AS NECESSIDADES HUMANAS
Dentre as várias
contribuições, Maslow apresentou a Pirâmide das necessidades Humanas, na qual
analisa desde as necessidades básicas, - alimentação, segurança e o restante
das necessidades vinculadas ao corpo e ao ego – que se encontram na base da pirâmide
– até as metanecessidades, que se
encontram no topo: a verdade, a bondade, a transcendência, etc – vinculadas ao
Self, à alma, ou seja, à realização plena do ser.
Certamente que a satisfação
das primeiras seriam importantes para a manutenção da vida, mas porque o ser é
muito mais que as necessidades do corpo, somente as metanecessidades poderiam
fornecer-lhes um profundo sentido existencial e conduzi-lo à autorrealização.
Sobre essa questão Joanna de
Ângelis no livro O Homem Integral na
p.85, avalia que “a saúde psicológica decorre
da autoconsciência, da libertação íntima e da visão correta que se deve manter
a respeito da vida, das suas necessidades éticas, emocionais e humanas.”
À medida, portanto, que o
ser avança no conhecimento de si mesmo, da sua realidade espiritual, consegue
ir além dos apelos do ego, vinculados ao imediatismo, ao sensorial-corporal, e
adentra-se pelas necessidades da alma, como Jesus propunha: “Buscai em primeiro lugar o Reino dos Céus e
suas virtudes...” Para esse intuito, complementa a benfeitora:
“O
homem e a mulher, despertos para os deveres, atravessam os diferentes estágios
das necessidades primárias sem apegos ou aprisionamento, conseguindo perceber
que as conquistas culturais e artísticas que lhe proporcionam a visão estética
e deslumbram, sensibilizam o cérebro emocional sob o entendimento e absorção
dos seus conteúdos pela razão. “ E conclui: “transposta esta fase, detectam-se
as metanecessidades, que se apresentam como fortes apelos para o
autodescobrimento, para a interiorização, por cujos meios poderão conseguir a
autorrealização.” (ANGELIS,
O Homem Integral p.129)
Os caminhos trilhados pela
Psicologia humanista, os seus avanços e percepções abriram campo para que
surgisse uma nova força, pois, como Carl Rogers previa:
“tenha certeza de que nossas experiências terapêuticas e grupais lidam
com o transcendente, o indescritível, o espiritual. Sou levado a crer que eu,
como muitos outros, tenho subestimado a importância da dimensão espiritual e
mística...”. (ROGERS apud BOAINAMIN JR., 1999, Introdução)
Aqui
encerra o texto, porém o cap.7, DA PSICOLOGIA HUMANISTA À PSICOLOGIA
TRANSPESSOAL; a 3ª e a 4ª FORÇAS EM PSICOLOGIA, escrita por Claudio Sinoti,
continuará na próxima postagem. Postado dia 25/10/13.
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