A CONQUISTA DA PLENITUDE
PELA GRATIDÃO
4º Capítulo do livro PSICOLOGIA DA GRATIDÃO
Divaldo P. Franco/Joanna de
Ângelis, p. 94-95.
Nessa fase em que a consciência
identifica o inconsciente e fundem-se, surgem as aspirações do belo, do ideal,
do uno, da individuação.
A fim de que seja lograda
essa plenitude, o sentimento de gratidão à vida, a todos que contribuíram e contribuem
para que o mundo seja melhor e as dificuldades sejam sanadas, que ofereceram
sua ajuda no transcurso do desenvolvimento intelecto moral, transforma-se num
impulso para o estado numinoso, em que já não há sombra. Nada obstante, para
culminar nesse desiderato, faz-se indispensável o treinamento constante, o
exercício da gratidão.
A princípio, pode mesmo
apresentar-se como um ato de dever, o de retribuição por tudo quanto desfruta,
sem que haja a presença do sentimento por falta de maturidade psicológica
interior. O hábito, porém, que se formará irá estimular ao prosseguimento da
valorização de todos os acontecimentos assim como das pessoas com as quais se
convive, alargando a percepção de que esse sentido de fraternidade gentil e
retributiva proporciona inefável alegria de viver.
Criado o estímulo
gratulatório, tudo assume significado relevante, ensejando melhor entendimento
a respeito dos acontecimentos existenciais, mesmo aqueles que se apresentam em
forma de sofrimento, isto é, que têm momentâneo caráter afligente ou
desagradável, que pode ser superado pelo empenho de ser útil, de compreender o
esforço dos demais na construção do mundo melhor, entender-lhes os fracassos e
os insistentes sacrifícios para corrigir-se...
Habitualmente, o julgamento
a respeito da conduta dos outros, em especial análise quando se trata de questões
perturbadoras contra alguém, logo se conclui de maneira equivocada, por certo a
manifestação da conduta do outro, do que se lhe fez inamistoso, realizando uma
projeção inconsciente dos seus próprios conflitos... Todos os indivíduos tem
dificuldades de vencer as questões perturbadoras, especialmente quando procedem
dos atavismos que se organizaram no passado por onde jornadearam. A tolerância,
que é uma expressão de amizade inicial, facultará entender-se que não sendo
fácil para si mesmo a mudança para melhor, não deve ser de maneira diferente
quando se trata de outrem.
Tentando-se, embora com
erros e acertos, o exercício da gratidão, momento chega em que o ser se enriquece
de júbilo de ser gentil e agradecido, não apenas por palavras, mas
principalmente por atitudes, tornando a existência agradável e, dessa maneira,
ampliando o círculo de bem-estar em sua volta, mudando as paisagens emocionais
desorganizadas.
A gratidão possui esse
maravilhoso mister de tornar o mundo e as pessoas mais belas e mais queridas.
(final do texto, EXERCÌCIO DA GRATIDÂO p.94/5.
Continuará o cap.4, a
conquista da plenitude pela gratidão na próxima postagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário