sexta-feira, 20 de dezembro de 2013


 

GRATIDÃO PELA VIDA 

A vida é um maravilhoso milagre do universo.

Presente em todas as expressões imagináveis é lei de amor que funciona no seu mais profundo significado.

Não importa o nome que se lhe dê à fonte geradora, é o maior desafio à inteligência, especialmente no que se refere à sua finalidade quando alcança o esplendor no ser humano.

Havendo conquistado a capacidade de julgar e a razão, a vida toma corpo nos cem trilhões de células do organismo, em um incomparável mecanismo de harmonia e de interdependência, controlado pela psique, em resumo, do self original do qual procedem todas as manifestações físicas.

Conseguindo, nessa fase, a capacidade de logicar, torna possivel penetrar nos antes insondáveis mistérios do cosmo, no macro ou no micro, alcançando a ideação, na percepção do abstrato, principalmente nos sentimentos de amor, de ternura, de compaixão, de esperança e de alegria. As manifestações primárias aos poucos são substituídas pela transcendência, e o si-mesmo participa da elaboração do próprio destino assim como das ocorrências que lhe facultarão a conquista do infinito, nunca lhe permitindo retroceder ou ficar em postura parasitária, inadequada ao processo da evolução.

A busca da plenitude mostra-se como a máxima aspiração que deve se tornar realidade. A fim de consegui-la, é necessário os instrumentos da vontade consciente e das necessidades prementes superando as pressões da sombra que segue ao lado da claridade mental.

A plenitude é a glória de ser-se o a que se está predestinado pela força criativa, independendo das coisas, e sim resultante da essência de que cada qual é único e deverá unir-se à inteligência cósmica, tornando-se consciente da realidade universal.

A plenitude dilui e absorve a sombra, fazendo desaparecer todas as suas marcas anteriores que dificultavam o processo da autoiluminação.

Adicionado, a cura real das aflições antigas arquivadas no profundo do ser, no seu corpo perispiritual, responsável por modelar as formas físicas e todos os equipamentos da sua fisiologia e da sua psicologia.

Recompondo o corpo emocional pela superação dos traumas, dos medos, da culpa, da ansiedade possível, traça novos mapas esboço dos processos de desenvolvimento, expressando-se em harmonia e bem-estar conforme são alcançados os níveis elevados onde se encontra a sua destinação.

Dessa maneira, são vencidos os estresses, as desarmonias vibratórias, e facilitada a comunicação equilibrada de todas as células com as suas memórias ativadas, facultando a harmônica homeostase.

Embora desempenhando funções diferenciadas, essas células no seu circuito perfeito no organismo trabalham em conjunto em favor do todo, sem exaltação ou timidez, resultante do controle da mente sobre o corpo.

Há sempre tentativas humanas para a boa vida, o que equivale dizer o acúmulo de bens e de conforto, exigências do ego, em detrimento da vida boa e serena conforme aspira o self.

A busca portanto, da transformação para melhor a cada instante é o hino de louvor e de gratidão à vida que se experiência de acordo com a harmonia cósmica.

Nesse cometimento não ocorrem imediatas alterações significativas do ser, mas na maneira como vive, cada qual se mantendo na sua estrutura superior em contínua ascensão espiritual.

Diz-se que o mundo é resultado de contrastes, o que é uma verdade, pelo menos aparentemente. E, são esses contrastes que promovem o raciocínio, impulsionam as ações saudáveis, ajudam a desenvolver as faculdades sublimes do self, não fosse dessa forma, tudo em ordem igual, não haveria razão para lutar pelo numinoso, alcançando-se um final degenerativo, sem significado, sem objetivo, por desconhecer-se o outro lado da ocorrência evolutiva.

É a natureza responsável pelos desafios e seus muitos aspectos, que tira o indivíduo do estado de entorpecimento para o encaminhar ao de lucidez. Em tudo estão presentes as duas faces: o claro e o escuro, o alto e o baixo, o yang e o yin, a tristeza e a alegria, o bem e o mal...

A oposição das forças no universo é responsável pela existência do próprio universo, ocorrendo da mesma forma no universo humano.

A sombra às vezes disfarça dando a impressão de que se pode ser essencialmente bom, nobremente generoso, completamente afetuoso, sem mancha nem problema emocional. Essa impressão escraviza  pessoas desatentas, atraindo-as para o fanatismo religioso, racial, desportivo ou de qualquer outra natureza, gerando graves distúrbios de conduta e recalques de sentimentos. É normal e saudável deixar-se vivenciar por uma raiva momentânea, por uma tristeza justificada, por uma reação ante a agressividade, não se permitindo, transformar esses fenômenos emocionais em estado generalizado de comportamento. Esses transtornos tem origem da obscuridade que existe no ser e que se vai libertando das situações penosas e difíceis para usufruir do bem-estar, não importando a situação em que se encontre.

A sombra, não é um adversário malicioso, mas um auxiliar no processo da autorrealização buscada, pois a vitória sobre as circunstancias, às vezes aziagas, torna-se responsável pelo equilíbrio emocional.

Muito se teme cair em erro, quando se trata de pessoa que aprendeu a perceber a verdade da impostura, a realidade da fantasia, a conquista em relação à perda... Se não houvesse essa dicotomia, essa possibilidade, o sentido existencial não teria o seu significado, porque tudo estaria pronto, acabado, levando ao tédio, ao desinteresse pela vida.

É indispensável que o lado favorável de todas os acontecimentos esteja à frente, após a sombra, em convite atraente que será atendido no momento oportuno.

Quem não tropeça não avança, porque todo caminho apresenta dificuldade e isso somente acontece a quem está de pé, caminhando adiante.

Nesse sentido, torna-se indispensável buscar a harmonia entre o que se é e o que se aspira ser, evitando que a raiz dos acontecimentos se encontre demasiado profunda, distante da sua capacidade de arrancá-la quando necessário.

O organismo sabe que precisa estar vivo e, para isso, os órgãos funcionam nos vários seguimentos que se interligam, demonstrando o que se deve fazer em relação ao existir e ao universo, ao ter e ao ser...

Desse modo, a consciência vivencia contínuo despertar, um natural estado de lucidez que capacita o indivíduo ao contínuo trabalho, a enfrentar as dificuldades, porque sabe da fatalidade evolutiva a que está vinculada. Essa é a tarefa soberana do self, mas conquistada por ele, formando um conjunto de apoio à individuação.

Apesar de se ter conhecimento da necessidade da atitude da compaixão em relação à sombra, existe  certa indiferença por parte de muitos lutadores que temem a tentativa por parecer impossível conseguir a vitória. Percebem-se também sensibilizados por certa melancolia, causado pelo hábito de viver o paradoxo do bem e do mal-estar, em que se encontra vinculado.

A dor de certo modo, consegue induzir o ser humano a essa atitude, com o objetivo de libertá-lo da sua pungente aflição, influenciando-o a lutar com destemor, sem pressa nem receio de perda. Nunca se perde a batalha pela plenitude, porque toda conquista representa um tesouro que acumula tudo quanto já se possui emocionalmente.

Quando alguém percebe que necessita conscientizar a sombra em gratidão à vida, logo se diluem os planos perversos de manutenção da ignorância de si-mesmo. Muitas vezes equivoca-se o pretendente à vitória, experimentando momentaneamente a predomínio do oposto, ao mesmo tempo em que, conseguida a primeira etapa, as seguintes tornam-se-lhe mais fáceis e edificantes, pela grande satisfação que experimenta em cada conquista.

Todo indivíduo normal traz alguns conflitos básicos, como segurança e insegurança, amor e ódio, medo e coragem, aceitação e rejeição, alegria e tristeza. Logo que vence um deles, imediatamente surgem as perspectivas para a conquista do outro em contínuo esforço de autoaprimoramento.

Vivendo-se numa cultura de violência, de sexo desajustado, de drogadição, de transtornos psicológicos de alta gravidade, as incertezas a respeito de que tudo são tornam-se naturais, formando o caminho a ser percorrido para a integração no conjunto daqueles que conquistaram a plenitude.

A gratidão, então, pela vida em todas as formas como se apresenta em cada indivíduo é a sublime aspiração a alcançar, pleno e feliz por viver.

Baseado no livro EM BUSCA DA VERDADE, escrito por Divaldo Pereira Franco, ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

Um comentário:

ash disse...

o agora esterno e interno sao o mesmo no presente momento do agora por isso viva o momento presente no agora sempre porque o tempo e espaço sao o mesmo no presente do agora a vida continua so se ilude do lado esterno da vida mais o agora e real tanto no estr esterno quanto no interno o esterno e interno sao iguais no agora da eternidade self finito