terça-feira, 16 de abril de 2013


A aquisição da totalidade

Item do cap.l  O SER HUMANO E SUA TOTALIDADE
continuação...

Quando se conquista uma floresta densa, o primeiro movimento é o de abrir-se clareiras na sua escuridão e densidade, a fim de que entre a luz e haja espaço para a edificação do que se transformará em posto avançado de serviço e de repouso.
O inconsciente é uma floresta densa, a parte submersa de um iceberg flutuando sobre as águas tumultuadas da existência física.

A grande maioria dos atos e comportamentos humanos, na sua expressão mais volumosa, procede do inconsciente, sem a interferência da consciência lúcida.
No inconsciente coletivo, encontram-se arquivados toda a história da Humanidade, os diferentes períodos vivenciados, abrindo pequeno espaço ao inconsciente individual, encarregado dos registros atuais, desde a concepção até a atualidade.

Há profunda sensatez e veracidade na informação, considerando-se que o Self se estruturou ao largo das sucessivas reencarnações, por onde esse princípio inteligente desdobrou os conteúdos adormecidos em germe, seu Deus interno, até o momento da consciência.
As impressões que dizem respeito às memórias coletivas nesse grandioso inconsciente tem procedência, porque se referem às vivências individuais ou às informações transmitidas pelos contemporâneos ou ascendentes que as viveram.

Para que haja uma real integração desses arquétipos predominantes  em um ser humano, torna-se indispensável o amor a si mesmo, conforme a recomendação do sublime Psicoterapeuta Jesus-Cristo.
 
Ele sabia da existência da sombra individual e coletiva, que aturdia o ser humano.
 
Na Sua proposta psicoterapêutica através do amor, Ele destacou aquele de natureza pessoal, a si mesmo, em razão dos escamoteamentos, quando se procura amar ao próximo, impossibilitado daquele que é devido a si mesmo, ao Self.
 
Essa é uma artimanha da sombra, disfarçando o transtorno da indiferença ou animosidade contra o próprio ser, dos conflitos perturbadores no íntimo, em fuga espetacular para a valorização do outro com desprezo pelos seus sentimentos, suas conquistas e seus prejuízos.
 
Quando o individuo não se ama, certamente apaixona-se, deslumbra-se, admira o outro a quem diz amar, até a convivência demonstrar que se tratou apenas de uma explosão sentimental sem profundidade nem significado.
 
Não são poucos aqueles que afirmam amar, para logo apresentar-se decepcionados por haverem constatado que o outro lhes é semelhante, portador também dos polos opostos, atrelado a dificuldades e limites, que o dito afetuoso gostaria que ele não tivesse, esperando compensações pelas próprias fraquezas.
 
O amor a si mesmo deve centralizar-se no autorrespeito e na autoconsideração que cada um se merece, identificando a sua sombra, que é familiar aos demais, aceitando-a e diluindo-a, na mirífica luz da amizade e da compreensão.
 
Não se trata de ficar contra as imperfeições - a sombra interior - mas de identificá-la, para mais reforçá-la, o que equivale dizer, conscientizar-se da sua existência e considerá-la parte da sua vida.
 
Do livro Em busca da verdade - Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco - pp. 23-25
 
Postado em 16-04-2013
 
continua
 
 
 
 
 

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