A
Aquisição da Totalidade
Continuação...
O Ser Humano e Sua
Totalidade cap. l- Do livro Em Busca da Verdade
Considere-se a existência da
sombra como uma questão moral, não a
ocultando através de sacrifícios, de sevícias e de autoflagelações para vencer
o que se denominou como as tentações,
porque tais comportamentos são pertinentes a ela mesma que, submetida por algum
tempo, um dia irrompe em forma de desencanto ou de vulgaridade a que se
entregam aqueles que, longamente, impediram-na de manifestar-se, acreditando
falsamente na vitória sobre ela.
Devorar a sombra com integração lúcida na psique, é
também uma forma de diluí-la, incorporando-a ao conjunto, trabalhando pela
unidade.
Qualquer tipo de violência
ou obstinação contrária, mais a reforça, enquanto que toda expressão de amor e
de humildade em relação à mesma, libera-a.
Reconhecer-se imperfeito,
como realmente se é, portador de ulcerações e de cicatrizes morais, é um ato de
humildade real, que se deve manter com dignidade, enquanto que, divulgá-los,
demonstrando simplicidade, é maneira de permanecer-se no estágio de dominação
pela sombra que somente mudou de expressão
e de comportamento.
Nada mais desagradável e
mórbido do que a falsa humildade, aquela que exclui o indivíduo dos valores
éticos elevados, que o subestima, expressando, disfarçadamente, presunção,
diferenciamento das demais pessoas.
Jesus, que é inabordável
psicologicamente, porque paira acima de todas as criaturas, como biótipo
especial, jamais se subestimou ou adotou epítetos depreciativos para demonstrar
humildade. Pelo contrário, sempre referiu-se como o Enviado, o Messias, o Filho de Deus, a Luz do mundo, o Pão da vida, etc., demonstrando a Sua autoconsciência.
Entre a humildade e o
exibicionismo permanece uma grande diferença.
Muita aparência humilde
torna-se ostentação disfarçada, portanto, presença da sombra dominadora na conduta psicológica.
Em qualquer movimento
religioso, que busca a superação dos conflitos, vale a pena considerar-se que
convivem no mesmo indivíduo o anjo e
o demônio, que necessitam
harmonizar-se, descendo um na direção do outro que ascende no rumo do primeiro.
Quando se reconhece essa
dualidade presente na psique, que é representativa do ser humano, uma das suas
características, portanto, torna-se fácil a terapia equilibradora, unindo-a em
um ser lúcido psiquicamente e generoso emocionalmente.
A integração é necessidade
de vivenciar-se um labor consciente, de amadurecimento psicológico, de
conquista emocional e espiritual.
Atente para continuação na próxima postagem
Do livro Em busca da verdade
- Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco - pp. 26-27
Postado em 18-04-2013
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