Freud
e a Estrutura Psiquica: Descobrindo o Inconsciente
Continuação do cap.V
Artigo escrito por Marlon
Reikdal – No livro Refletindo a Alma – A Psicologia Espírita de Joanna de
Ângelis – Núcleo de Estudos Psicológicos Joanna de Ângelis. Da pp.106-107.
Postagem em 04-04-2013.
Para uma compreensão
plausível da teoria Freudiana, é fundamental situarmos, no tempo e no espaço,
alguns conceitos que Freud desenvolveu e, para isso, vamo-nos ater a dois
grandes momentos teóricos deste autor, nos quais explicitou compreensões
diferentes em relação ao aparelho psíquico e por consequência, e dois momentos
diferentes em relação ao desenvolvimento humano.
A explicação conhecida como
a primeira tópica vigorou até 1920 e, a partir disso, encontramos a segunda
tópica, que representou grande importância para o entendimento dinâmico dos
fenômenos psicopatológicos conforme se compreende na psicanalise dos dias
atuais.
O termo “aparelho psíquico”
demonstra uma organização psíquica dividida em sistemas, com funções
específicas que compõem a mente humana. Assim, a primeira tópica, ou poderíamos
dizer, a primeira forma de compreender a psique humana, é conhecida como uma
abordagem topográfica ou uma visão descritiva.
Simbolicamente imaginamos um
espaço (virtual), pensando amente como um lugar, por isso é conhecida como abordagem
topográfica. Esta primeira teoria tem seu fundamentos no livro dos sonhos, no
qual, através da análise das pacientes com histeria e seus pacientes de um modo
geral, Freud questionou a existência de algum lugar extenso e importante no campo
da vida mental, “dentro” do ser humano que o próprio sujeito desconhecia como
se fosse uma “região mental” de conteúdos desconhecidos. Isso fez com que
proclamasse a psicanalise como a teoria dos processos mentais mais profundos
não diretamente acessíveis à consciência – uma psicologia profunda.
A primeira compreensão freudiano
dividia o aparelho psíquico em três partes ou regiões, a saber: o consciente, o
pré-consciente e o inconsciente que, segundo o autor, não localizáveis no
sistema nervoso central.
Nota de rodapé.
Esta é uma discussão
bastante interessante para os espíritas, ou mesmo espiritualistas, haja vista
que o próprio Freud abandonou a proposta de localização cerebral, afirmando que
isso não era o fundamental, e sim o processo psíquico, a dinâmica da
funcionamento.
No livro Dias Gloriosos, no capítulo “Energia
Mental e Vida Saudável” Joanna de Ângelis afirma que “o cérebro, sob o comando
da mente, responde conforme o gênero de ordens que recebe, contribuindo com
enzimas estimuladoras da saúde ou toxinas que irão destruir sensíveis
equipamentos da maquinaria orgânica, emocional ou mental.” Com isso, tentamos
resgatar a dimensão biopsicossocioespiritual, ou seja, a dimensão biológica
compõe e interfere no ser humano, sem qualquer sombra de dúvida, mas é apenas
um dos fatores, e não o determinante. Ainda sugere o capítulo 14 da obra O Amor como Solução, também de Joanna.
Continua.....
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