O SUPEREGO
Freud
e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente - artigo escrito por Marlon Reikdal
Capítulo
5º do livro Refletindo a Alma – A psicologia espirita de Joanna de Ângelis.
Continuação
da pag. 119 postada em 04/08/2013.
É O
QUE COMUMENTE CHAMAMOS DE CONSCIÊNCIA, pois ele é comparado a um juiz ou um
censor para o ego. Teria assim função de consciência moral, auto-observação e
formação de ideiais.¹
Fadiman
e Frager (TEORIAS DA PERSONALIDADE) explicam que o superego, enquanto
consciência age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade
consciente; mas também age inconscientemente; sendo estas restrições
[inconscientes] indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições.
Freud
apresenta o desempenho do superego como uma instancia que se desenvolveu não a
partir do ID, mas que se separou do ego e parece dominá-lo, como demonstram os
estados de luto patológico ou de depressão, nos quais o individuo faz uma
autocrítica severa ou uma autodepreciação.
Num
primeiro momento, o superego é representado pela autoridade do pai e orienta o
seu desenvolvimento, alternando as situações de amor e de punição, gerando o
sentimento de angústia no indivíduo. Num segundo momento, quando a criança
renuncia à satisfação edipiana, as proibições externas são internalizadas. É
nesta situação que o superego surge, substituindo a instancia paterna por
intermédio de uma identificação e a introjeta.
O
superego ou supereu é definido como a instancia da nossa personalidade
psíquica, cujo papel é de julgar o eu, inibindo os atos ou provocando remorsos,
colocando-se no centro da questão moral. Esta instancia psíquica impõe dois movimentos:
o de identificação (você tem que ser igual a...) e de proibição ( você não pode
ser assim...).
Nesta
abordagem, o mundo intrapsíquico fica claramente identificado em termos do
conflito, estas diferentes instancias, numa batalha entre o ego, o superego e o
ID. O desejo e a regra, o impulso instintivo e a construção moralmente aceita.
Caso
o sujeito vivencie somente seus desejos ele sucumbirá, pois não é possível
viver sozinho apenas em função dos prazeres. Entretanto, caso se mantenham em
função da dimensão moralmente aceita e socialmente construída ele também sucumbirá
pela ausência de prazer que dilui a vida.
Neste
sentido, parece que Freud adentrou um beco sem saída afirmando que o homem é
pulsão, é energia com um direcionamento, mas ao mesmo tempo é impedimento de satisfação, num conflito
sem-fim entre o mundo interno e o mundo externo.
(1)-não
se trata da mesma denominação no Espiritismo. Quando os Espíritos respondem a
Kardec que as Leis de Deus estão inscritas na consciência, referem-se à parte
divina do homem (criado por Deus), e não ao superego freudiano. Para Freud, o
superego era o lado mais elevado do homem, a natureza mais alta – o
representando de nossas relações com nossos pais.
Final
do texto. Porém o cap. 5 continuará na próxima postagem
Postado
dia 28/09²013.
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