terça-feira, 16 de abril de 2013


 

Consciente, Pré-consciente e Inconsciente

continuação do artigo escrito por Marlon Reikdal:  Freud e a estrutura psíquica 

O consciente é uma parte da mente humana que alberga tudo de que estamos cientes em determinado momento. Embora este “tudo” possa parecer muito, em pouco tempo percebemos que este “tudo” é, em verdade, “quase nada”, ou poderíamos dizer, apenas uma pequena parte do aparelho psíquico. Imaginemos todas as experiências desde que nascemos, todas as sensações, as emoções, todos os sentimentos e os pensamentos (expressos e ocultos) – tudo isso faz parte deste mundo interno.

Pensemos num exemplo simples e concreto: o ato de ver uma foto antiga. Com um simples estímulo muitas coisas daquele mundo obscurecido retornam à nossa consciência – nomes de pessoas, sentimentos, gostos, cheiros, medos, desejos. E, se resgatamos estas informações que não estavam na nossa consciência naquele momento, significa que sempre estiveram fazendo parte de nós, mas em outro estado não consciente. Equivale a dizer que o que se mantém constantemente consciente é uma pequenina parte de nós.

Em alguns momentos, Freud denomina o consciente como função do sistema que intitulou percepção-consciência ( Pcs-Cs). Seria a parte responsável por receber as informações provindas tanto do mundo externo como do mundo interno. Segundo a definição do autor, seria a camada mais superficial do aparelho psíquico, ou seja, a mais próxima do mundo externo.

Este sistema desempenha um papel relativamente simples em nossas vidas e passa despercebido. Tomemos como exemplo uma situação cotidiana como a fome. Num determinado momento o corpo sinaliza que precisa de alimento, e isto precisa ser percebido pelo sistema consciente para nossa própria sobrevivência. É comum vermos pessoas que estão extremamente envolvidas com um trabalho, com a resolução de um problema, não percebendo seu estado, e permanecendo horas sem se alimentar. Quando o indivíduo para, eis que aquela informação é captada pelo sistema e a pessoa “toma consciência“ da sua necessidade – está faminta.

Fiquem atentos para a continuação do texto.
Continuação do cap. V 
Artigo escrito por Marlon Reikdal – Freud e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente - no livro Refletindo a Alma, da pp.107-109..
Postado em 16/04/2013.

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