segunda-feira, 23 de setembro de 2013


 

A CONQUISTA DA PLENITUDE PELA GRATIDÃO

4º Capítulo do livro PSICOLOGIA DA GRATIDÃO

Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis, p. 94-95.

Nessa fase em que a consciência identifica o inconsciente e fundem-se, surgem as aspirações do belo, do ideal, do uno, da individuação.

A fim de que seja lograda essa plenitude, o sentimento de gratidão à vida, a todos que contribuíram e contribuem para que o mundo seja melhor e as dificuldades sejam sanadas, que ofereceram sua ajuda no transcurso do desenvolvimento intelecto moral, transforma-se num impulso para o estado numinoso, em que já não há sombra. Nada obstante, para culminar nesse desiderato, faz-se indispensável o treinamento constante, o exercício da gratidão.

A princípio, pode mesmo apresentar-se como um ato de dever, o de retribuição por tudo quanto desfruta, sem que haja a presença do sentimento por falta de maturidade psicológica interior. O hábito, porém, que se formará irá estimular ao prosseguimento da valorização de todos os acontecimentos assim como das pessoas com as quais se convive, alargando a percepção de que esse sentido de fraternidade gentil e retributiva proporciona inefável alegria de viver.

Criado o estímulo gratulatório, tudo assume significado relevante, ensejando melhor entendimento a respeito dos acontecimentos existenciais, mesmo aqueles que se apresentam em forma de sofrimento, isto é, que têm momentâneo caráter afligente ou desagradável, que pode ser superado pelo empenho de ser útil, de compreender o esforço dos demais na construção do mundo melhor, entender-lhes os fracassos e os insistentes sacrifícios para corrigir-se...

Habitualmente, o julgamento a respeito da conduta dos outros, em especial análise quando se trata de questões perturbadoras contra alguém, logo se conclui de maneira equivocada, por certo a manifestação da conduta do outro, do que se lhe fez inamistoso, realizando uma projeção inconsciente dos seus próprios conflitos... Todos os indivíduos tem dificuldades de vencer as questões perturbadoras, especialmente quando procedem dos atavismos que se organizaram no passado por onde jornadearam. A tolerância, que é uma expressão de amizade inicial, facultará entender-se que não sendo fácil para si mesmo a mudança para melhor, não deve ser de maneira diferente quando se trata de outrem.

Tentando-se, embora com erros e acertos, o exercício da gratidão, momento chega em que o ser se enriquece de júbilo de ser gentil e agradecido, não apenas por palavras, mas principalmente por atitudes, tornando a existência agradável e, dessa maneira, ampliando o círculo de bem-estar em sua volta, mudando as paisagens emocionais desorganizadas.

A gratidão possui esse maravilhoso mister de tornar o mundo e as pessoas mais belas e mais queridas. (final do texto, EXERCÌCIO DA GRATIDÂO p.94/5.

Continuará o cap.4, a conquista da plenitude pela gratidão na próxima postagem.

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