Arquétipos
Item
do cap.6 A PSICOLOGIA ANALÌTICA DE CARL GUSTAV JUNG escrito por
Iris Sinoti
A palavra arquétipo
significa um modelo original, uma espécie de matriz do comportamento humano.
Eles são elementos primordiais estruturais da nossa psique. Eles se manifestam
em nível pessoal através dos complexos (todo complexo tem como núcleo um
arquétipo) e coletivamente através das características culturais.
Jung
(2000, Vol.IX/I, &99 - Os Arquétipos
do Inconsciente Coletivo), escreveu que a função dos arquétipos
“(...)
não é denotar uma ideia herdada, mas um modo herdado de funcionamento, que
corresponde à maneira inata pela qual o pintinho emerge do ovo, o pássaro
constrói o ninho, um certo tipo de vespa pica o gânglio motor da lagarta e as
enguias encontra o caminho para as Bermudas. Em outras palavras, é um padrão de
comportamento”.
Jung
foi muito mal interpretado com o conceito de arquétipo, pois acreditavam que ele afirmava que o conhecimento
era passado através da genética, mas na verdade o que ele sustentava era que
todo ser humano, todo animal, nasce com respostas a situações “típicas”. Jung
não conhecia a ideia de que os seres humanos nascessem como papéis em branco, tabulae rasae (expressão latina que
significa literalmente ”tábua raspada”, e tem o sentido de “folha de papel em
branco.”) ; ao contrário, ele afirmava que o ser humano já nascia preparado
para as experiências da vida, do mesmo modo que os pássaros estavam, de maneira
inata, prontos para construir ninhos. Algumas das situações típicas relativas à
condição humana e representadas pelos arquétipos incluem a predisposição para
experimentar os conceitos de mãe, pai, filho, Deus, velho sábio, nascimento,
morte, renascimento, saída da proteção dos pais, casamento e assim por diante.
“nunca poderemos nos desprender
legitimamente de nossos fundamentos arquetípicos, a não ser que estejamos
dispostos a pagar o preço de uma neurose, do mesmo modo que não podemos nos
livrar do nosso corpo e de seus órgãos, sem cometer suicídios. Se não podemos
negar os arquétipos, ou mesmo neutralizá-los, a cada novo estágio de
diferenciação da consciência que a civilização atinge confrontamo-nos com a
tarefa de encontrar uma nova interpretação apropriada a esse estágio, a fim de
conectar a vida do passado, que ainda existe em nós, com a vida do presente, que
ameaça dele se desvincular.” (Jung, 2000,&267 Os
Arquétipos do Inconsciente Coletivo).
Alguns
arquétipos são muito importantes na formação de nossa personalidade e de nosso
comportamento. São os arquétipos da Persona Ânima e Animus, Sombra e o Self.
Final
do texto, entretanto o cap. 6 continuará na Próxima postagem.
Postagem
do dia 04/09/13
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