quarta-feira, 4 de setembro de 2013


Arquétipos
Item do cap.6 A PSICOLOGIA ANALÌTICA DE CARL GUSTAV JUNG escrito por Iris Sinoti
A palavra arquétipo significa um modelo original, uma espécie de matriz do comportamento humano. Eles são elementos primordiais estruturais da nossa psique. Eles se manifestam em nível pessoal através dos complexos (todo complexo tem como núcleo um arquétipo) e coletivamente através das características culturais.
Jung (2000, Vol.IX/I, &99 - Os Arquétipos do Inconsciente Coletivo), escreveu que a função dos arquétipos
(...) não é denotar uma ideia herdada, mas um modo herdado de funcionamento, que corresponde à maneira inata pela qual o pintinho emerge do ovo, o pássaro constrói o ninho, um certo tipo de vespa pica o gânglio motor da lagarta e as enguias encontra o caminho para as Bermudas. Em outras palavras, é um padrão de comportamento”.
Jung foi muito mal interpretado com o conceito de arquétipo, pois acreditavam que ele afirmava que o conhecimento era passado através da genética, mas na verdade o que ele sustentava era que todo ser humano, todo animal, nasce com respostas a situações “típicas”. Jung não conhecia a ideia de que os seres humanos nascessem como papéis em branco, tabulae rasae (expressão latina que significa literalmente ”tábua raspada”, e tem o sentido de “folha de papel em branco.”) ; ao contrário, ele afirmava que o ser humano já nascia preparado para as experiências da vida, do mesmo modo que os pássaros estavam, de maneira inata, prontos para construir ninhos. Algumas das situações típicas relativas à condição humana e representadas pelos arquétipos incluem a predisposição para experimentar os conceitos de mãe, pai, filho, Deus, velho sábio, nascimento, morte, renascimento, saída da proteção dos pais, casamento e assim por diante.
“nunca poderemos nos desprender legitimamente de nossos fundamentos arquetípicos, a não ser que estejamos dispostos a pagar o preço de uma neurose, do mesmo modo que não podemos nos livrar do nosso corpo e de seus órgãos, sem cometer suicídios. Se não podemos negar os arquétipos, ou mesmo neutralizá-los, a cada novo estágio de diferenciação da consciência que a civilização atinge confrontamo-nos com a tarefa de encontrar uma nova interpretação apropriada a esse estágio, a fim de conectar a vida do passado, que ainda existe em nós, com a vida do presente, que ameaça dele se desvincular.” (Jung, 2000,&267 Os Arquétipos do  Inconsciente Coletivo).
Alguns arquétipos são muito importantes na formação de nossa personalidade e de nosso comportamento. São os arquétipos da Persona Ânima e Animus, Sombra e o Self.
Final do texto, entretanto o cap. 6 continuará na Próxima postagem.
Postagem do dia 04/09/13

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