“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
FIDELIDADE
MEDIÚNICA
A faculdade mediúnica, inerente a todas as
criaturas humanas, é benção de Deus para proporcionar a conscientização da realidade transcendente da vida.
Preso à
matéria e sob as suas fortes influencia, o Espírito sofre os limites que lhe
são impostos pelo corpo, esquecendo da sua origem, dos objetivos assumidos
antes de reencarnar, dos comportamentos necessários, para chegar a vitória .
Predominando a natureza orgânica, os
instintos e arquétipos mais perturbadores, diante dos seus conteúdos, se fixam com
mais força na alma, dificultando a libertação
dos arquivos nobres presentes no inconsciente profundo, referentes à sua
imortalidade.
A
educação formal no lar e na sociedade nem sempre se fixa na fé religiosa, e
muitas vezes, quando ocorre o contrário, muitos nomes com que se diferenciam
umas das outras trazem propostas ilegítimas, relacionadas aos interesses de
cada grupo, distantes do pensamento do Cristo e dos Seus apóstolos que, em
todos os tempos, foram unânimes em expressar-Lhe fidelidade, embora com vocabulários
diferentes.
A
importância histórica e cultural de cada povo e suas tradições não permitiam a
livre expressão dos embaixadores de Jesus que traziam a mensagem de libertação,
fazendo adaptar-se aos costumes e conceitos dos ambientes, sem que perdessem o
profundo significado de beleza e de autenticidade...
Assim é
que, desde Fo-Hi, na China, passando por Lao-Tsé e Confucio, com as suas lições
de harmonia social e de fidelidade doméstica, a Krishna, a Buda, na India, a
Moisés e todos os profetas em Israel, a Sócrates, Platão e Aristóteles, na
Grecia, com o idealismo do primeiro e as confirmações dos demais, as mensagens
libertadores alcançaram as consciências humanas, atingindo o período áureo
quando a Sua presença na Terra, e, depois, através dos discípulos que Lhe
ofereceram a vida em holocausto...
Mais
tarde, vieram os embaixadores do Seu verbo divino, convidando à refletir sobre a
sobrevivência ao túmulo, alcançando Allan Kardec, como emissário do Consolador, dignificando a mediunidade
com as experiências da investigação cientifica.
A
partir daí, a mediunidade deixou o lugar de carisma, dom, privilégio ou de
manifestação demoníaca, psicopatológica, excêntrica, para ocupar o seu
significado de faculdade da alma, que
o corpo reveste de células para a decodificação das energias transcendentais,
confirmando a sobrevivência do Espírito à
separação molecular.
A
partir desse momento de valiosa significação psicológica, histórica e
humanística, a mediunidade vem trazendo melhor entendimento da existência
terrena e seu objetivo, trazendo conforto moral a todos que vivenciaram a
partida dos entes queridos na direção do vale
da morte, e estavam à beira do
desespero, chamados pela insubstituível saudade e angustia da separação.
A
partir daí, a esperança percorre a humanidade, levando-a ao prosseguimento dos
deveres, a alegria de continuar na experiência física, buscando o próprio e o
progresso da sociedade.
A
mediunidade é ponte vibratória entre o mundo físico e o espiritual.
Muito combatida
pelas forças de um e do outro lado da vida, que se satisfazem em manter as
criaturas humanas na ignorância ou submetidas a sua crueldade, nos infelizes
processos de obsessão e de inspirações doentias, a mediunidade é o importante
recurso psicoterapêutico libertador.
O seu exercício torna-se indispensável, com o estudo da sua constituição fisiológica,
das manifestações de natureza emocional e dos distúrbios nervosos decorrentes
das heranças anteriores de cada um.
Nesse abençoado ministério, a
transformação moral do médium para melhor, cada dia lutando pela liberação das
próprias imperfeições, é fundamental, por propiciar a presença dos benfeitores
espirituais pelo processo natural da sintonia psíquica.
Muitas dificuldades,
surgem junto à sua vivencia.
De um
lado, as tendências perturbadoras presentes no próprio indivíduo,
aprisionando-o às paixões infelizes, do outro lado, os relacionamentos afetivos
que poucas vezes sabem ajudar estimulando à humildade, ao serviço, sem privilégio ou distinção.
Pelas vivencias anteriores, se
encontram nele as heranças nem sempre felizes, que abrem espaço à animosidade dos
que se sentiram prejudicados e não se encontram animados para o perdão, assediando-lhe
a casa mental e criando embaraços de toda ordem, para dificultar-lhe ou até impedir-lhe
o exercício saudável da faculdade mediúnica.
O conhecimento espírita, é o recurso
valioso que contribui com segurança na preservação da serena e irrestrita
confiança em Deus, iluminando-o interiormente e trazendo-lhe a alegria
indispensável à vida saudável a serviço do bem.
Muitos tombam
no caminho da ascensão, sem forças para soergue-se, ou desistem ante os impositivos
severos da própria recuperação, iludidos pelas fantasias mundanas e inspirações
infelizes.
Quando
o medianeiro conquista a consciência da sua faculdade e resolve dedicar-se a
tarefa com Jesus eleva-se, mental e moralmente, sintonizando com os nobres
Espíritos que trabalham para o bem comum e se encarregam de cuidar da sua
existência, auxiliando-o no desenvolvimento intelecto-moral.
Como em
qualquer ministério edificante, quem se dedica com fervor a tarefa que abraça,
consegue a vitória sobre si mesmo, crescendo na ação da bondade que deve
realizar.
A
mediunidade é instrumento de consolação sublime, trazendo a comprovação da
imortalidade do Espírito confortando aqueles que se encontram saudosos, e trazendo-lhes
a esperança com certeza do futuro reencontro
feliz.
Ao
mesmo tempo, traz a comunicação dos desencarnados aflitos, que despertam no
além aflitos pelos desmandos que se permitiram e voltam sedentos de paz e famintos
de luz.
Feliz aquele
que pode transformar a existência em um evangelho de feitos edificantes, marcando
a caminhada com pegadas de amor e de paz, especialmente no exercício da mediunidade
luminosa.
Como médium
de Deus, Jesus deu o exemplo da máxima fidelidade ao compromisso de desvela-Lo
a todas as criaturas, sendo lição viva de amor e de trabalho na construção da
sociedade saudável e ditosa.
Sempre
que estiveres angustiado por qualquer fator na tua sensibilidade mediúnica,
pergunta-te como Jesus se comportava em semelhantes situações e segue-Lhe o
exemplo.
Agindo assim,
nunca te equivocarás ou passarás
sofrimentos injustificáveis.
Portanto,
não olhes para trás ou para os lados, segue sempre em frente, lembrando que apenas
a Ele prestarás contas, por haveres sido por Ele convocado para o Seu rebanho
de amor.
Texto
de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Ilumina-te. Trabalhado
e editado por Adáuria Azevedo Farias. 29/04/2018.