quarta-feira, 2 de julho de 2014


JESUS; O HOMEM 

Enquanto algumas vertentes religiosas têm-No como a própria divindade, Joanna de Ângelis no livro: Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda, na página 105, apresenta Jesus na condição de homem, não de Deus, considerando que “Jesus e Deus são independentes: um é ser criado e o outro é o Criador”. A Sombra Coletiva que pairava, não conseguindo entender e aceitar a plenitude vivenciada por um ser humano, ressuscitou “a mitologia arquetípica primitiva, atribuindo ao homem a perfeição absoluta de Deus...”

As tentativas de “divinizar o humano” ou “humanizar o divino” não são novas, especialmente em algumas culturas orientais. No Bhagavad Gita (2002, pg 111), livro de profundos ensinamentos da tradição hindu, Arjuna dirige-se a Krishna da seguinte forma: “Em verdade, Tú és Parabran, o Senhor Supremo! Os deuses, anjos e sábios reconhecem-Te como o Refúgio universal, a mais elevada Morada, Eterno Criador, Ser Absoluto Puríssimo, Onipotente, Onisciente, Onipresente!

Sem condenar os que veem seus mestres e gurus como deuses, como até hoje acontece em algumas culturas, vale destacar que a humanidade de Jesus, em vez de diminuir a sua importância, confere-Lhe um caráter muito mais significativo, pois não tivesse Ele vivido em iguais condições as dores e tragédias humanas, não tivesse suportado e superado todo tipo de desafios comuns à existência, os Seus teriam sido feitos extraordinários, mais distantes da nossa realidade.

Complementa Joanna de Ângelis no livro, Jesus e o Evangelho à Luz da Doutrina Espírita, na pg 72: “Jesus viveu a Sua humanidade com singular elevação, suportando fome, dor, abandono e morte sem impacientar-se, submisso e confiante, ultrapassando todas as barreiras então conhecidas a respeito das resistências humanas...” E a forma como viveu Sua humanidade nos possibilita extrair as mais belas lições da natureza humana.

Texto escrito por Cláudio Sinoti, no livro Refletindo a Alma. Postado dia, 02/07/14.

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