sexta-feira, 25 de outubro de 2013


 

AS NECESSIDADES HUMANAS

Dentre as várias contribuições, Maslow apresentou a Pirâmide das necessidades Humanas, na qual analisa desde as necessidades básicas, - alimentação, segurança e o restante das necessidades vinculadas ao corpo e ao ego – que se encontram na base da pirâmide – até as metanecessidades, que se encontram no topo: a verdade, a bondade, a transcendência, etc – vinculadas ao Self, à alma, ou seja, à realização plena do ser.
Certamente que a satisfação das primeiras seriam importantes para a manutenção da vida, mas porque o ser é muito mais que as necessidades do corpo, somente as metanecessidades poderiam fornecer-lhes um profundo sentido existencial e conduzi-lo à autorrealização.
Sobre essa questão Joanna de Ângelis no livro O Homem Integral na p.85, avalia que “a saúde psicológica decorre da autoconsciência, da libertação íntima e da visão correta que se deve manter a respeito da vida, das suas necessidades éticas, emocionais e humanas.”
À medida, portanto, que o ser avança no conhecimento de si mesmo, da sua realidade espiritual, consegue ir além dos apelos do ego, vinculados ao imediatismo, ao sensorial-corporal, e adentra-se pelas necessidades da alma, como Jesus propunha: “Buscai em primeiro lugar o Reino dos Céus e suas virtudes...” Para esse intuito, complementa a benfeitora:
“O homem e a mulher, despertos para os deveres, atravessam os diferentes estágios das necessidades primárias sem apegos ou aprisionamento, conseguindo perceber que as conquistas culturais e artísticas que lhe proporcionam a visão estética e deslumbram, sensibilizam o cérebro emocional sob o entendimento e absorção dos seus conteúdos pela razão. “ E conclui: “transposta esta fase, detectam-se as metanecessidades, que se apresentam como fortes apelos para o autodescobrimento, para a interiorização, por cujos meios poderão conseguir a autorrealização.”  (ANGELIS, O Homem Integral p.129)
Os caminhos trilhados pela Psicologia humanista, os seus avanços e percepções abriram campo para que surgisse uma nova força, pois, como Carl Rogers previa:
tenha certeza de que nossas experiências terapêuticas e grupais lidam com o transcendente, o indescritível, o espiritual. Sou levado a crer que eu, como muitos outros, tenho subestimado a importância da dimensão espiritual e mística...”. (ROGERS apud BOAINAMIN JR., 1999, Introdução)
Aqui encerra o texto, porém o cap.7, DA PSICOLOGIA HUMANISTA À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; a 3ª e a 4ª FORÇAS EM PSICOLOGIA, escrita por Claudio Sinoti, continuará na próxima postagem. Postado dia 25/10/13.

Nenhum comentário: