quinta-feira, 28 de novembro de 2013


COMPREENDENDO ALGUMAS EMOÇÕES BÁSICAS

 Retomemos inicialmente as emoções básicas de Eric Berne, consideradas desagradáveis: raiva, medo e tristeza.

 A RAIVA
SEGUNDO Daniel Goleman, no livro Inteligencia Emocional, esta emoção induz a movimentos violentos de ataque ou defesa, aumentando a força corporal. Na raiva, o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil golpear o inimigo. Os batimentos cardíacos aceleram e uma onda de hormônios – entre eles, a adrenalina – gera uma pulsão, energia suficiente para uma atuação vigorosa.
Alguns teóricos afirmam que toda vez que houver ameaça a sua própria vida ou condição de vida a raiva se apresenta natural. Entretanto, se fosse natural seria divina e obrigatoriamente estaria presente em todos os seres humanos, incluindo Gandhi, Chico Xavier, Madre Tereza de Calcutá e outras figuras ilustres que certamente não eram movidas pela raiva.
Sabe-se hoje que os níveis elevados de adrenalina e cortisol contraem os vasos sanguíneos, fazem subir a pressão arterial e, mais do que se supunha, tendem a endurecer e degenerar as artérias mais rapidamente do que as de pessoas calmas. Além dessas consequências, atualmente sabe-se que costumam aparecer enxaquecas, problemas digestivos, insônia, ansiedade, depressão, ataques do coração, enfartes e uma infinidade de consequências negativas.
Na obra Conflitos Existenciais, a mentora Joanna de Ângelis, explica que se exterioriza raiva “toda vez que o ego se sente ferido, libertando esse abominável adversário que destrói a paz no indivíduo.”pg.37
Diferente da definição anterior, na qual se afirmava que surgia a raiva em decorrência da ameaça da própria vida, percebe-se que a raiva se desenvolve em decorrência da ameaça da vida egoica, o que é bastante diferente. Como Joanna explica, ao invés da análise tranquila do fenômeno, a tirania do ego o exalta, o instinto de predominância do mais forte ressuma e a pessoa acredita que está sendo diminuída, criticada, passando a reagir antes de ouvir, a defender-se antes da acusação, partindo para a agressão necessária de que sempre se arrepende depois.
Com isso, afirma-se que a raiva é produto do ego desajustado, justamente por ter em sua raiz a insegurança do próprio valor e o temor de ser ultrapassado, predispondo o ser à postura armada contra tudo e contra todos, como se essa fosse a melhor maneira de se poupar sofrimentos e desafios perturbadores.
Final do texto, porém o cap.9, EMOÇÕES E SENTIMENTOS:UMA COMPREENSÃO PSICOLOGICA ESPÍRITA, escrita por Marlon Reikdal e Gelson L. Roberto, no livro REFLETINDO A ALMA, continua na próxima postagem.
Postado dia 27/11/13.

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