O
QUE SIGNIFICA A DEPRESSÃO
O termo depressão é, frequentemente,
usado para descrever sentimentos de tristeza profunda. Ocorre na depressão um
desânimo devastador, debilitante e duradouro que interfere na vida da pessoa
como um todo.
Não é a tristeza normal, que
por mais dolorosa que seja, desaparece com o tempo; na depressão essa sensação não
desaparece tão facilmente, interrompendo muitas vezes a capacidade da pessoa de
pensar e agir.
É como ferrugem que
enfraquece o ferro. A depressão é uma doença“ do organismo como um todo”, que compromete
o físico, o humor e, consequentemente, o pensamento. A depressão altera a
maneira como a pessoa vê o mundo e a realidade, entende as coisas, manifesta
emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a
pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si mesma e como pensa
sobre as coisas. É uma doença que dói na alma. É como assevera Joanna de
Ângelis em, Vitória Sobre a Depressão,
pp. 8-9.
“A
depressão é doença da alma, que se sente culpada, e, não poucas vezes, carrega
esse sentimento no inconsciente, em decorrência de comportamentos infelizes
praticados na esteira das reencarnações, devendo, em consequência, ser tratada
no cerne da sua origem”.
Toda essa alteração ocorre
também no cérebro. Em estudos recentes realizados por pesquisadores da American
Medical Association, em 2002 no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais: DSM – IV – TR. 4. Ed., a hipótese de que a depressão está
envolvida numa deficiência de neurotransmissores como a noradrenalina
(epinefrina) e a serotonina no cérebro é muito forte. Ocorre uma decomposição
do neurotransmissor que deveria estimular o neurônio. O processo é descrito da
seguinte maneira: o neurotransmissor é liberado e parte dele deve se unir ao
receptor no neurônio adjacente, estimulando-o. em alguns casos o
neurotransmissor livre é captado pelo neurônio que o liberou para ser
reutilizado. Se essa captação for interrompida, haverá mais neurotransmissores
na sinapse e, assim, o neurônio receberá um estímulo mais forte.
A serotonina é um
neurotransmissor que está muito associado ao estado afetivo das pessoas, e por
isso mesmo conectada a sentimentos de bem-estar ou mal-estar. Ela regula o
humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo cardíaco, as funções neuroendócrinas,
temperatura corporal, sensibilidade a dor, atividade motora e funções cognitivas.
A dopamina, que é outro neurotransmissor, está associado à sensação de euforia,
entusiasmo e prazer. Esta regula o controle do movimento, da percepção e da
motivação.
Na depressão, verifica-se
que a dopamina, serotonina e outras substancias químicas, como a noradrenalina,
acido gama-aminobutírico e asseticolina ficam alterados, desorganizando o
estado de humor, as emoções, capacidade mental e o bem-estar do organismo.
Assim, podemos conceituar a
depressão como: “Um Transtorno Afetivo (ou do Humor) caracterizado por uma
alteração psíquica e orgânica global, com consequentes alterações na maneira de
valorizar a realidade e a vida.” (BALLONE, 2002, Depressão,
in. PsiqWep, Psiquiatria geral)
Para o Dr Inácio Ferreira:
“A depressão, seja como for
considerada, é sempre um distúrbio muito angustiante pelos danos que
proporciona ao paciente: dores físicas, taquicardias, problemas gástricos, inapetência,
cefaleia, sentimento de inutilidade, vazio existencial, desespero, isolamento, ausência
total de esperança, pensamentos negativos, ansiedade, tendência ao suicídio
[...] O enfermo tem a sensação de que todas as suas energias se encontram em
desfalecimento e as forças morais se diluem ante a sua injunção dolorosa”.
(FERREIRA Apud Franco 2004 Aspectos Psiquiátricos
e Espirituais nos Transtornos Emocionais)
O que vemos muitas vezes é
uma separação fictícia entre a “depressão química e a depressão psicológica”. É
como se, ao receber um diagnóstico de “depressão química”, o indivíduo não
fosse responsável pelo próprio processo, sendo o causador de tudo o cérebro. O fato
de estarem insatisfeitos com o trabalho, de sentirem que a vida está passando,
do fracasso no amor, das dificuldades com a família, da alma que clama por
realizar-se não é considerado, toma-se um remédio e libera-se das culpas. A depressão
não pode ser separada da pessoa afetada por ela. E como afirma Joanna de
Ângelis na sua obra Vitória Sobre a
Depressão:
“Aprofundando-se, porém, a
sonda investigadora a respeito desse cruel distúrbio comportamental da área da
afetividade, a doença se exterioriza em razão do doente, que é sempre o Espirito
reencarnado em processo de reequilíbrio dos delitos anteriormente praticados.”
Final do texto. Publicado de
04/02/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário