quinta-feira, 1 de agosto de 2013


O EGO:

continuação do artigo escrito por Marlon Reikdal – Freud e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente - no livro Refletindo a Alma.

O EGO: segundo o dicionário de psicologia é definido como o componente intermediário das energias mentais (entre o id e o superego). Exerce controle das experiências conscientes e regula as ações entre a pessoa e o seu meio, ocupando, portanto, um posicionamento central, de referencia para todas as atividades psicológicas. Através do ego aprendemos sobre a realidade externa e orientamos o comportamento no sentido de evitar os estados dolorosos, as ansiedades, as punições...(CABRAL e NICK, 2006)

em Freud (1923b) o ego é definido como a instância que controla as abordagens à motilidade – isto é, à descarga de excitações para o mundo externo; uma instância mental que supervisiona todos os seus próprios processos constitutivos. Desse ego procedem também as repressões, por meio das quais se procura excluir certa tendências da mente, não simplesmente da consciências, mas também de outras formas de capacidade e atividade.

O aspecto consciente do ego é o órgão executivo da psique, responsável pela tomada de decisões e integração dos dados perceptuais; entretanto, não se limita a isso. Freud concluiu que existiria um aspecto inconsciente do ego, que continha os mecanismos de defesa, tal como a repressão, necessários para se contrapor às poderosas demandas pulsionais – provindas do id.

o ego tenta impor a influencia do mundo externo ao id (desejo),esforçando-se por substituir o princípio de prazer (que rege o id) pelo princípio de realidade. “O ego representa o que pode ser chamado de razão e senso comum, em contraste com o id, que contém as paixões.” (FREUD, 1923b,p.39)

Nota: Freud, como grande teórico, teve próximo de si inúmeros outros estudiosos da psique humana que mais tarde desenvolveram outras teoria, todas a partir da psicanálise. em primeira instancia, chamamos de pós-freudianos, aqueles que se mantiveram nas leituras de Freud, em duas linhas: a inglesa, com Donald Woods Winnicott e Melanie Klein (que se tornaram grandes autores da psicanalise da criança; e a francesa, com Jacques Lacan que propôs um retorno a Freud através da teoria da linguagem. Mais distante da proposta freudiana, mas descendentes dela principalmente em torno da teoria da sexualidade, ou de sua interpretação da libido, encontraremos inúmeros teóricos como Jacob Levy Moreno com o psicodrama; Wilhelm Reich com a teoria corporal; Roberto Assagioli com a psicossíntese; e Carl Gustav Jung com a Psicologia analítica.

postado no dia 01-08-2013 continua na próxima postagem...

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