Continuação da postagem de
10/04/2013 - Crença em Deus, religiosidade e inteligência espiritual
Aprender
a se conhecer
Desde os recuados tempos da
Grécia Antiga, o homem e a mulher mostravam-se curiosos quanto ao seu
“destino”. A partir da mitologia, na
qual pautavam suas crenças, os gregos estabeleciam que três Moiras – Cloto,
Láquesis e Átropos – seriam as responsáveis pelo destino humano, desde o
nascimento, a sorte e o revés da vida, assim como o tipo de morte que caberia a
cada um.
Na tentativa de obterem informações
acerca desse destino acorriam aos oráculos, onde acreditavam que os deuses
mandavam suas mensagens através das sacerdotisas ou pitonisas, esse ultimo nome
derivado de Píton, um monstro enorme que foi derrotado no Oráculo de Apolo – em
Delfos.
Curioso, no entanto, que no
início da jornada ao Oráculo de Delfos, antes de obterem suas respostas, o
visitante passava pelo pórtico da entrada, no qual estava escrita a frase que
ficou imortalizada pelo filosofo Sócrates, embora não fosse de autoria desse:
-“Tv0t” oavtóv” – Conhece a
ti mesmo.
Esse importante pilar do
autoconhecimento, resgatado pelo Espiritismo, permeia toda a Psicologia
espirita, propondo ferramentas para um projeto consciente de crescimento, em
que cada qual se torna responsável por analisar e desenvolver as potencialidades
que lhe são inerentes. O autoconhecimento, frisa a benfeitora em sua obra, é o
grande desafio contemporâneo de todos os seres.
Existe uma sede muito grande
pela realização externa, pelas metas do ego, e normalmente são negligenciadas
as metas internas de crescimento. É exatamente esse foco, essa forma de olhar a
vida, que se pode mudar através do autoconhecimento. É como se saíssemos da
percepção limitada, focada na base das necessidades, muito bem analisadas por
Maslow em sua conhecida pirâmide, e partíssemos para as “metanecessidades”, ou
seja, aquelas que vão além do ego, que podem ser identificadas como as necessidades
da alma, e que, enquanto esquecidas ou não abordadas em nossa jornada
existencial, continuam sendo motivo de conflitos e neuroses.
Por isso mesmo, “o
autodescobrimento tem por finalidade conscientizar a pessoa a respeito do que necessita, de como
realizá-lo e quando dar início à nova fase.”
(ANGELIS, 1999,p.48)
Mas a pergunta natural que
ocorre quando se fala em autoconhecimento e:
- “Mas de que forma fazê-lo?”
Claro que não existe uma
resposta pronta, um caminho único a seguir. Existem, entretanto, diversas
ferramentas que podem propiciar o autoencontro. Dentre outras observações desse
largo percurso rumo ao encontro de si mesmo, a benfeitora (2006b, p.21) sugere
que todo o processo significa “...não apenas
identificação das suas necessidades, mas,
principalmente, da sua realidade emocional, das
suas aspirações legítimas e reações diante das ocorrências do cotidiano.”
Artigo escrito por Cláudio
Sinoti – Do livro Refletindo a Alma – A
Psicologia Espírita de Joanna de Ângelis – Núcleo de Estudos Psicológicos Joanna
de Ângelis. Da pp.35-36.
Postado em 12/04/2013
Continua...
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