quinta-feira, 20 de março de 2014


IMAGINAÇÃO ATIVA

Uma das formas elaboradas pela Psicologia analítica para o trabalho com os sonhos é a Imaginação Ativa. O termo foi utilizado inicialmente por Jung no ano de 1935:

“para descrever o processo de sonhar com olhos abertos (CW 6, parág. 723n). De saída, o indivíduo concentra-se em um ponto específico, uma disposição, quadro ou eventos específicos; em seguida, permite que uma cadeia de fantasias associadas se desenvolva e gradativamente assuma um caráter dramático. Depois as imagens ganham vida própria e desenvolvem-se de acordo com uma lógica própria. A dúvida consciente deve ser superada e, consequentemente, que haja permissão pra que qualquer coisa incida na consciência.” (apud RUBEDO, 2011)

Isso pode dar-se com ou sem acompanhamento psicoterapêutico, através do processo de liberar a imaginação a partir do ponto em que o sonho parou, ou mesmo para dialogar com elementos que se fazem presentes nos sonhos, como forma de liberar a carga constritiva que muitas vezes eles trazem, ou mesmo para ativar a intuição.

Fazendo uma avaliação da proposta, Joanna de Ângelis, no livro Vida: Desafios e Soluções, p.81, estabelece que:

“mediante a Imaginação Ativa é possível entrar-se no arcabouço dos registros e depósitos do inconsciente, abrindo-lhe as comportas para uma equilibrada liberação, que irá contribuir grandemente para a conduta salutar do indivíduo, proporcionando-lhe uma existência equilibrada.” 

A avaliação consciente proporciona que o paciente não mais tema toda a riqueza de conteúdos do inconsciente, assim como seus símbolos muitas vezes perturbadores, mas dialogue consigo mesmo, entenda a mensagem presente nos símbolos, como forma de proporcionar um equilíbrio psíquico. Sendo assim, completa a autora espiritual, “à medida que os sonhos se apresentam, liberando as imagens arquetípicas arquivadas, o paciente, mediante a imaginação ativa, decodifica as informações e atualiza os seus conteúdos para os aplicar corretamente n seu cotidiano.”(ANGELIS, TRIUNFO PESSOAL, p.80)

Texto de Cláudio Sinoti, no livro REFLETINDO A ALMA.

Postado em, 20/03/2014.

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