EIXO
EVOLUTIVO
A abordagem psicoterapêutica
transpessoal considera que para solucionar conflitos ocorridos em um nível de consciência
é necessário que se vivencie um próximo nível, um patamar acima, que
possibilite ao paciente enxergar a situação sob um novo prisma. Nesse sentido,
a proposta transpessoal torna-se amplamente prospectiva, e considera o caráter
evolutivo do ser humano, pois como diz Saldanha no livro, A Psicologia Transpessoal, p.75, “insere o manancial de recursos interiores que o próprio cliente tem e
que podem ser acessados sob certas circunstâncias.”
E em toda essa jornada
evolutiva o corpo vai sofrendo sucessivas transformações. Como avalia Celeste Carneiro, no seu livro Arte, Neurociência e Transcendência , p.90: “À medida que o Espirito vai adquirindo experiências pelas
reencarnações, os corpos tornam-se mais complexos. O ser para a tomar consciência,
a perceber que não é só um corpo material, e o aprofundamento desta consciência
leva-o à descoberta do seu Eu profundo, fazendo-o sentir-se Espirito que se
utiliza de vários corpos para manifestar-se, no caminho que leva ao encontro
com o Criador.”
Entendendo que “o ser humano é constituído de elementos
complexos, que escapam a uma observação superficial”, como estabelece Joanna de Ângelis (1995,p.18),
a abordagem espirita centra sua análise no Perispírito, ou Modelo Organizador Biológico
– MOB, preexistente e pós-existente ao corpo físico, do qual se utiliza o
Espírito para moldar as suas necessidades evolutivas e no qual se fixa o seu patamar
de consciência. Os Espíritos (KARDEC, 2003, p.24) o definiram da seguinte forma: ”O laço ou períspirito que une o corpo e
o Espirito é uma espécie de envoltório
semimaterial. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro. O Espírito
conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós
no estado normal, mas que pode tornar-se algumas vezes visível e mesmo
tangível, como ocorre nos fenômenos das aparições.”
À medida que o Espírito se
aprimora, esse corpo torna-se mais etéreo ou menos denso, demonstrando seu grau
de sintonia com a centelha divina.
A unidade fundamental
aprimora-se através da experiência, desde as fazes primeiras do desenvolvimento
orgânico, no qual já se encontrava em germe a essência, até a consciência cósmica.
E a respeito do processo evolutivo, Pierre Weil em seu livro A Morte da Morte p.57, estabelece o
seguinte: “Existem sistemas energéticos inacessíveis
aos nossos cinco sentidos, mas registráveis com outros sentidos;
Tudo
na natureza se transforma, e a energia que a compõe é eterna;
A
vida começa antes do nascimento e continua depois da morte;
A
vida emocional, mental e espiritual forma um sistema suscetível de desligar do
corpo;
A
vida individual é inteiramente integrada de forma e forma um todo com a vida
cósmica;
A
evolução obtida durante a existência individual continua depois da morte”.
Entendendo que a lei de Deus
se encontra inscrita na consciência, conforme a questão 621 de O livro dos Espíritos, a Psicologia espírita,
através de Joanna de Ângelis (1995, p.34), entende que a realidade espiritual “a pouco e pouco se desvela, conforme a
evolução do próprio ser, no seu processo de lapidação de valores e
despertamento das leis que nela – na consciência – dormem latentes.”
Final do texto, porém o
cap.7, DA
PSICOLOGIA HUMANISTA À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; a 3ª e a 4ª FORÇAS EM
PSICOLOGIA, escrita por Claudio Sinoti, no livro REFLETINDO A ALMA, continuará na próxima postagem..
Postado
dia 08/11/13.
Nenhum comentário:
Postar um comentário