Blog: Psicologia Espírita
REFLETINDO A ALMA
GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
livro em leitura e estudo: Jesus e atualidade
texto em estudo: Jesus e Desafios
o processo de evolução constitui
para o Espiritismo um grande desafio.
Acostumado às vibrações mais fortes no campo dos sentidos físicos,
só quando a dor o visita é que ele
começa a aspirar por impressões mais elevadas nas quais encontre lenitivo,
anelando por conquistas mais
importantes.
Vivendo em luta constante contra os fatores constringentes do estágio em que se demora vez por outra
experimenta paz,
que passa a querer em forma duradoura.
No começo são as dores com intervalos de bem-estar que o
assinalam,
até conseguir a tranquilidade com breves
presenças do sofrimento,
culminando com a plenitude sem aflição.
De degrau em degrau, ascende, caindo
para levantar-se, atraído pelo sublime tropismo do Amor.
Conseguir o estágio mais alto
significa-lhe triunfar.
Aturdido e inseguro, descobre
uma conspiração quase geral contra o seu fatalismo.
São as suas heranças passadas que agora
ressurgem,
procurando retê-lo na área estreita do
imediatismo,
em nível inferior de consciência,
onde apenas se nutre, dorme e se
reproduz,
com indiferença pelas emoções
do belo, do nobre, do sadio.
Anestesiado pelas necessidades vegetativas,
busca apenas o gozo,
que termina por causar-lhe saturação,
passando a um estado de tédio
que antecipa a necessidade
premente de outros valores.
Lentamente desperta para realidades que
antes não o sensibilizavam e,
de repente,
passam a significar-lhe meta a
conseguir,
sentindo-se estimulado a abandonar a inoperancia.
O psiquismo Divino, nele latente,
responde ao apelo das forças superiores
e
desatrela-se do cárcere celular,
igual a antena que capta a emissão de
mensagens alcançadas somente nas ondas em que sintoniza.
O primeiro desafio, o de penetrar emoções novas, o atrai,
leva-o a tentativas cada vez mais
complexos, mais audaciosos.
Experimentando este prazer ético e
estético, diferente da brutalidade do primarismo, acostuma-se com ele e
esforça-se para novos cometimentos que, a partir de então, já não cessam, desde
que, encerrado um ciclo, qual espiral infinita, outro prazer se abre atraente,
parecendo cada vez mais fácil.
Tudo na vida são desafios às resistencias.
A Lei da Entropia degrada a energia que tende à consumpção,
para manter o equilíbrio térmico de
todas as coisas.
O envelhecimento e a morte
são fenômenos inevitáveis no cosmo
biológico e no Universo.
Os batimentos cardíacos
são desafios à resistencia do
músculo que os experimenta;
os peristálticos
são testes constante para
as fibras que os sofrem;
a circulação do sangue
é quesito essencial para
a irrigação das células;
a respiração
constitui fator básico, sem
o qual a vida perece.
Tudo isso e muito mais, na área dos automatismos fisiológicos, a
interferir nos psicológicos.
É natural que o mesmo também ocorra no
campo moral do ser, que nunca retrocede e não deve parar por nenhum pretexto.
No progresso, a evolução é inevitável.
A felicidade é o ponto final.
Não cabe ao homem recuar na luta,
a não ser para reabastecer-se de forças
e prosseguir nos embates.
O crescimento de qualquer ideal resulta
dos estágios inferiores vencidos,
das etapas superadas,
dos desafios enfrentados.
A sequoia culmina a altura e o volume máximos, célula a célula.
O universo se renova e continua, molécula a molécula.
Facilidade é perda de estímulo com prejuízo para a ação.
Toda a vida do Mestre
foi um constante suceder de desafios.
Choques, no seu meio social e familial foram-Lhe as primeiras
dificuldades,
que foram ultrapassados, pela superior
finalidade para a qual viera.
Ele não aceitou carregar o fardo do
mundo em caráter de redenção dos outros,
mas ensinou cada um a conduzir o seu próprio compromisso em paz de
consciencia; não assumiu as tarefas alheias, nem
deixou de demonstrá-las como fazê-las; altaneiro, sem presunção, sem submissão
covarde.
Os desafios da sociedade
injusta e arbitrária chegaram-Lhe provocadores, nas situações, pessoas e
circunstancias;
apesar disso, sem deter-se, Ele
continuou íntegro, enfrentando-os sem ira ou medo.
Passou aquele tempo;
todavia, permanecem os resíduos
doentios.
Alterou-se a paisagem,
não os valores, que continuam
relativamente os mesmos, criando obstáculos e insatisfações.
Enfrenta os desafios da tua vida, com serenidade.
Não esperes comodidades que não mereces.
Faz a tua marcha,
indômito, protegendo os teus valores íntimos e aumentando-os na ação
diária.
Quem teme a escuridão, perde-se na
noite.
Sê tu quem acende a lâmpada
e clareia as sombras.
Desafiando, Jesus venceu.
Segue-O e nunca pares nos desafios para o teu crescimento espiritual.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado
por Divaldo Pereira Franco, no livro Jesus e Atualidade, Trabalhado e estudado
por Adauria Azevedo Farias. Em 15/02/2022.