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– TERAPEUTICA ESPÍRITA :
REFORMA ÍNTIMA
Esses elementos que
descrevemos, enquanto postura e instrumentos de autoconhecimento, fazem parte
daquilo que chamamos no Espiritismo de reforma íntima. Um processo individual
de higiene mental e ações no bem que possibilitam ao Espírito evoluir.
Com isso, queremos dizer que
as sugestões oferecidas são, na verdade, um processo de mudança dos hábitos
mentais. Sabemos que o pensamento é a própria expressão do Espirito. A mente
reflete o estado de cada Espírito e o Espiritismo oferece a terapêutica para
toda perturbação espiritual.
Se analisarmos essa mudança
de hábito mental, vamos chegar a alguns cuidados essenciais para conseguí-lo. Um
deles é substituir as ideias perturbadoras por ideias saudáveis, pois Joanna de
Ângelis alerta que “o exercício do
bem-pensar, eliminando as ideias perniciosas a que se está viciado, constitui
passo decisivo para o autodescobrimento” ,(Autodescobrimento: uma busca interior, p.109). aí entram o cultivo
da oração, a educação de nossos pensamentos e a quebra das ilusões emocionais,
que criam falsas imagens de nós mesmos, dentre outras consequências.
Devemos procurar afastar
qualquer identificação com uma imagem doentia, de vítima, infeliz, imagens que
nos colocam para baixo e nos fragilizam, gerando insegurança, medo e violência.
E sabemos que o medo é a porta de entrada de todas as perturbações espirituais
e emocionais.
Também devemos procurar
eliminar qualquer vício ou fixação doentia, pois o vício é expressão de uma
mente aprisionada. Buscando sair das armadilhas dos prazeres e gozos ilusórios,
para uma vida de manifestação em atividades realizadoras do ser.
Outro fator é a superação
dos conteúdos negativos que trazemos dentro de nós, fruto das experiências em
outras encarnações. Para isso, não precisamos voltar ao passado, pois basta uma
analise sincera das nossas atitudes e reações, e de como os outros reagem
frente a nós, que saberemos as características emocionais que devem ser
mudadas. Junte-se a isso a necessidade do esforço, da disciplina, da
concentração e do agir construtivo. Temos aí uma mudança do homem inferior,
animalizado e incapaz, para um novo homem: criativo, positivo e realizador.
Mas ainda há milhares de pessoas
que se encontram estacionadas em faixas inferiores de apego, instinto e deslocada
da sua essência divina. Temos, então, que buscar a conscientização do nosso Eu
interior, Espírito imortal que foi criado para o bem. Sentir-se filho de Deus,
amado e confiante no seu poder, através da fé e da consciência espiritual, que
são a base do encontro com a nossa essência, ativando os valores que estão latentes
dentro de cada um de nós.
Recorda-nos Joanna de
Ângelis a importância da máxima traduzida por Jesus, quando afirma a necessidade de fazer-se ao próximo o que se
gostaria que se lhe fizesse, tendo no amor a diretriz do caminho, na ação
edificante o meio de crescimento e na oração a energia fortalecedora, que
proporciona alcançar o objetivo desejado.
Segundo ela, esse desempenho
favorece uma perfeita identificação do sentimento com o conhecimento,
resultando na conquista do Eu profundo em sintonia com a Consciência Cósmica.
Final do cap.8, AUTODESCOBRIMENTO, escrito por Gelson
L. Roberto, no livro REFLETINDO A ALMA.
Postado dia 20/11/13.
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