quinta-feira, 18 de abril de 2013


A Aquisição da Totalidade
Continuação...

O Ser Humano e Sua Totalidade cap. l- Do livro Em Busca da Verdade

Considere-se a existência da sombra como uma questão moral, não a ocultando através de sacrifícios, de sevícias e de autoflagelações para vencer o que se denominou como as tentações, porque tais comportamentos são pertinentes a ela mesma que, submetida por algum tempo, um dia irrompe em forma de desencanto ou de vulgaridade a que se entregam aqueles que, longamente, impediram-na de manifestar-se, acreditando falsamente na vitória sobre ela.

Devorar a sombra com integração lúcida na psique, é também uma forma de diluí-la, incorporando-a ao conjunto, trabalhando pela unidade.

Qualquer tipo de violência ou obstinação contrária, mais a reforça, enquanto que toda expressão de amor e de humildade em relação à mesma, libera-a.

Reconhecer-se imperfeito, como realmente se é, portador de ulcerações e de cicatrizes morais, é um ato de humildade real, que se deve manter com dignidade, enquanto que, divulgá-los, demonstrando simplicidade, é maneira de permanecer-se no estágio de dominação pela sombra que somente mudou de expressão e de comportamento.

Nada mais desagradável e mórbido do que a falsa humildade, aquela que exclui o indivíduo dos valores éticos elevados, que o subestima, expressando, disfarçadamente, presunção, diferenciamento das demais pessoas.

Jesus, que é inabordável psicologicamente, porque paira acima de todas as criaturas, como biótipo especial, jamais se subestimou ou adotou epítetos depreciativos para demonstrar humildade. Pelo contrário, sempre referiu-se como o Enviado, o Messias, o Filho de Deus, a Luz do mundo, o Pão da vida, etc., demonstrando a Sua autoconsciência.

Entre a humildade e o exibicionismo permanece uma grande diferença.

Muita aparência humilde torna-se ostentação disfarçada, portanto, presença da sombra dominadora na conduta psicológica.

Em qualquer movimento religioso, que busca a superação dos conflitos, vale a pena considerar-se que convivem no mesmo indivíduo o anjo e o demônio, que necessitam harmonizar-se, descendo um na direção do outro que ascende no rumo do primeiro.

Quando se reconhece essa dualidade presente na psique, que é representativa do ser humano, uma das suas características, portanto, torna-se fácil a terapia equilibradora, unindo-a em um ser lúcido psiquicamente e generoso emocionalmente.

A integração é necessidade de vivenciar-se um labor consciente, de amadurecimento psicológico, de conquista emocional e espiritual.

 Atente para continuação na próxima postagem

Do livro Em busca da verdade - Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco - pp. 26-27

Postado em 18-04-2013

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