2 –
ALGUNS INSTRUMENTOS PRÁTICOS EM FAVOR DESSE PROCESSO
2.1 – ORAÇÃO.
Segundo Joanna de Ângelis, a oração amplia a capacidade
de entendimento da nossa existência e da realidade da vida. Através da oração podemos
falar, estabelecendo uma atitude ativa, que nos possibilita colocar para fora
tudo que se encontra em nosso interior e termos uma atenção especial.
A oração é o mais elevado fator de indução para nos
colocar em comunhão com as Esferas Superiores. Conforme André Luiz, a mente que
ora pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito,
absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz.
Assim como a higiene corporal e a alimentação garantem o equilibro
físico, a prece também é um agente de equilíbrio físico e espiritual. Ela regenera
o equilíbrio das células físicas viciadas e exaustas, através do influxo das
energias que assimila da Vida Mais Alta. Além
disso, ela possibilita recebermos as sugestões e intuições iluminativas dos Espíritos
superiores, que nos amparam e nos auxiliam.
Orar, então, constitui a fórmula básica da renovação
íntima, pela qual “divino entendimento desce do Cosmo da Vida para a vida do
coração”.
É um dos aspectos desse diálogo com Deus tão necessário
para o nosso fortalecimento e descoberta.
2.2 –
MEDITAÇÃO
A meditação é o outro polo desse diálogo; nela nos
colocamos num exercício de ouvir as vozes internas do nosso Eu superior assim
como o sussurro do Criador nos convidando à vida.
Com a meditação ampliamos a percepção do nosso mundo
interno, crescendo de dentro para fora, alcançando novos e mais altos níveis de
percepção e estados mais elaborados de consciência.
Tudo que se nos apresenta na vida, sejam fenômenos da
natureza ou humanos, pode ser motivo de meditação, que dentre as diversas
possibilidades, pode dar-se da seguinte forma: primeiro, deixamos que a
realidade vivida nos chegue; segundo, vivenciamos esse contato e as questões
que surgem; terceiro, fazemos reflexões de toda ordem, buscando a diretriz perfeita
de Deus naquilo que suas sábias leis refletem, ou seja, deixamos que a resposta
surja de uma fonte mais verdadeira do que o nosso ego limitado.
É como se abrir para que uma força maior nos diga a
direção, sem o controle do intelecto e sem ficarmos presos nos valores do
mundo. Abrimos mão de qualquer entendimento prévio e deixamos que a própria
força da realidade vivida fale para o nosso coração. Difícil? Talvez no
princípio, mas se não estivermos preocupados com respostas imediatas, e sim nos
relacionarmos com essa Força Maior, naturalmente, no seu tempo certo, tudo flui
para o que é verdadeiro. O importante é não interferir com o nosso orgulho e
egoísmo.
2.3 –
RELAXAÇÃO
A capacidade de relaxar, buscando uma integração entre o
movimento interno e o movimento do Universo, proporciona uma harmonia saudável
de todo nosso ser.
A relaxação oferece horizontes mais largos de
movimentação, liberando-nos das tensões que nos afligem em dolorosos quadros de
perturbação. Com uma postura que favoreça o relaxamento, vamos aquietando a
nossa mente, chamada pelos orientais de “macaco louco que salta de galho em
galho”. Uma mente tranquila, serena e confiante é a base de qualquer movimento de
cura e realização.
Assim, a relaxação vai levar ao silencio interior da
meditação, gerando paz e completude. Encontramos, então, a consciência lúcida,
que compreende o significado de sua vida e a gravidade da sua conduta em
relação a todos os elementos que formam o Universo.
Existem várias formas de relaxar: através de
mentalizações e imaginações criativas, através de uma tomada de consciência do
estado corporal e da mente, através de processos respiratórios, etc. cada
indivíduo deve buscar a forma mais indicada para si, não se esquecendo de que
todo esse processo é uma forma de autodescobrimento, uma tomada de consciência de
si mesmo e de suas capacidades anímicas (da própria alma).
Encerramos aqui o texto, porém o cap.8, AUTODESCOBRIMENTO,
de Gelson L. Roberto, no livro REFLETINDO
A ALMA, continuará na próxima postagem.
Postado dia 18/11/13.
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