Predomínio
da sombra
Cap. 2 – Fragmentações
morais
continuação
Do livro EM BUSCA DA VERDADE
Essa fuga para um país estrangeiro e longínquo, seria uma arquetípica
busca do princípio da individuação, caso se originasse de algum ideal, como
diminuir a carga do pai, ao invés de desejar-lhe, mesmo que de maneira
inconsciente, a morte.
Há, nesse conflito, o mundo
do pai, o mundo do filho, o mundo do irmão, em forma de sombras perturbadoras, efeito da fissura da psique em relação ao
ego.
Jesus deixa transparecer na
expressiva parábola o caráter terapêutico, quando o filho volta em busca da paz
(e da saúde), embora humilhado, mas certo de ser recebido.
O Self que se unifica em relação ao ego é o caminho seguro para a autocura, para o estado numinoso de tranquilidade e bem-estar.
A viagem para longe é uma
busca arquetípica de heroísmo, de conquista do desconhecido, de infinito, que
não se concretiza porque o objetivo consciente era o prazer, a
não-responsabilidade, a violência do abandono ao pai idoso, a exuberância do
egotismo e o desprezo pelo irmão mais velho que trabalha.
A viagem de volta ao lar que
faz o filho mais jovem não é por amor ao pai, nem por qualquer sentimento
nobre, mais porque passa fome e tem a garantia de que, no lar, terá muito mais
conforto e abundancia alimentar, qual ocorre com os empregados da fazenda... A
sua sombra interesseira deflui do ego
atormentado que não conseguiu a união com o Self.
Por sua vez, a sombra cruel no irmão que ficou, dele faz
um miserável que inveja a sorte do jovem despudorado, que tem ciúme da atenção
que o pai lhe concede, que se revolta, dominado pelo conflito de inferioridade
e pelas torturas no psiquismo.
Atente para continuação
deste item na próxima postagem
Cap. 2 – Fragmentações
morais
Do livro Em busca da verdade
do espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco - p. 34.
Postado em 14-05-2013