sábado, 3 de agosto de 2013


O ID: constitui uma instância completamente inconsciente, interessada apenas em descarregar a tensão.

Fred (1923b) faz uma analogia do ego em relação com o id, como um cavaleiro que tem de manter controlada a força superior do cavalo, com a diferença de que o cavaleiro tenta  fazê-lo com a sua própria força, enquanto que o ego utiliza forças tomadas de empréstimo. A analogia pode ser levada um pouco além. Com frequência um cavaleiro, se não deseja ver-se separado do cavalo, é obrigado a conduzi-lo aonde este quer ir; da mesma maneira, o ego tem o hábito de transformar em ação a vontade do id, como se fosse sua própria.
Segundo o dicionário de Psicologia,

       “Do id promanam os impulsos cegos e impessoais devotados à gratificação – direta ou indireta, mas a mais imediata possível – do instinto sexual (libido), estreitamente vinculado às necessidades primárias do indivíduo. Alguns autores afirmam que o id é o verdadeiro inconsciente ou a parte mais profunda da psique. Que ignora o mundo exterior, pois não está em contato e o objeto único de seus interesses é o corpo, sendo suas relações determinadas pelo princípio de prazer” ( CABRAL e NICK, 2006, verbete)
Ainda no mesmo dicionário de Psicologia, entendemos que Freud descreveu a hegemonia total dos instintos do prazer nas fases primevas do desenvolvimento mental, em decorrência do fato de as duas atividades básicas da criança pequenina (mamar e defecar) terem provocado a libinização ( sexualização) da boca e do ânus tornando-se assim zonas erógenas. Mas à frente Freud ampliará, com algumas modificações, esta teoria e a libido deixaria de identificar-se exclusivamente com o instinto sexual e o princípio do prazer tornar-se Eros – instinto de vida – no qual o componente sexual estaria logicamente incluído.
Fadiman e Frager (2002) relacionam o id a um rei cego cujo poder e autoridade são totais e cerceadores, mas que depende de outros para distribuir e usar de modo adequado seu poder.o id é controlado pelos aspectos conscientes do ego e pela terceira parte do modelo Freudiano – o superego.

Continuação do artigo FREUD E ESTRUTURA PSÍQUICA: descobrindo o inconsciente – escrito por Marlon Reikdal p.117-119 do livro Refletindo a Alma.

postado no dia 03-08-2013

 

 

 

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