sábado, 26 de agosto de 2017

“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
IDENTIDADE COM DEUS
A identificação é uma das qualidades psicológicas responsáveis pela definição do ser humano, junto a outras importantes, como: a personalidade, o conhecimento e a consciência.

O individuo pode ser qualificado pela afinidade emocional e o comportamento as ideias e os anseios íntimos cultivados.

Com as aspirações internas, formam-se sintonias de grupos, aglutinando-os em sociedades ou núcleos que formam a humanidade.

Se são nobres, promovem o progresso moral e social da pessoa e consequentemente, do conjunto, aprimorando dessa forma a cultura, a ciência e as artes, a tecnologia e o humanitarismo fortalecendo o ajuste e a harmonia global. Os que resultam de paixões dissolventes, formam os guetos de criminalidade, as forças da violência, as gangues da insânia e das alucinações coletivas, as tribos da drogadição, indo para os abismos do horror das lutas sangrentas e perversas.

As propostas filosóficas e o conhecimento nas várias áreas do saber atraem os seres humanos às suas fileiras e os classificam, tornando-se conhecidos pelos modismos e condutas, as vezes extravagantes e agressivos.

Desafiam o status quo, chamando a atenção pela maneira exibicionista por onde projetam a imagem prepotente que escraviza a sua vítima, realizando-se de forma chocante para autorealizar-se.

São passageiros, porque os seus líderes, vencidos pelas angustias que os envenenam e que não falta-lhe coragem de enfrentar, fogem da realidade para as fantasias que se transformam em pesadelos terríveis, insuportáveis...

Esses fenomenos ocorrem também na fé religiosa, com os mesmos efeitos psicológicos, nas várias definições em que se identificam.

O cristianismo, não foi exceção no seu  roteiro de expansão terrena.

Desde que Lucas, o futuro apóstolo do evangelho, fascinado por Jesus Cristo, no período da pregação paulina, sugeriu que os Seus discípulos fossem chamados cristãos, que a identificação os inscreveu na história como os conquistadores do mundo espiritual.

No início, a força ciclópica da abnegação e do amor que os animava escreveu no holocausto da própria existência a mais desafiadora página de dedicação ao próximo e a Deus de que se tem notícia, e o martirológio tornou-se o sublime recurso de expansão da mensagem libertadora, que passou a dominar, no Ocidente, o mundo conhecido de então.

Conforme Santo Eusébio, cristão primitivo do século IV, à medida que as facilidades e as disputas humanas substituíram os testemunhos e os sacrifícios dos mártires, a floração da fé emurcheceu e quase morreu...

Depois, a denominação passou a inspirar suspeitas, pavores e ódios, pela alucinação e pelo fanatismo que tomaram conta dos que, assim se identificavam.

Uma noite terrível, caiu sobre a sociedade pouco iluminada, de quando em quando, pelos apóstolos da verdade que renasceram com a missão de sustenta-la nos sofrimentos em que se debatiam.

Quase nada ficou das iluminadas mensagens de amor e compaixão ensinadas e vividas por Jesus, obrigando a caridade a esconder-se, envergonhada, na divina misericórdia...

Veio o Consolador, e novamente o  brilho do evangelho com um sol especial passou a iluminar as vidas e a aquecer o frio das almas.

Aos poucos, conforme se vem popularizando, a vulgaridade e a insensatez humanas tomam conta das suas fileiras, tentando ocultar-lhe as suas luzes.


Nesse báratro que domina a sociedade contemporânea que debate-se nos sofrimentos inenarráveis e atemoriza-se ante as ameaças perversas de outros males sem conta, a identidade cristã perdeu quase completamente o seu significado inicial.

Negocia-se, mente-se, guerreia-se, infelicita-se em nome de Jesus, firmam-se tratados e decretos citando as Suas palavras, enquanto o ser humano continua abandonado à própria sorte...
Muitos cristãos novos, que bebem na fonte do evangelho trazido pelo espiritismo a água pura e cristalina do dever, do amor e da caridade, descuidam-se da conduta crística, de ser irmão dos sofredores, de seguir mil passos a mais ao lado daquele que lhe solicita a companhia por apenas mil; de dar o manto a quem necessita somente da capa; de despir-se da ostentação, do orgulho e do egoísmo para servir, ao invés de ser servido pela mensagem que se expande pelo mundo.

 O campeonato das vaidades, e das disputas pelos favores de César e pelas glórias de Pirro desequilibram muitos servidores que se comprometeram em não repetir os erros do passado.

Iniciam o ministério do amor dominados pelo entusiasmo da ingenuidade e do encantamento, para trasladar-se para as volúpias do prazer e das compensações imediatas.

Sexo, poder, luxo e distinções sociais fascinam-nos e intoxicam-nos no festival da ilusão.

Soberbos uns e irreverentes outros, passeiam a incoerência da conduta em relação à fé nas paisagens humanas, dando a impressão de que a enfermidade, a velhice e a desencarnação jamais os alcançarão...

Abraçando as imposturas terrestres, disputam-lhes a aceitação, afadigando-se pela conquista dos comportamentos artificiais, cultivando as técnicas do comunicação exterior, esquecidos da irradiação do bem-estar, da harmonia e da alegria de viver, que os deveriam impregnar, .

O exterior e-lhe mais importante do que o interior.

Apresentam-se como novos sepulcros do ensinamento evangélico bem cuidados por fora, e imundo por dentro...

Cuida de tua identidade crística.
Mantém-te simples e sem atavios.
Cultiva a bondade e faze-te útil.
Sorri e ama, auxiliando sempre.
Não importa que não sejas conhecido ou afamado, lutando, porém, para seres iluminado,..
Apresenta Jesus e oculta-te, recorda-O e esquece as tuas ambições enganosas, fazendo que todos que de se aproximam vejam-No em ti.

Vinculado a Jesus, seja tua a identidade Dele.


A volta aos dias apostólicos é o impositivo destes difíceis momentos.

Pode parecer paradoxal que, no século da ciência e da alta tecnologia, o amor passe a governar a vida e os seres humanos, pois que não há outra alternativa.

Já foram tentados muitos outros comportamentos que resultaram em desar e tragédia, permanecendo imbatível o do amor, aquele que identifica a criatura com o Cristo.

Experimenta-o, e não te preocupes  com mais nada...

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 27/08/2017.

domingo, 20 de agosto de 2017






“Gravitando em torno de Deus”

EM PLENO DESERTO
A aridez do deserto sempre atraiu o ser humano, especialmente aquele que necessita de paz, que luta para superar as tendências negativas e está ansioso pelo autoencontro.

No misterioso silencio do deserto, quebrado pelas tempestades de areia, das noites frias e estreladas, a reflexão, a interiorização são inevitáveis, e o indivíduo mergulha no insondável, descobrindo as incógnitas da vida e encontrando as respostas  para a continuação da jornada em cânticos de luz.

Nas tradições do judaísmo vemos Moisés com o povo libertado da escravidão no Egito, vagando no deserto até encontrar a terra prometida, quarenta anos depois...

Antecipando o ministério de Jesus, João buscou a solidão do deserto para impregnar-se da mensagem precursora da Boa-Nova, conquistando resistência física e moral para os enfrentamentos que o esperavam...

O incomparável Rabi, enfrentando as multidões famintas de amor e de paz, buscou o deserto por quarenta dias e noites em jejum e em comunhão com Deus... E sempre,  após atender as massas sofridas, buscava a solidão do deserto para refazer-se e impregnar-se de Deus...

Depois de receber o convite de Jesus às portas de Damasco, o jovem rabino Saulo de Tarso foi para o deserto no oásis de Dan, onde reflexionou por três longos anos, para conseguir as forças morais para as lutas que  travaria na divulgação do evangelho...

Tempos depois, os chamados padres do deserto, os ermitões e anacoretas, escolheram o silencio das regiões montanhosas e áridas, distantes da civilização, para poderem penetrar nos conteúdos sublimes do evangelho, superando os sofrimentos que os afligiam.

Comparemos simbolicamente o deserto, em uma metáfora, como o lugar ideal para a meditação profunda, a fixação do pensamento sublime distante das distrações, do imenso contingente das tentações.

Hoje, como no passado, há muita balburdia e correria no mundo, e  mais distrações como fuga da realidade, desviando as criaturas do foco da evolução e do pensamento nobre para a vivencia da futilidade e da insensatez.

A tecnologia da inutilidade está ao alcance de todos, desviando os seus aficionados dos compromissos graves e das responsabilidades severas, que substituem pelo vazio existencial. Em consequência, diminuem as suas resistências morais, quando testados na vivencia dos postulados dignificadores e sacrificiais, indispensáveis a vida feliz.

O ser humano precisa, do convívio com outras pessoas. Embora, quando não se encontrem enriquecidos pela persistência e abnegação, a coragem e a fé, caiam nas armadilhas do prazer, desviando dos objetivos mais importantes da vida.

Mas para equipar-se de energia, necessita, do silêncio, da meditação, de um tempo no deserto...


Hoje, a busca desse deserto não leva o indivíduo às regiões geográficas áridas e distantes da civilização, mas às paisagens interiores que esperam ser conhecidas pela reflexão profunda, alcançadas na busca do silencio iluminativo.

Na vida humana, não são mais os barulhos que representam a agitação, os sofrimentos, a perda de sentido psicológico, mas as renuncias, a procura da quietação, onde a alma se expande e ganha o infinito.

Aprendendo-se a ouvir as estrelas, consegue-se a harmonia interior, estabelecendo-se programas de alegria e de saúde, ao mesmo tempo deixando-se penetrar pela serenidade com que se podem enfrentar todos os desafios.

Quando se está habituado a pensar em silencio, no deserto íntimo, se encontra a alegria de viver, sob aplausos ou apupos, em estabilidade social ou em pendência de muitas realizações.

Esse equilíbrio íntimo é a resposta da autoconquista, do descobrimento dos legítimos objetivos da jornada, sem as ilusões dos triunfos enganosos.

Sempre se ouvem as arvores quando tombam na floresta, mas nunca se escuta o seu crescimento expressando a vida.

Esse silencio, é tão importante para o Espírito como o pão e a agua são para o corpo.

Na solidão o ser tempera o ânimo, identifica-se com a atividade de libertação, descobre como é passageira a sua marcha orgânica. Conquistando lucidez para compreender os acontecimentos, especialmente os que trazem dor e aflição.

Ocorre que, nesse estado de receptividade íntima, os sofrimentos não perturbam nem desarmonizam, mas produzem amadurecimento para as refregas da evolução que são inevitáveis, e, graças a elas, ocorrem os processos de crescimento e de conquistas.

Assim, o que se convencionou chamar dualidade do bem e do mal perde a condição de opostos, e passa a significar o que é agradável e produtivo em relação ao que é perturbador e desagradável.

Porque do mal pode-se tirar o bem, como com a treva que também tem sua quota de luz.

Tudo depende, da ótica do observador, da sua maneira de ser e de compreender os acontecimentos da vida.

Com esse comportamento saudável, aprende-se a discernir o propósito da sombra, aceitando-a, para a instalação da luz total.

No silencio dinâmico da mente que se dirige para os objetivos espirituais, está a alegria e bem-estar, fruindo-se da harmonia decorrente da consciência lúcida.

Os pensamentos, no entanto, vão e vem, chegam e passam... Os seus conteúdos transformam-se em ideais e realizações, substituídos por outros incessantemente.

A consciência, porém, fica acumulando as experiências vividas ao largo da existência planetária.

Educar-se a mente, disciplinando-se o pensamento, é recurso valiosos para a saúde espiritual, para o êxito da reencarnação.

O solilóquio bem elaborado constrói a sabedoria para os diálogos edificantes e produtivos, gerando os conhecimentos que levam às ações enobrecedoras.

Refletir, antes de agir, para que a ação seja digna e produtiva, é dever de todos que vivenciaram as experiências do deserto.

Quando não se consegue esse silencio que predispõe à harmonia, o acumulo de problemas não resolvidos leva à sua vítima para a depressão.


Analisa a existência que desfrutas e busca, vez que outra, o deserto...

Silencia as ansiedades e sofrimentos, equilibrando as emoções, para seres penetrado pelas vibrações do bem.
Atropelado pela balbúrdia que preenche os espaços físicos e mentais, és vitimado pelas circunstancias infelizes deste momento de conturbação.

Quando te sentires, na encruzilhada dos conflitos e das angustias, sem saber como agir, busca o deserto, e, no silencio, Jesus se te acercará, orientando-te com segurança.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 20/08/2017.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

ENQUANTO É OPORTUNO

Aumentam todos os dias sem cessar as oportunidades de crescimento espiritual.

Todos os dias, o homem pensa quase cem mil vezes, a maioria fixando-se apenas em pensamentos perturbadores, depressivos, negativos.

Com morbidez, guardando lembranças amargas de acontecimentos desagradáveis, ocorrências penosas, que são naturais na vida de todos.

E assim, experimenta mais desconcerto emocional do que bem-estar, embora pudesse deter-se nas expectativas otimistas, nas evocações agradáveis, bendizendo a vida e agradecendo-a.

Quando ele é atingido por uma enfermidade qualquer, cai no desencanto, piorando o quadro com altas doses de pessimismo, como se a dor fosse apenas dirigida para as outras pessoas e não para todos e assim para eles também.

Se a morte lhe visita o lar, desespera, lembrando o ser querido no período de enfermidade ou quando ocorreu o acidente fatal, quando deveria lembrar-se dos dias bons que viveu ao seu lado, das conversas construtivas, dos belos programas, das muitas horas de encanto.

Pediste a oportunidade de renascer na Terra, como és, conforme te encontras, envolvido (a) por desafios necessários à ascensão aos Altos Cimos da vida.

Sendo assim não te queixes, do que  anotas como falta, mas agradece o que possuis em demasia, e que em outros falta.

Evita a perturbadora busca dos teus direitos, compreendendo que esse é o momento para atenderes aos teus deveres, que esperam a tua decisão.

Não reclames do mundo nem das pessoas, já que tudo o que defrontas é foi elaborado por tu mesmo nas passadas experiências.

Não és constrangido a ser feliz ou infeliz mas sim,  conforme a tua escolha.

Os rios correm para os mares e oceanos até alcança-los, assim também as criaturas humanas avançam em direção da plenitude que as espera.

Não te abandones, assim, aos conflitos perturbadores que vem da insegurança emocional, da desconfiança em relação à misericórdia de Deus, o Excelso Pai.

Em qualquer circunstancia da tua caminhada terrestre, sê tu quem ama, quem serve, quem ensina bondade, quem esparze ternura. O mundo sofre da escassez de ternura e de benevolência. Ajuda para que essa carência seja diminuída.

Conquista a certeza de que a vitória do amor no mundo é inevitável, e antecipa-a, não revidando mal por mal, pois somente o bem é eterno.

Perdoa sempre e sem cessar, porque o ressentimento é veneno que se ingere, pensando-se na morte do outro, mas culminando na autodestruição...



Se precisas de amor, ama!
Se precisas de compreensão, compreende!
Se tens urgência de receber bondade, sê bom para todos.
Se tens anseio de companhia, torna-te companheiro dos solitários.
Se desejas paz, sê pacífico e pacificador.
Se queres libertar-te do sofrimento, aceita-o em confiança irrestrita em Deus.
A vida devolve conforme recebe.
Enquanto é oportuno, pensa na desencarnação, esperando-a com tranquilidade, para que, no momento em que se anuncie a tua libertação, como a ave enjaulada, possas, alegre, ganhar o espaço na direção de Jesus, que é o caminho para Deus.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 11/08/2017.

sábado, 5 de agosto de 2017


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
JESUS E O ESPÍRITO DO MAL

Em todos os tempos os cristãos conheceram as investidas perversas do Espírito do Mal, agredindo e sacrificando em atos indignos, querendo dificultar a dedicação ao Mestre Jesus.

Desde o começo, ele esteve sempre perseguindo o Mestre, com instrumentos como os fariseus, os saduceus, os sacerdotes e os indivíduos mesquinhos que tentaram criar embaraços, estimulando as forças dominantes para que Lhe dificultassem o sublime ministério.

Conhecendo-o de perto, o amorável Amigo dos que não tinham amigos mudava de cidade a cada novo ataque, ensinando a mensagem libertadora nessas contínuas jornadas,  em cada lugar em que a situação tornava-se insuportável, porque a Sua hora ainda não chegara.

Muitas vezes investiram nos obsidiados que Ele encontrava e os libertava. Outras vezes, era na hipocrisia e baixeza moral dos que O queriam confundir com sutilezas criminosas, tentando colocar na Sua boca palavras equivocadas, para criarem situações complicadas.

O Sublime Cancioneiro encontrou-o em todo lugar, disfarçado ou não, sempre hostil e insidioso, utilizando-se daqueles  que lhe oferecessem a sintonia doentia.

Beneficiários da Sua misericórdia e compaixão, até os companheiros do colégio galileu foram instrumentos desse cruel verdugo, que o Senhor venceu em todos os momentos, cumprindo a missão para  a qual veio.

Em Jerusalém, foi esse infeliz inimigo que enlouqueceu a massa ignorante, depois de envolver os invejosos do Sinédrio que com ele conviviam mental e emocionalmente.

Mas, naquele momento estava terminada a jornada incomum, o Seu instante para o holocausto por amor tinha chegado, e Ele permitiu que acontecesse o mais trágico e horrendo homicídio da História...

Os Seus acusadores e inimigos não eram apenas os desconhecidos; muitos que ali estavam foram beneficiados por Suas dádivas, mas dependiam dos criminosos intelectuais que os contrataram: os doutores, os exploradores da ignorância do povo...

Mesmo o que O vendeu, e o que O negou, foram vítimas das astucias desse Lúcifer rebelde e desventurado.

Conhecendo-lhe a força ingrata, o Divino Benfeitor recomendou vigilância e oração aos amigos como terapias preventivas, e no Getsêmani avisou para que orassem diante do perigo que rondava e que se transformaria em sombra e dor...

Mas o Seu amor incomparável,  conhecendo-lhe a loucura, pediu ao Pai que o Perdoasse, porque o agressor não sabia o que estava fazendo através dos  que se utilizava.

Assim, ficou, a lição, para que todos se precatassem do mal, conforme se encontra na súplica contida da Oração dominical.

O Espírito do Mal, Legião ou Trevas! – ei-lo em atividade no mundo.


Depois da morte e ressurreição do Mestre, ressurge no assassinato de Estevão, quando Saulo, enfermo da alma, se dispôs a prossegui-lO através dos Seus seguidores, continuando noutros perversos crimes executados: exilio, expurgo, morte...

Depois que Jesus lhe apareceu e convocou-o para o ministério, ei-lo novamente, agora contra aquele de quem se utilizara, usando todos os possíveis e imagináveis estratagemas para dissuadi-lo da renovação, da pregação, da vida nova...

Abandonado, sob contínua  suspeita dos companheiros cristãos, perseguido, apedrejado, banido, considerado morto, mas nada, o desanimou, e ele venceu o inimigo com elevação.

Em Icônio, o infeliz quis que ele assumisse a posição do deus Mercúrio, e Barnabé, que o acompanhava, após os  fenômenos que produziram, foi proclamado como a encarnação do deus Júpiter, e porque desmistificassem a trama, o perverso tomou dos judeus intolerantes que o apedrejaram, deixando-o, quase morto...

Por todo o bem que distribuiu, em Roma, nas Aguas salvianas, foi decapitado, em vitória contra o chamado Espírito do Mal.

Ao longo da História, particularmente na Idade Media, ele continuou combatendo o mal combate, levando a julgamentos  arbitrários e a penas absurdas todos que eram fiéis a Jesus, após vencer pela vaidade e presunção os outros Seus representantes na Terra...

Jan Huss, Jeronimo de Praga, cientistas e artistas inspirados, todos os homens e mulheres que poderiam fazer o mundo melhor e vencer as sombras dominantes, sofreram a sua investida venenosa.

Allan Kardec, o novo embaixador dos Céus, também sentiu, nas carnes da alma, as suas provocações e estrangulamentos, com as calúnias, as perseguições e os costurados perversos feitos pelos que se satisfazem na ignorância da verdade, a serviço da loucura.

Ainda hoje continua, parecendo vencedor em muitas tentativas contra o Bem, o progresso, as ações de enobrecimento...

Os cristãos novos, os espíritas, que  tentam seguir Jesus e trazer de volta as Suas incomparáveis lições, hoje são o seu alvo preferido.

Odiados pelos estranhos e perseguidos por companheiros do mesmo grupo, são crucificados na calúnia, na zombaria, na desmoralização, nos enfrentamentos difíceis, para que abandonem a seara, e a sua sementeira morreria por falta de cuidados.

A habilidade das Trevas é incomum, dirigindo a inteligência para os seus objetivos perversos, descobre sempre como alcançar os objetivos. Utilizando instrumentos que estão nas criaturas, que são as imperfeições morais, de fácil e segura manipulação, atendendo aos objetivos negativos a que são aplicados.

Enfrentando os médiuns, que são mais sensíveis, criam-lhes situações vexatórias, transmitem-lhes ideias pessimistas, temerosas, despertam neles a desconfiança e a suspeita, afligem-nos... ameaçam-nos diretamente, agridem-nos, atormentam-nos...


Se estás a serviço de Jesus, na Doutrina Espírita ou em outra, não tenhas medo diante dos desafios que surgem superiores às tuas forças. Com a oração e o vinculo com o Mestre, nada é superior ao amor que te sustenta em todos os momentos.

Se for preciso sofre em silencio,   desculpando quem te crucifica, porque ele também está crucificado pelas Trevas, embora nem perceba ainda...

Não chegou ainda a tua hora de libertação e tudo que te aconteça de dor e de aflição, considera como o resgate necessário, avançando, jovial e feliz, porque estás sob o assédio não vitorioso do Mal.

Tudo passará, continua no trabalho, e os teus adversários também serão chamados, na hora certa, para a renovação e o trabalho auto-iluminativo, enquanto estarás avançando.

O Espírito do Mal só será vencido pelo Espírito do Bem, que é Jesus-Cristo.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 05/08/2017.