguido, porém amoroso sem cessar.

 

Não te surpreendas pelas pequenas vitórias que surgirão, lembra de que a batalha final é a que decide o conflito. Essa luta final não foi a crucificação do Mestre, mas foi a Sua ressurreição que demonstrou a vitória da verdade.

 

Não permitas abater o teu ânimo, nem duvides, pois é uma nuvem dificultando a claridade do raciocínio.

 

Luta contra as tuas forças mesmo que fracas, e não te deixes abater, não te entregues.

 

O Evangelho é canção de alegria indescritível

e está confiado a ti.

 

Vive-o em toda a sua grandeza e não abras espaço para o temor ou o amolentamento, eles desaparecem rápido, na luta, se permaneceres irretocável no teu dever.

 

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Vidas Vazias, Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 21/01/2021.