sexta-feira, 8 de novembro de 2013


 

EIXO EVOLUTIVO

A abordagem psicoterapêutica transpessoal considera que para solucionar conflitos ocorridos em um nível de consciência é necessário que se vivencie um próximo nível, um patamar acima, que possibilite ao paciente enxergar a situação sob um novo prisma. Nesse sentido, a proposta transpessoal torna-se amplamente prospectiva, e considera o caráter evolutivo do ser humano, pois como diz Saldanha no livro, A Psicologia Transpessoal, p.75, “insere o manancial de recursos interiores que o próprio cliente tem e que podem ser acessados sob certas circunstâncias.”
E em toda essa jornada evolutiva o corpo vai sofrendo sucessivas transformações. Como avalia  Celeste Carneiro, no seu livro Arte, Neurociência e Transcendência , p.90: “À medida que o Espirito vai adquirindo experiências pelas reencarnações, os corpos tornam-se mais complexos. O ser para a tomar consciência, a perceber que não é só um corpo material, e o aprofundamento desta consciência leva-o à descoberta do seu Eu profundo, fazendo-o sentir-se Espirito que se utiliza de vários corpos para manifestar-se, no caminho que leva ao encontro com o Criador.”
Entendendo que “o ser humano é constituído de elementos complexos, que escapam a uma observação superficial”,  como estabelece Joanna de Ângelis (1995,p.18), a abordagem espirita centra sua análise no Perispírito, ou Modelo Organizador Biológico – MOB, preexistente e pós-existente ao corpo físico, do qual se utiliza o Espírito para moldar as suas necessidades evolutivas e no qual se fixa o seu patamar de consciência. Os Espíritos (KARDEC, 2003, p.24) o definiram da seguinte forma: ”O laço ou períspirito que une o corpo e o  Espirito é uma espécie de envoltório semimaterial. A morte é a destruição do envoltório mais grosseiro. O Espírito conserva o segundo, que constitui para ele um corpo etéreo, invisível para nós no estado normal, mas que pode tornar-se algumas vezes visível e mesmo tangível, como ocorre nos fenômenos das aparições.”
À medida que o Espírito se aprimora, esse corpo torna-se mais etéreo ou menos denso, demonstrando seu grau de sintonia com a centelha divina.
A unidade fundamental aprimora-se através da experiência, desde as fazes primeiras do desenvolvimento orgânico, no qual já se encontrava em germe a essência, até a consciência cósmica. E a respeito do processo evolutivo, Pierre Weil em seu livro A Morte da Morte p.57, estabelece o seguinte: “Existem sistemas energéticos inacessíveis aos nossos cinco sentidos, mas registráveis com outros sentidos;

Tudo na natureza se transforma, e a energia que a compõe é eterna;

A vida começa antes do nascimento e continua depois da morte;

A vida emocional, mental e espiritual forma um sistema suscetível de desligar do corpo;

A vida individual é inteiramente integrada de forma e forma um todo com a vida cósmica;

A evolução obtida durante a existência individual continua depois da morte”.

Entendendo que a lei de Deus se encontra inscrita na consciência, conforme a questão 621 de O livro dos Espíritos, a Psicologia espírita, através de Joanna de Ângelis (1995, p.34), entende que a realidade espiritual “a pouco e pouco se desvela, conforme a evolução do próprio ser, no seu processo de lapidação de valores e despertamento das leis que nela – na consciência – dormem latentes.”
Final do texto, porém o cap.7, DA PSICOLOGIA HUMANISTA À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; a 3ª e a 4ª FORÇAS EM PSICOLOGIA, escrita por Claudio Sinoti, no livro REFLETINDO A ALMA, continuará na próxima postagem..
Postado dia 08/11/13.

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