quarta-feira, 20 de novembro de 2013


 

3 – TERAPEUTICA ESPÍRITA :

         REFORMA ÍNTIMA 

Esses elementos que descrevemos, enquanto postura e instrumentos de autoconhecimento, fazem parte daquilo que chamamos no Espiritismo de reforma íntima. Um processo individual de higiene mental e ações no bem que possibilitam ao Espírito evoluir.
Com isso, queremos dizer que as sugestões oferecidas são, na verdade, um processo de mudança dos hábitos mentais. Sabemos que o pensamento é a própria expressão do Espirito. A mente reflete o estado de cada Espírito e o Espiritismo oferece a terapêutica para toda perturbação espiritual.
Se analisarmos essa mudança de hábito mental, vamos chegar a alguns cuidados essenciais para conseguí-lo. Um deles é substituir as ideias perturbadoras por ideias saudáveis, pois Joanna de Ângelis alerta que “o exercício do bem-pensar, eliminando as ideias perniciosas a que se está viciado, constitui passo decisivo para o autodescobrimento” ,(Autodescobrimento: uma busca interior, p.109). aí entram o cultivo da oração, a educação de nossos pensamentos e a quebra das ilusões emocionais, que criam falsas imagens de nós mesmos, dentre outras consequências.
Devemos procurar afastar qualquer identificação com uma imagem doentia, de vítima, infeliz, imagens que nos colocam para baixo e nos fragilizam, gerando insegurança, medo e violência. E sabemos que o medo é a porta de entrada de todas as perturbações espirituais e emocionais.
Também devemos procurar eliminar qualquer vício ou fixação doentia, pois o vício é expressão de uma mente aprisionada. Buscando sair das armadilhas dos prazeres e gozos ilusórios, para uma vida de manifestação em atividades realizadoras do ser.
Outro fator é a superação dos conteúdos negativos que trazemos dentro de nós, fruto das experiências em outras encarnações. Para isso, não precisamos voltar ao passado, pois basta uma analise sincera das nossas atitudes e reações, e de como os outros reagem frente a nós, que saberemos as características emocionais que devem ser mudadas. Junte-se a isso a necessidade do esforço, da disciplina, da concentração e do agir construtivo. Temos aí uma mudança do homem inferior, animalizado e incapaz, para um novo homem: criativo, positivo e realizador.
Mas ainda há milhares de pessoas que se encontram estacionadas em faixas inferiores de apego, instinto e deslocada da sua essência divina. Temos, então, que buscar a conscientização do nosso Eu interior, Espírito imortal que foi criado para o bem. Sentir-se filho de Deus, amado e confiante no seu poder, através da fé e da consciência espiritual, que são a base do encontro com a nossa essência, ativando os valores que estão latentes dentro de cada um de nós.
Recorda-nos Joanna de Ângelis a importância da máxima traduzida por Jesus, quando afirma a necessidade de fazer-se ao próximo o que se gostaria que se lhe fizesse, tendo no amor a diretriz do caminho, na ação edificante o meio de crescimento e na oração a energia fortalecedora, que proporciona alcançar o objetivo desejado.
Segundo ela, esse desempenho favorece uma perfeita identificação do sentimento com o conhecimento, resultando na conquista do Eu profundo em sintonia com a Consciência Cósmica.
Final do cap.8, AUTODESCOBRIMENTO, escrito por Gelson L. Roberto, no livro REFLETINDO A ALMA.
Postado dia 20/11/13.

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