domingo, 29 de abril de 2018


“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
FIDELIDADE MEDIÚNICA

A faculdade mediúnica, inerente a todas as criaturas humanas, é benção de Deus para proporcionar a conscientização da realidade transcendente da vida.

Preso à matéria e sob as suas fortes influencia, o Espírito sofre os limites que lhe são impostos pelo corpo, esquecendo da sua origem, dos objetivos assumidos antes de reencarnar, dos comportamentos necessários, para chegar a vitória .

Predominando a natureza orgânica, os instintos e arquétipos mais perturbadores, diante dos seus conteúdos, se fixam com mais força na alma, dificultando a libertação dos arquivos nobres presentes no inconsciente profundo, referentes à sua imortalidade.

A educação formal no lar e na sociedade nem sempre se fixa na fé religiosa, e muitas vezes, quando ocorre o contrário, muitos nomes com que se diferenciam umas das outras trazem propostas ilegítimas, relacionadas aos interesses de cada grupo, distantes do pensamento do Cristo e dos Seus apóstolos que, em todos os tempos, foram unânimes em expressar-Lhe fidelidade, embora com vocabulários diferentes.

A importância histórica e cultural de cada povo e suas tradições não permitiam a livre expressão dos embaixadores de Jesus que traziam a mensagem de libertação, fazendo adaptar-se aos costumes e conceitos dos ambientes, sem que perdessem o profundo significado de beleza e de autenticidade...

Assim é que, desde Fo-Hi, na China, passando por Lao-Tsé e Confucio, com as suas lições de harmonia social e de fidelidade doméstica, a Krishna, a Buda, na India, a Moisés e todos os profetas em Israel, a Sócrates, Platão e Aristóteles, na Grecia, com o idealismo do primeiro e as confirmações dos demais, as mensagens libertadores alcançaram as consciências humanas, atingindo o período áureo quando a Sua presença na Terra, e, depois, através dos discípulos que Lhe ofereceram a vida em holocausto...

Mais tarde, vieram os embaixadores do Seu verbo divino, convidando à refletir sobre a sobrevivência ao túmulo, alcançando Allan Kardec, como emissário do Consolador, dignificando a mediunidade com as experiências da investigação cientifica.

A partir daí, a mediunidade deixou o lugar de carisma, dom, privilégio ou de manifestação demoníaca, psicopatológica, excêntrica, para ocupar o seu significado de faculdade da alma, que o corpo reveste de células para a decodificação das energias transcendentais, confirmando a sobrevivência do Espírito à  separação molecular.

A partir desse momento de valiosa significação psicológica, histórica e humanística, a mediunidade vem trazendo melhor entendimento da existência terrena e seu objetivo, trazendo conforto moral a todos que vivenciaram a partida dos entes queridos na direção do vale da morte,  e estavam à beira do desespero, chamados pela insubstituível saudade e angustia da separação.

A partir daí, a esperança percorre a humanidade, levando-a ao prosseguimento dos deveres, a alegria de continuar na experiência física, buscando o próprio e o progresso da sociedade.


A mediunidade é ponte vibratória entre o mundo físico e o espiritual.

Muito combatida pelas forças de um e do outro lado da vida, que se satisfazem em manter as criaturas humanas na ignorância ou submetidas a sua crueldade, nos infelizes processos de obsessão e de inspirações doentias, a mediunidade é o importante recurso psicoterapêutico libertador.

O seu exercício torna-se indispensável,  com o estudo da sua constituição fisiológica, das manifestações de natureza emocional e dos distúrbios nervosos decorrentes das heranças anteriores de cada um.

Nesse abençoado ministério, a transformação moral do médium para melhor, cada dia lutando pela liberação das próprias imperfeições, é fundamental, por propiciar a presença dos benfeitores espirituais pelo processo natural da sintonia psíquica.

Muitas dificuldades, surgem junto à sua vivencia.

De um lado, as tendências perturbadoras presentes no próprio indivíduo, aprisionando-o às paixões infelizes, do outro lado, os relacionamentos afetivos que poucas vezes sabem ajudar estimulando à humildade, ao serviço, sem  privilégio ou distinção.

Pelas vivencias anteriores, se encontram nele as heranças nem sempre felizes, que abrem espaço à animosidade dos que se sentiram prejudicados e não se encontram animados para o perdão, assediando-lhe a casa mental e criando embaraços de toda ordem, para dificultar-lhe ou até impedir-lhe o exercício saudável da faculdade mediúnica.

O conhecimento espírita, é o recurso valioso que contribui com segurança na preservação da serena e irrestrita confiança em Deus, iluminando-o interiormente e trazendo-lhe a alegria indispensável à vida saudável a serviço do bem.

Muitos tombam no caminho da ascensão, sem forças para soergue-se, ou desistem ante os impositivos severos da própria recuperação, iludidos pelas fantasias mundanas e inspirações infelizes.

Quando o medianeiro conquista a consciência da sua faculdade e resolve dedicar-se a tarefa com Jesus eleva-se, mental e moralmente, sintonizando com os nobres Espíritos que trabalham para o bem comum e se encarregam de cuidar da sua existência, auxiliando-o no desenvolvimento intelecto-moral.

Como em qualquer ministério edificante, quem se dedica com fervor a tarefa que abraça, consegue a vitória sobre si mesmo, crescendo na ação da bondade que deve realizar.

A mediunidade é instrumento de consolação sublime, trazendo a comprovação da imortalidade do Espírito confortando aqueles que se encontram saudosos, e trazendo-lhes a esperança  com certeza do futuro reencontro feliz.

Ao mesmo tempo, traz a comunicação dos desencarnados aflitos, que despertam no além aflitos pelos desmandos que se permitiram e voltam sedentos de paz e famintos de luz.

Feliz aquele que pode transformar a existência em um evangelho de feitos edificantes, marcando a caminhada com pegadas de amor e de paz, especialmente no exercício da mediunidade luminosa.

Como médium de Deus, Jesus deu o exemplo da máxima fidelidade ao compromisso de desvela-Lo a todas as criaturas, sendo lição viva de amor e de trabalho na construção da sociedade saudável e ditosa.

Sempre que estiveres angustiado por qualquer fator na tua sensibilidade mediúnica, pergunta-te como Jesus se comportava em semelhantes situações e segue-Lhe o exemplo.

Agindo assim, nunca te equivocarás ou passarás  sofrimentos injustificáveis.

Portanto, não olhes para trás ou para os lados, segue sempre em frente, lembrando que apenas a Ele prestarás contas, por haveres sido por Ele convocado para o Seu rebanho de amor.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 29/04/2018.

domingo, 22 de abril de 2018



“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
ESPINHOS NA JORNADA CRISTÃ


O pântano silencioso, às vezes apresentando  águas tranquilas, traz, na sua intimidade, o veneno e o mal odor.

A roseira que traz belas flores perfumadas, cobre também as suas hastes com espinhos pontiagudos.


Na aparência, a água destilada e o álcool sulfúrico tem a mesma apresentação.

As plantas carnívoras atraem as suas vítimas exalando suave e doce perfume...

O Sol que aquece a vida e a mantém é portador também dos raios infravermelhos e ultravioleta que danificam o organismo.

Sorrisos de amabilidade também escondem traição e crueldade.

A calúnia, a perversidade, a perseguição nem sempre surgem com as suas características peculiares, mantendo-se ocultas nos disfarces da hipocrisia.

É natural então, que, na estrada sublime do evangelho, se escondam espinhos que dificultam a marcha do viajor dedicado e tomado pelas emoções superiores.

Eles testam os valores de que se revestem, pois, se o seu devotamento não é autentico, foge do compromisso, apresentando dificuldades e sofrimentos.  


Quando se escolhe o serviço de Jesus na Terra, tenha certeza de que a incompreensão o segue, a inveja o atinge com a calúnia e a deslealdade, justificando-se de mil maneiras, a fim de ocultarem a face inferior que lhes é peculiar.

Todos que foram fiéis ao Mestre ao longo dos séculos sofreram as situações penosas do caminho eleito para O acompanhar.

Não apenas, os servidores da verdade, mas todos que se destacam na comunidade pelos valores de  nobreza e dedicação à causa do bem e do progresso das demais criaturas são chamados a pagar pela glória de servir.

A sua caminhada é marcada por dores inconcebíveis, por competições infames e por situações inacreditáveis, especialmente no meio daqueles que deveriam comportar-se diferente.

A Terra é ainda o mundo de provas e ninguém  avança em direção da Grande Luz sem vencer a sombra exterior, após superar a própria sombra interior...

Por isso é pequeno o numero de pessoas que se dedicam à construção da harmonia e da fraternidade, já que é muito mais fácil e expressivo às que aderem ao comodismo, à indiferença, à acusação indébita, à infâmia, defendendo a sua área de dominação.

Quando é uma revolução positiva e idealista, há uma recusa quase geral por parte dos que estão satisfeitos consigo próprios, com suas alegrias fisiológicas e seus interesses egoístas.

As ideias novas e progressistas incomodam, e,  os invejosos que não são capazes de superar os paladinos dos movimentos renovadores atacam-nos ferozmente, porque gostariam de estar no seu lugar, sem o conseguirem.


E encontrarás sempre espinhos sob a areia fina da estrada ou pedras no terreno a conquistar.

Já que te candidatas ao serviço do mestre Jesus, não podes querer aquilo que Ele não rejeitou, mesmo sendo o Eleito de Deus.

Teve toda Sua vida sob acusações falsas, perseguições mesquinhas, situações más, forjadas pelos inimigos da humanidade, que dela somente se beneficiam sem contribuição.

Não esperes retribuição pelo que faças de dignificante e honorável.

Que te bastem as satisfações e prazeres da ação que desenvolves e não os efeitos a que deem lugar.

A tarefa do semeador é distribuir as bênçãos de que é instrumento e seguir adiante.

Deves erradicar quanto possível, a erva má que lhe ameace o desenvolvimento, quando como plantas frágeis, protegê-las do mau tempo e dos inimigos naturais, sem te preocupares contigo.

Da mesma forma, não guardes ressentimento em relação aos que se divertem com os teus sofrimentos, que se satisfazem com as tuas aflições na seara.

Eles também não passarão ilesos, pois que a estrada é a mesma para todos.

Mesmo agora, com sorrisos e gestos, de felicidade, encontram-se enfermos, sofridos, necessitados...

Todos aqueles os privilegiados de hoje serão chamados aos testemunhos amanhã.

Quem hoje sofre avança para os cimos da interação com o Pai, pelo devotamento e  sinceridade dos seus atos.

Quanto mais diatribes te atirem, mais convicção e segurança adquires da excelência do trabalho ao qual te dedicas.

Mas teme, quando facilidades e aplausos te acompanharem no serviço. Eles são perigosos, por serem retribuição pelo que foi feito, ou  simulações e hipocrisias, e  isso é um tipo de  pagamento à vaidade e à presunção.

Se trabalhas sob o comando do Mestre, cabem a Ele as bênçãos do futuro da tua cooperação, e a ti a alegria de estares ao Seu lado. Todos que O acompanharam, com exceção do discípulo amado,  vivenciaram os rudes testemunhos, inclusive, o holocausto da própria vida.

Que esperas, por sua vez?!

Resta-te somente servir mais e melhor, consciente de que o teu grão de mostarda   também é valioso no conjunto da semeadura de luz.

Alegra-te, quando caluniado, vilipendiado, sem razão atual, pois estarás eliminando-os, o que é  verdadeira dádiva dos céus.

Enquanto alguns estão comprometendo-se, tu caminhas redimindo-te, pouco importa como isso acontece.

Tem, compaixão dos teus adversários e sê-lhes amigo desconhecido e maltratado.

Poucos são os que querem tornar-se amigos, servir, durante a caminhada que é rica de carências, cheia de diversões e pobre de abnegação.


Onde estejas, com quem estejas, nunca deixes de marcar a tua presença com a ternura, a misericórdia, a alegria de amar e de servir.

Os passos mais fortes são aqueles que se transformam em luzes que brilham apontando o caminho seguro.

Se tens coragem, após sofreres os espinhos da estrada, retira-os, para beneficiares a todos  que venham após ti.

Que a tua dor, não seja experimentada por eles, nem os teus suores de sofrimentos íntimos, derramem-se pelas faces dos futuros divulgadores do divino amor.  

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 21/04/2018.

domingo, 15 de abril de 2018


“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
SIMPLICIDADE E PUREZA DE CORAÇÃO

A doutrina de Jesus é toda prescrita com simplicidade e com amor.

A renuncia aos bens terrenos é um dos seus fundamentos básicos, junto com a transformação moral  do indivíduo para melhor, tornando-se exemplo de fraternidade e de honra.

O instinto, porém, de preservação da vida humana, iludindo as pessoas frágeis de sentimentos afetivos, impõe fixação nos valores materiais, como segurança, muitas vezes com prejuízo da renovação interior e da libertação das paixões primárias.

Como consequência, desaparecem a simplicidade e a pureza de coração, que podem significar a irrestrita confiança em Deus e na Sua misericórdia, que providenciam a beleza dos lírios e o alimento das aves, e de todos os seres vivos...

É difícil manter, a simplicidade em algumas situações mascarada por símbolos de significados ambíguos, envolvendo o ser humano em complexidades que só o fazem sofrer, afastando-o do foco essencial que é a humildade real.

A pureza de coração muitas vezes é misturada pela suspeita, pela insegurança pessoal diante da vida.

Esses fenômenos ocorreram com a mensagem do Mestre, que utilizou as mais simples imagens para deixar permanente os Seus ensinos, como nas parábolas do semeador e das sementes, das virgens loucas e das prudentes, do bom samaritano, do filho pródigo,  da figueira infrutífera, das redes e dos peixes, das dracmas, do banquete de núpcias, da mesma forma tudo que fazia o dia a dia dos seres humanos do Seu e de todos os tempos.

Suas palavras, bordadas de poesia e musicadas pela partitura dos Seus exemplos, como no Sermão das bem-aventuranças, no sermão profético,   no dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, no diálogo com Nicodemos, nas lições sobre a oração e a vigilância, os falsos profetas, entre outras muitas, eram as que todos podiam entender, de que se utilizavam e mantinham os relacionamentos.

Aos poucos foram transformadas em complexa teologia de significados difíceis, complicados, que somente os eruditos  entendem, mas nem sempre põem em prática, gerando problemas para as massas, os necessitados, os aflitos, os ignorantes para os quais Ele veio...

Os Seus feitos receberam adornos desnecessários, abrindo espaço a rituais embaraçosos, que pedem treinamentos e são repetitivos, monótonos, bonitos para os olhos e vazios de conteúdo para os sentimentos profundos, incapazes de sanear o íntimo dos que os buscam entre tormentos e ansiedades sem nome.

Sempre convivendo com os sofredores e os desprezados pelo mundo, Ele foi censurado pela hipocrisia farisaica e pelo prazer supremo, no hedonismo dos dominadores, dando lugar a condutas extravagantes de príncipes e de reis, de etiquetas e de privilégios, distantes dos que tem fome e sede de justiça.

Exegeses e leis diplomáticas muito complexas substituíram os Seus relatos e a lei de amor, permitindo o predomínio da aparência e não à legitimidade do que é real e próprio, entre os que dizem O representar e as multidões perturbadas, que vivem sem condutores fieis e devotados que sigam à frente experimentando as dificuldades e aplainando os caminhos que deverão ser percorridos...


Tudo isso em Seu nome!

Quando a dominação arbitrária tornou-se insuportável na Idade Média, veio Francisco, Seu servidor devotado, inaugurando em Assis a proposta de renovação, a volta às origens da simplicidade pelo exemplo, e do amor pela dedicação.

O hino do Cantor de Deus comoveu o mundo, e as pessoas pomposas que lhe aderiram ao chamado repetiram a epopeia dos inesquecíveis dias em que Ele conviveu com os Seus...que somos todos nós.

Mas aos poucos, ainda durante aquela vida de abnegação, os amigos frágeis, com saudades da opulência, foram alterando as suas grandiosas lições, deixando-se arrastar pelo intelecto vazio, que justificava a falência dos seus compromissos, conseguindo exaurir o Trovador,  que emurcheceu de angustia e de aflição no silencio que se impôs, para evitar a fragmentação do imenso grupo que atraíra.

Depois da sua morte, exaltaram-lhe o nome, santificaram-no, e alteraram completamente a mensagem que ele trouxe e viveu, enriquecendo os santuários, os monastérios, enquanto os pobres que ele tanto amava passaram a mendigar às suas portas, quando ele então os punha para dentro como membros da família, não excluídos como ainda permanecem...


Chega, então, muitos séculos depois, o Consolador, com a mesma filosofia do desapego aos recursos materiais, a atração pela caridade e pela abnegação, havendo Allan Kardec, o Seu novo embaixador, vivido com simplicidade, embora a sua grande cultura de que era portador, para que a transformação moral para melhor fosse meta essencial do ser humano.

As experiências científicas e as posições filosóficas do espiritismo trazem à certeza da imortalidade e da transitoriedade da jornada humana, chamando com segurança à reflexão dos tesouros mais valiosos a serem reunidos e trazendo o amor como solução para todos os desafios existenciais.

Surgem exageros, vindos do passado espiritual de alguns dos que se lhes vinculam aos postulados, aparecem comentaristas de ocasião para complicar a simplicidade das palavras da codificação espírita, surgem entusiastas que a declaram superadas pelas vaidades e presunção da pobre cultura de que são portadores, predominando, com algumas exceções compreensíveis, o ego ao invés do ser integral, imortal, que busca a iluminação.

Cuida de ti mesmo, com as tuas ambições e sofrimentos, que não devem se misturar  aos conteúdos da doutrina que abraças e que te serve de guia na passagem carnal.

Bloqueia na mente os cânticos das sereias das ilusões do oceano tumultuado em que te debates na frágil barca da fé e navega em direção do porto seguro da autorrealização espiritual, do autoconhecimento, do reino de Deus que te fascina...

Se não consegues viver com simplicidade e pureza de coração, e necessitas de trombetas para anunciarem os teus feitos, do aplauso para conceder-te estímulo, dos elogios para atender-te as vaidades, estás completamente fora do caminho, entrando no desvio que tem levado muitos aos abismos...


Volta à simplicidade, à pureza e ao encantamento pela mensagem de Jesus hoje desvelada pelo espiritismo e mantém-te saudável na fé sem presunção.

Aqueles que O amam são fáceis de ser reconhecidos na coletividade humana, exatamente por se amarem uns aos outros.

Se há litígios, campeonatos de acusações reciprocas, comentários maldosos, esses que assim agem estão trabalhando em favor das próprias necessidades emocionais e dos conflitos, longe Daquele que é a solução.


Não te esqueças, que são bem-aventurados os que tem puro o coração, porque eles verão a Deus, assim como aqueles que são humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus,  conforme as anotações de Mateus, no seu capítulo V versículos 3 e 5.

E assim, avança cantando o amor e sorrido de alegria com a ternura daqueles que são simples e livres de complexidades e de egoísmo, mesmo que desprezado, acusado e combatido, porque o teu compromisso é com Ele...
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 15/04/2018.

domingo, 8 de abril de 2018


“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
RELACIONAMENTOS AFETIVOS


O instinto gregário predominante nos animais e principalmente no ser humano, que nasceu para viver em grupo, formando comunidades e a humanidade, leva-o aos relacionamentos que são parte da sua vida.

A caminhada de ascensão em isolamento agride ao processo evolutivo, marcado por sofrimentos desnecessários.

Existem casos em que a solidão leva à reflexões profundas, como pano de fundo para os registros superiores da vida.

Mas o afastamento da sociedade, com o pretexto de servir melhor a Deus,  é fuga, talvez inconsciente, dos relacionamentos responsáveis pelas experienciais do convívio, da solidariedade, em tentativa de se evitar conflitos e desgastes normais em todas as experiências de vivencia com o outro.

A proposta sabia que Jesus oferece se refere ao amor ao próximo como salto emocional  para o amor a Deus.

O desenvolvimento do afeto é impositivo natural para a elevação do Espírito.

Surge, no início, nos impositivos da libido, responsável pela multiplicação da espécie. Conforme o ser humano mais se eleva, torna-se mais complexo, alcançando a abnegação, a renuncia, o sacrifício até mesmo da própria vida.

As criaturas precisam de relações afetivas, mesmo nos reinos iniciais da evolução...

Desde a escolha pura e simples dos parceiros, nos primeiros tempos em que os caprichos masculinos predominavam, a união sexual era uma das razões fundamentais para o bem-estar dos grupos sociais.

Aos poucos, com o processo de discernimento emocional e do surgimento dos princípios éticos e morais, tentando-se equilibrar as funções do sexo distante da promiscuidade e dos relacionamentos múltiplos, surgiu então a monogamia como  estágio em que o sentimento de amor passou a predominar, e não os impulsos desordenados da libido.

A disciplina sexual tornou-se importante para o processo de equilíbrio  comportamental e espiritual da criatura humana.

Com essa conquista, a família passa a ser indispensável na socialização da criatura terrestre.

Mesmo quando predominava nos relacionamentos o egoísmo, a família abria o leque da afetividade com todos os seus membros.

A união, dos parceiros tornou-se uma necessidade do progresso social, mas, porque a cultura da época fosse ainda asselvajada, a mulher tornou-se vítima das paixões indignas, colocada em plano inferior, sofrendo penalidades perversas, quando cometendo qualquer equivoco que desagradasse o parceiro caprichoso.

A   culpa imposta pelo mito da criação,  responsabilizando-a pela deserção do homem no paraíso, tornou-a inferior e , portanto, subalterna, amada, mas em plano de significação secundária.

Graças a evolução do pensamento filosófico, psicológico e sociológico, aos poucos a mulher vem conquistando o seu lugar de relevância no relacionamento afetivo, na construção e condução da família, permitindo-lhe os mesmos direitos concedidos ao homem.

A liberdade buscada pela mulher, depois das muitas humilhações através dos milênios e da submissão absurda através dos tempos, foi adquirida, correndo hoje o risco, de cair na libertinagem que infelizmente a espreita...


Os relacionamentos afetivos são muito importantes no crescimento do ser humano, que busca a fraternidade universal como impositivo do progresso que não acaba no qual se encontra submetido.

Enquanto reinar vício mental de relacionamento egóico e pessoal, a relação afetiva estará fadada ao fracasso.

Existem uniões programadas no mundo espiritual, antes do mergulho carnal, quando os futuros parceiros se comprometem a estar juntos, contribuindo para o bem-estar da humanidade.

Há parcerias, que na maioria das vezes, resultam de interesses imediatistas, de sensações de prazer, de necessidades biológicas e emocionais, sem compromissos de responsabilidade.

Nesses casos, elas são rápidas e frustrantes, porque cada membros está mais interessado em si  e não no outro, trazendo lamentáveis transtornos emocionais e sociais.

Se as pessoas são psicologicamente maduras e responsáveis, predomina o amor na busca do parceiro, que é eleito pelos seus valores internos, portanto pela sintonia espiritual, formando os relacionamentos felizes.

Nesses casos, os valores éticos predominam e ajudam a superar as dificuldades normais no entendimento entre os que se unem, sem perderem as suas características, mas também sem que imponham ao outro apenas o que lhes convém.

Dessa forma, a família estrutura-se em bases seguras de respeito e de amizade entre os seus membros, tornando-se paradigma de sustentação do grupamento social.

Tendo ou não firmados compromissos legais ou religiosos da união, o que prevalece é sempre o amor.

Quando o amor não floresce nos sentimentos e nas mentes, a caminhada é áspera e cheia de perturbações, os relacionamentos são rápidos e tumultuados, porque o prazer do sexo é passageiro, e novos interesses surgem nos indivíduos descomprometidos com os valores emocionais do outro.

Todo relacionamento afetivo que mantém dois indivíduos em união merece o maior respeito, por propiciar a harmonia dos dois parceiros que se sentem compensados pelas sensações do prazer e principalmente pelas elevadas emoções da afetividade,

O afeto une as criaturas, umas às outras, permitindo também o intercâmbio de hormônios psíquicos, esses realmente responsáveis pela harmonia e saúde integral dos seres humanos.

Nessas uniões felizes sempre há a preocupação de repartir alegrias com o outro, e de compartir com as alegrias deles.


Quando buscares parcerias afetivas, lembra-te de contribuir com quem eleges para companhia, considerando que não tens o direito de ferir os sentimentos do teu próximo, de quem se te afeiçoa e confia, entregando-se em  totalidade.

O uso que faças da tua afetividade será o teu futuro de bênçãos ou de solidão, mesmo que estejas acompanhado, vivendo um sofrido vazio existencial,  que tipifica a sociedade contemporânea.

A união dos sexos sob as bênçãos do amor é o sublime instituto  em  que se constrói a família, síntese essencial da grande humanidade.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 08/04/2018.