quarta-feira, 31 de julho de 2013


O INCONSCIENTE COLETIVO E A GRATIDÃO do cap.ll O milagre da gratidão

 

Diante de determinadas decisões, o ser consciente experimenta grande dificuldade em optar pela que seria a mais correta. Isso porque o inconsciente coletivo encontra-se sobrecarregado de medos, recordações afligentes, impulsos não controlados, toda a herança do primarismo ancestral, mesclando as experiências gerais e as pessoais. Tal ocorrência é o resultado da sombra existente em a natureza de todas as criaturas.

Nas experiências da alegria como da tristeza, da harmonia como do desconserto, os grupos sociais podem compartilhá-las em razão do inconsciente coletivo, o que explica ocorrências funestas ou ditosas que sucedem simultaneamente em diferentes partes da Terra. É graças a esse comportamento que, em qualquer período, a sombra coletiva emerge do inconsciente coletivo,- transmitida individualmente de pais para filhos, concomitantemente de um para outro grupo -, transformando-se em calamidade social. Os vícios sociais, por exemplo: fumar e beber, as extravagancias sexuais e o uso de drogas aditivas que invadem a sociedade, os jogos de videogame que se converteram em modismos, dentre outros, tomam conta das massas de forma contagiante, como resultado do inconsciente coletivo, o que proporciona à sombra uma oportunidade de participar do fenômeno. Sem dúvida ocorre de forma inconsciente e, por essa razão, manifesta-se automaticamente na sociedade, após irromper no indivíduo. As sociedades são estruturadas por acontecimentos e métodos pedagógicos de conduta infantil, quando se aprende a discernir o que é bom do que é mal, de acordo com a cultura e a ética de cada grupo. Fosse a questão da sombra identificada desde a infância, quando se ensinaria a descobrir os impulsos que dela procedem, facultando ao educando a compreensão da própria fragilidade, dos erros, desculpando-se e corrigindo-se, esclarecendo-se que há variações no comportamento, ora para o bem, ora para o mal, ficariam mais fáceis as condutas favoráveis as sociedades e a tudo quanto se lhe vincula.

A sombra ocorre no inconsciente coletivo pelo que se pode denominar como energias contrárias que caracterizam os terroristas, os criminosos em geral assim como os bons cidadãos: Hitler e Churchill, Alarico e Santo Agostinho... Em realidade, a aversão e animosidade que se sustentam no exterior procedem do íntimo no qual se fazem aliados. É como se fosse necessário que houvesse um opositor, um inimigo, para que se revele a pessoa que se é. Nas lutas, as mais sangrentas ou mais perversas, nas perseguições sociais sutis ou públicas é que se desvelam os heróis, os santos, os mártires, em razão do lado sombrio que existe em todos.

O inconsciente coletivo registrou todo o processo da evolução do ser, desde quando o córtex cerebral se desenvolveu dando lugar ao surgimento das funções exteriores, dos conhecimentos abstratos, dos valores transcendentes como o amor e a misericórdia, o perdão e a caridade, a alegria e a compaixão desvelando o self. As energias contrárias fomentaram o surgimento da sombra que, em razão do seu lado oposto, olvida a gratidão, criando embaraços para vivenciá-la, em razão da prepotência ancestral que vem do primarismo na escala evolutiva.

Continua na próxima postagem. P50-51. Do livro Psicologia da Gratidão p/espirito Joanna de Angelis, Psicografia da Divaldo Pereira Franco.

Postagem do dia 31-07-2013.

 

 

 

terça-feira, 30 de julho de 2013


 

PREDOMÍNIO DA SOMBRA (CONTINUAÇÃO)

Como as vivencias ensejam o despertar da iluminação, ele cai em si reflexiona que no lar, mesmo os servidores mais insignificantes desfrutam de apoio, alimento e segurança, enquanto ele nem sequer pode desfrutar com os suínos as alfarroubas que não lhe dão, resolvendo –se pela volta.

Recolhe-se ao mundo íntimo fragmentado e tem o insight de como proceder.

O arrependimento é o bálsamo para a culpa, reconhecendo que pecou contra o céu e contra ti (o pai), informa, seguro de ser bem recebido, mesmo que não fosse digno de ter o nome de seu filho.

O indivíduo comum, ainda não iluminado, deambulante da ilusão, pode ser comparado ao Filho Pródigo, leviano e insensato, que somente convive com objetivos de prazer pessoal e interesse mesquinho, distante das propostas éticas e dos deveres morais.

Vitimado pela libido exarcebada, entrega-se ao gozo na ilusória conduta de que não se acaba e as suas forças exaustas logo se renovam...

Pode também aparecer esse arquétipo nos indivíduos inseguros, instáveis, solitários, que em ninguém confiam, perdendo excelentes oportunidades de crescimento pela interiorização e pela reflexão, superando as heranças danosas do processo evolutivo ancestral.

De temperamento facilmente estremunhado, vive com ressentimentos e invejas, enfermo interiormente, que se nega o tratamento por acreditar que não tem necessidade, já que aos outros considera responsáveis pela sua situação psicológica, masoquistamente considerando incompreendido e perseguido.

Esse anseio de fuga dos outros é também o tormento da fuga de si mesmo, pela dificuldade que tem de autoenfrentar-se, de reconhecer a inferioridade e ser estimulado a trabalhá-la para conseguir a vitória.

É-lhe mais fácil atirar tudo para cima (ou para baixo) num gesto de libertação e seguir o tormento, para realizar a volta andrajoso, imundo, humilhado...

O ego presunçoso então desperta lentamente da sombra para o estado numinoso, que deverá conquistar sob os camartelos do sofrimento, que são os valiosos recursos hábeis para a vitória.

Quando o genitor pede ao servo que lhe traga o anel, eis reconfirmado psicologicamente o arquétipo da antiga Aliança de Deus com os homens, por intermédio do Arco-Íris, demonstrando vinculação e amor.

As roupas limpas e novas, o novilho nutrido para a festa são os formidáveis arquétipos que se encontram em todos os mitos, particularmente no panteão grego, quando os deuses comungavam com os homens e banqueteavam-se, chegando, algumas vezes, ao desregramento pelos excessos que se permitiam.

O gesto do pai abraçando o filho de volta é a luz do amor que nele dilui a pesada sombra em que ele se debate.

Final do texto: do Cap. 2 – Fragmentações morais

Do livro Em busca da verdade pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco – da p. 32-37. 

Postado em 30-07-2013