sábado, 18 de novembro de 2017

“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
CEGUEIRA ESPIRITUAL

A CEGUEIRA, DO PONTO DE VISTA ORGANICO, É A falta da visão, mantendo aquele que a sofre na escuridão em torno de tudo quanto se passa em sua volta.

Prova especial ou expiação necessária ao processo de desenvolvimento, quando, na criatura humana, contribuindo para o melhor entendimento da existência.

Por se originar no esquema da lei de causa e efeito, constitui drama interior doloroso, permitindo a alguns espíritos resignados conquistar a iluminação pessoal, não se tornando, motivo de desgraça ou de infelicidade. Pelo contrário, muitos superam, trabalhando  em benefício próprio graças aos inestimáveis serviços que faz.

Dos exemplos mais importantes destacamos o da extraordinária americana Hellen Keller, que se tornou uma verdadeira missionária do bem, da sabedoria e do amor, apesar dos limites da visão, da audição e da fala...

Um outro exemplo é do admirável missionário cego Louis Braille, que inventou, em Paris, no ano de 1827, o alfabeto com sinais acessíveis ao tato, que permite a leitura, tornando-se um instrumento extraordinário para estudos e compreensão do mundo, especialmente para os invidentes.

Muitos, se revoltam e se desencantam, recolhem-se em solidão ou se desesperam, sem entenderem  a importância da experiência enriquecedora que vivenciam, propiciada pelas soberanas leis da vida.

Apesar dos grandes avanços da ciência e da tecnologia, ainda não se conseguiu  arrancar da cegueira aqueles que sofrem, com pouquissimas exceções.

Mas Jesus, o sublime psicoterapeuta da humanidade, muitas vezes convidado a socorrer esses aflitos, conhecendo-lhes as causas geradoras do impedimento, abriu-lhes os olhos, proporcionando-lhes a oportunidade de recuperação da claridade luminosa da visão.

São comoventes as cenas em que os pacientes recuperados expressam sua alegria e demonstram o poder de que era dotado o Senhor.

Às expressões de alegria, o encantamento pela oportunidade de conseguirem ver, envolvendo-se na beleza da paisagem e do mundo externo.

Mesmo assim não faltaram os opositores para dizerem que era magia, interferência demoníaca, como se, o mal pudesse proporcionar os mesmos benefícios.

Um deles, após recuperado, não resistindo a maldade dos fariseus disse:

- Se foi Satanás quem me curou, não sei. Só sei é que eu era cego e agora vejo...

Outros, também foram liberados, alguns vitimas de subjugações espirituais perversas, entoaram seu canto de louvor ao Mestre, agradecendo a dádiva de serem beneficiados.


Há também uma cegueira cruel, mais dolorosa do que a falta da visão orgânica. Trata-se da visão espiritual, em que muitos seres rebeldes debatem-se.

Aqueles que não aceitam a interferência de Jesus nas vidas em reparação constituem os protótipos específicos dos cegos morais e espirituais que abundam na sociedade terrestre.

Nada obstante a declaração dos que haviam conquistado a visão, pois que nasceram cegos, os sofredores buscavam explicações mágicas para negar a grandeza da realidade da vida, aferrados aos órgãos dos sentidos.

Não desejavam encontrar o significado elevado da existência corporal, tudo reduzindo a corpo celular de passageira ou frágil duração.

Permanecem ainda hoje esses portadores da cegueira espiritual que se satisfazem em negar tudo que não lhes convém aceitar, porque, se assim agissem, teriam que alterar completamente o comportamento moral, adotando novos métodos existenciais de comportamento.

Estão sempre em busca de provas, como se todas as demonstrações dos séculos, das pesquisas honestas de mulheres e homens de grande importância nas várias ciências, examinando cuidadosamente os fenômenos mediúnicos, de nada valessem.

Somente a sua experiência parece ter significado e respeitabilidade, o que não passa de gracejo e pobreza intelectual.

O Espírito é o ser imortal que transita pelas diversas romagens carnais, rumando na direção da conquista superior da plenitude.

As dificuldades encontradas durante o período carnal são resultados da observância das leis da vida, estabelecidas como processo metodológico para o crescimento interior, que devem ser cumpridas fielmente.

Apesar de alguns insucessos no desenvolvimento de valores éticos e morais, a benção da oportunidade sempre ressurge, permitindo a conquista do conhecimento libertador e da experiência iluminativa pelo exercício da paciência, da resignação, da coragem, e da perseverança nos objetivos superiores.

Não se estranhe que esses cegos espirituais estejam sempre equipados dos instrumentos da dúvida, do escárnio, da agressividade contra aqueles que já encontraram o rumo da paz e entregam-se por inteiro à construção da verdadeira solidariedade que deve viger entre todas as criaturas no planeta terrestre.

Frustrados interiormente e magoados com a vida, exibem a mascara da ironia sempre que convidados à reflexão, evitando os comprometimentos com a mudança interior e renovação inadiável.

Alguns são falantes, parecendo ilustrados, usando expressões complicadas para enganar os ingênuos e parecerem superiores a todos.

Diversos apresentam-se em postura emocional acima do bem e do mal, caracterizados por falsa eloquência, mantendo-se distantes do seu próximo, que sempre se consideram inferior, evitando-lhe o contágio, que ignoram e lhes seriam benéfico...

Não lhes dê o valor que se atribuem nem temas sua arrogância infantil.

São como balões que flutuam e estouram a qualquer contato com delicados objetos perfurantes, eliminando a presunção de que estão cheios.

Continua na ação do bem, apoiado ao ideal de fraternidade, confiando nas bênçãos do porvir, desde hoje vinculado ao dever.


Jesus nunca lhes deu maior importância.

Por eles perseguido, acusado, injustamente censurado, deixava-os, cegos que eram conduzindo outros cegos do mesmo gênero, enquanto Ele espalhava a luz da esperança e do bem, deixando pegadas seguras apontando o rumo da real felicidade.

Avança, fiel ao compromisso abraçado de amar e servir, certo de que, hoje ou mais tarde, da mesma forma que aconteceu contigo, também eles terão a oportunidade de ver o esplendor da luz da verdade e de confessarem:
- O que sei, é que éramos cegos e agora vemos...  



   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 18/l1/2017.

domingo, 12 de novembro de 2017

“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
RESGUARDA-TE NA SERENIDADE

VIVEM-SE, NA TERRA, DIAS DE AFLIÇÃO CONTÍNUA, como efeito  das grandes ocorrências perturbadoras que afetam quase todas as criaturas humanas.

O contínuo desrespeito às divinas leis, a desagregação da família, as espetaculares fugas psicológicas mediante os vícios da drogadição, do alcoolismo, do tabagismo, refletem-se na indiferença em relação à vida e à natureza, dando lugar aos  transtornos de comportamento, à violência, à agressividade, à indiferença pelos valores éticos quando não são desconsiderados.
O bem proceder parte das conquistas intelecto morais do ser em evolução cede lugar ao bizarro, ao diferente, demonstrando desarmonia interior, chamando atenção pelo esdruxulo e pelo abandono de si mesmo...

Provocações de todo tipo fazem a paisagem humana sem princípios que dizem respeito aos demais, como se a vida só servisse para atender aos caprichos dos que se perderam  nas condutas estranhas.

Quase tudo e todos são descartáveis,  dispensáveis, após o uso.

O utilitarismo e as buscas pelo prazer exaustivo ocupam o lugar dos compromissos com a vida, que não deve ser usada apenas com essa finalidade, trazendo objetivos psicológicos profundos, com vistas na imortalidade do Espírito e a sua transitoriedade enquanto na carne.

A soberba e o despotismo ocupam os espaços da brandura e da compaixão, da solidariedade e do sentimento fraterno, como se a Terra fosse um campo de batalha contínua em que os aparentemente fortes e poderosos a tudo dominassem e submetessem.

A ilusão do tempo que transforma tudo, ou consome, entorpece a compreensão das novas gerações que vem herdando os distúrbios e as frustrações dos seus antepassados, dando a impressão de que a doença, os dissabores, a velhice e a morte são aspectos da vida para os outros, nunca para eles...

Usam todos os mecanismos para driblar a realidade, consumindo tempo numa cópia falsa de juventude artificial e instrumentos de vitalização, como se a máquina orgânica não tivesse seus limites e suas dificuldades. As heranças do passado espiritual de cada um não são consideradas, apoiando-se, esses equivocados, nas manipulações do materialismo e do consumismo a que se entregam.

Parece não ter mais lugar para a seriedade e a consideração pelos elevados compromissos existenciais, barateados pelo suborno, pela desonestidade e pela equivocação das massas trabalhadas pelos equivocadores de opinião, a merce, também, dos mesmos instrumentos de projeção do ego e das fantasias existenciais.

Perguntaria:

- para onde vai a sociedade contemporânea que acha ter alcançado o patamar da cultura, da tecnologia, do conhecimento, mas se encontra sem os   significados da dignidade, do auto amor, confundido com vaidade e violência?

Vivemos, dias desafiadores para todos que querem construir uma sociedade mais feliz e menos turbulenta, porque parece não ter espaço para a sensatez, a serenidade, o equilíbrio moral.
Mas nunca, tivemos tempo tão favorável para viver os postulados  propostos e vividos por Jesus, no que diz respeito ao amor em todas as suas faces e manifestações.

Espíritos de escol também encontram-se reencarnados para demonstrar que a vida é uma dádiva especial de Deus às Suas criaturas, cuja fatalidade é a plenitude.

Por mais difíceis os mecanismos existências e triunfem a insensatez e o desamor, o seu é um tempo breve, porque logo serão devorados pelo tempo, cedendo lugar à nova ordem de significados que se expressam através das virtudes que dignificam o Espírito e o auxiliam no seu desenvolvimento moral.

É natural, que se encontrem em combate os trabalhadores do bem e os mensageiros da desordem, da ufania e da ignorância, numa luta não declarada, mas manifesta.

A tua serenidade diante do infortúnio, das provocações de todo tipo, darão a medida do comportamento para que triunfem as propostas de misericórdia e de compaixão com esses enfermos espirituais dos dois planos da vida, que se constituem, pedra de tropeço ao progresso e à chegada do reino dos céus.
Não te intimidem as artimanhas dos hipócritas e dos adversários da luz, nem te deixes seduzir pelas suas fantasias coloridas e festivas.

Pouco te importem as acusações de que estás ultrapassado, és de conduta ortodoxa, um fracassado que se esconde na fé religiosa...

Não esquecendo que a tua tarefa é a de compreender e não de ser compreendido, de ajudar e menos de ser ajudado, não te permitindo a intoxicação fluídica dos transtornos que aturdem aos infelizes, sendo jovial e sereno em todas as situações.

Também irás contar com os que te acusarão de covardia moral, de  desrespeito, porque ainda acreditam que  revidar é demonstrar coragem, quando na realidade se trata é de sintonia com as ondas da perversidade e do desalinho emocional.

Administra a tua vida com calma, para que possas fruir experiências emocionais enriquecedoras, tornando-te um exemplo de alegria de viver, caso te encontres aureolado pelas bênçãos do êxito ou pelos testemunhos dos sofrimentos.

Que nada altere o teu comportamento de verdadeiro cristão, porque o mal por si mesmo se aniquila, da mesma forma que o bem cada vez mais esplende triunfante comandando as vidas entregues ao amor.

Candidataste-te ao ministério da fraternidade e deves demonstrar que esse compromisso é com a verdade e não com as questões momentâneas prazerosas, atraentes, mas com os deveres que permitem o desenvolvimento intelecto-moral e favorecem a verdadeira harmonia interior.

O triunfo do verdadeiro vencedor não é contra as criaturas dele necessitadas, mas sobre as heranças negativas que lhe dormem no imo e são ardilosas e contínuas.

Se queres a vitória, vence as inclinações negativas e te deixa levar pela serenidade.

Jesus é sempre o modelo e guia para a humanidade.

Criticado acidamente por conviver com os infelizes, ignorado pelos prepotentes e desconsiderado pelos iludidos nas paixões servis, perseguido pelo farisaísmo e pela hipocrisia religiosa do Seu tempo, sempre esteve sereno e incomparável, demonstrando a força do amor que o inundava.

Mesmo negado por um amigo e por outro traído, considerou-os débeis e humanos, buscando-os com ternura, para que reparassem os prejuízos que causaram a si mesmos  e recomeçassem a tarefa da autoiluminação.

...E foi serenamente que retornou aos amigos desorientados, inaugurando a era sublime do Espírito imortal.  


   Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 12/l1/2017.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

“GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS”
ENFERMIDADE DA ALMA

Gravame perigoso nos relacionamentos humanos é a intriga.

Perversa, é como a erva daninha e traiçoeira que cresce no jardim das amizades, criando desconforto e agressividade.

A intriga é enfermidade da alma que se alastra na sociedade, tornando-se inimiga dos bons costumes.

O intrigante é alguém infeliz e invejoso que projeta os seus conflitos onde se encontra, alegrando-se com os embaraços que desenvolve no meio social.

Como o cupim sorrateiro, que destrói sem ser vista, até quando as resistências fragilizadas de suas vitimas rompem-se, levando ao caos, à destruição.

O insensato muitas vezes não tem noção do poder maléfico da intriga, permitindo-se a manifestação verbal ou gráfica, por faltar a responsabilidade ou até por desvio psicológico.

Apenas da referencia sobre alguém ou algum acontecimento falso criado pela imaginação enferma, surge a rede das informações infelizes que ferem as vidas que lhes são o alvo infeliz.

Ninguém, na Terra, encontra-se indene à difamação das pessoas espiritualmente enfermas,  e muitos, quando são atingidos pelas flechas das narrações deturpadas, permitem-se sucumbir, abandonando os propósitos superiores em que se fixavam, sem ânimo para o prosseguimento nos ideais abraçados.

Infelizmente a intriga espalha-se  facilmente na maioria dos grupos sociais, religiosos, familiares, políticos, de todos os tipos, por alguns dos seus membros encontrarem-se em desarmonia interior.

Todo o esforço deve ser feito na busca da vitória sobre a intriga.

Cabe aos devotados ao bem não darem ouvidos à intriga disfarçada de maledicência, de censura em relação ao outro ausente, aplicando o antídoto do silencio nesse barulho da maldade.

Se o intrigante cuidasse do próprio comportamento, perceberia o que precisa corrigir em si mesmo, em vez de projetar no próximo o mal infeccioso.

Toda censura acusatória é filha da crueldade  transformada em intriga.

São célebres as intrigas das cortes, em que os ociosos e inúteis se satisfaziam em construir fortes redes que asfixiavam as melhores expressões do trabalho que, mesmo imperfeito ou necessitado de melhorar-se, produziam o bem...

Nada se constrói ou se faz sem o exercício, que no início os enganos tem vez.

As realizações mais importantes resultam de tentativas pequenos ou incertos.

O intrigante, sempre ativo e vigilante, porque traiçoeiro, se apropria da mínima falha que observa em qualquer projeto para investir furioso e destruidor.

Jesus referiu-se com firmeza àquele que vê o argueiro no olho do próximo, apesar da trave pesada que se encontra no seu.

Sê tu, aquele que adota a complacência, que compreende o limite e a dificuldade do outro.

Fala, quando a tua boca possa cantar o bem de que está cheio o teu coração.

A palavra anunciada torna-te servo, mas a que  silencia faz-se dela senhor.

Não estás convidado para vigiar o próximo, mas para conviver e trabalhar com ele.

Tocado pelo amor, sede bondoso nas tuas considerações em relação às outras pessoas com  quem convives ou não.

Torna-te a criatura gentil por quem todos desejam,  sempre estando às ordens dos mensageiros da luz para o serviço da fraternidade e da construção do bem no mundo.

A palavra tem grande poder, tanto para estimular, conduzir à plenitude, ou para gerar sofrimento, destruição e amargura...

Guerras terríveis, representando a inferioridade humana, surgiram de pequenas intrigas, que se tornaram ameaças terríveis...

Tratados de paz e de união também são frutos do acordo pela parlamentação e graças às decisão de alto porte.

Tende cuidado com o que falas, a respeito do que ouves, vês ou participas. Serás responsável pelo efeito das expressões que externes, pelo seu conteúdo.

Chamado a servir na seara de Jesus, fica vigilante em relação a essa enfermidade contagiante: a intriga!

Tentado, em algum momento, a acusar, a criar situações danosas, resiste e cala, dando ao tempo a tarefa que lhe cabe.

Isso não é conivência com o erro, mas interrupção da corrente prejudicial mantida pela intriga. É também a decisão de não vitalizar o mal, mantendo-te em paz, sustentado pela irrestrita confiança em Deus, na realização da tarefa abraçada, seja ela qual for.

A intriga apresenta-se de forma sutil ou atrevidamente, produzindo choques emocionais que se transformam em dores nas suas vítimas.

Allan Kardec, o nobre mensageiro do Senhor, preocupado com o seu comportamento, e o dos indivíduos, buscando caminho seguro para evitar a intriga e outros desvios no convívio social, perguntou aos guias espirituais, na questão 886, de O livro dos Espíritos:
- Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?

E eles responderam com sabedoria:
“ Benevolência para com todos, indulgencia para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”

Nessa resposta luminosa encontra-se todo um tratado de ética para o bem viver, ser feliz e contribuir para a alegria de todos.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Ilumina-te, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 03/l1/2017.