sábado, 26 de janeiro de 2019


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
A conquista da plenitude pela gratidão

A psicologia da Gratidão, não pode deixar de estudar a transcendência do ser humano.

A partir do sec XIX surgiram diferentes correntes de psicoterapias, muito importantes, consequente da grande quantidade de caracteres e de identidades das criaturas, enquanto não generalizam os seus postulados, estabelecendo conceitos e métodos psicoterapêuticos rígidos para o atendimento aos seus pacientes. Afinal, a vitória em qualquer cura está sempre ligado ao esforço pessoal do enfermo, ao seu interesse pela recuperação da saúde e do bem-estar, oferecendo a sua indispensável contribuição, sem ela, os mais eficientes processos de ajuda, não alcançarão o objetivo ou terão duração mínima...

Toda generalização erra por produzir, quase sempre, fanatismo ou preconceito insano.

A psicologia clássica e as que surgiram em diferentes escolas de experimentação clinica  precisam não limitar o ser humano apenas na dualidade corpo-mente, mas como espírito imortal. Mesmo não crendo seja possível a sua sobrevivência à morte orgânica, é compromisso científico de todas as variantes sem preconceito quanto à sua legitimidade. Porque os pacientes vêm de todas as camadas culturais e sociais, religiosas e positivistas, crentes e não ligados a nenhum credo espiritualista... tendo por resultado de tal procedimento, auxilio à clientela de ansiosos e transtornados.

As pesquisas do magnetismo e do hipnotismo, por exemplo, fortemente combatidos, trouxeram, no ultimo quartel do século XIX, em diferentes academias presas aos padrões do materialismo da época, contribuição para a descoberta e o entendimento do subconsciente e do  inconsciente mais tarde... limitados aos preconceitos da época, logo foram rotulados todos os fenômenos dessa procedência e, depois, também os mediúnicos e anímicos como psicopatologias: histeria, dissociação, epilepsia, alucinações, personalidades múltiplas e outras designações que não correspondem à realidade.

Diante de tal conclusão, médiuns e sensitivos de vários tipos, por mais demonstrassem a interferência dos chamados mortos nas comunicações sob rigoroso controle de notáveis cientistas, foram considerados portadores de estado de consciência alterada, portanto psicopatas...

O dr. Pirerre Janet, com a tese de automatismo psicológico, reduziu todos os fenômenos à personificações parasitárias, sendo recebida com aplauso por muitos dos seus pares.

o dr. Flournoy, estudando Helen Smith e constatando a sua mediunidade, não enquadrou com segurança os muitos fenômenos observados.

Frederic Myers, considerando a realidade da fenomenologia mediúnica, especialmente da sra. Newan, teve a coragem de dizer que as comunicações não afetavam “o estado normal” das pessoas.

William James, o grande psicólogo pragmatista americano, observando séria e longamente as comunicações da sra. Piper, convenceu-se da sua realidade e afirmou que, para se demonstrar que “nem todos os corvos são negros, basta somente apresentar um corvo branco”, desanimando os exigentes incrédulos...

Com o advento da psicologia transpessoal, com Maslow, Grof, Klüber-Ross, Pierrakos e toda uma elite de psicólogos, psiquiatras, neurologistas e outros especialistas nos respeitáveis seminários em Big Sur, na Califórnia (EUA), foram apresentadas possibilidades de êxito mais amplas na aplicação de psicoterapêuticas em pacientes trazendo obsessões espirituais, traumas e culpas de vidas passadas, abrindo espaço para procedimentos compatíveis com a psicogênese de cada transtorno...

Cada ser humano é um cosmo específico, que começa nos penetrais do infinito.

Transcendente, reflete as experiências vividas e acumuladas no inconsciente pessoal profundo, e registradas no inconsciente coletivo, produzindo os lamentáveis processos de alienação.

A sombra coletiva resultante do preconceito acadêmico reinante domina a sociedade e um sentimento ressentido gera culpa e animosidade, violência e frustração, medo e solidão, tornando ingrato o cidadão que se deveria transformar em um archote de deslumbrante luz alterando a paisagem social e moral da humanidade.

A perspectiva da transcendência dá ao ser humano um significado também grandioso,  porque não encerra o seu ciclo evolutivo quando morre.

Transferem-se as suas metas do limite estreito do corpo para a amplitude cósmica, crescendo indefinidamente.  

O ego passageiro com essa nova percepção modifica o comportamento com a compreensão da imortalidade e libera o self da sua limitação afligente.

Essa visão imortalista também produz o amadurecimento psicológico, enriquecendo o indivíduo de segurança moral, de identificação com a vida, dessa forma superando as crises existenciais que já não o perturbam.

A ignorância do ser integral leva a muitos conflitos, como o medo, a ansiedade, a incerteza e falta de objetivo existencial já que, de um para outro momento, a morte tira a vida,  reduzindo tudo ao nada...

A transcendência, trás o sentido de gratidão em todas as situações, proporcionando comportamento saudável, relacionamentos edificantes e inigualável alegria de viver visando um futuro promissor.

O homem e a mulher que se sentem imortais tem perspectivas de alcançar a plenitude, com a possibilidade de ressarcir erros, de reabilitar dos enganos praticados, de recomeçar e conseguir êxitos nos empreendimentos fracassados.

Agradecer emocionalmente ser-se transcendente é autopsicoterapia de otimismo que liberta o Narciso interno da imagem irreal, diluindo a síndrome enganosa de PeterPan, e responsabiliza para a conquista da individuação, em defluência do amadurecimento psicológico que resultará no estado numinoso.

Nem doenças nem estados doentes no indivíduo que se encontrou a si mesmo, que se descobriu imortal e avança para a sua plenitude.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 26/01/2019.