Integração
moral
(continuação)
Nessa fase inicial de despertar
da consciência, não existem valores éticos
nem conceitos morais, exceto aqueles que decorrem das necessidades
primitivas que ainda permanecem em a natureza humana.
O amadurecimento psicológico
lento e seguro propicia a descoberta desses tesouros íntimos que direcionam o
comportamento, ajudando a discernir como viver-se saudavelmente ou de maneira
tormentosa.
O hábito arraigado de ser-se
infeliz sob disfarces múltiplos conspira contra a identificação dos valores
morais e a conquista do si-mesmo.
Eis porque a parábola do
misericordioso é possibilidades para
a integração dos valores moris esparsos, destituídos até ali de significados
real, esquecidos ou em choques contínuos conforme os interesses mesquinhos dos
filhos...
Sem dúvida, na análise
psicológica de cada indivíduo, ele pode assumir, ora a personalidade do filho
pródigo, noutro momento a do irmão ciumento, raramente, porém, se encontrará
integrado no genitor compreensivo e dedicado, que reúne os dois filhos, ambos
necessitados, sob o manto da bondade e da compreensão.
Essa possibilidade, quase
remota, por enquanto, pelo menos durante a fase de ajustamento do demônio com o anjo interiores, acontecerá quando o amor se despir do egotismo, e
o símbolo de Eros assim como o de Cupido adquirirem a abrangência do sentimento
universal do amor que integra a criatura ao Seu Criador e a torna irmã de todos
os demais seres sencientes que existem.
O Pai compassivo por excelência libera não mais o Filho Pródigo, porém, os filhos que se tornaram saudáveis,
apoiados na compreensão dos seus deveres perante a vida e a sociedade,
contribuindo em favor do progresso geral.
Nessa fase, toda a herança
ancestral do primitivismo antropológico cede lugar à consciência do si-mesmo, proporcionando incontáveis bênçãos
de que o ser tem carência, auxiliando-o na conquista da sua plenitude.
Não lhe será necessária a
morte orgânica para desfrutar do Nirvana ou penetrar no Reino dos Céus,
porquanto já os conduzirá no íntimo, em forma de autorrealização e de
tranquilidade.
A doença, o infortúnio, a
morte já não o impressionam, porque se dá conta de que esses acidentes de
percurso fazem parte do processo de crescimento, e, à semelhança do diamante
que reflete a luz da estrela, não lhe ficam as marcas do carvão bruto que era
antes da lapidação.
Indispensável, portanto,
compreender-se que o Pai deseja encontrar o filho perdido num país longínquo e reabilitar aquele que se perdeu em si mesmo,
no país próximo-distante da afetividade doentia.
A integração dos valores
morais resulta desse esforço realizado pela consciência profunda que busca a
integração do ego imaturo, dando-lhe significado existencial, trabalhando pela
harmonia dos sentimentos e dos comportamentos.
Jesus conhecia a psique humana
em profundidade, os seus abismos, as suas heranças, os seus equívocos, as suas
incertezas, todos os seus meandros, e porque identificava naqueles que O
seguiam os tormentos que os infelicitavam, apresentou na parábola do Filho Pródigo o eficiente processo
psicoterapêutico para as gerações do futuro, de forma que, em todas as épocas
porvindouras, o amor e a compaixão, libertando dos traumas e dos
ressentimentos, contribuíssem para a plenificação interior dos indivíduos.
Parte final do cap.3 –FRAGMENTAÇÔES
MORAIS-
Do livro, Em Busca da
Verdade, ditado pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo
Franco.Postado em -06-08-2013.
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