terça-feira, 23 de junho de 2020


Meus amigos seguidores, com o texto acima acabamos de concluir nossa viagem e reflexão mais uma vez do livro da nossa querida e nobre Mentora Joanna de Ângelis na mediunidade abençoada de Divaldo Pereira Franco, com o título Psicologia Espírita.

Vivemos momentos ricos para nossas almas no nosso trabalho de esclarecimento na busca de iluminação espiritual. Na busca de melhor entender os meandros da vida.

Agradecemos pela oportunidade de mais uma vez pudermos nos debruçar em trabalhos de tamanha riqueza e nobreza da dedicada Mentora, iluminando a estrada da noite escura que estamos ainda a palmilhar aqui no nosso amado Globo Terrestre, que nos acolhe com amor nesse percurso da nossa longa história espiritual.
Prossigamos, queridos companheiros de jornada, em frente, segurando a mão de Joanna de Ângelis, Gravitando em torno de Deus...

Convido-os no entanto, amigos a continuarmos nossa caminhada enriquecedora com Joanna de Ângelis, a dedicada Benfeitora espiritual, refletindo a sua ultima obra intitulada Vidas vazias, onde ela a Mentora sugere métodos eficazes para os graves problemas dos dias de hoje “a fim de que se possa vencer a inferioridade moral, assim como a espiritual e conquistar a plenitude.”

Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 23/06/2020.

segunda-feira, 22 de junho de 2020



GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Psicologia da Gratidão
CONQUISTA DA INDIVIDUAÇÃO E DA GRATIDÃO

Individuação é a conquista mais importante do processo evolutivo do homem. Aparentemente, individuação, é a vitória do self  com relação à sombra e ao ego, é também a superação dos arquétipos que causam transtornos emocionais e enfermidades de outro tipo, aprendemos também que essa conquista permite ao ser humano uma compreensão da vida e suas finalidades.

É o momento em que o ser no seu estado de consciência toma agora conhecimento dos conteúdos inconscientes até então, e continua buscando a sua superação, pela integração dos arquétipos, que são o modelo original, padrão de comportamento, agora buscando evitar os conflitos habituais ou novos conflitos.

Tudo isso parece difícil de acontecer, porque pede muito esforço na depuração da personalidade, no processo de seleção dos valores mais nobres do Espirito.

Numa análise simples se diria que a individuação é o mesmo que a autoiluminação dos místicos ou o reino dos céus de Jesus,  quando o indivíduo livre das exigências imediatistas do ego transforma-se num oceano de amor e de tranquilidade, e passa a viver experiências emocionais superiores, sem sofrimentos nem ansiedades.

Os instintos continuam como parte do conjunto fisiológico, presente nas necessidades primárias de forma automática, entretanto sem os impulsos da violência nem das paixões da selvageria.

Diluindo a sombra, a harmonia do eixo ego-self se apresenta, enquanto outros arquétipos como anima e o animus, a persona, trazem equilíbrio psicológico, como ocorre em Jesus, que é modelo da verdadeira individuação.

Essa é uma viagem toda feita pelo self integrado, núcleo energético e central da personalidade.

O self sendo (como) desenhador da vida humana, desde a infância se apresenta nos momentos oníricos, por meio de símbolos arquetípicos, existe grande ansiedade no paciente que busca a integração no self, a autoconsciência, sendo possível orientar no momento os arquétipos perturbadores que antes causavam conflitos e transtornos de comportamento pelo desconhecimento da sua realidade.

Todos podem alcançar esse momento culminante da evolução psíquica com o esforço para interpretar os símbolos e as angústias que lhe antecedem à ocorrência.

Santa Tereza d’Avila o alcançou através dos  êxtases que a levaram ao estado de plenitude, de iluminação interior, São Francisco de Assis, Michelangelo que quando acabou de esculpir a estátua de Moisés, ficou tão deslumbrado com a perfeição do trabalho que disse:
- Parla!

A obra só faltava falar de tão viva, para tornar-se real...

Músicos, artistas de várias ordens, cientistas e mártires, filósofos éticos e místicos alcançaram a integração perfeita, vivendo o estado de plenitude que os acompanhou até a desencarnação.

Um psicoterapeuta experiente pode conduzir os seus pacientes ao momento culminante da libertação dos seus transtornos levando-o à individuação, como estágio superior e culminante da saúde integral.

Jung à vivenciou, individuando-se por métodos psicoterapêuticos desenvolvidos por ele mesmo.

Ele também disse ser possível conseguir a individuação pela assimilar das quatro funções como: a sensação, o pensamento, a intuição e o sentimento. Nos seus estudos alquímicos comparou a meta da individuação com o que ocorre com a Opus ou Grande obra que os alquimistas tentaram vivenciar.

Esse é um processo lento, contínuo e de elevação emocional.

Através da oração, também é possível alcança-lo, como também dos fenômenos mediúnicos e paranormais, das regressões psicológicas que conduzem à fase infantil ou à fase uterina, às existências passadas, a meditação, de forma que os conteúdos inconscientes que causam medo e  ansiedade, angustias e inquietações sejam diluídos pelo enfrentamento consciente, nada ficando de enigmático no inconsciente que venha a ressurgir de forma assustadora...

Essa conquista torna o ser diferenciado, libertando-o dos clichês e imposições sociais que sempre o escravizam, exigindo-lhe condicionamento, quando o que ele busca é a liberdade. Com essa conquista o ser humano torna-se consciente de si mesmo, das suas responsabilidades na sociedade, encorajando-o para os ideais relevantes, embora sabendo que virão novas situações difíceis, mas que poderão ser vencidas naturalmente.

A individuação pode ser também denominada, no seu início, como sendo a participation mystique,  de Lévy-Bruhl. Na etapa final, situando-se o self como a imago Dei, numa conquista de unidade, que não isola o indivíduo, mas sim, contribui com o seu relacionamento com as  pessoas que passa a vê-las   diferente de quando predominava o ego.

É tão complexo que pode-se dizer que tem começo, mas nunca termina, é um verdadeiro processo, porque é a busca pela perfeição, no relativo do mundo em que o ser humano se encontra.

Pode-se, no processo de individuação, examinar o desenvolvimento da sociedade desde os seus primórdios e a maneira consciente como vem lidando com as suas projeções e superando-as, por meio das conquistas do conhecimento cultural dos seus vários aspectos, especialmente daqueles de ordem psicológica.

A perfeita identificação dos conflitos vem permitindo que se busque a conquista do bom e do belo, como metas de saúde e de bem-estar.

Vencendo as diferentes etapas do desenvolvimento emocional, surgem os primeiros sinais da individuação, que decorre da superação ou conscientização dos arquétipos que geram sofrimento.

As virtudes religiosas, consideradas como  heranças místicas, no momento da individuação adquirem sentido de realização, como o amor, que se transforma numa conquista relevante, indispensável para uma existência harmônica; a bondade, que multiplica os bens dos sentimentos elevados; a fé no futuro, como estímulo – sentido e significado psicológico – para prosseguir nas lutas naturais do processo evolutivo; a compaixão, em forma de solidariedade e de compreensão das aflições do próximo; a gratidão, como coroa de bênçãos por tudo que se conseguiu e pode realizar-se.

A gratidão, filha do amor sábio, enriquece a vida de beleza e de alegria porque com a sua presença tudo passa a ter significação enobrecida, ampliando os horizontes vivenciais daquele que a cultiva como recurso de promoção da vida em todos os sentidos.

Conta-se que certo dia, em Boston, nos Estados Unidos da América do Norte, um rebanho de carneiros era levado por uma das avenidas centrais da urbe. Um dos carneiros repentinamente caiu sem forças...

Uma criança muito pobre e mal cuidada, vendo a cena, percebeu que deveria ser por sede que o animal perdera as resistências. Tomando do seu gorro, correu a uma bica próxima e colheu algum líquido, trazendo-o ao carneiro quase desfalecido e deu-lhe de beber.

Poucos minutos depois o animal correu e juntou-se ao grupo que seguia em frente.

Uma das pessoas que nada havia feito, num tom irônico, disse ao menino:

- Obrigado, titio!

E pôs-se a rir zombeteiramente.

Um cavalheiro que havia observado a cena disse ao irônico:
- o carneirinho pediu-me para que agradecesse por ele, escusando-se de fazê-lo. Como eu sou dono de uma casa editora, sou conhecido como Eduardo Baer, e sempre estou procurando crianças dotadas de sentimentos nobres para cuidá-las, acabo de encontrar mais uma.

A partir deste momento, você estará sob a minha responsabilidade... – disse-lhe à criança aturdida.

Mais tarde, a sociedade acompanharia a trajetória do dr. Carlos Mors, que se fez conhecido pela inalterável bondade com que tratava todas as criaturas.

A gratidão do carneiro havia alcançado a nobre finalidade, porque jamais esmaece ou perde o seu sentido.

Poder-se-ia incluir esse fato na extensa relação daqueles de natureza mitológica, da mesma forma que Hercules combateu o mal, vencendo todos os inimigos do bem pelo imenso prazer de ser grato à vida pelo seu poder.

O carneiro, que é símbolo da mansuetude, e o menino gentil, que pode ser considerado como um arquétipo de misericórdia e compaixão, unindo-se no mesmo sentimento de ajuda recíproca, produziram o missionário do amor e da bondade.

Isso porque a gratidão é um dos mais grandiosos momentos do desenvolvimento ético-moral do ser humano e está ínsita na individuação, quando tudo adquire beleza e significado.

A gratidão é, portanto, um momento de individuação, quando o ser humano lembra o passado com alegria, considerando os trechos do caminho mais difíceis que foram vencidos, alegrando-se com o presente e encarando o futuro sem nenhum receio, porque os arquétipos responsáveis pelas aflições foram diluídos na consciência, não deixando marcas da sua existência.

O ego, que os mantinha em ação, alargou a  percepção psicológica da vida e tornou-se parte vibrante do self, que ama sem distinção nem interesse de retribuição e é grato a Deus por existir, ao cosmo por viver nele, à mãe-Terra por ser o seu habitat, a todas as cores e vibrações da natureza, que lhe permitem contemplação e emotividade especial, aos sons maravilhosos que fazem vibrar, ao oxigeno que o nutre e à psique responsável pelo seu pensamento e pela faculdade de discernir que a consciência alcançou.

Quando o ser humano se der conta de que necessita abandonar as faixas menos harmônicas por onde transita, aspirará pela conquista da individuação, exercitando-se na sublime arte do amor a Deus, ao próximo e, certamente, a si mesmo, abandonando o egotismo e vivenciando o altruísmo como forma segura de realização plena, no rumo da gratidão...

A gratidão abrange, num afetuoso abraço, os sentimentos que dignifica e torna esses seres humanos merecedores de felicidade, enquanto estarão instalando no íntimo o esperado reino dos céus, conforme Jesus propôs, o maior psicoterapeuta da humanidade.

Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 22/06/2020.

quinta-feira, 11 de junho de 2020


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Psicologia da Gratidão
ENCONTRO COM O SELF

Jung definiu o self como representação do “objetivo do homem inteiro, a saber, a realização de sua totalidade e de sua individualidade, com ou contra sua vontade. A dinâmica desse processo é o instinto, que vigia para que tudo o que pertence a uma vida individual figure ali, exatamente, com ou sem a concordância do sujeito, quer tenha consciência do que acontece quer não.”

Capitaneado, pelo instinto, o self experimenta a sua injunção,- imposição - vivenciando uma transformação contínua e sublimante na direção da individuação, no desenvolvimento da personalidade, dizendo sim a si mesmo, considerando ser essa a mais importante das tarefas, consciente de tudo o que faz, mantendo-se atento às dubiedades.


Muitas vezes vivenciando a própria sombra, tem por finalidade principal ajudar ao ego na sua integração plena na vigência do eixo que os vincula e os influencia reciprocamente.


Apesar da sombra gerar muitos conflitos, muitas vezes ela nos traz razões de alegria, relacionamentos felizes, motivações para viver, apresentando uma outra face contrária à sua constituição primitiva como arquétipo.


Na integração da anima com o animus, a fim de se conseguir a harmonia, a sombra contribui com uma boa parcela de entendimento das suas finalidades facultando que ambos vivam sem perturbação da persona. Sendo ela o resultado da repressão de muitos sentimentos que não puderam ser vividos, emergindo do inconsciente e expressando-se muitas vezes de forma afligente.

Todos acreditam por exemplo, que o médico tem sempre a função de curar, e que para isso ele deve estar sempre preparado, às ordens. Fatores existem que o levam a mudanças dessa estrutura da persona, que o faz assumir também o comportamento de esposo e de cidadão e idealista com direito a outras atividades, significando essa alteração à presença da sombra que lhe emerge do inconsciente pessoal onde se encontram arquivadas, desde antes da concepção, heranças do inconsciente coletivo.


Numa análise contemporânea, à luz dos ensinos espíritas, esses arquivos do inconsciente coletivo são o resultado de vivencias que o espírito realizou em reencarnações transatas através dos tempos, conduzindo essas heranças impressas no seu períspirito (na consciência, enquanto as vivenciando no seu período próprio). Em razão disso, não se                estranhe que, se tornem rejeições da consciência, que as mantém estáticas e uniformes, esperando o momento para poderem expressar-se.


É certo que o espírito nasce com todas as informações adormecidas, que vão ressumando através dos tempos e tornando-se conscientes pelo self.


A imagem apresentada por Jung a respeito de inconsciente está bem fundamentada, ele o imaginava um iceberg, cuja parte visível são apenas 5% do seu volume  (consciência), estando os 95% de sua massa submersos (inconsciente). Assim se encontra a consciência no ser humano. Já no conceito de Freud, compara o inconsciente a um oceano,  e a consciência a uma casca de noz sobre ele.

Em realidade, os arquivos de todas as experiências pretéritas vivenciadas nas sucessivas experiências corporais é imenso, presentes no inconsciente e vão sendo revividas pela consciência, nos momentos dos grandes transes de sofrimento, nos estados alterados (de consciência) os estágios oníricos, quando são liberados automaticamente, permitindo que o Espírito volte a vivê-los.

Em razão, desse imenso arsenal presente no inconsciente e que pode flutuar na consciência, muitos conflitos e complexos da personalidade tomam corpo, conduzindo as pessoas a conflitos de variada denominação.

Quantos pacientes que se apresentam resignados na miséria, confiantes na escassez, nobres e honestos nas situações mais lamentáveis da vida socioeconômica em que se encontram!

Continuam, em tal situação exercendo os caracteres morais de existência anterior, quando se encontravam em posição relevante, no poder, no conforto, na dignidade, e hoje experimentam o oposto, contribuindo em favor do self harmônico, com o ego nele integrado, formando a unidade.

Também existem os que se apresentam soberbos e malcriados na pobreza, agressivos e raivosos, ostentando recursos que realmente não possuem, (re) revivendo situações anteriores que não puderam ser dignamente cumpridas, e voltaram ao proscênio terrestre em provas e expiações rigorosas. Tal ocorre para se valorizar as oportunidades existenciais, especialmente os desafios ou provações da riqueza, do poder, da beleza, das situações invejáveis que invariavelmente são transformadas em sítios de escravidão para os quais o self  retorna sempre quando sob o açodar das recordações inconscientes.

Os muitos complexos de inferioridade ou de superioridade em que expressivo numero de pessoas estorcega, conseguindo disfarçar as mágoas da situação em que se encontram, projetando o que se demora no inconsciente, na difícil condição em que transitam no mundo, tem a sua origem nas condutas mantidas em existências anteriores que não souberam utilizar ou aplicaram de maneira ignominiosa.

Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 11/06/2020.

terça-feira, 2 de junho de 2020


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Psicologia da Gratidão
EXPERIENCIAS VISIONÁRIAS

Na aplicação da imaginação ativa,   técnica reinventada por Jung, como método de introspecção psíquica, que busca integrar conteúdos do inconsciente na consciência. O indivíduo que aspira à individuação, atingindo maior grau de interpretação das experiências e vivencias não fruídas, após desfrutá-las, pode avançar com mais coragem e aguardar que ocorram as experiências visionárias, ou estado alterado de consciência conforme Aldous Huxley.

A vivencia dessas vidas não vividas  traz uma ressignificação à existência terrena, eliminando do inconsciente as frustrações e insegurança que surgiram do não as haver experienciado, nem pela imaginação criativa.

As experiências visionárias ocorrem em duas etapas: a primeira, quando o aprendiz está  preparado, conforme a tradição esotérica, o mestre aparece; a segunda, quando ocorrem fenômenos paranormais, chamando a sua atenção para outra dimensão da vida não apenas   a da vivencia material.

Embora os mais notáveis psicólogos digam ser delírio do inconsciente ou fantasias místicas, elas, são reais, demonstrando a indestrutibilidade do Espirito, expressando-se como o self. (o ser imortal, o Si ou ser espiritual)

Existem os que tem caráter psicopatológico, junto ao fenômeno mediúnico de obsessão,  e outros são portadoras de iluminação para o sensitivo que se torna instrumento do mundo além da matéria, demonstrando que o significado da vida prossegue mesmo após o túmulo, onde não é consumida.

Na visão unilateral materialista da psicologia, Deus – como figura mitológica ou transferência neurótica do pai fisiológico para o transcendental – utilizou-Se de muitas representações humanas para encarnar a Sua criação, como é o caso da escada de Jacó no estado onírico, - que se refere aos sonhos –que a construiu para servir de acesso ao céu e de descida na direção da Terra. Dessa forma, o inconsciente coletivo da humanidade construiria essa escada em forma de visões humanas, facilitando dessa forma o entendimento dos mistérios da própria vida.

Tal tipo de fenômenos com certeza ocorrem e, são catalogados como de natureza anímica, por virem do sensitivo, outros, transcendem a psique e mostram-se como vindos de outra dimensão, como na psicografia com as duas mãos, nas correspondências cruzadas, no profetismo, na xenoglossia – ou faculdade de comunicar-se em idioma não conhecido do paciente, incluindo línguas mortas e ou extintas -, como nas manifestações ectoplásmicas ou de materializações...

Allan Kardec as estudou por muito tempo, fazendo observações práticas e cuidadosa com mais de mil portadores dessa faculdade, classificando todas as suas manifestações,  catalogando-as como orgânica, que pode encontrar-se no cérebro, da mesma forma que a inteligência, a memória, as aptidões artísticas e culturais, religiosas e científicas...

O preconceito no século XIX com tudo que transcendesse ao estabelecido e às superstições em que se baseavam algumas crenças religiosas castradoras e punitivas eliminou dos seus estudos nas academias tudo que parecesse místico, da mesma forma que fez o severo Sigmund Freud. A sua intolerância foi tamanha, ao abraçar a ditadura da libido, que chegou a romper o relacionamento com Jung, desde uma visita em sua residência em Viena ouviu os estalidos na estante de livros, esclarecendo que era uma emanação catalíptica e que se iriam repetir, como ocorreu...

O mestre, temendo que o misticismo penetrasse e tomasse corpo na psicanálise nascente, a protegeu de qualquer  confusão mesmo que fosse remota, mantendo-se adversário inclemente inclusive da religião, que considerava uma neurose da sociedade.

Quando em Paris, participava de experiências hipnológicas realizadas pelo eminente anatomopatologista Jean-Martin Charcot, recebeu de Charles Richet, auxiliar do mestre, o Tratado de metapsíquica humana, que era a síntese das pesquisas do sábio fisiologista, não a examinando nem superficialmente. Quando o fez quarenta anos depois, lamentou-se pelo tempo passado, dizendo que, se o tivesse feito antes, teria encontrado muito material para as suas pesquisas e conclusões.

Apesar disso, os fenômenos foram estudados por outros também nobres cientistas que os confirmaram, após submeterem os médiuns aos mais rigorosos instrumentos de controle, para não permitir fraude, comprovando a realidade das manifestações espirituais que ocorriam ao mesmo tempo em diferentes países do mundo...


Garimpando todas as informações e observando as manifestações espirituais que ocorriam diante dele, Allan Kardec apresentou O Livro dos médiuns, que é um tratado sobre a fenomenologia paranormal, partindo da possibilidade de existirem Espíritos até as conclusões da sua realidade e da sua interferência na vida humana, no comportamento e na saúde, no relacionamentos afetivos e nas animosidades, nos fenômenos da natureza, nos enigmas da psicométrica, do profetismo e das aparições...

Com essa contribuição, ante o grande numero de condutores de transtornos de varias origens, podemos incluir também as perturbações de natureza obsessiva  como desencadeadores de transtornos e problemas afligentes.

Portanto, nas experiências visionárias podem-se incluir os fenômenos anímicos e mediúnicos como responsáveis por grande número delas, convidando o ser humano para a conquista da individuação.

Há lugar para  a gratidão aos imortais, por se preocuparem com todos que ainda  vivendo na matéria não lembram sua procedência espiritual, ajudando-os a preparar-se ao retorno ao grande lar que é inevitável.

Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia da gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 02/06/2020.