sábado, 28 de setembro de 2013


O SUPEREGO

Freud e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente -  artigo escrito por Marlon Reikdal

Capítulo 5º do livro Refletindo a AlmaA psicologia espirita de Joanna de Ângelis.

Continuação da pag. 119 postada em 04/08/2013.

É O QUE COMUMENTE CHAMAMOS DE CONSCIÊNCIA, pois ele é comparado a um juiz ou um censor para o ego. Teria assim função de consciência moral, auto-observação e formação de ideiais.¹

Fadiman e Frager (TEORIAS DA PERSONALIDADE) explicam que o superego, enquanto consciência age tanto para restringir, proibir ou julgar a atividade consciente; mas também age inconscientemente; sendo estas restrições [inconscientes] indiretas, aparecendo como compulsões ou proibições.

Freud apresenta o desempenho do superego como uma instancia que se desenvolveu não a partir do ID, mas que se separou do ego e parece dominá-lo, como demonstram os estados de luto patológico ou de depressão, nos quais o individuo faz uma autocrítica severa ou uma autodepreciação.

Num primeiro momento, o superego é representado pela autoridade do pai e orienta o seu desenvolvimento, alternando as situações de amor e de punição, gerando o sentimento de angústia no indivíduo. Num segundo momento, quando a criança renuncia à satisfação edipiana, as proibições externas são internalizadas. É nesta situação que o superego surge, substituindo a instancia paterna por intermédio de uma identificação e a introjeta.

O superego ou supereu é definido como a instancia da nossa personalidade psíquica, cujo papel é de julgar o eu, inibindo os atos ou provocando remorsos, colocando-se no centro da questão moral. Esta instancia psíquica impõe dois movimentos: o de identificação (você tem que ser igual a...) e de proibição ( você não pode ser assim...).

Nesta abordagem, o mundo intrapsíquico fica claramente identificado em termos do conflito, estas diferentes instancias, numa batalha entre o ego, o superego e o ID. O desejo e a regra, o impulso instintivo e a construção moralmente aceita.

Caso o sujeito vivencie somente seus desejos ele sucumbirá, pois não é possível viver sozinho apenas em função dos prazeres. Entretanto, caso se mantenham em função da dimensão moralmente aceita e socialmente construída ele também sucumbirá pela ausência de prazer que dilui a vida.

Neste sentido, parece que Freud adentrou um beco sem saída afirmando que o homem é pulsão, é energia com um direcionamento, mas ao mesmo tempo  é impedimento de satisfação, num conflito sem-fim entre o mundo interno e o mundo externo.

(1)-não se trata da mesma denominação no Espiritismo. Quando os Espíritos respondem a Kardec que as Leis de Deus estão inscritas na consciência, referem-se à parte divina do homem (criado por Deus), e não ao superego freudiano. Para Freud, o superego era o lado mais elevado do homem, a natureza mais alta – o representando de nossas relações com nossos pais.

Final do texto. Porém o cap. 5 continuará na próxima postagem

Postado dia 28/09²013.

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