domingo, 22 de dezembro de 2013


A CONQUISTA DA PLENITUDE PELA GRATIDÃO

A PSICOLOGIA DA GRATIDÃO, DE MANEIRA ALGUMA pode ou deve fugir do estudo da transcendência do ser humano.

A grande quantidade de caracteres e identidades das criaturas causou o surgimento, a partir do século XIX, das diferentes correntes da psicoterapia, todas importantes, enquanto não generalizem as suas premissas, estabelecendo conceitos e métodos psicoterapêuticos rígidos para o atendimento aos seus pacientes. Afinal, a vitória de qualquer possibilidade curativa está sempre ligado ao esforço pessoal do enfermo, ao seu interesse de recuperação da saúde e do bem estar, trazendo a sua indispensável contribuição, sem ela, os mais eficazes processos de ajuda, se não resultam sem o efeito esperado, são de passageira duração...

Toda generalização produz, quase sempre, fanatismo ou preconceito.

A psicologia clássica e as que surgiram em diferentes escolas de experimentação clínica tem o dever de considerar o ser humano além da dualidade corpo-mente, como espírito imortal. Mesmo não aceitando a  sobrevivência à morte orgânica, é compromisso científico o estudo de todas as variantes sem preconceito quanto à legitimidade. Porque os pacientes vêm de todas as camadas culturais e sociais, religiosas e positivistas, crentes ou não ligadas a nenhuma crença espiritualista...O resultado desse procedimento vai ser sempre positivo na ajuda à clientela de ansiosos e transtornados.

As pesquisas do magnetismo, e do hipnotismo, no começo muito combatidos, trouxeram, no final do sec.XIX, em diferentes universidades ligadas ao materialismo vigente, importante contribuição para a descoberta e entendimento do subconsciente e, mais tarde, do inconsciente... Limitados aos preconceitos aceitos da época, foram rotulados de imediato todos os fenômenos dessa origem e, mais tarde, também os mediúnicos e anímicos como sendo psicopatologias: histeria, dissociação, epilepsia, alucinações, personalidades múltiplas e outras definições que não correspondem à realidade.

Como consequência, diante dessa conclusão, médiuns e sensitivos com diferentes qualidades, por mais que demonstrassem a interferência daqueles chamados de mortos nas suas comunicações sob sério controle de importantes cientistas, foram considerados portadores de estados de consciência alterada, sendo assim considerados psicopatas...

O dr. Pierre Janet, com a tese do automatismo psicológico, resumiu todos os fenômenos a personificações parasitárias, o que foi no seu tempo aplaudido por muitos dos seus pares.

Da mesma forma, o dr. Flournoy, estudando Hélène Smith e constatando a sua mediunidade, também recorreu a explicações que não conseguiram enquadrar de forma  segura os muitos fenômenos observados.

Federic Myers, comprovou a realidade da fenomenologia mediúnica, principalmente por meio da sra. Newham, teve a coragem de afirmar que as comunicações não afetavam “o estado normal” das pessoas.

William James, grande psicólogo pragmatista americano,  observando por longo tempo as comunicações mediúnicas da sra. Piper, convenceu-se da sua realidade e afirmou que, para se demonstrar que “nem todos os corvos são negros, basta somente apresentar um corvo branco”, desanimando dessa forma os incrédulos...

Com a chegada da psicologia transpessoal, com Maslow, Grof, Kubler-Ross, Pierrakos e toda uma elite de psicólogos, psiquiatras, neurologistas e outros especialistas nos seus famosos seminários em Big Sur, na Califórnia (EU A), surgiram  maiores possibilidades na aplicação de psicoterapias com pacientes condutores de obsessões espirituais, de traumas e culpas de vidas passadas, abrindo espaço para procedimentos de acordo com a origem de cada transtorno...

Cada ser humano é um cosmo específico, que tem sua origem no infinito.

Transcendente, reflete as experiências vividas e acumuladas no inconsciente pessoal profundo, e registradas no inconsciente coletivo, produzindo os doridos processos de alienação.

A sombra coletiva que resulta do preconceito acadêmico  dominante na sociedade e um sentimento ressentido dá origem a culpa e animosidade, violência e frustração, medo e solidão, tornando ingrato o cidadão que se deveria transformar em uma tocha de luz enriquecendo a paisagem social e moral da humanidade.

A perspectiva da transcendência oferece traz para o ser humano um significado também importante, porque não acaba o seu ciclo evolutivo quando ele morre.

Transferem-se as metas do círculo estreito da prisão corporal para a amplitude cósmica, crescendo indefinidamente.

O ego passageiro nessa nova compreensão modifica o comportamento pela fascinante compreensão da imortalidade e liberta o self da sua constrição afligente.

Essa visão imortalista produz o amadurecimento psicológico, trazendo para o indivíduo segurança moral,  identificação com a vida, dessa forma superando as crises existenciais que já não o perturbam.

A ignorância do ser integral é responsável por muitos conflitos, como o medo, a ansiedade, a incerteza e a falta de objetivo existencial já que, de um para outro momento, a morte extinguindo a vida, reduziria tudo ao nada...

A transcendência, possibilita o sentido de gratidão nas diversas situações, contribuindo para um comportamento saudável, com relacionamentos construtivos e inexprimível alegria de viver com vistas para um bom futuro.

O homem e a mulher que se percebem imortais busca alcançar a plenitude, pela possibilidade inevitável de reparar erros, de reabilitar-se dos agravos praticados, de recomeçar e conseguir vitória nos projetos que foram marcados pelos fracassos.

Agradecer emocionalmente ser transcendente é autopsicoterapia de otimismo que liberta o Narciso interno da sua imagem irreal, diluindo a síndrome enganosa de Peter Pan com a sua fantasia, e responsabiliza para a conquista da individuação, em decorrência do amadurecimento psicológico que resultará no estado numinoso.

Nem mais doenças nem estados doentes no indivíduo que se encontrou a si mesmo, que se descobriu imortal e avança para a sua plenitude.

Trabalho com base no texto, A CONQUISTA DA PLENITUDE PELA GRATIDÃO 4ºCAP, do livro PSICOLOGIA DA GRATIDÃO, escrito por, Divaldo P. Franco ditado pelo Espírito de Joanna de Ângelis.Postado dia , 22/12/13.

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