segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


FÉ E RELIGIÃO

Continuando

A fé é portadora de força tão excepcional, que muitas vezes o indivíduo que tem um objetivo luta contra tudo que se lhe opõe, vence os impedimentos com a certeza de que é viável o que deseja e que conseguirá.
É a fé que tem sustentado os investigadores de todos os matizes, os cientistas que trabalham com hipóteses contrárias ao aceito e permitido, conseguindo demonstrar a sua validade após esforços hercúleos, assim confirmando que têm razão.
Ninguém pode atingir qualquer meta se não acredita na sua viabilidade, nessa possibilidade, mesmo que não a identifique conscientemente. A perseverança numa ação e a constância em um trabalho são frutos da fé em torno dos mesmos.
A fé religiosa, no entanto, sustenta-se na probabilidade de que sejam reais os postulados transpessoais, espirituais, nos quais se acredita. Felizmente, graças à mediunidade, a fé religiosa dispõe hoje de um arsenal de fatos que superam e eliminam todas as negações. Curiosamente, afirmava-se durante a vitória da filosofia existencialista, que era necessário ver para crer, hoje totalmente ultrapassado o conceito em face das propostas da física quântica, que estabelecem a necessidade de antes crer para depois ver, mesmo porque nem tudo aquilo em que se crê nessa área somente se encontra dentro de probabilidades e jamais será visto...
A fé produz heróis e santos, mártires e pessoas de bem.
Durante o holocausto judeu, suas vítimas que mantiveram a fé de que sobreviveriam, de uma ou outra forma conseguiram o objetivo. Aquelas que se afirmavam necessária a vida a fim de denunciarem toda a crueldade, experimentaram todos os horrores e ficaram lúcidas para narrar ao mundo o poder da loucura, do extremismo, da solução final, meta dos infelizes psicopatas que tomaram o poder na Alemanha...
Quando se crê, todo o organismo atende aos impulsos da psique e responde de maneira eficaz, produzindo recursos propiciatórios à sua realização.
Mais facilmente entra em tormento emocional, o indivíduo em conflito pela dúvida, atormentado pela insegurança, desconfiado de tudo e de todos. Mediante a fé em Deus, sem exaltação e com harmonia, a saúde emocional é mais duradoura, e, quando, por alguma razão, experimenta transtorno, mais rapidamente retorna.
Em muitas ocasiões, a fé demonstrada por cientistas e navegadores, como Cristóvão Colombo, que acreditava na existência de terras, caso viajasse na direção do oeste, saindo da Europa, conseguiu prová-lo, porque no inconsciente armazenavam-se os registros representativos de já haver estado naqueles lugares em existência anterior..
Quantas vezes, o pai da psicologia analítica em suas viagens de trem, partindo de Zurique (Suiça) com destino à Itália, antes de chegar às cidades a serem visitadas, via-as, conhecia-as, constatando a veracidade posteriormente, embora nunca ali estivesse estado, pelo menos na existência atual. Surpreendido por esses eventos, assim como pelo sonho-visão que tivera, a respeito da grande onda que destruiria praticamente a Europa, se tornou real por ocasião da lamentável Grande Guerra que sacudiu todo o planeta, nunca se escusou a narrar tais ocorrências...
Esses fenômenos que transcendem a realidade psicológica estão vinculados ao ser paranormal, espiritual e imortal, estando, desse modo, além das suas perspectivas, embora as possa penetrar.
Madame Curie, por sua vez, realizando as suas extraordinárias experiências com toneladas de pechblenda, tinha certeza, mantinha a fé segura de que encontraria expressão mais rarefeita da matéria, e insistindo, embora contra todas as opiniões, com o esposo conseguiu detectar a radioatividade. Posteriormente, continuando nas pesquisas exaustivas com diversos tipos de pechblenda conseguiu detectar o polônio e o rádio... Mesmo na viuvez, manteve a fé natural e racional em torno das imensas possibilidades que se lhe encontravam ao alcance e superou-se, conquistando o respeito internacional e o Prêmio Nobel de Química, tornando-se a única pessoa a receber duas vezes o referido Prêmio em áreas diferentes...
A fé sempre a sustentou, mesmo no período de dissabores e conflitos emocionais vividos após a desencarnação do marido...
Jesus afirmou com segurança e beleza: Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível (Mateus, 17-20).
Certamente, não se referia à montanha em si mesma, porém, aos graves problemas que se amontoam em torno da existência, criando dificuldades e produzindo embaraços. A fé, mesmo pequenina, pois que o grão de mostarda é uma das menores sementes que existem, consegue o resultado que se almeja, em razão das forças que facultam e da inspiração que propiciam.
A fé, em qualquer forma que se apresente, é estímulo de alto significado para uma existência feliz e saudável, portanto para a contribuição eficaz para a individuação.
Final do texto, porém, o cap.9, BUSCA INTERIOR, continuará na próxima postagem.
Postado em, 02/12/13.

Nenhum comentário: