terça-feira, 14 de maio de 2013


Predomínio da sombra

Cap. 2 – Fragmentações morais  continuação

Do livro EM BUSCA DA VERDADE
 

Essa fuga para um país estrangeiro e longínquo, seria uma arquetípica busca do princípio da individuação, caso se originasse de algum ideal, como diminuir a carga do pai, ao invés de desejar-lhe, mesmo que de maneira inconsciente, a morte.

Há, nesse conflito, o mundo do pai, o mundo do filho, o mundo do irmão, em forma de sombras perturbadoras, efeito da fissura da psique em relação ao ego.

Jesus deixa transparecer na expressiva parábola o caráter terapêutico, quando o filho volta em busca da paz (e da saúde), embora humilhado, mas certo de ser recebido.

O Self que se unifica em relação ao ego é o caminho seguro para a autocura, para o estado numinoso de tranquilidade e bem-estar.

A viagem para longe é uma busca arquetípica de heroísmo, de conquista do desconhecido, de infinito, que não se concretiza porque o objetivo consciente era o prazer, a não-responsabilidade, a violência do abandono ao pai idoso, a exuberância do egotismo e o desprezo pelo irmão mais velho que trabalha.

A viagem de volta ao lar que faz o filho mais jovem não é por amor ao pai, nem por qualquer sentimento nobre, mais porque passa fome e tem a garantia de que, no lar, terá muito mais conforto e abundancia alimentar, qual ocorre com os empregados da fazenda... A sua sombra interesseira deflui do ego atormentado que não conseguiu a união com o Self.

Por sua vez, a sombra cruel no irmão que ficou, dele faz um miserável que inveja a sorte do jovem despudorado, que tem ciúme da atenção que o pai lhe concede, que se revolta, dominado pelo conflito de inferioridade e pelas torturas no psiquismo.

Atente para continuação deste item na próxima postagem

Cap. 2 – Fragmentações morais

Do livro Em busca da verdade do espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco - p. 34.  

Postado em 14-05-2013

segunda-feira, 13 de maio de 2013


Predomínio da sombra

Cap. 2 – Fragmentações morais  continuação

O eu filial que percebe a necessidade de ficar no lar – aqui representado como o domicílio carnal, o Paraíso – cede espaço emocional ao outro eu, o da fragmentação da psique, a sombra, estroina e longínqua dos sentimentos enobrecedores ainda adormecidos no Self.

Deixando-se exaurir pelas ambições e prazeres, o leviano é surpreendido, posteriormente, pela solidão – a miséria econômica, a fuga dos comparsas que o exploraram, portanto, os excessos que agora o deixam desgastado – logo associada à culpa que o exproba, impondo-lhe reflexão, portanto, o retorno à segurança do lar que abandonou...

Sempre se fará imperioso o retorno às origens, a fim de realizar-se o autoencontro.

Dominado, porém, pelo instinto de autodestruição torna-se uma pocilga moral a um passo da degradação máxima, do suicídio, quando tem um insight e reflexiona em torno da generosidade do pai, o Self, portanto, em despertamento, e resolve pelo retorno, o que lhe constitui o passo inicial para a autorrealização, a autoconscientização, para uma possível integração das duas partes da fissura tormentosa da mente.

Atente para continuação deste item na próxima postagem

Do livro Em busca da verdade - Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco - pp. 32-33. Fragmentações Morais- cap.2

Postado em 13-05-2013

Ego, Id e Superego

Continuação do artigo escrito por Marlon Reikdal: Freud e a estrutura psíquica...no cap.5

 

Na teoria da libido, segundo Freud, encontra-se a nascente de todos os conflitos do sujeito. O indivíduo estaria sim fadado ao grande confronto entre a sua primitividade (os desejos) e os aspectos gregários (os ideais moralmente aceitos). E a neurose por consequência seria o resultado deste grande conflito entre o id e o ego, entre a exigência instintual e a resistência que se ergue contra a primeira.

Através desta citação no texto Neurose e Psicose, podemos entender melhor sua definição:

“Ela (a neurose) consiste em uma frustração,

Em uma não realização, de um daqueles desejos

De infância que nunca são vencidos e que

Estão tão profundamente enraizados em nossa

Organização filogeneticamente determinada.

Essa frustração é, em última análise, sempre

uma frustração externa, mas, no caso individual,

ela pode proceder do agente interno (no superego)

que assumiu a representação das

exigências da realidade. O efeito patogênico

depende de o ego, numa tensão conflitual

desse tipo, permanecer fiel à sua dependência

do mundo externo e tentar silenciar o id,  ou

ele se deixar derrotar pelo id e, portanto, ser arrancado da realidade.”

(FREUD, 1924,pp.191-192).

Ressaltamos que a abordagem da libido nos exigiria um aprofundamento teórico em psicanálise que não cabe neste trabalho, e que não vai ao encontro da proposta de Joanna de Ângelis.

Abordaremos, então, as instâncias que são conceitos usados pela mentora espiritual ao longo da Série Psicológica, e que nos parecem importantes para compreender a Psicologia Espírita.

Fique atento para a continuação do capítulo...

Artigo escrito por Marlon Reikdal – Freud e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente - no livro Refletindo a Alma, pp. 115-116.

Postado em 13-05-2013.

 

 

PRINCIPAIS CONCEITOS DA TEORIA JUNGUIANA

EGO

Continuação do cap.6 – A Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung

 

É ele, o ego, que seleciona todo material psíquico que “entra” na consciência, possibilitando-nos escolher alguns conteúdos e abrir mão de outros, canalizando energias para nos modificarmos. Essa função não faz do ego um vilão, pelo contrário, pois não fosse isso ficaríamos assoberbados pela massa do material acumulado na consciência.

É o ego quem fornece à personalidade identidade e continuidade. É através da seleção e da eliminação do material psíquico, feitas pelo ego, que mantemos uma qualidade contínua de coerência na personalidade individual. Não fosse isso, perderíamos a sensação de sermos hoje a mesma pessoa de ontem. É desta forma que desenvolvemos uma personalidade distinta e persistente, o que nos permite viver o processo de individuação. Só podemos ter consciência de nós mesmos se formos capazes de lembrar o que fizemos ontem e planejar o que iremos fazer amanhã.

Quanto mais as experiências vivenciadas se tornam conscientes, ou seja, forem aceitas pelo ego, maior a nossa capacidade de diferenciação. (separação das partes de um todo, necessária para o acesso da consciência às funções psicológicas). Isso nos leva a entender que, para encontrarmos o sentido existencial, necessário se faz estarmos conscientes da própria existência, e é por intermédio do ego que desenvolvemos o sentido do existir.


Transcrito do artigo A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL GUSTAV JUNG, escrito por Iris Sinoti – no livro  REFLETINDO A ALMA. p.138. Aqui conclui o item sobre o ego,  porém prossegue o artigo A PSICOLOGIA...., sendo assim ,

Fique atento (a) para a continuação do capítulo na próxima postagem..

Postado em 13-05-2013.

 

domingo, 12 de maio de 2013


A SOMBRA PERTURBADORA E A GRATIDÃO

Continuação do cap. 2- O Milagre da Gratidão

Embora o esforço da psicologia social e de outras escolas, de algumas valiosas doutrinas religiosas e filosóficas, o ser humano atem-se mais ao que tateia e alcança do que anela emocionalmente, agarrando as sensações materiais sem fruir as emoções libertadoras.

Infelizmente, a educação vigente trabalha mais em favor da preservação do medo ao lado sombra do indivíduo, que se propõe ignorá-la, a fim de desfrutar os bens que se encontram ao alcance, e mesmo quando defrontado por pensamentos ou ocorrências infelizes, logo deseja esquecê-los, não os enfrentar, como se fosse possível ocultá-los num depósito especial que os asfixiaria. Realmente, quando reprimidos esses sentimentos e sucessos, na primeira oportunidade ei-los que ressumam com a carga aflitiva de que se constituem e nublam os céus róseos dos iludidos.

A existência humana é um permanente desafio que o self tem pela frente e todo o seu esforço é procurar a integração da sombra no seu eixo.

Cabe a todos os indivíduos o dever de diluir a treva que se lhe encontra ínsita, com naturalidade igual a que defronta a luz, considerar a dor e a frustração como fenômenos normais que podem corresponder ao bem-estar e à sabedoria, logo sejam convertidos pela racionalização e pelo trabalho psicológico.

Todos aqueles que são portadores da sombra – e todos o são -, em vez de a compreenderem na condição de processo de crescimento, experimentam uma certa forma de vergonha, de constrangimento, e procuram disfarça-la.

Tal comportamento dá lugar a uma sociedade hipócrita, artificial, incapaz de procedimentos maduros e significativos que a todos beneficie. O ser mais hábil no disfarce é sempre o mais homenageado e querido, produzindo-lhe maior soma de sombra e de conflito, porque se vê obrigado a continuar a parecer aquilo que, realmente, não é.

Atente para a continuação do 2º cap. na próxima postagem.

Texto estudado da obra PSICOLOGIA DA GRATIDÃO, pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco. pp. 49-50.

Postado em 12-05-2013.

PRINCIPAIS CONCEITOS DA TEORIA JUNGUIANA

EGO

Continuação do cap.6 – A Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung

 

O Ego é o centro da consciência, responsável pela organização da psique consciente, mas não é idêntico a ela. Embora ocupe uma pequena parte da psique total, o ego desempenha a função básica de vigia da consciência. O que não é reconhecido pelo ego, seja uma ideia, um sentimento, lembrança ou uma percepção não chega à consciência. Como ponto de referencia da consciência, ele é o sujeito de todas as nossas tentativas de adaptação.

Fique atento (a) para a continuação do texto na próxima postagem.

Transcrito do artigo A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL GUSTAV JUNG escrito por Iris Sinoti – no livro  REFLETINDO A ALMA. p.137.

Postado em 12-05-2013.

 

Ego, Id e Superego

Continuação do artigo escrito por Marlon Reikdal: Freud e a estrutura psíquica...no cap.5

Freud descobriu então que os sintomas de que as pessoas se queixavam, as neuroses em geral, tinham relação direta com o inconsciente, tendo como fundamento que os sintomas dos sujeitos neuróticos seriam substitutivos daquilo que está o inconsciente.

Da mesma forma, ‘a cura’ só seria possível pela conscientização de algumas partes do inconsciente, como forma de o sujeito olhar para si, de perceber que existe algo interior que não está bem.

Segundo Freud, a neurose poderia equivaler a uma doença traumática em virtude da incapacidade de lidar com uma experiência, gerando desse modo uma fixação. E, para além disto, o sintoma seria então o substitutivo de alguma outra coisa que não aconteceu, conforme explica:

Determinados processos mentais normalmente

Deveriam ter evoluído até um ponto em que a

Consciência recebesse informações deles.

Isto, porém não se realizou, e, em seu lugar

- a partir dos processos interrompidos, que de

Alguma forma foram perturbados e obrigados

A permanecer inconscientes – o sintoma emergiu.

(FREUD, 1917, p. 330)

Esta interrupção, que chamamos de censura, obrigando os conteúdos a permanecerem inconsciente, é profundamente discutida pelo autor em vários textos, bem como os mecanismos de resistência e repressão. Sua base se encontra na satisfação pulsional. A organização e dinâmica do aparelho psíquico neste modelo se pauta toda e por completo na teoria da sexualidade, que Freud cogitava logo após o lançamento do livro dos sonhos.

Fique atento para a continuação do texto...

Artigo escrito por Marlon Reikdal – Freud e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente - no livro Refletindo a Alma, pp. 113-114.

Postado em 12-05-2013.

sábado, 11 de maio de 2013


DOR – REPARAÇÃO

 
A tua é uma dor pessoal, intransferível, que ninguém pode compartir.

Gostarias que os amigos e os familiares tivessem dimensão do que te aflige, da profundidade do teu sofrimento.

Não é possível! Há experiências que necessitam ser vividas, para mais bem dimensionadas.

Cada criatura conduz a sua própria dor e está preocupada com o fardo que a esmaga.

Qual ocorre contigo, os teus amigos e afetos encontram-se igualmente sofridos e, mesmo que não o digam, passam por momentos difíceis.

Supões que o teu é um calvário demasiado e que tudo de aflitivo te acontece.

Assim crês, porque ignoras os testemunhos dos demais.

Quantos enlouquecem de um para outro momento, sem aparente causa que o justifique!

Eles, porém, não suportaram manter o equilíbrio por fragilidade das resistências.

Assim, não te magoes com aqueles que te não são solidários nos teus momentos de angústias. Eles já têm a sua própria quota, que buscam dissimular e esquecer.

Ninguém passa pela Terra sem presença da agonia, que sempre surge para cada um consoante a necessidade do resgate que se encontra incurso.

Imposto o compromisso de restauração, os mecanismos das Divinas Leis se apresentam automaticamente.

Mantém-te em paz intima, na tua dor.

A rebeldia torna-a insuportável; a desesperação fá-la maior do que é; o desânimo conspira contra a sua superação; a mágoa apresenta-a mais rude...

Se a aceitares, porém, como fenômeno natural, logo a vencerás com trunfos de luz.

*

Não consideres que sofres porque foste o pior dos seres no passado espiritual.

Existe a dor-elevação, a dor-conquista, a dor-resgate.

A tua é resgate, sim, que o teu amor não conseguiu evitar.

Por isso mesmo, ama. Desveste-te das prevenções e do pessimismo, da autocompaixão e da revolta surda, amando mais, e conseguirás com rapidez a harmonia.

No teu processo de resgate, porque amando, mais amenas têm sido as provações, pois que, igualmente recebes ajudas incomuns, que somente poucas pessoas conseguem.

Amigos devotados e zelosos te cercam com carinho; recolhes gentilezas e dádivas inabituais; fruis de bênçãos que a outros constituiriam felicidade...

Num balanço justo a tua coleta de favores divinos é muito maior do que o testemunho de lágrimas e dores.

Assim mesmo, aquelas lágrimas que vertes e as dores que carpes poderão ser amenizadas, se mudares de paisagem mental e começares a agradecer a Deus, louvando-O através da oração.

*

A indumentária carnal, por mais resistente, um dia se rompe e desnuda o Espirito que volve à realidade imortal.

Se sofreu com resignação e amealhou benefícios retirados do sofrimento, a sua dor-resgate brinda-o com os reencontros felizes e as alegrias a que faz jus.

Se, no entanto, não foi suportada com o aprumo e a elevação necessários, prossegue, porque dívida não paga ressurge com juros que a aumentam.

Repara, desse modo, os erros e iniquidades transatos, produzindo o bem em todos os teus atos, fazendo luz no íntimo, a fim de ficares livre e pleno como Deus planeja para todos nós.

Mensagem do livro Desperte e Seja Feliz – Joanna de Ângelis psicografia de Divaldo Pereira Franco pp.125 a 128.

Postado dia 11/05/2013.

Ego, Id e Superego

Continuação do artigo escrito por Marlon Reikdal: Freud e a estrutura psíquica...no cap.5

 

Esta segunda tópica está extremamente ligada a uma compreensão diferenciada de inconsciente, mas mesmo assim, ao discutir o aparelho psíquico o psicanalista se refere ao inconsciente, fazendo abordagens ora empregando um sentido descritivo, ora empregando um sentido sistemático, explicando que, até onde pode ver, é impossível evitar esta ambiguidade.

O inconsciente é aqui percebido como um sistema que lida com conteúdos (ideias, emoções, sentimentos e impulsos) que se encontram no inconsciente após terem passado pelo consciente e terem sido reprimidos, mas o inconsciente não coincide com este reprimido. “É ainda verdade que tudo o que é reprimido é inconsciente, mas nem tudo o que é inconsciente é reprimido” (FREUD, 1923b, p.30)

Pretendemos esclarecer esse funcionamento para compreendermos o sistema inconsciente não apenas como um depósito de coisas de que não lembramos agora (sentido descritivo do termo inconsciente), mas principalmente como algo que “é” muitas coisas que não estão no consciente, que não foram reprimidas, e que sofrem grande resistência para não estar conscientes.

Freud (1923b) afirma que a razão pela qual tais ideias não podem tornar-se conscientes é que certa força se lhes opõe; que, de outra maneira, se tornariam conscientes. O fato de se ter encontrado, na técnica da psicanalise, um meio de lidar com a resistência e com isso tornar conscientes ideias, faz de sua teoria um fato e não apenas uma especulação.

Este processo denominado de “análise” seria, assim, tornar consciente o que é patogenicamente inconsciente, num processo de descoberta, de conhecimento de algo que o próprio sujeito não reconhece, e que em determinado momento “precisou” negar, sendo objeto da censura, introduzindo no inconsciente.

Este “material” desconhecido assim o foi, vulgarmente dizendo, pela impossibilidade de o sujeito lidar com aquela energia ou aquele pensamento, ou sentimento. Porem, aquilo que não é expresso continua presente na vida psíquica do sujeito, e certamente por estar inconsciente, consegue atormentar ainda mais a vida do individuo, pois para ele é um desconhecido. E tudo que é desconhecido se torna impossível de saber, de entender e principalmente de lidar.

Atento para a continuação do texto...

Artigo escrito por Marlon Reikdal – Freud e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente - no livro Refletindo a Alma, da pp. 112-113.

Postado em 11-05-2013.

 

PRINCIPAIS CONCEITOS DA TEORIA JUNGUIANA

Continuação do cap.6 – A Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung

Consciência

A palavra consciência vem do latim conscius, que significa “conhecer com os outros, participar do conhecimento”, ou “inteirar”. A consciência é a única parte da psique conhecida diretamente pelo individuo, formando-se a partir do inconsciente. Aparece logo cedo na vida, provavelmente antes do nascimento, e vai se transformando por toda a vida. O início da consciência é também o início da individuação. Ela é o ponto de orientação e percepção no mundo externo.

“Nossa consciência não se cria a si mesmo, mas emana de profundezas desconhecidas. Na infância, desperta gradualmente e, ao longo da vida, desperta cada manhã, saindo das profundezas do sono, de um estado de inconsciência. É como uma criança nascendo diariamente do seio materno” . (JUNG, 1986, Vol. V, p.465)

A consciência insurge quando nos permitimos olhar além dos limites de nossa percepção normal, além do limite do ego. Depois de ver a imagem escondida é mais fácil reconhece-la novamente. Aquilo que já é conhecido do ego torna-se parte da experiência, não sendo possível deixar de ver o que já foi visto. O de que tomamos consciência torna-se um aspecto integrado da nossa realidade pessoal.

A consciência se expande com base nas experiências e na vontade de nos tornarmos conhecedores de nós mesmos e do mundo. “Ser Consciente” é tomar conhecimento de algo que era sabido antes, que já se encontrava no inconsciente. Nenhuma imagem, emoção ou sentimento podem se tornar conscientes sem o ego como ponto de referência, ou seja, o que não se relaciona com o ego não atinge a consciência; a consciência é, desta forma, a relação dos fatos psíquicos com o ego.

Atente para a continuação do texto na próxima postagem.

Transcrito do artigo A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL GUSTAV JUNG escrito por Iris Sinoti – no livro  REFLETINDO A ALMA. pp.136-137.

Postado em 11-05-2013.

Aprender a amar

Continuação do cap. 2 do livro Refletindo a Alma

A carência é um dos sinalizadores de que a autoestima necessita ser trabalhada, pois alguém que não aprendeu a completar-se e que busca preencher o próprio vazio com a presença do outro estabelece relações de cobrança em vez de relações saudáveis. Muitos acreditam, no entanto, ser o ciúme “o tempero do amor”. Tempero inadequado, pelo que temos acompanhado, não somente nos noticiários da violência cotidiana, mas também nas experiências em consultório, onde podemos constatar a fragilidade emocional dos portadores de ciúmes, cuja afetividade, a capacidade de amar, encontra-se na patologia.

O amor ao próximo liberta, mas para isso devemos nos libertar através do autoamor, porquanto frisa a benfeitora (2003, p.21) que “o amor que se deve oferecer ao próximo é consequência natural do amor que se reserva a si mesmo, sem cuja presença muito difícil será a realização plena do objetivo da afetividade”.

Trabalhando a autoestima, assim como reelaborando as frustações vivenciadas como experiências naturais do processo evolutivo, o amor passa a viver a maturidade. Não mais parto na busca do outro que me completa na amorosidade, mas ofereço um amor inteiro, pautado nas bases do si-mesmo. É  no mínimo intrigante que muitas pessoas busquem o “outro perfeito” para amá-las, mas porque parece que poucos ainda buscam ser aquele que ama, ainda que de maneira "imperfeita", há um enorme desencontro entre as pessoas. 

Esse “amanhecer psicológico” que os que amam passam a viver proporciona vitalidade ao ser, renovação. Interessante como até mesmo as plantas e animais reagem positivamente à presença do amor, ou demonstram-lhe a carência. Até mesmo os cristais de água, como revelam as famosas experiências do Dr. Masaru Emoto, vibram e estruturam-se de acordo com as emoções que lhes são direcionadas.

O ser humano, complementa a benfeitora, “mais sensível, porque portador de mais amplas possibilidades nervosas de captação – pode-se afirmar com segurança – vive em função do amor ou desorganiza-se em razão da sua carência (2006c, p.243)

A descoberta de que somos “potências do amor” possibilita canalizá-lo de forma saudável, a benefício do próprio, do próximo, da coletividade e da relação com as forças do Universo.

E o amor de plenitude, o amor como expressão por excelência do ser humano, aprendemos com Jesus, o Homem Integral de todos os tempos, o psicoterapeuta por excelência, cuja análise será feita em um capítulo à parte.

Transcrito do artigo Uma Psicologia com Alma: A Psicologia Espírita de Joanna de Ângelis escrito por Cláudio Sinoti no livro  REFLETINDO A ALMA  pp.48-49.

Postado em 11-05-2013


A sombra perturbadora e a gratidão

Continuação do cap. 2

Há, sem dúvida, um grande conflito entre o que se é e o que se deseja ser, no esforço contínuo por alcançar patamares em que a harmonia emocional torne-se uma realidade, proporcionando estímulos para serem conquistados.

Nada a estranhar, nessa aparente dualidade, já que existe realmente o lado bom e o lado mau de todas as coisas, o alto e o baixo, o dia e a noite, a vida e a morte, yin e o yang, produzindo a integração, a unidade...

Em toda parte podem ser identificadas as manifestações sombrias do ser humano, mas também o lado numinoso em toda a sua grandiosidade, rutilante nos heróis do saber e do ser, do conquistar e do realizar, na ciência, na tecnologia, nas artes, na religião, no pensamento, na solidariedade, enquanto também vigem o instinto de destruição pela agressividade, pelos vícios, pela ignorância, pela prepotência...

A civilização hodierna, rica de conquistas de vária ordem, ainda não logrou tornar feliz a criatura humana que, embora favorecendo alguns membros a viverem em grande conforto e desfrutando de comodidades, de belezas ao alcance da mão,  em sua grande parte ainda permanece insatisfeita, infeliz, invariavelmente derrapando nos abismos da drogadição, do alcoolismo, da busca desenfreada pelo prazer, pela ilusão. Naturalmente que aí encontramos a predominância da sombra coletiva e arquetípica não trabalhada pelo conhecimento do ser em si mesmo e das suas imensas possibilidades, sempre conduzido pelo comércio para o gozo e o não pensar em profundidade, vivendo na superficialidade dos fenômenos humanos. Tem faltado a coragem social para romper com essa cortina que impossibilita a clara visão da realidade psicológica da existência, de tal forma que as suas aspirações não vão além dos limites sensoriais.

Atente para a continuação do 2º cap. na próxima postagem.

Texto estudado da obra PSICOLOGIA DA GRATIDÃO, pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco. p. 48.

Postado em 11-05-2013

 
Voltei, queridos visitantes. Desculpem-me o tempo de ausência, tenham certeza que foi por um motivo superior. O importante é que estou de volta para dar continuidade ao nosso trabalho, o trabalho de conscientização da Realidade. Boa Sorte e façam bom proveito.
 
 
Predomínio da sombra

Cap. 2 – continuação

A presença da sombra no comportamento humano faculta a fragmentação da psique, nos dois eus, levando o paciente à perda de identificação entre os arquétipos do bem e do mal, certo e do errado.

Herdeiro dos instintos agressivos, que lhe predominam em a natureza íntima, o ser humano jornadeia entre revoltado e temeroso por efeito das condutas ancestrais.

A necessidade de preservação da vida impele-o ao imediatismo, à volúpia do prazer, ao significativo desconhecimento dos valores ético-morais, ou mesmo quando os conheça, desconsiderando aqueles que podem representar sacrifício, luta nobre, abnegação...

Propelido para esse prazer sensorial, asselvajado, as emoções elevadas defluentes dos sentimentos da beleza, do idealismo são deixadas à margem pela pouca significação que lhes é atribuída ou pela falta do hábito de as vivenciar.

Os sonhos, por exemplo, nessa fase, são tumultuados e os símbolos de que se revestem expressam os atavismos perturbadores e os tormentos sexuais, que se transformam em condutas psicológicas doentias e/ou que somatizam em disfunções orgânicas de vária denominação.

Na parábola de Jesus, o ego do jovem filho é perverso e ingrato.

Ao solicitar a herança que diz pertencer-lhe, inconscientemente deseja a morte do pai, que seria o fenômeno legal para conseguir a posse dos bens sem qualquer problema. Mascara o conflito sob a justificativa inapropriada de querer desfrutar a juventude, em considerando que mesmo na idade provecta, o genitor não morria...

Logo depois, viajando para um país longínquo procura arrancar as raízes existenciais, as marcas, destruir a origem desagradável, permanecendo na ignorância de si mesmo, fugindo para o Éden onde parecia feliz.

Todo conflito carrega uma carga psicológica de alta tensão nervosa devastadora.

Atente para continuação deste texto na próxima postagem

Do livro Em busca da verdade - Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco - pp. 32-33.

Postado em 11-05-2013