sábado, 29 de abril de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

VIVER COM ESTOICISMO

Uma existência humana pautada nas diretrizes do Evangelho de Jesus enfrenta contínuos desafios que acabam sendo oportunidades excepcionais para propiciar a auto-iluminação.

Vivendo-se numa sociedade hedonista por um lado e pessimista por outro, a escolha de uma conduta estoica torna-se o caminho mais viável para a conquista da paz e dos estímulos que propicionam a correta desincumbência dos deveres.

Consciente de que o processo da evolução desenvolve-se do interior para o exterior do ser, o candidato ao crescimento espiritual não pode furtar aos testemunhos que exigem coragem e robustez de ânimo.

Nascido praticamente nas reflexões de Heráclito, o estoicismo se radica na crença da substancia; portanto, de algo que não morre quando sucede o fenômeno biológico da desintegração orgânica, constitui-se uma doutrina que, de alguma forma, adota o comportamento socrático-platônico.

Embora os mais belos exemplos de estoicismo na filosofia hajam sido demonstrados por Lúcio Anneo Sêneca, preceptor de Nero que, alucinado, invejoso e ciumento, propôs-lhe o suicídio duplo, cortando as artérias dos braços, tendo os pés em água morna, para que a morte seja mais rápida e logo sorvendo cicuta, já avançado em anos. Epícteto e Marco Aurélio, que escreveu pensamentos de grande beleza na  batalha, em diversos postulados lembra o Evangelho de Jesus, sem a profundidade do exemplo proposto pelo Mestre nazareno.

Na acepção do termo estóico, a morte, não inspirando medo, não pode ser solução para o abandono dos compromissos terrenais, conforme considerava o próprio Sêneca...

O exemplo de coragem demonstrado por Sêneca pode, também, ser considerado medo ao devasso imperador, que dominava através da impunidade de que se achava investido como divino.

Nero, que governou com equidade nos primeiros cinco anos do seu império, demonstrou a sua demência quando passou a viver os delírios do poder, inclusive quando, mandou assassinar sua mãe Agripina, que, já havia, assassinado o imperador Cláudio, seu marido, depois de fazê-lo adotar o sicário que se fez imperador... E esse filho mandou mata-la, só porque ela censurou a sua concubina...

Um regime de indignidade e ostentação, de crimes hediondos como aquele, precisava de políticos nobres e cidadãos valorosos para os enfrentamentos, desapeando do poder o atormentado algoz do império.

Mas, logo depois do incêndio e da sua incriminação contra os cristãos, querendo reconstruir e embelezar Roma, as suas arbitrariedades atingiram tão terrível patamar que, perseguido, fugiu da cidade e, perseguido, sem coragem de suportar os efeitos da sua trágica vida, pediu ajuda a um escravo para encerrá-la de forma não menos ultrajante.

Um estóico, jamais se deixa abater ou desiste da luta honrosa na qual se encontra, trabalhando os metais do caráter social para que sejam atingidos os fins enobrecedores da vida.


A vida estoica é desenvolvida em amplo campo de luta contínua contra a degradação moral, a fraqueza dos sentimentos, a desonestidade, o crime, a submissão.

As virtudes desempenham um papel fundamental, especialmente destacando-se o bem, a clemência, o valor moral...

A proposta do estoicismo é a de viver-se de acordo com a natureza, seguindo-lhe os códigos soberanos.

O estoico é alguém que encontrou o sentido existencial e reconforta-se nos severos compromissos de auto-aprimoramento, descobrindo as fontes de uma vida digna por meio da prática das virtudes e vivendo-a em todos os passos da caminhada enobrecida.

Embora as não poucas atitudes sofistas de Sócrates, o seu idealismo levou-o a um julgamento arbitrário, infame, que enfrentou com dignidade, e à morte perversa, que aceitou estoicamente, sem queixas, consciente da sua imortalidade.

Nunca a cultura precisou tanto de valores estoicos para serem vivenciados como nestes dias.

Quando a decadência ética permeia os mais graves compromissos morais e sociais, destacando a corrupção como ocorrência natural no comportamento dos indivíduos, a exaltação do dever e da dignidade pelo exemplo é de necessidade imediata.

O ser social, muitas vezes enfraquecido nas lutas, fortalece-se no exemplo dos cidadãos que se fazem paradigmas da lealdade, do dever, da moral.

Ao lado das demonstrações de que era Filho de Deus, que tanto deslumbrou os Seus coetâneos, Jesus permanece como o exemplo máximo da incorruptibilidade, da fidelidade ao dever assumido perante o Pai em favor das criaturas humanas.

Em momento algum demonstrou fraqueza moral, e mesmo as Suas resistências orgânicas nos momentos extremos, ao apresentar-se debilitadas, não O impediram de tornar-se o maior exemplo de estoicismo por amor de que se tem notícia.

Buscar assemelhar-se-Lhe é o dever de todos que buscam uma vida harmoniosa, precedendo à vida real, quando por ocasião da imortalidade em triunfo.

Certamente, esta conduta não será plasmada de um para outro momento, mas através de contínuos acertos e erros, que irão estruturando a personalidade para o mister, ao tempo em que se desenvolvem os sentimentos morais em moldes próprios para o empreendimento.

Iniciam as experiências em nonadas, como a melhor forma de treinamento, para alcançar-se os investimentos mais importantes que tenham representação na economia moral e emocional de cada um.

Buscando-se o essencial, tudo que é secundário cede lugar a benefício da meta.

Nessa circunstancia, o amor desata as suas infinitas possibilidades em adormecimento, ampliando a capacidade de servir e de plenificar.

O estoicismo, faz parte da proposta ética do Cristianismo, por ser o método filosófico mais conforme com a moral do Evangelho de Jesus.

Perseverar no bem, quando outros desistem, manter a fidelidade, quando se extingue o entusiasmo, sustentar o dever, mesmo quando tudo parece conspirar contra os ideais elevados, confortar os caídos na retaguarda, reerguendo-os para o avanço, são conquistas importantes no processo da auto-iluminação, na construção do ser que se deseja transformar em modelo...

Começa a vida estóica no cultivo do solo do coração, onde se colocam as sementes da bondade e da esperança, para que se formem círculos de afetividade combativa, na dinâmica de bem servir com esquecimento da presunção pessoal e do orgulho.

O estóico, como o cristão, desconhece-se, não se acreditando melhor do que os outros, também não se considerando pior, mantendo a consciência plena da função existencial e de quanto deve realizar para atingir o objetivo da sua imortalidade.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias.
29/04/2017

sábado, 22 de abril de 2017


GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

EDUCAÇÃO E VIDA

Sem  a educação, o ser humano volta ao primarismo de que se vem libertando através dos renascimentos carnais.

Poderosa alavanca para o progresso espiritual, é o mais eficiente recurso moral para a edificação do ser humano.

Confundida com a instrução, ainda não foi compreendida no sublime objetivo de que é mensageira.

Acreditam alguns estudiosos que o ser humano é as suas heranças ancestrais, que nenhuma educação consegue modificar.

Os menos pessimistas, afirmam que a mente infantil é uma folha de papel em branco, na qual se escreverão os atos, as informações que lhe irão apontar o destino.

Nada obstante a valiosa contribuição de educadores notáveis do passado, a iniciar-se por João Comenius, prosseguindo pelo eminente Rousseau e adquirindo relevância em Pestalozzi, foi Allan Kardec aquele que, sintetizando as sábias lições desses predecessores, demonstrou, através da reencarnação, a excelência do labor educativo.

A educação, sem dúvida, remove as  heranças perturbadoras insculpidas na personalidade e no caráter do educando, por criar novos condicionamentos morais que se fixarão, orientando-lhe a existência.

As graves heranças morais, de existências passadas infelizes, reeducam-se, aos poucos, até estabelecerem-se novos hábitos de comportamento que se tornarão naturais em futuras existências.

Sendo a vida uma sucessão de renascimentos em diferentes corpos, o Espírito transfere de uma para outra experiência física as conquistas e os prejuízos que somente uma educação bem trabalhada pode aprimorar.

Não tem razão, quem nega os efeitos positivos da educação, por considerarem a vida um recreio ou repouso carnal distante das  possibilidades de repetição das existências orgânicas.

A educação, quando programada com as diretrizes do amor e da disciplina, trabalhando juntos na modelagem da argila moral do Espírito, lentamente estatui o ser formoso que se ergue na direção do infinito.

Educam-se os animais, usando-se métodos drásticos, coercitivos uns e de compensação outros, em face da impossibilidade de poderem compreender as propostas que lhes são ensinadas.

O ser humano, por ser constituído de raciocínio e de lógica, quando trabalhado com perseverança e carinho, assimila os bons hábitos do educador, junto com os seus ensinos morais e iluminativos.

A educação do indivíduo dá início à transformação moral do grupo em que se movimenta. Refletindo-se na sociedade como um todo.



Educar é proporcionar vida, que escasseia enquanto houver a ignorância.

A sua ausência é como uma luz distante, que permite a predomínio da sombra.

Os processos de crescimento social, financeiro, tecnológico, junto aos de natureza cultural, só conseguem atingir os seus objetivos quando decorrem da educação trabalhada pela paciência e pelo sentimento de amor.

Educadores vinculados a programas políticos, no entanto, preocupam-se mais com as estatísticas a respeito da alfabetização, descuidando as bases morais da educação, que pedem espírito de abnegação e cuidados especiais. Apresentam dados falsos de pessoas alfabetizadas, que mal conseguem ler e escrever, passando uma imagem que não corresponde à realidade de uma sociedade educada.

O labor da educação começa no berço e prossegue sempre, sendo fundamental na infância e na juventude, quando há mais receptividade do educando, ante as suas despreocupações e facilidade de registro dos ensinos e hábitos que embelezam o caráter e iluminam a consciência.

A violência, a agressividade que surgem em perversidade cruel por toda parte, mostram a falência da educação nos institutos onde parece funcionar, e especialmente no lar, onde se formam a cidadania e a dignidade do ser humano.

Em seu lugar, o descaso dos pais irresponsáveis em conviver com os filhos, relegando a tarefa que lhes cabe à servidores remunerados, assim dispondo de tempo para mais prazeres, para a conquista de recursos que oferecem aos filhos, em mecanismos de fuga psicológica para não se darem eles mesmos...

Como consequência, o imediatismo das sensações, repercutindo na promiscuidade sexual, na drogadição, nos estertores dos transtornos psicológicos, domina crianças, jovens, e inúmeros adultos, em lamentável desestruturação que se reflete numa sociedade indiferente pelo sofrimento do próximo, que vive medrosa e inquieta...

A solução do grave problema repousa na aplicação dos tesouros ainda desconhecidos da educação moral pelo exemplo, através da autodoação, das lições vivas na conduta edificante.

Enquanto continua a preocupação com a instrução, com os métodos tecnológicos de preparação do indivíduo para a autorrealização, os desastres sociais caracterizarão a cultura que se debilita numa civilização competitiva, egoística e cínica, rica de coisas e pobre de sentimentos elevados.

Nessa cultura, o ser humano vale pelo que tem e acumula exteriormente, não pelos valores de nobreza e de dignidade pessoal, limitando assim a vida ao breve espaço berço-túmulo...

Ante a visão espírita sobre a indestrutibilidade do ser e as sucessivas reencarnações, modifica-se a paisagem da agressividade e do medo, abrindo campo propício para o desenvolvimento da solidariedade e do amor que um dia farão parte de todas as vidas.

Como diz Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, parte 3, Capítulo X, item 872: Cabe à educação combater essas más tendências. Fá-lo-á utilmente, quando se basear no estudo aprofundado da natureza moral do homem. Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral, chegar-se-á a modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução e o temperamento pela higiene.



Por isso Jesus permitiu-se o título de Mestre, por ser o educador sublime, que lecionou o amor como essencial a vida e o dever como diretriz de segurança para o progresso, assim como fator de equilíbrio para a conquista de felicidade.

Eleito para educar e iniciar a Nova Era, Allan Kardec fez-se também professor, tendo ensinado por mais de trinta anos, antes de apresentar à Humanidade a Doutrina Espírita, mensageira por excelência da educação integral e da vida.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 22/04/2017

segunda-feira, 17 de abril de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

A NOBRE SINFONIA DO SERVIÇO

A vida, em todos os seus aspectos, é um hino de louvor sinfônico à Divindade.

Para onde quer que olhe ou dirija o pensamento, surge, fascinante, a  obra de amor do Pai para o engrandecimento das Suas criaturas.

Desde as  movimentações das galáxias até as micropartículas atraídas pelo núcleo, em incessante movimentação, percebe-se a sabedoria do Criador que se transformou no Excelso Servidor.

Referindo-se-Lhe à grandeza transcendente, Jesus glorificou-O no trabalho, confirmando que Ele prosseguia em ação, assim como fazia o Filho.

Servir, é honra que a evolução intelecto-moral no ser humano encontra para crescer ao ritmo da harmonia cósmica.

Tudo serve sem cessar, contribuindo para o equilíbrio universal.

Uma parada no serviço se estabeleceria o caos em toda a parte.

É da ordem do Universo o movimento que equilibra tudo; não há lugar para a estagnação.

Por serviço entendemos todo e qualquer esforço edificante que preserve a ordem, que resguarde a vida, que perpetue o desenvolvimento ao  infinito...

Quando o ser humano se recusa ao serviço, vegeta, não tendo aprendido a viver, o que significa estacionamento.

A troca de experiências em serviço fraternal traz o crescimento espiritual, a iluminação interior.

Todos crescem para o Absoluto, ampliando a capacidade de compreender e de agir, para superar os limites momentâneos em que se agita.

Quanto mais a inteligência estuda a obra de Deus, mais se entusiasma com a Lei Moral, que nela se encontra em  sincronia com as suas  modulações.

A própria Natureza, renovando-se, sem cessar, e repetindo-se, eloquente, é uma canção vibrante de serviço ininterrupto.

Morre uma forma para ressurgir noutra. Transforma-se uma aparência, abrindo espaço para nova maneira de expressar a vida. Tudo se agita e se enriquece sob a batuta divina do cósmico Regente sinfônico.

O vento que altera a face do orbe, que rasga as rochas e levanta as dunas, é o mesmo agente que conduz o pólen delicado da flor, fecundando outra para a continuação do milagre da reprodução.

A água cantante que corre e escava o leito do rio, absorvida pelo calor do Sol, retorna em chuva abençoada que vivifica o solo crestado e atende a sede em todo lugar.

A tempestade que devasta, revitaliza o ambiente que vergastou, trazendo-lhe nova beleza e majestade.

Os fenômenos sísmicos assustadores, que assustam as pessoas em toda parte, servem de instrumento para o aprimoramento do planeta em transformação para mundo moral mais elevado.

O serviço de engrandecimento, está sempre propiciando vida e perfeição.

O silencio absoluto e estacionamento prolongado decorrem da pobreza de percepção dos sentidos físicos.

Nunca te negues ao serviço, justificando-te como sem recursos hábeis que possas utilizar em teu favor.

A formiga diligente e aparentemente desequipada é exemplo raro de previdência e de serviço constante.

A abelha laboriosa e quase insignificante, em organização social aprimorada, trabalha sem cansaço a serviço da colmeia.

O cupim esfaimado e quase desprezível é servidor da vida na sua função específica e infindável.

O mínimo que possuas, põe a disposição  da vida, e poderá resultarem muito para quem nada dispõe.

És detentor de importantes recursos que desconsideras, porque ainda não te resolveste pela produção do bem em tua vida.

Utiliza-os, e vê-los-ás multiplicar-se em tesouro de alto significado que  te levará ao deslumbramento e ao júbilo.

Não enumeres dificuldades, nem compares as tuas possibilidades com as de outro, que consideras melhor aquinhoado do que tu. desconheces os conflitos que ele tem, as lutas internas que trava, as ambições que acalenta...

Na engenhosa engrenagem da vida, todos são importantes e os suas contribuições são imprescindíveis para o equilíbrio geral.

Vê a máquina grandiosa fixada por parafusos modestos que lhe dão segurança.

Olha a represa imensa e poderosa, estruturada em pedras, cimento e ferrugem bem trabalhados.

Contempla o diamante bruto e te decepcionarás com a sua aparência grosseira, que a lapidação retira, para  que reflita o raio de luz.

No reino humano, assim como nos demais, todas as criaturas são interdependentes.

Pensa em torno da cadeia alimentar na Natureza até o estágio de Humanidade e ficarás fascinado com a sabedoria que a rege, às vezes em aspectos chocantes, mas obedecendo a um programa sublime, ininterrupto...

Sábia diretriz produz em abundancia  proporcionando equilíbrio, ecológico quanto cósmico.

Não interrompas essa sucessão de acontecimentos, quando chamado ao serviço, agarrando-se a falsos conceitos vindos da ociosidade dourada e do pessimismo perturbador. Renasceste no mundo para amar e servir, e não  como um peso morto na economia moral e emocional da sociedade.

O parasita humano é explorador do esforço alheio.
Permitindo-se o repouso sem limite,  exigindo dos outros trabalho redobrado.

Cresce, em ação, movimentando os abençoados dons da vida que dorme em latência no teu mundo íntimo, e avança, jovial e alegre, participando da sinfonia gloriosa do serviço em homenagem à vida.

Ninguém que pense e reflita tem direito de explorar o seu próximo, vivendo-lhe às custas, anulando a própria capacidade existencial.

A inteligência de que és portador revela-se em mitos aspectos, contribuindo para o teu ajustamento no conserto universal.

Integra-te, pois, na gloriosa sinfonia do serviço, contribuindo, pelo, menos, com os sentimentos de amor, de compaixão, de misericórdia, caso ainda não tragas os da abnegação e da renuncia coroados pela santa caridade.

Na discrição da tua conduta ou diante dos holofotes da mídia devoradora, serve com naturalidade, alegrando-te por participares da orquestração regida pelo Criador.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 17/04/2017



sexta-feira, 14 de abril de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS


RESPEITO À JUVENTUDE

Em uma carta comovedora, o apóstolo Paulo dirigiu-se a um jovem a quem amava como a um filho, recomendando-lhe, conforme Timóteo I, capítulo quatro, versículo 12: Ninguém despreza a tua mocidade mas torna-te o exemplo dos fies na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza...

Orientação paternal, que ainda ecoa nos dias de hoje como melhor conduta para as novas gerações.

Quando parece haver uma conspiração orquestrada pela mídia perversa, para orientar o jovem na direção da desagregação da personalidade, pelo consumo de drogas alucinantes, do sexo sem dignidade, do álcool e do tabaco, em fuga espetacular da realidade para a loucura, a mensagem de Paulo precisa ser aplicada com urgência pelos pais e educadores nas mentes jovens.

Sem discernimento, ainda vivendo as fantasias que lhes são oferecidas, os moços tem sede de prazer, estimulados pelo desenvolvimento da libido em pleno despertar, não tendo maturidade para solucionar o que deve do que não pode fazer, ou o que pode mas não deve realizar, são arrebatados pelas atrações falaciosas, comprometendo o organismo nos passageiros gozos de que logo mais se arrependerão.

Embora se apresente como de demorado curso, o gozo que se renova através de sensações diversas, cada uma mais perturbadora, não vai além do tempo da consumpção das energias, da vitalidade e das forças juvenis...

Surgem logo o cansaço, o enfado, a insatisfação, que buscam soluções em novos experimentos enganosos que se multiplicam nos ambientes de perversão dos sentimentos.

Enfermidades variadas, transtornos de conduta, desequilíbrios mentais, dependências trágicas das substancias viciosas consomem a alegria e a esperança de viver, mergulhando-os em abismos de loucura e de sofrimento.

Envelhecidos prematuramente, apelam para receitas mágicas que lhes permitam continuar na insânia, mais se comprometendo e sucumbindo, por fim, em tragédias ocultas ou bombásticas, conforme o nível socioeconômico em que se encontram.

É lamentável a aplicação das forças juvenis nos encantamentos perigosos da atualidade cheia de sonhos fantásticos e de realidade dolorosa.

Dando espaços aos instintos primitivos e não domados, permitem que se exteriorizem a agressividade e a violência, o desrespeito a todos os valores ético morais, a volúpia da anarquia e da desintegração das leis que equilibram a sociedade, transformando a Terra num palco de loucura onde desfilam os poderosos que zombam dos fracos que os sustentam, abrindo brechas para as reações do ódio, da infâmia e da vingança...

A educação das novas gerações é de emergência, desde que os pais comprometam-se a dignificar a prole, renunciando às frustrações que os levam a competir com os filhos nas conquistas  do sexo, da projeção social doentia, dos quinze minutos sob os holofotes, como ironicamente se referem os multiplicadores de opiniões...

Se é deplorável o desconcerto no adulto, muito mais é, naqueles que ainda não vivenciaram a experiência carnal, sem oportunidade de amealhar os valores que os consagrariam, permitindo-lhe a felicidade.

Os pais e educadores têm em geral muitas responsabilidades, com as exceções compreensíveis, na desagregação da juventude.

Vivendo conduta materialista, embora alguns se vinculem às denominações religiosas, sem qualquer tipo de religiosidade, a sua também é a meta do engodo pelo prazer a que se atiram famintos e ansiosos.

Se tivessem conquistado uma estrutura moral fortalecida pela fé espiritual, que lhes insculpisse a certeza da sobrevivência do Espírito à consumpção da matéria, seria, sem dúvida, outra a sua conduta, a sua proposta educacional.

Desejando a Terra, sob o disfarce do Reino dos Céus, muitos segmentos religiosos enganam os imprudentes, acenando-lhes a plenitude do Espírito a peso de moedas que lhes fornecerão o poder ambicionado no mundo.


Ei-los, aos bandos, nas pequenas e nas grandes cidades, refazendo tribos, ou formando grupos que se juntam por afinidade pessoais, agressivos e infelizes, ostentando, a máscara do disfarce da alegria.

Confusos e inquietos, inspiram compaixão e solidariedade, tornando-se de difícil acesso, porque já apresentam sinais de transtornos psicológicos, desvios de equilíbrio mental, problemas fisiológicos e desconhecimento ético a respeito dos deveres.

Alguns, cômodos e preguiçosos, evitam  o trabalho, exigindo dos pais maiores  aflições, mantem-se durante o dia diante da televisão ou do computador, para logo depois, quando chega a noite, procurarem refúgio nos guetos, onde se perturbam, sob música ensurdecedora, que os impede de pensar, sendo-lhes permitido fazer tudo, desde que lhes paguem antecipadamente...

O deus dinheiro tudo proporciona, tudo facilita, não importa os meios pelos quais seja adquirido, porque sem moral nem dignidade.

Como consequência, aumenta o número dos traficantes de drogas - usuários aflitos que precisam delas a qualquer preço -, dos proxenetas doentes – que exploram jovens masculinos e femininos levianos, que lhes caem nas armadilhas bem construídas -, dos ídolos sexuais que são substituídos a cada momento - dependendo da revista ou da emissora de televisão que os escolheu -, num consumismo enlouquecedor, sem tempo para uma atitude sensata ou refletida.

Sai-se de uma para outra festa alucinante, não se dando oportunidade de refazimento de forças, enquanto os endinheirados desperdiçam fortunas em exibições doentias da sua extravagancia, humilhando mais ainda os miseráveis que os olham com mágoa sem disfarce e  ódio mal contido...

Os sequestros aumentam terrivelmente, para conseguir dinheiro com facilidade, apesar dos riscos, enquanto autoridades comprometidas com o crime e sem  as credenciais moralizadoras que deveriam ter, assistem a tudo presunçosos, sugerindo soluções que nunca concretizam.

Essa é uma análise realista e não pessimista, do que ocorre em relação aos jovens que a vida lhes emprestou – aos pais e aos educadores – e que não tem tido interesse ou consciência de dever em conduzir com segurança e nobreza.

Lembremos a lição paternal de Paulo ao filho espiritual Timóteo, para que, preservando a mocidade com comportamento morigerado, as boas leituras e as nobres ações, viva o Evangelho com integridade e decisão, para que mereça a sua eleição para o Bem.

No jovem estão depositados tesouros inexplorados que devem ser aplicados em benefício do seu desenvolvimento intelecto-moral, assim proporcionando o progresso futuro da Humanidade.

No seu presente, movimentam-se os pés do futuro, que será marcado pelas suas edificações de hoje, quando voltarão como consequências inevitáveis.

Todo esforço, portanto, os adultos devem fazer, na orientação das mentes juvenis, demonstrando a eles, através dos atos, a excelência do comportamento saudável e os gravames  após os compromissos inferiores.

Adotando-se as diretrizes da vida eterna preconizadas por Jesus e revividas pelo apóstolo Paulo, será fácil construir-se uma sociedade feliz e confiante, vencendo-se os impulsos primitivos, superando-se as dificuldades vigentes e experimentando-se alegria de viver sem usar os falsos recursos do prazer mentiroso.

Aquele que não desencarnar antes, sendo jovem hoje, seguirá pelos caminhos da senectude com as marcas do comportamento, que o farão desditoso ou pleno conforme se tenha conduzido.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 14/04/2017

terça-feira, 11 de abril de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

A GRANDEZA DO AMOR

Nunca, antes de Jesus, o amor alcançou a qualidade de que se reveste, nem foi propagado como recurso de valor inestimável para a vida.

Nas  leis de todos os povos, desde a origem da sociedade terrestre, sempre houve a preocupação de estabelecerem-se códigos de respeito aos senhores, aos líderes de quaisquer expressões, com total submissão aos poderosos.

Severos e sem misericórdia, impunham punições conforme a gravidade do delito, e, às vezes, maiores, tornando-se cruéis, como ainda hoje infelizmente ocorre em muitas nações atrasadas ou consideradas desenvolvidas, tecnologicamente avançadas...

Quando se sente agredido, o cidadão normalmente abandona a roupa exterior da educação social e age com tão elevado grau de insensibilidade emocional, que repugna à razão, tornando-se verdadeiro déspota nos períodos de guerra ou de quaisquer outros conflitos, em que os seus interesses egoísticos estão em jogo.

Os servos, os camponeses, o povo em geral, os sofredores e miseráveis sempre ficaram à margem, relegados ao abandono, longe da compaixão ou misericórdia dos dominadores.

Utilizados para os serviços mais sórdidos ou encaminhados aos crimes mais hediondos, foram desprezados por séculos sucessivos...e quase até hoje...

Desde Moisés a João, o batista, todos os profetas e condutores do povo dito eleito por Deus usavam do respeito pelo seu coetâneo e do ódio em relação aos que se poderiam se transformar em possíveis adversários quando surgissem ocasiões imprevisíveis...

Ocasionalmente tratavam bem ao estrangeiro, embora não lhe permitindo,  uma real integração na sua sociedade fechada e cheia de privilégios.

O gentil era sempre malvisto pelos filhos de Deus que, nesse conceito, não é Pai das demais criaturas...

Também em outros povos do Oriente, os sentimentos eram equivalentes, variando entre a justiça parcial e acomodada aos deveres imediatos, quase sempre sem os correspondentes direitos de que todos devem desfrutar...

Gregos e romanos, decantando a sua cultura, na filosofia e na ética, na estética e na moral, na arte e na política, nos jogos e nas guerras, não diferiam muito dos orientais que, em algumas vezes, se lhes apresentavam como modelos a serem seguidos em razão da sua ancianidade.

Mesmo Sócrates, alcançando o elevado patamar da sapiência, exaltou a liberdade do pensamento e da ação, a moral, aos deveres para com a sociedade, para com a pátria, em relação a sobrevivência espiritual, sem maior preocupação com o amor na sua profundidade extraordinária...

Platão e Aristóteles, seu discípulo respeitável, filosofaram com sabedoria, reflexionando com nobreza, mas não se afervorando ao amor capaz de dignificar a vida e libertar o ser humano em torno das suas mais grandiosas necessidades...

Os romanos, fizeram-se os deuses das guerras, e seus filósofos sempre exaltaram os seus feitos, embora os estoicos se transformassem em lições vivas de respeito ao sofrimento, com exceção de Sêneca, aos 65 anos, após escrever com beleza incomum diversas obras humanas, admiráveis, suicidando-se vergonhosamente...

As culturas e civilizações sucederam-se como camadas de areia que se acumularam sob a ação dos ventos das experiências evolutivas, sem que fosse estabelecido o primado do amor, como de essencial significado para a iluminação do ser humano, os seus relacionamentos sociais, equacionando as dificuldades que abriam espaço para as guerras lamentáveis, orientando para o recurso da solidariedade e da fraternidade que devem sempre haver entre todos.

Israel naqueles dias, respirava ódio, suspeitas fundadas e não justificadas, traição, aparentemente abandonado por Deus, como havia ocorrido no passado, durante a servidão no Egito e na Babilônia ou nos períodos em que esteve seviciado por outros povos que lhe atravessaram as fronteiras frágeis...

Foi nesse clima espiritual de ódio e de opressão, que Jesus nasceu, e com Ele começou a era do amor, demonstrando que a sua força muda a direção moral do planeta e dos seus habitantes, sem a necessidade da agressividade, do crime, da astúcia e da morte...

Erguendo-se na montanha, exaltou, como nunca ocorreu antes nem voltaria acontecer outra vez, os pobres e os oprimidos, os fracos e os miseráveis, os perseguidos e os mansos, desde que se resolvessem abraçar a justiça, o bem, o amor, nas inesquecíveis estrofes da sinfonia das bem-aventuranças.

Nesse momento, o amor de Deus alcançou as multidões que se sentiam desprezadas e esquecidas, e a Sua voz salmodiou com esperanças e consolações através de Jesus, em favor de todos considerados como rebotalhos, sendo que alguns deles nem sequer constavam nas anotações do Livro dos Vivos...

Não era, um amor piegas ou exaltado, mas um sentimento de ternura infinita e de solidariedade constante, de forma que desaparecesse a distancia que os separava dos outros cidadãos respeitáveis, dos eleitos por Deus...

Não se concentrou apenas nessa diretriz, indo mais além, insistindo no convite ao respeito e ao afeto pelos inimigos, malfeitores, perseguidores, dando origem a uma visão psicológica especial jamais antes percebida.

Nesse amor aos ingratos e perversos, aos insanos pela inveja e insensatos, Jesus demonstrou a excelência do sentimento que felicita aqueles que o possui, tornando-o realmente feliz, embora sendo a vítima, e por isso mesmo..

O inimigo é um enfermo da alma, é alguém perdido em si mesmo, que não se respeita e, por isto, se detesta, incapaz de vencer a mesquinhez em que se esconde e a inferioridade moral de que se dá conta, transferindo essa desdita para o outro, aquele que lhe é melhor, que considera acima do seu patamar evolutivo, satisfaz-se em malsiná-lo, infelicitá-lo, perseguindo-o com fúria animal...

Bem compreendido e amado, o inimigo transforma-se em benfeitor daquele que lhe sofre a insânia.

Primeiro, porque se faz mecanismo de resgate dos erros passados cometidos contra a vida, que lhe pesam negativamente na economia moral-espiritual. Depois, por que sabe que o adversário vigia-o, segue-o, destila vibrações deletérias na sua direção, que somente assimila se sintonizar com as mesmas, revidando-as com o mesmo sentimento.

Assim vigiado, ouve a catilinária das acusações que lhe são feitas e averigua a sua legitimidade ou não, corrigindo-se naquilo que precisa e não considerando o que não tenha fundamento.

Sem afligir-se com a injustiça, alegra-se por que pode compreender o estágio em que o inimigo se encontra e os motivos por que o persegue.

O amor aos criminosos é de alta magnitude pelo sentido de compaixão de que o acompanhar, refrigerando a alma que o preserva.

Importante teste de autodescobrimento, que coroa os esforços íntimos pela paz e pela felicidade de todos, começando pelo adversário.


Ninguém antes deu ao amor a gloria que merece, por ser a alma do Universo no pulsar do pensamento divino, senão Jesus.

Unindo todos os seres sencientes, o amor expande-se para todas as coisas, mesmo as inertes, trazendo alegria de viver e razões para lutar.

Pela sua extraordinária qualidade moral, Jesus viveu-o e fez-se o Amor-não-amado, que nunca cessa de amar.

Esforça-te com, o amor, em qualquer situação, quando as outras técnicas de comportamento falharem, e nunca mais deixarás que ele enfraqueça na tua mente e no teu coração.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 11/04/2017





sábado, 1 de abril de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

MOMENTO GRAVE

Pesam as sombras da ignorância, em forma de crueldade e loucura, na grande noite moral de hoje.

O ser humano perturba-se, parecendo até que desconhece os caminhos do equilíbrio que estão à frente.

O cardápio do comportamento social é formado por discussões inúteis e agressões contínuas, e a violência como resultado das incompreensões faz das comunidades terrestres praças de guerra não declarada.

A suspeita e o ódio unem-se, os disparates adquirem cidadania, envenenando os sentimentos e distorcendo as simples informações ou comentários, mesmo quando visam resultados edificantes.

A psicosfera que toma conta do globo apresenta-se tóxica, podendo levar os indivíduos que a aspira à ruína ou quedas inimagináveis, em razão das cargas vibratórias da insensatez e da perversidade.

As mentes humanas desavisadas, fascinadas pelo prazer dos sentidos, desejam apenas o gozo incessante, afastando-se dos ideais de dignificação moral incompatíveis com as sofridas paixões em que se satisfazem.

Revelando o primitivismo que  predomina na sua natureza espiritual, sintonizam com outras, as desencarnadas, do mesmo padrão, confundindo os sentimentos, que se desnorteiam, sem saber de quem ou de onde procedem...

Como consequência, de forma funesta aumentam as cargas de aflição sobre a frágil economia moral da sociedade, que cambaleia exausta quase sem definição do caminho a seguir.

A volúpia pelo consumismo absorve a maioria das pessoas, como mecanismo de fuga para os enfrentamentos, e o vazio existencial atira esses desditosos invigilantes aos transtornos depressivos, à síndrome do pânico e outros, marcando com fortes processos para a instalação de doenças degenerativas no futuro...

A insatisfação vaga alucinada, e se lhe entregam, indefesos, os abastados e os carentes, porque, infelizmente, perderam os objetivos espirituais da reencarnação.

O desentendimento em torno das questões relevantes generaliza-se, e cada um sente-se portador da resposta única, da verdade, sem permitir ao outro o direito de pensar, de assumir comportamento diferente do que lhe orienta ou receita, ainda que pregando o direito à liberdade.

Infelizmente, outros ainda que  advertidos pela fé religiosa debatem-se em incertezas, sentindo-se frustrados por não se terem entregado ao banquete da futilidade ou participado do festival das ilusões.

Há uma distorção na aplicação do tempo e dos valores ético-morais, que poderiam e deveriam ser utilizados para melhor, construindo a paz e a fraternidade entre todos.

Momentos difíceis, cheios de facilidades para o prazer artificial e pobres de harmonia e de alegria de viver.

Embora se multipliquem as religiões do mundo, o materialismo é o grande campeão que triunfa sobre as almas fragilizadas e atormentadas.

Mal disfarçados os anseios terrenos, os mesmos conseguem sobrenadar nas aparentes doutrinas morais e religiosas, por sua incapacidade espiritual de serem mais vigorosos os objetivos doutrinários.

Habituados ao comércio com Deus, não conseguem vê-lO como o Pai amoroso e sábio que a tudo prevê e provê, abrindo os cofres da Sua sabedoria para o enriquecimento de luz e de paz dos filhos queridos.

Urgentes, é uma revisão de conceitos espirituais e uma releitura lúcida e lógica dos postulados que definem a fé religiosa.


O mundo físico é escola de aprendizagem intelectual e de evolução moral.

Por mais sólidas e duradouras pareçam as construções, são todas passageiras modificando-se a cada instante, demonstrando a contínua alteração estrutural.

Tudo se transforma no planeta, sob todos os aspectos.

Essa incessante transformação funciona como a saída do ser humano dos abismos da sombra na direção da Grande Luz.

Apesar das ambições sem medidas que dominam muitos deles trabalham pela conservação da noite moral, dando origem ao desconforto e aflição, especialmente quando se aproxima o mundo de regeneração.

Não estranhemos, os conflitos e as angustias deste período, porque os últimos movimentos agônicos da loucura dominante propõem-se ameaçar a estabilidade do Bem que logo se instalará no planeta.

A felicidade real é a grande meta; os prazeres fictícios, rápidos e desgastantes são os engodos a que se permitem os atormentados que não sabem fruir de paz e de alegria interior que é a legítima.

Por isso, há a aparente vitória dos maus, o desbordar do cinismo e do sexo em desalinho, a perda do pudor, a avalanche da vulgaridade, em tentativas inúteis de superação dos bons costumes, dos nobres sentimentos do amor e da verdade.

Não há, porque temer a luta inevitável que se instala com rapidez nos cantos da terra, dela sairão vitoriosos os valores dignificantes, os serviços libertadores, as realizações nobres, as propostas de felicidade sem imperfeição.

O mal, por mais volumoso e dominador, é passageiro, da mesma forma que ocorre com a treva densa que um raio de luz devora com claridade.

Todo esforço, deve ser feito no aproveitamento das horas, com a mente fixa na expressão transitória do mundo físico e na certeza do triunfo do mundo causal.

O Grande Lar ou mundo original, de onde todos procedem, merece reflexões contínuas, de forma a oferecer a certeza da sua realidade, esperando pelos viajores dos fenômenos orgânicos...

Nesse sentido, a analise sobre o significado dos valores que interessam na sua relatividade ou na sua expressão perene deve fazer parte das reflexões de cada hora, para que sejam vividos com segurança.

Constatando-se da mesma forma a constituição orgânica sujeita a constantes transformações e ao fenômeno biológico da morte, se conquista estabilidade emocional e valorização do que é legítimo em relação ao que é falso.

Fica assim fácil, a programação existencial, familiar, social, espiritual, tendo-se em vista que, de um para outro momento, interrompe-se o ciclo vital e a desencarnação transfere o viajante para a outra dimensão, a definitiva...

É essa a diretriz segura para a conquista da harmonia pessoal, da aquisição dos objetivos superiores e da realização interior plenificadora.

Esse momento, grave e afligente, pode modificar-se para melhor, logo que os homens e as mulheres escolham a alternativa da paz e da felicidade que lhes está reservada.


Se buscas a alegria de uma vida feliz, aspira ao Bem e luta para conseguir.

Vigia as nascentes do coração, para que não te iludas com a aparência, avançando na direção da realidade.

Elabora o teu programa de auto-iluminação, colocando na tua chama íntima o combustível do amor, e serás claridade na grande noite.

Lembra-te sempre de Jesus e segue as Suas lições afetuosas, tornando-te senda de bênçãos para aqueles que perderam o rumo...

Este é o teu momento de alterar o comportamento para a tua gloria estelar.


Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 01/04/2017