quinta-feira, 17 de julho de 2014


A VIDA E A MORTE
A organização fisiológica do ser humano é uma das mais nobres peças da engenharia genética nem antes nem depois elaborada...
Formada por um sistema circulatório que vai entre 150.000 a 190.000 quilômetros de artérias, veias e vasos em um circuito excelente e único, por onde circula o sangue que nutre todas as células, num total de cem trilhões, renovando-se continuamente, com exceção dos neurônios cerebrais, conforme alguns neurocientistas, enquanto outros dizem que algumas ilhas se repetem quando os mesmos morrem, para que a vida possa pulsar no grandioso mecanismo.
Todo esse equipamento depende do oxigênio que lhe é vital e que transforma o sangue venoso em arterial, eliminando as perigosas toxinas que produz pelo aparelho excretor, mantendo um equilíbrio invejável.”
“A bomba cardíaca, que lhe é fundamental, começa a pulsar a partir do vigésimo dia da fecundação, quando automaticamente é disparado um choque elétrico, e não cessa de realizar a função incomum da sístole e da diástole, de modo que o sangue chegue ao cérebro e dele aos pés atravessando esse extraordinário sistema circulatório, que é autopreservador.” Se, uma picada de alfinete destrói milhares de capilares, imediatamente outros lhes tomam o lugar, em um mecanismo insuperável de ordem e de ação, e, quando há um corte maior, de imediato, é atirada sobre ele uma delicada camada de fibrina, para realizar o tampão que lhe impede a morte pela hemorragia, que seria contínua, com exceção dos hemofílicos, cujo processo é mais delicado e mais complexo...
Os sistemas nervosos de sustentação e equilíbrio são de uma complexidade incomum, emitindo vibrações e mensagens que se responsabilizam pela harmonia de toda a maquinaria, na execução da sua programática.
As glândulas endócrinas, especializadas, funcionam num ritmo que transcende a capacidade total do entendimento humano, contribuindo com os hormônios responsáveis pela estabilidade de todos os equipamentos físicos, emocionais e psíquicos...
Essa aparelhagem que não tem igual é ativado por sistemas especiais que emitem energia que vem  da mente, circulando em todo o organismo, mente que, por sua vez, é instrumento de manifestação do Espírito, consciente ou não da sua existência e significado.
Embora resista a diferentes altitudes e golpes, é, frágil, pois que, pode ser vitima de bactérias e vírus que mantém sob controle, quando o sistema imunológico, deixa de funcionar como seria desejável por algum motivo.
É que todo o comando se encontra no Espírito que a vitaliza e conduz, contribuindo para a sua vitória ou a sua desorganização, embora nem sempre esteja consciente da grandeza do investimento que conduz, para alcançar as estrelas, saindo de uma vez por todas, da treva da ignorância para a glória da imortalidade...
Essa máquina extraordinária que não tem comparação foi, trabalhada pelas Divinas Leis a cerca de dois bilhões de anos, aproximadamente desde a formação das primeiras moléculas de açúcar, nas profundezas das aguas oceânicas, chegando aos dias de hoje com equipamentos elétrico e eletrônicos dos mais sofisticados, de forma que através dela o Espirito pode desenvolver o seu deus interno, cantando as glórias de Deus...
Nesses extraordinários equipamentos tem-se  mecanismos que expressam a inteligência, o sentimento, as tendências de toda natureza, graças ao períspirito que os modela, obedecendo as exigências da Lei de Causa e Efeito, no desempenho da tarefa para a qual foi elaborado pela Divindade, na sua condição de envoltório sutil da alma ou Espírito.
A benção, de um corpo, para o crescimento espiritual, por mais limitado e destroçado que seja, é de não apreciado valor, porquanto reflete as necessidades do seu agente espiritual, responsável pela maneira como se condensa no mundo das formas.
Respeita-lo com carinho, contribuindo para que sejam alcançadas as finalidades à que se destina, é o dever inteligente do ser encarnado.
Protege-lo das agressões internas, que se originam nos atavismos ínsitos nele mesmo, vindos da sua conduta passada, é consciência de dever para com o invólucro material de que necessita para crescer e reparar, conquistar o infinito e avançar na busca da individuação.
Quando o Self está consciente dos seus atributos, trabalha melhor para a harmonia que lhe é necessária, a fim de desempenhar as funções de mortalidade e de imortalidade que lhe dizem respeito, superando os impositivos da sombra,  que evocam os caminhos dúbios que foram transitados e necessitam da contribuição do entendimento para que haja plena harmonia.
Enfim, o corpo deve ser considerado um santuário sublime que a vida concede ao Espírito, a fim de que permita o desabrochar dos valores adormecidos, como ocorre com a terra generosa que acolhe a semente, para que atinja a meta que se encontra no seu imo.
Da mesma forma, é preciso atender essa semente inteligente protegendo-a das pragas e perigos mesológicos que podem prejudicar a sua sobrevivência e desenvolvimento vital.
Então, os maiores perigos encontram-se internamente, são as imperfeições morais vindas do primarismo, que insistem em manter prisioneiro o ser real, fazendo-o repetir as façanhas infelizes que o tornaram desventurado.
O esforço pelo autoconhecimento, pela autoidentificação com relação às possibilidades que lhe dizem respeito é compromisso inadiável para todas as criaturas que despertam em consciência lúcida para atingir a meta da existência, que é o estado sukha.
Normalmente, em mecanismos de transferência ou  fuga da responsabilidade, alguns indivíduos pensam que os seus inimigos encontram-se fora, programando ataques, estabelecendo estratégias de agressão e destruição, sem perceberem que esses jamais alcançam o seu objetivo se encontram a lucidez daquele de quem não gostam e a preservação dos seus valores morais em harmonia.
Os adversários de fora, muito decantados, não podem fazer mal algum, quando se está consciente de si mesmo e disposto a galgar níveis mais elevados na escala da evolução que não cessa.
Por isso, qualquer acontecimento perniciosa que afete esse gigantesco instrumento da evolução, é  dano de graves consequências, impondo refazimento através do renascimento corporal, em equipamento desorganizado pelo desacerto que o indivíduo se permitiu.
A visão religiosa castradora do passado via no corpo um adversário em face dos seus impulsos e necessidades, passando a puni-lo de maneira covarde e a aplicar-lhe silícios, para diminuir-lhe a vontade, em falsas tentativas de libertá-lo das tentações, preferindo a ignorância que lhe negava o entendimento para compreender que os desejos infrenes, os apelos carnais são reflexos do estágio do Espírito refletidos na matéria e não ao contrário.
O amor, com o doce e calmo jumentinho, como o denominava o santo de Assis, em reconhecê-lo como o animal em que montava, é a proposta mais bela e rica de contribuições para a sua preservação e harmonia.
Texto trabalhado com base no livro EM BUSCA DA VERDADE, escrito por Divaldo Pereira Franco, ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

Postado no dia 17/07/2014.

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