O ID: constitui uma instância
completamente inconsciente, interessada apenas em descarregar a tensão.
Fred
(1923b) faz uma analogia do ego em relação com o id, como um cavaleiro que tem
de manter controlada a força superior do cavalo, com a diferença de que o
cavaleiro tenta fazê-lo com a sua
própria força, enquanto que o ego utiliza forças tomadas de empréstimo. A analogia
pode ser levada um pouco além. Com frequência um cavaleiro, se não deseja
ver-se separado do cavalo, é obrigado a conduzi-lo aonde este quer ir; da mesma
maneira, o ego tem o hábito de transformar em ação a vontade do id, como se
fosse sua própria.
Segundo
o dicionário de Psicologia,
“Do id promanam os impulsos cegos e
impessoais devotados à gratificação – direta ou indireta, mas a mais imediata possível
– do instinto sexual (libido), estreitamente vinculado às necessidades
primárias do indivíduo. Alguns autores afirmam que o id é o verdadeiro
inconsciente ou a parte mais profunda da psique. Que ignora o mundo exterior,
pois não está em contato e o objeto único de seus interesses é o corpo, sendo
suas relações determinadas pelo princípio
de prazer” ( CABRAL e NICK, 2006, verbete)
Ainda
no mesmo dicionário de Psicologia, entendemos que Freud descreveu a hegemonia
total dos instintos do prazer nas fases primevas do desenvolvimento mental, em decorrência
do fato de as duas atividades básicas da criança pequenina (mamar e defecar)
terem provocado a libinização ( sexualização) da boca e do ânus tornando-se
assim zonas erógenas. Mas à frente Freud ampliará, com algumas modificações,
esta teoria e a libido deixaria de identificar-se exclusivamente com o instinto
sexual e o princípio do prazer tornar-se Eros – instinto de vida – no qual o
componente sexual estaria logicamente incluído.
Fadiman
e Frager (2002) relacionam o id a um rei cego cujo poder e autoridade são
totais e cerceadores, mas que depende de outros para distribuir e usar de modo
adequado seu poder.o id
é controlado pelos aspectos conscientes do ego e pela terceira parte do modelo
Freudiano – o superego.
Continuação
do artigo FREUD E ESTRUTURA PSÍQUICA: descobrindo o inconsciente – escrito por
Marlon Reikdal p.117-119 do livro Refletindo a Alma.
postado
no dia 03-08-2013
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