sexta-feira, 30 de junho de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Imortalidade Triunfo do Espírito


A imortalidade sempre existiu. A ameba, por exemplo, um dos organismo unicelular dos mais simples, pode ser considerada imortal, pois, a medida que envelhece, pelo fenômeno da mitose, dá lugar a duas outras, cheias de vida, e assim, nunca ocorre a morte do elemento inicial.

A vida humana é da mesma forma, do ponto de vista do ser espiritual, que permite a cada um experienciar o que é de melhor para si.

O necessário viver o presente, em razão de o passado apresentar-se já realizado, e o futuro se encontrar ainda em construção.

Atingir o máximo possível no momento que passa, é desafio que não se pode desconhecer.

Essa mecânica, é feita pelo amor, que deve orientar a inteligência na aplicação das suas conquistas.

É um esforço individual expressivo, que se torna coletivo em benefício do conjunto social.

Assim como ocorre no organismo, em que nenhuma célula trabalha apenas para si mesma mas para o conjunto que deve funcionar em harmonia, vão surgindo os padrões de comportamento que dão lugar às tendências universais da vida, que ocorre conforme  o mecanismo da evolução. Cada parte que constitui o órgão está sempre preparada para transformar-se em um elemento maior e mais expressivo. É uma verdadeira cadeia progressiva, infinita, até quando se encerra o ciclo vital e a matéria se desagrega no fenômeno biológico da morte.

Esse processo ocorre sob o controle do Espírito, que modela o seu invólucro semimaterial, ou períspirito e quando ocorre a desarticulação das moléculas,  se libera e indestrutível continua na direção da plenitude, quando se depura de todas as imperfeições resultantes do largo período da evolução.

Essa busca pode ser chamada também de iluminação, cuja conquista elimina o medo dos enganos, da velhice, das doenças, da morte, por tornar possível a consciência da imortalidade, da continuação da vida em todas a suas maravilhosas nuanças que se apresentam em outras dimensões, em outros campos vibratórios.

Essa iluminação propicia o despertar do sonho, da ilusão dos objetivos da vida, tornando o ser consciente de tudo que pode fazer por si e pela sociedade.

Por mais se retarde essa conscientização, chega o momento que o Espírito sobrepõe-se ao ego e quebra o limite do intelecto, conquistando a visão coletiva sobre o infinito.

Então se autoanalisa, voltando-se para dentro e descobrindo os tesouros  da imortalidade, buscando no coração as forças necessárias para entregar-se à auto-iluminação.

Como disse Jesus: O reino dos Céus está dentro de vós; ou seja, do Espírito que se é, e não do corpo através do qual se manifesta.

Esse mecanismo é possível de ser alcançado quando a pessoa resolve remover as trevas que ocultam o conhecimento de si mesma, deixando-a confusa, para que se estabeleça a grandeza do amor franco e puro, gentil e corajoso que não conhece limites...


A imortalidade é, a grande meta a ser atingida.
Se a vida cessasse, com o fenômeno biológico da morte, não teria significado, o que surgiu em forma embrionária aproximadamente há dois bilhões de anos... assim alcançando o clímax da inteligência, da consciência e das emoções superiores, se fosse diluída, retornando às energias primárias, não teria sentido ético-moral nem lógico ou racional.

Muitos, dos que pensam, que a vida acaba com a morte, certamente agem contra os conceitos ultrapassados em algumas doutrinas religiosas em torno da justiça divina após a morte, com as execuções penais eterna e insensata.

Considerada, porém, como o oceano gerador da vida, a imortalidade precede o estágio atual em que se movimenta o ser humano e sucede-o, num vir-a-ser progressista sempre melhor e mais grandioso.

Há o mundo imaterial, causal, de onde procede a vida, que impregna a matéria orgânica e a impulsiona na sua fatalidade biológica, e aguarda o retorno desse princípio inteligente cada vez mais lúcido e rico de complexidades do conhecimento e do sentimento.

O sentido existencial é o de aprimoramento pessoal, com o consequente enriquecimento vindo da sabedoria que conduz à paz.

Ninguém se acaba pela morte.

A melhor visão da imortalidade é contemplar um cadáver do qual afastou-se o agente vitalizador, o Espírito que o acionava.

Como a vida não acaba, deve ser feito todo esforço pela mesma, para que a cada instante se conquistem melhores recursos de iluminação, de compaixão, de beleza, de harmonia.

Desse modo, aqueles que a desencarnação silenciou, velando-os com a paralisia dos órgãos a caminho da decomposição, também não morreram.

Eles continuam no caminho ascensional e mantem os vínculos sentimentais com os seus afeiçoados, ou não, deles lembrando-se e desejando intercambiá-los, para dizer que continuam vivendo da mesma forma.

Se fizeres silencio intimo ao lembrar-te deles, em sintonia com o pensamento de amor, eles poderão comunicar-se contigo, trazer-te notícias de como e de onde se encontram, consolando-te e acalmando-te, ao tempo em que te prometem o reencontro feliz, mais tarde, quando também soar o teu momento de volta.

Ao invés de revolta porque se foram, pensa que a distancia aparente é apenas vibratória e conscientiza-te de que nada aniquila o amor, essa sublime herança do Pai Criador.

Utiliza-te das lembranças queridas e envia-lhes mensagens de esperança e de ternura, de gratidão e de afeto, de forma que retemperem o ânimo e trabalhem pela própria iluminação, vindo em teu auxilio, quando as circunstancias assim o permitirem...

Não os lamentes porque desencarnaram, nem os aflijas com perguntas que ainda não te podem responder.

Acalma a ansiedade e continua amando-os, assim contribuindo para que fiquem em paz e cresçam na direção de Deus, sendo felizes.


A morte é a desveladora (acordar, despertar) da vida em outras expressões.
Jesus voltou da sepultura vazia para manter o contato com os corações queridos, confirmando a grandeza da imortalidade a que se referia antes, demonstrando que o sentido existencial é o da conquista do amor e da amizade, para a conquista da transcendência.

Ora pelos teus desencarnados, envolve-os em carinho e vive com dignidade em homenagem a eles, que te esperam além da cortina de cinza e sombra, quando chegar o teu momento de libertação.


Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 30/06/2017.

sexta-feira, 23 de junho de 2017


 GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

TOLERANCIA E CONIVENCIA

Confundem-se muito, tolerância como anuência ao erro, que seria uma forma gentil e diplomática de se estar de acordo com algo que fere o bom-tom, o equilíbrio, os costumes saudáveis.

Tolerância é uma forma de respeito pelo outro indivíduo, por cujo comportamento se lhe demonstram consideração e amizade, em atitude de equilíbrio e não violência contra a sua forma de ser e de proceder.

É natural que se deseje preservar a ordem em todo lugar, assim como os propósitos edificantes que trabalham pela harmonia do grupo familiar e da sociedade. Embora  vendo-se os diferentes níveis de consciência em que estagiam as criaturas, compreende-se que há uma diversidade considerável de conceitos e de comportamentos, nem sempre compatíveis com a educação, as leis e a convivência humana.

Não se pode esperar que todos os indivíduos tenham a mesma maneira de proceder, que tenham conduta que estimulam o progresso e a paz.

Eles conduzem as características que lhes formam a personalidade, as vezes trazendo azedume, agressividade, individualismo doentio...

Divergem no bom senso, no saudável, alguns mantendo-se à margem da corrente do bem, em situação contrária a tudo quanto trabalha pela harmonia.

Tolerá-los é dever de todos que estão em nível superior de discernimento, para não lhes piorar a situação deplorável em que estagiam, nem abrir áreas de litígio desnecessário que agrava os relacionamentos humanos.

A tolerância é filha da amizade e irmã da educação, porque ensina sem palavras como todos devem se comportar, especialmente em relação de uns com os outros.

Compreender o limite intelecto moral do seu próximo deve ser a atitude daquele que já vislumbra a fraternidade, podendo distinguir as variantes da conduta humana e selecionar as que lhe devem continuar roteiros de segurança para as conquistas da evolução.

Esse comportamento é muito importante para a construção da sociedade harmônica, dando a todos os mesmos direitos de liberdade de pensamento, de palavra e de ação, embora nem sempre concordando com eles.

Não impor as próprias ideias, expondo-as com oportunidade e discernimento, para não ferir convicções nem agredir condutas, é a maneira mais conforme com o bem viver.

Como animal gregário que deve viver em comunidade, o ser humano não deve se permitir a presunção de se considerar irretocável, dando a impressão de que todos estão enganados e só ele conhece e pratica o certo, a verdade...

A presunção, em qualquer aspecto, é lamentável comportamento agressivo, que desrespeita os valores das outras pessoas.

Apesar da necessidade de tolerar-se, não deve permitir a conivência com o erro, com tudo que agride os  valores considerados dignos e estimulantes do progresso humano.


A tolerância é um sentimento de compreensão fraternal em relação ao outro, àquele que está em diferente patamar de entendimento da vida.

Necessário é que o ser se revista de coragem para aceitar a conduta diferente como a que melhor se adapta àquele indivíduo, mantendo-se coerente com a sua maneira de entender e de considerar a vida e os seus valores.

Coragem que não se dobra submissa em forma de ridícula humildade ou de subserviência humilhante.

A lealdade para se estar ao lado de quem pensa e age incorretamente, mesmo que não concordando, e demonstrando-o sem palavras, através da conduta correta, é manifestação edificante de tolerância.

O que não é correto não pode adquirir cidadania, seja por intermédio de quem for. É comum valorizar-se determinados conceitos, tendo-se em vista as pessoas que os expendem. Não é, porém, o indivíduo que dá dignidade à ideia, mas é ele quem se honra com a mesma. Uma opinião elevada, enunciada por um idiota, não perde o seu conteúdo em razão daquele que a apresenta, assim como uma asnice dita por um intelectual não se transforma num conceito relevante.

O processo evolutivo de natureza ético-moral não pode ser visto como uma vertical impecável ou uma horizontal perfeita, sem nuanças e oscilações, porque toda aprendizagem resulta das experiências do erro e do acerto.

As variantes para cima ou para baixo proporcionam uma inclinada na qual as conquistas novas se estruturam sobre as anteriores, sofrendo algumas descidas, mas sempre ascendendo...

A tolerância faz parte desse projeto de crescimento, pois desenvolve os nobres sentimentos da amizade, da compaixão, que se transformam em amor e caridade, a medida que se aprofundam no cerne do Espírito.

Quando se convive, demonstra-se a debilidade de caráter, que não possui a qualidade da decência para divergir sem agredir, exteriorizando insegurança moral diante do que se sabe, daquilo em que se crê.

É muito sutil a linha divisória entre ser tolerante e conivente, sendo necessária uma dose de sabedoria para os relacionamentos humanos.

Quando alguém abraça uma ideia que lhe parece a mais compatível com a felicidade, a que melhor esclarece os enigmas da vida, logo lhe ocorre o desejo de comparti-la com familiares, amigos, com as pessoas gratas... Às vezes, no natural entusiasmo do deslumbramento inicial, apresenta-se a todos, confiando que será bem entendido e a sua mensagem aceita, chocando-se, quando defronta resistência, caindo no ressentimento e na amargura...

É bom lembrar que, o que é motivo de alegria e de felicidade para uns, não é para outros.

Essas diferenças conceituais e ideológicas formam o painel de beleza que deve, por enquanto, viger no mundo, permitindo que cada membro da sociedade apresente-se como é, no maravilhoso esforço de crescimento para a unificação, nunca para a uniformização, a igualdade perfeita...

No atual estágio moral da Terra é utópico imaginar-se uma sociedade com todos os seus membros harmonizados, unidos com os mesmos sentimentos.

Cada um possui metas especificas que pretende alcançar, e o papel do companheiro, do amigo, é o de cireneu, de auxiliar discreto e generoso.

Ninguém tem a mesma tolerância de Jesus.
Compassivo, entendia todas as misérias humanas, suas necessidades e aflições.
Generoso, sempre esteve às ordens daqueles que o buscavam.
Nunca se entediou com as pequenezas e irrelevâncias a que as criaturas davam superior importância.
Mesmo assim, nunca compactuou com a hipocrisia dominante, com a pusilaminidade dos enganadores e mentirosos, sendo austero e definitivo, especialmente diante da classe sacerdotal e do farisaísmo poltrões, invectivando a conduta desses servos da pequenez moral com severidade, chamando-os de “sepulcros caiados de branco por fora, sendo dentro somente podridão,” ouraça de víboras, até quando vos suportarei?”...

Com a Sua autoridade e a agudeza que penetrava o âmago dos sentimentos humanos, podia falar-lhes com franqueza, desnudando-os.

Mesmo sendo tolerante, surgirá ocasião oportunamente em que se te tornará necessário um comportamento austero, mais ou menos dessa natureza, porém, sem ressentimento ou rancor, sem ódio ou desespero por aqueles que se encontre na situação infeliz...

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 24/06/2017.

sábado, 17 de junho de 2017











GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

Reflexões sobre Deus

A ânsia da inteligência humana para interpretar todos os enigmas do Universo é compreensivel. E conforme aumenta o conhecimento, ampliam-se as percepções de outras questões  desafiadoras.

No período da ignorância medieval, a fé cega impunha limites na compreensão das incógnitas da vida e todas as suas expressões, a natureza e o Cosmo.

Reduzido o conhecimento e ameaçado pela perversidade dominante, bastava as informações irrelevantes para asserenar-se o pensamento indagador, mesmo à força da crueldade e da ignorância.

Mesmo assim, Espíritos missionários encarregados de ampliar os conhecimentos através da inteligência, emboscaram-se no corpo somático, ou encarnaram-se, trazendo as informações seguras do mundo causal, a respeito da realidade, e, aos poucos, foram sendo aclarados os mistérios, consequentes da pobreza da percepção e do entendimento das leis que regem tudo.

A mística religiosa, simplista e primitiva, resumia tudo que se desconhecia à mistério, que o ser humano não tinha o direito de penetrar, permanecendo no atraso em que se encontrava.

Apesar disso, ultrapassando limites e destruindo barreiras, esses apóstolos da cultura demonstraram que tudo que se ignora faz parte do infinito conjunto da realidade que espera por análise e pesquisa, com a finalidade de serem decifradas.

Muitos, com os registros trazidos da esfera espiritual, no inconsciente profundo, fizeram investigação que resultaram nas descobertas que facilitaram a sua, e de milhões de outras vidas do seu tempo, tanto quanto as que viriam depois.

Utilizando-se da ótica, criaram telescópios que penetraram no quase insondável do infinito e descobriram as galáxias, desmistificando a tese das lanternas mágicas que iluminavam as noites, e por meio dos microscópios, descobriram o reino das partículas que constituem a matéria, permitindo que as ciências como a Física, a Química, a Biologia, a Fisiologia, a Astronomia e as que surgiram oportunamente pudessem estudar o que parecia impenetrável e equacionar até o impalpável ou imponderável...

As doutrinas psicológicas abriram o campo do entendimento em torno dos mecanismos do ser pensante, e muitos conflitos e distúrbios de conduta poderam ser conhecidos e solucionados, dando dignidade ao ser humano, que se debatia nos invisíveis e rudes sofrimentos.

A Medicina pôde compreender o mecanismo das doenças e oferecer melhor qualidade de vida aos seres humanos, arrancando-os das aflições.


As doutrinas filosóficas romperam o classicismo ancestral e abriram caminhos que facilitaram o  entendimento para a vivencia de condutas não castradoras, trazendo mais ampla compreensão em torno do fenômeno da vida e dos relacionamentos humanos.

A Sociologia abriu as portas aos direitos humanos, às responsabilidades diante da vida, sob o amparo das ciências das leis, enquanto a Ecologia elaborou programas de preservação da natureza e do planeta, responsabilizando todos os seres predadores, particularmente o humano, pelos efeitos danosos vindos  da sua conduta extravagante.

Muitas ciências, hoje, trabalham harmoniosamente com outras, como as neurociências, a Biologia molecular, a Genética, com a sua engenharia em torno do DNA, procurando encontrar no genes a estrutura histórica da evolução da vida.

Em todo esse complexo de conquistas e informações, Deus continua como o Grande Enigma, esperando a compreensão da inteligência humana e o amor do humano sentimento.


Considerando-se Deus como a Causa Incausada do Universo, é compreensível que não possa ser abarcado pela inteligência de um só golpe, numa reflexão cultural externa.

Entendendo-se que se trata da Inteligência suprema e Causa primeira de todas as coisas, conforme O definiram a Allan Kardec, na questão nº1 de O Livro dos Espíritos, os Instrutores desencarnados da Humanidade, somente Deus pode entender Deus.

Compreender o Absoluto é torná-lo relativo e limitado.
Interrogado sobre a origem do Universo, sem a presença de Deus, um físico quântico disse: “Existem no Universo duas forças: uma de natureza intrínseca e outra de natureza extrínseca, que deram origem a tudo quanto existe. Se alguém perguntar-me; e quem fez essa força?, a resposta é simples: uma força super-intrinseca e outra força super-extrinseca...E sucessivamente...

Compreender Deus não significa submetê-lO ao limite do intelecto humano, ainda incapaz de voos mais ousados no entendimento das Leis que vigoram.

Sendo a Causa Absoluta, pelos efeitos vai-se aos poucos entendendo a Sua magnitude e grandeza.

Quando a mente alcançou as micropartículas e percebeu a existência de outras ainda menores mais desafiadoras, foi constrangida a passar da compreensão derivada do material para o conceito das probabilidades matemáticas, conforme alguns estudos na física quântica ou das ousadas concepções...

E, quando descobriram os quasares azuis, modificou o conceito do Universo infinito, se começou a crer que as partículas que saíram da grande explosão fugindo do epicentro,  alcançaram a borda que as faz voltar, produzindo esse efeito no momento do encontro com as que ainda estão avançando na direção de onde aquelas voltam...

Aos poucos, o conhecimento científico e tecnológico vai conseguindo identificar Deus na criação, diante da ordem presente em tudo e em toda parte, mesmo no chamado de caos...

Disse Santo Agostinho, interrogado se Deus existe:- Se ninguém me pergunta quem é Deus eu sei, mas se me perguntam eu não sei.

Buda, dizia : - Somente Deus, o Espaço e o Infinito podem definir o Infinito, o Espaço e Deus...

Se um deles passar a ser contido na mente humana, deixam de ser o que é e como se apresentam, tornando-se finito, limitado e deus...

Abraça, a grandeza de Deus, contemplando a Sua obra e deslumbrando-te com ela, nas  complexas manifestações que consigas alcançar.

Pergunta, ao amor, como compreender Deus, e ele trará peculiar emoção interna que te trará repouso e paz.

Avança no conhecimento, na investigação, no estudo, trabalhando e trabalhando-te, sem cessar e, quando menos esperes, Deus estará escondido, mas bem presente no teu sentimento, no teu discernimento, na tua vida.

Por considerar extemporâneo falar sobre Deus em toda a Sua grandiosidade, no tempo em que esteve na Terra, Jesus, em Sua magnifica sabedoria, resumiu todas as conceituações sobre Ele, dizendo com simplicidade, que é o Pai.

Como Genitor Único, é a Inteligência suprema e causa primeira de todas as coisas, isto é: a Causa Incausada.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 17/06/2017.

sábado, 10 de junho de 2017


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

As Lutas Abençoadas

Compreende-se que os realizações que nobilitam o ser humano exijam esforço e desgaste. O combustível que sustenta a chama também se esgota, à medida que colabora para que exista a claridade.

O organismo é sustentado pela energia que se consome na mesma medida em que é utilizada.

Tudo são trocas no Universo, como fenômeno natural das transformações a que estão sujeitas.

Por isso a vida, em contínuas alterações.

Com relação aos seres humanos, tais transformações são consequência da forma como são aplicadas as forças  recebidas para o ministério da evolução.

Qualquer esforço produz cansaço e, se não for administrado, traz mal-estar e desequilíbrio.

Podem-se então organizar as atividades compatibilizando-as com as resistências e a capacidade interior de cada um.

Veja-se que nas atividades do Bem, apesar do prazer da realização, experimente-se os efeitos desagradáveis do uso das energias. Mantendo a mente em equilíbrio, porém, renovam-se as forças com facilidade, causado pela sintonia com os dínamos geradores de vida, no mundo transcendental.

Embora seja comum encontrar pessoas abnegadas que se dedicam à solidariedade e aos serviços de edificação, reclamando de dificuldades, de incompreensões, de problemas, como se essas ocorrências não fossem esperadas.

O preço da realização é a contribuição pessoal de quem se candidata ao empreendimento. Quando espera compreensão e apoio, mesmo que inconsciente, deseja retribuição, pelo reconhecimento. Mas quando se está inspirado pelo sentimento de amor e de abnegação, não lhe pesam as cargas de aflição que inevitavelmente ocorrem.

Qualquer movimento altera a ordem em vigor, porque nada repousa no Universo. O mais frágil ou fraco reflete no lado contrário do local em que teve origem, conforme a qualidade e a força de emissão da onda.

Esse movimento altera a estrutura do planeta e da Humanidade que o habita, mantendo o ritmo a que tudo se submete.

É natural que, ocorram também, entre as criaturas, os reflexos emocionais, sociais e mentais, produzindo os efeitos   correspondentes.

Enquanto viger os estágios inferiores do processo de desenvolvimento moral e espiritual dos seres humanos, as lutas serão inevitáveis.

Não importa se os esforços sejam nobres; aliás, por isso mesmo,  irão alterar o meio ambiente e aqueles que o habitam, provocando reações equivalentes às suas necessidades.

Toda vez que se impõem as necessidades de transformação moral em qualquer seguimento da sociedade, logo se levantam as forças dominantes habituadas ao desequilíbrio, tentando obstaculizar a marcha do progresso.

É inevitável que sejas chamado às lutas abençoadas da construção do mundo melhor pelo qual todos desejamos, sofrendo dificuldades e acrimonia.


Não desesperes nos empreendimentos dignos e nas realizações edificantes porque enfrentas empecilhos e incompreensões.

Paga o justo preço de transformar a sociedade para mais feliz, começando o trabalho em ti mesmo, através da alegria de viver, da maneira saudável de enfrentar os obstáculos, de persistir no bom combate.

O caminho da edificação é longo e cheio de obstáculos, que devem ser retirados gentilmente.

Enquanto outros reclamam, sê tu aquele que louva.
Diante dos que se rebelam, permanece em paz.
No desencanto dos imediatistas, que esperam alterações miraculosas e sem esforço pessoal, persiste com calma, nem avançando demais nem recuando com precipitação.

Cada passo deve ser dado com segurança, tornando-se base para os futuros empreendimentos.

Narra uma história sufi que um rei dedicado ao seu povo, sentindo-se incompreendido, resolveu testar o comportamento geral de forma muito especial.

Com alguns servos, em um amanhecer ainda em sombra, mandou colocar uma grande pedra na curva de uma estrada muito movimentada.

Terminado o serviço e vestido com simplicidade, disfarçando a majestade, ficou, a regular distancia, observando as reações dos viajantes.

Logo cedo, apareceram alguns cavaleiros que iam a caça. Surpresos com o inusitado na estrada, passaram a reclamar com azedume, referindo-se à negligencia administrativa e ao desinteresse do rei pelos seus governados.

Veio uma carruagem em alta velocidade e, defrontando o impedimento, o cocheiro freou o veículo em tempo, desviando-o, enquanto praguejava, revoltado.

Um grupo militar em exercícios físicos, correndo, surpreendido pela pedra na curva, esbravejou, acusando os responsáveis pela manutenção da via, seguindo adiante com revolta...

Assim passou todo o dia. Cada pessoa que defrontava o obstáculo, reclamava, referia-se às autoridades, mas não fazia nada de proveitoso.

Ao cair da tarde, desencantado, o rei preparava-se para mandar retirar o impedimento, quando notou uma camponesa que vinha caminhando com a enxada ao ombro e, surpreendida com a pedra no caminho, parou, meditou, e comentou em meia voz: - Que estranho! Nunca havia notado esta pedra aqui! É muito perigoso.

Deixando a enxada à margem, tentou empurrar a pedra volumosa para o outro lado, o que conseguiu a muito esforço.

Quando ia aplanar a terra, percebeu uma caixa de ferro embaixo e uma nota que dizia:

“Este é um presente para quem removeu a pedra. Enquanto alguns reclamam, e nada fazem, merece premio aquele que se preocupa em evitar desastres sem queixar-se ou irritar-se”.

Desse modo, todo aquele que se dispõe a servir nunca deve reclamar das dificuldades que defronta, cabe-lhe o dever de melhorar o caminho para todos quantos veem depois.



Abraçando o ideal de construir o bem onde te encontres, permanece paciente e otimista.

Escolhestes o serviço a que te dedicas, não tens motivos de reclamação nem queixumes.

Entregas-te ao ministério do auxílio porque te sentes feliz com isso, portanto disposto a contribuir por um mundo melhor.

Não te canses de amar, nem te negues de servir. A verdadeira felicidade pertence a quem trabalha e semeia luz pelo caminho em sombras.

Jesus, o Celeste Servidor, até hoje continua ajudando as criaturas humanas a encontrar o rumo da libertação, sem  azedume ou desencanto, embora a ingratidão de quase todos para com Ele...

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 10/06/2017.

sexta-feira, 2 de junho de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
A FELICIDADE POSSIVEL

A ambição natural do ser humano é a conquista da felicidade.

Mas o conceito, de felicidade,  difere de indivíduo para outro, assim como ocorre com as diferentes escolas do pensamento filosófico, quando abordam a mesma questão.

Repassando-se os princípios das várias correntes de escolas que estudaram a felicidade, como o hedonismo, o cinismo, o estoicismo, o idealismo, o espiritualismo, o utilitarismo, o existencialismo, o pessimismo, para citar apenas algumas, vemos que a questão felicidade varia de conceito!

Variando conforme os níveis da evolução dos grupos humanos, percebe-se que predominam o utilitarismo e o existencialismo, reduzindo a vida física ao fenômeno biológico, suas sensações e prazeres, que passariam a ser fundamentais na conquista do bem-estar sem problemas.

Uma analise dessa escolha mostra a inconsistência de tal aspiração, considerando que a organização física está sujeita a situações de insegurança e transformações, mudanças de contexto e acontecimentos inevitáveis.

Tais alterações transformam-se em dificuldade para manter um programa de satisfações plenas, de sensações  prazerosas.

Os sentimentos são os veículos emocionais que expressam a realidade do ser humano, mesmo que nem  perceba o que lhe ocorre.

Nascendo no cerne do Espírito, traduzem-se conforme o nível de evolução, que se exterioriza na maneira de conviver com as outras pessoas e consigo mesmo.

Quando entorpecidos pelos interesses imediatistas, sobrecarregados pelas toxinas dos desejos mais grosseiros, mostram-se perturbadores, agressivos, muitas vezes asselvajando os seus portadores, ou refletindo o primitivismo que os caracteriza.

Nos indivíduos que vivenciam os níveis elevados de consciência, as aspirações apresentam-se com formulação ético-moral relevante, na qual os sentimentos são de solidariedade e afeição, humanitarismo e compaixão, que promovem o progresso capaz de libertar os que sofrem os efeitos das correntes em que se encontram prisioneiros.

O seu conceito de felicidade difere muito dos que dão primazia ao egoísmo e tudo que a ele se refere.

O espiritismo, convidando a reflexão em torno do ser integral, como Espírito imortal que é, traça diferentes contornos e conteúdos sobre a felicidade.

Situada a vida carnal entre o berço e o túmulo, não a limita a esse curto tempo, mas dilata-o, considerando a anterioridade e a sobrevivência do Espírito à morte, o inevitável acontecimento de que ninguém foge, ampliando os horizontes de felicidade.

Com essa visão da realidade, elimina muitos fatores que se apresentam como desdita, infelicidade, como os sofrimentos de qualquer natureza, a morte, a saudade, demonstrando que todos esses fenômenos são passageiros ante a grandeza da vida em si mesma.

O importante não são as satisfações que se fruem, mas deixam insatisfação e ansiedades por novas experiências. Essa ocorrência frustrante trabalha pela inquietação do ser e da constante busca de sensações mais fortes.


A felicidade é de fácil conquista e deve ser tentada continuamente.

Não é resultado do que se pode acumular e desfrutar, mas do estado interior de cada um, resultado das aspirações mais elevadas e dos sentimentos harmonizados com a vida.

Se a felicidade fosse o gozo seguido, teria se fixado na organização fisiológica propiciadora de sensações.

As sensações tem caráter efêmero e insatisfatório, produzindo cansaço e tédio, transformando-se em mal-estar.

A felicidade constitui-se do bem-estar que deflui da consciência de paz, fruto natural dos pensamentos edificantes que levam aos atos retos e dignificadores.

Aquele que pensa com elevação de propósitos enriquece-se de energias saudáveis, adquirindo o hábito de manter-se em equilíbrio emocional, favorecendo-lhe o comportamento social edificante.

Nesse sentido, não buscar a posse do que se consegue deter, transforma-se em limite satisfatório para evitar preocupação desnecessária, escravização aos recursos  acumulados, avareza e desconfiança.

Daí, a amizade se estende generosa, produzindo um clima de alegria em relação às demais pessoas, porque o ser humano é essencialmente um animal biopsicossocial de origem espiritual, que precisa conviver com o outro, ao seu lado trabalhar pelo progresso pessoal, resultando no desenvolvimento comunitário.

E assim, surge-lhe o espontâneo prazer de servir, de ser útil, de ter o tempo preenchido com preocupações não desgastantes.

A felicidade desconhece o medo de perdê-la, porque, não tendo uma conotação física, desenvolve-se no plano da estesia, da emoção elevada, da satisfação de estar-se bem consigo mesmo.

O belo, o honesto, o pacificador que se apresentem de qualquer tipo, constitui-se, sem dúvida, fator de felicidade.

É preciso ter em mente que a vida na Terra não é uma viagem fascinante ao país da fantasia, nem é, por enquanto, o formoso oásis que muitos desejam para transformar em colônia de férias e de inutilidade.

O nosso abençoado planeta é bela escola de aprendizagem e de crescimento interior, na qual as experiências são multifacetadas com alegrias, tristezas, tensões, ansiedades e sorrisos, que devem ser administrados com sabedoria.

Por isso se pode ser feliz mesmo no sofrimento, por compreender-lhe a finalidade superior que é a lapidação das arestas morais defeituosas para que sejam trabalhadas as áreas que irão refletir a luz da sabedoria em forma de paz.

Pensa-se, sem fundamentação real, que os lugares, as situações, os recursos amoedados são essenciais para a felicidade. Sério engano. Eles podem criar condições de alegria, de exibicionismo, de lazer, de ócio, pois, se o indivíduo não estiver em harmonia íntima consigo mesmo, ao seu próximo e a Deus, onde quer que se encontre vai carregar sempre as preocupações e os conflitos que lhe pesam na consciência.

Apesar de que, muitos indivíduos que ainda se encontram nas faixas exclusivas da organização fisiológica, sem maiores aspirações, refestelam-se nos sentidos e acreditam que os excessos a que se permite, os gozos que frui, são os tesouros da felicidade.

Logo, porém, alargam-se-lhes os prazeres, sutilmente surge o vazio existencial que os empurra aos comportamentos viciosos e entorpecentes como forma de fuga para lugar nenhum.



A felicidade é constituída de pequenas ocorrências, delicadas emoções, sutis aspirações que se convertem em realidade, construções internas que facilita ou permite a paz interior.

Pergunte-se aos gozadores se eles estão felizes, satisfeitos com a vida, e com certeza responderão que se encontram saturados, cansados, desinteressados praticamente de tudo.

Assim, consciente das muitas bênçãos que tens recebido da vida, especialmente se dispões de um corpo harmônico e saudável para aplicar-lhe as forças para o desenvolvimento intelecto-moral, amando e servindo sem cessar. Mas, se te encontras com algum limite orgânico, com sofrimento de qualquer natureza, agradece a Deus a honra de resgatar os erros e adquirir o necessário equilíbrio para a felicidade que logo chegará.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 02/06/2017.