FÉ E RELIGIÃO
Continuando
A fé
é portadora de força tão excepcional, que muitas vezes o indivíduo que tem um
objetivo luta contra tudo que se lhe opõe, vence os impedimentos com a certeza
de que é viável o que deseja e que conseguirá.
É a
fé que tem sustentado os investigadores de todos os matizes, os cientistas que
trabalham com hipóteses contrárias ao aceito e permitido, conseguindo
demonstrar a sua validade após esforços hercúleos, assim confirmando que têm
razão.
Ninguém
pode atingir qualquer meta se não acredita na sua viabilidade, nessa
possibilidade, mesmo que não a identifique conscientemente. A perseverança numa
ação e a constância em um trabalho são frutos da fé em torno dos mesmos.
A fé
religiosa, no entanto, sustenta-se na probabilidade de que sejam reais os
postulados transpessoais, espirituais, nos quais se acredita. Felizmente,
graças à mediunidade, a fé religiosa dispõe hoje de um arsenal de fatos que
superam e eliminam todas as negações. Curiosamente, afirmava-se durante a
vitória da filosofia existencialista, que era necessário ver para crer, hoje totalmente ultrapassado o conceito em face das
propostas da física quântica, que estabelecem a necessidade de antes crer para depois ver, mesmo porque nem
tudo aquilo em que se crê nessa área somente se encontra dentro de
probabilidades e jamais será visto...
A fé
produz heróis e santos, mártires e pessoas de bem.
Durante
o holocausto judeu, suas vítimas que mantiveram a fé de que sobreviveriam, de
uma ou outra forma conseguiram o objetivo. Aquelas que se afirmavam necessária
a vida a fim de denunciarem toda a crueldade, experimentaram todos os horrores
e ficaram lúcidas para narrar ao mundo o poder da loucura, do extremismo, da solução final, meta dos infelizes
psicopatas que tomaram o poder na Alemanha...
Quando
se crê, todo o organismo atende aos impulsos da psique e responde de maneira
eficaz, produzindo recursos propiciatórios à sua realização.
Mais
facilmente entra em tormento emocional, o indivíduo em conflito pela dúvida,
atormentado pela insegurança, desconfiado de tudo e de todos. Mediante a fé em
Deus, sem exaltação e com harmonia, a saúde emocional é mais duradoura, e,
quando, por alguma razão, experimenta transtorno, mais rapidamente retorna.
Em
muitas ocasiões, a fé demonstrada por cientistas e navegadores, como Cristóvão
Colombo, que acreditava na existência de terras, caso viajasse na direção do
oeste, saindo da Europa, conseguiu prová-lo, porque no inconsciente
armazenavam-se os registros representativos de já haver estado naqueles lugares
em existência anterior..
Quantas
vezes, o pai da psicologia analítica em suas viagens de trem, partindo de
Zurique (Suiça) com destino à Itália, antes de chegar às cidades a serem
visitadas, via-as, conhecia-as, constatando
a veracidade posteriormente, embora nunca ali estivesse estado, pelo menos na
existência atual. Surpreendido por esses eventos, assim como pelo sonho-visão
que tivera, a respeito da grande onda que destruiria praticamente a Europa, se
tornou real por ocasião da lamentável Grande Guerra que sacudiu todo o planeta,
nunca se escusou a narrar tais ocorrências...
Esses
fenômenos que transcendem a realidade psicológica estão vinculados ao ser
paranormal, espiritual e imortal, estando, desse modo, além das suas
perspectivas, embora as possa penetrar.
Madame
Curie, por sua vez, realizando as suas extraordinárias experiências com
toneladas de pechblenda, tinha certeza, mantinha a fé segura de que encontraria
expressão mais rarefeita da matéria, e insistindo, embora contra todas as
opiniões, com o esposo conseguiu detectar a radioatividade. Posteriormente,
continuando nas pesquisas exaustivas com diversos tipos de pechblenda conseguiu
detectar o polônio e o rádio... Mesmo na viuvez, manteve a fé natural e
racional em torno das imensas possibilidades que se lhe encontravam ao alcance
e superou-se, conquistando o respeito internacional e o Prêmio Nobel de
Química, tornando-se a única pessoa a receber duas vezes o referido Prêmio em
áreas diferentes...
A fé
sempre a sustentou, mesmo no período de dissabores e conflitos emocionais
vividos após a desencarnação do marido...
Jesus
afirmou com segurança e beleza: Se
tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui
para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível (Mateus, 17-20).
Certamente,
não se referia à montanha em si mesma, porém, aos graves problemas que se
amontoam em torno da existência, criando dificuldades e produzindo embaraços. A
fé, mesmo pequenina, pois que o grão de mostarda é uma das menores sementes que
existem, consegue o resultado que se almeja, em razão das forças que facultam e
da inspiração que propiciam.
A
fé, em qualquer forma que se apresente, é estímulo de alto significado para uma
existência feliz e saudável, portanto para a contribuição eficaz para a
individuação.
Final
do texto, porém, o cap.9, BUSCA INTERIOR, continuará na próxima postagem.
Postado em, 02/12/13.
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