GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
A conquista da plenitude pela gratidão
A psicologia da Gratidão, não pode deixar de estudar a transcendência
do ser humano.
A partir do sec XIX surgiram diferentes correntes de
psicoterapias, muito importantes, consequente da grande quantidade de
caracteres e de identidades das criaturas, enquanto não generalizam os seus
postulados, estabelecendo conceitos e métodos psicoterapêuticos rígidos para o
atendimento aos seus pacientes. Afinal, a vitória em qualquer cura está sempre ligado
ao esforço pessoal do enfermo, ao seu interesse pela recuperação da saúde e do
bem-estar, oferecendo a sua indispensável contribuição, sem ela, os mais
eficientes processos de ajuda, não alcançarão o objetivo ou terão duração
mínima...
Toda generalização erra por produzir, quase sempre, fanatismo ou
preconceito insano.
A psicologia clássica e as que surgiram em diferentes escolas de
experimentação clinica precisam não
limitar o ser humano apenas na dualidade corpo-mente, mas como espírito imortal.
Mesmo não crendo seja possível a sua sobrevivência à morte orgânica, é
compromisso científico de todas as variantes sem preconceito quanto à sua
legitimidade. Porque os pacientes vêm de todas as camadas culturais e sociais,
religiosas e positivistas, crentes e não ligados a nenhum credo
espiritualista... tendo por resultado de tal procedimento, auxilio à clientela
de ansiosos e transtornados.
As pesquisas do magnetismo e do hipnotismo, por exemplo, fortemente
combatidos, trouxeram, no ultimo quartel do século XIX, em diferentes academias
presas aos padrões do materialismo da época, contribuição para a descoberta e o
entendimento do subconsciente e do inconsciente mais tarde... limitados aos
preconceitos da época, logo foram rotulados todos os fenômenos dessa procedência
e, depois, também os mediúnicos e anímicos como
psicopatologias: histeria, dissociação, epilepsia, alucinações,
personalidades múltiplas e outras designações que não correspondem à realidade.
Diante de tal conclusão, médiuns e sensitivos de vários tipos, por
mais demonstrassem a interferência dos chamados mortos nas comunicações sob
rigoroso controle de notáveis cientistas, foram
considerados portadores de estado de consciência alterada, portanto
psicopatas...
O dr.
Pirerre Janet, com a tese de automatismo psicológico,
reduziu todos os fenômenos à personificações
parasitárias, sendo recebida com aplauso por muitos dos seus pares.
Já o dr. Flournoy, estudando
Helen Smith e constatando a sua mediunidade, não enquadrou com segurança os muitos
fenômenos observados.
Frederic
Myers, considerando a realidade da fenomenologia mediúnica,
especialmente da sra. Newan, teve a
coragem de dizer que as comunicações não afetavam “o estado normal” das pessoas.
William
James, o grande psicólogo pragmatista americano, observando séria e
longamente as comunicações da sra. Piper, convenceu-se
da sua realidade e afirmou que, para se demonstrar que “nem todos os corvos são
negros, basta somente apresentar um corvo branco”, desanimando os exigentes
incrédulos...
Com o advento da psicologia
transpessoal, com Maslow, Grof, Klüber-Ross, Pierrakos e toda uma elite de
psicólogos, psiquiatras, neurologistas e outros especialistas nos respeitáveis seminários
em Big Sur, na Califórnia (EUA), foram apresentadas possibilidades de êxito mais
amplas na aplicação de psicoterapêuticas em pacientes trazendo obsessões
espirituais, traumas e culpas de vidas passadas, abrindo espaço para
procedimentos compatíveis com a psicogênese de cada transtorno...
Cada ser
humano é um cosmo específico, que começa nos penetrais do
infinito.
Transcendente, reflete as experiências vividas e acumuladas no
inconsciente pessoal profundo, e registradas no inconsciente coletivo,
produzindo os lamentáveis processos de alienação.
A sombra
coletiva resultante do preconceito acadêmico reinante domina a sociedade e um
sentimento ressentido gera culpa e animosidade, violência e frustração, medo e
solidão, tornando ingrato o cidadão que se deveria transformar em um archote de
deslumbrante luz alterando a paisagem social e moral da humanidade.
A perspectiva da transcendência dá ao ser humano um significado também
grandioso, porque não encerra o seu
ciclo evolutivo quando morre.
Transferem-se as suas metas do limite estreito do corpo para a
amplitude cósmica, crescendo indefinidamente.
O ego passageiro com essa nova percepção modifica o comportamento com
a compreensão da imortalidade e libera o self
da sua limitação afligente.
Essa visão imortalista também produz o amadurecimento psicológico,
enriquecendo o indivíduo de segurança moral, de identificação com a vida, dessa
forma superando as crises existenciais que já não o perturbam.
A ignorância do ser integral leva a muitos conflitos, como o medo,
a ansiedade, a incerteza e falta de objetivo existencial já que, de um para
outro momento, a morte tira a vida, reduzindo tudo ao nada...
A transcendência, trás o sentido de gratidão em todas as situações,
proporcionando comportamento saudável, relacionamentos edificantes e inigualável
alegria de viver visando um futuro promissor.
O homem e a mulher que se sentem imortais tem perspectivas de
alcançar a plenitude, com a possibilidade de ressarcir erros, de reabilitar dos
enganos praticados, de recomeçar e conseguir êxitos nos empreendimentos fracassados.
Agradecer emocionalmente ser-se transcendente é autopsicoterapia
de otimismo que liberta o Narciso interno da imagem irreal, diluindo a síndrome
enganosa de PeterPan, e responsabiliza para a conquista da individuação, em defluência
do amadurecimento psicológico que resultará no estado numinoso.
Nem doenças nem estados doentes no indivíduo que se encontrou a si
mesmo, que se descobriu imortal e avança para a sua plenitude.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira
Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria
Azevedo Farias. 26/01/2019.