EGO
Na visão transpessoal, o ego
é uma identidade parcial do indivíduo, cujo papel é conduzi-lo a uma relação
profunda com a unidade fundamental e a unidade cósmica.
Avalia Saldanha em Psicoterapia Transpessoal, p.48, “que ele é necessário para operacionalizar a
vida no cotidiano... mas não é o todo, precisa dissolver-se
circunstancialmente, a fim de que o indivíduo se torne uno com tudo o que
existe, sentindo seu ser essencial.” Não se entenda dissolver-se no sentido
de destruir-se, mas de proporcionar-se a identificação com o todo. A identificação
com o ego significa consciência de sono em relação a transpessoalidade do ser. A
consciência cósmica é aquela na qual o ego encontra-se plenamente identificado com
a sua realidade espiritual e divina.
O convite da Quarta Força é
para que o indivíduo transcenda o ego, encontrando-se com a sua realidade
universal. A pessoa deve ter consciência de que tem um corpo, mas não é esse corpo; tem emoções mas não são somente
suas emoções. Isso faz com que a autoimagem desidentifique-se do ego, e se
identifique com a sua realidade.
A abordagem terapêutica, por
sua vez, deixa de ser centrada no ego para centrar-se em torno da essência do
ser, das suas questões fundamentais. Uma das críticas de Ken Wilber, de acordo
com Tabone no trabalho A Psicologia
Transpessoal, p.83, seria que “as
psicoterapias ocidentais são primariamente dirigidas ao nível do ego...sendo seus
principais objetivos tornar consciente o inconsciente, fortalecer o ego e,
ainda, contribuir para o desenvolvimento de uma autoimagem mais precisa.”
A terapia transpessoal,
portanto, busca ir além das motivações egocêntricas, do que normalmente se
considera sucesso e autorrealização, proporcionando que a pessoa reconheça,
dialogue e integre-se em sua realidade essencial.
Final do texto, porém o
cap.7, DA
PSICOLOGIA HUMANISTA À PSICOLOGIA TRANSPESSOAL; a 3ª e a 4ª FORÇAS EM PSICOLOGIA,
escrita por Claudio Sinoti, no livro REFLETINDO
A ALMA, continuará na próxima postagem..
Postado
dia 01/11/13.
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