terça-feira, 4 de fevereiro de 2014


 

O QUE SIGNIFICA A DEPRESSÃO 

O termo depressão é, frequentemente, usado para descrever sentimentos de tristeza profunda. Ocorre na depressão um desânimo devastador, debilitante e duradouro que interfere na vida da pessoa como um todo.
Não é a tristeza normal, que por mais dolorosa que seja, desaparece com o tempo; na depressão essa sensação não desaparece tão facilmente, interrompendo muitas vezes a capacidade da pessoa de pensar e agir.
É como ferrugem que enfraquece o ferro. A depressão é uma doença“ do organismo como um todo”, que compromete o físico, o humor e, consequentemente, o pensamento. A depressão altera a maneira como a pessoa vê o mundo e a realidade, entende as coisas, manifesta emoções, sente a disposição e o prazer com a vida. Ela afeta a forma como a pessoa se alimenta e dorme, como se sente em relação a si mesma e como pensa sobre as coisas. É uma doença que dói na alma. É como assevera Joanna de Ângelis em, Vitória Sobre a Depressão, pp. 8-9.

“A depressão é doença da alma, que se sente culpada, e, não poucas vezes, carrega esse sentimento no inconsciente, em decorrência de comportamentos infelizes praticados na esteira das reencarnações, devendo, em consequência, ser tratada no cerne da sua origem”.
Toda essa alteração ocorre também no cérebro. Em estudos recentes realizados por pesquisadores da American Medical Association, em 2002 no  Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM – IV – TR. 4. Ed., a hipótese de que a depressão está envolvida numa deficiência de neurotransmissores como a noradrenalina (epinefrina) e a serotonina no cérebro é muito forte. Ocorre uma decomposição do neurotransmissor que deveria estimular o neurônio. O processo é descrito da seguinte maneira: o neurotransmissor é liberado e parte dele deve se unir ao receptor no neurônio adjacente, estimulando-o. em alguns casos o neurotransmissor livre é captado pelo neurônio que o liberou para ser reutilizado. Se essa captação for interrompida, haverá mais neurotransmissores na sinapse e, assim, o neurônio receberá um estímulo mais forte.
A serotonina é um neurotransmissor que está muito associado ao estado afetivo das pessoas, e por isso mesmo conectada a sentimentos de bem-estar ou mal-estar. Ela regula o humor, o sono, a atividade sexual, o apetite, o ritmo cardíaco, as funções neuroendócrinas, temperatura corporal, sensibilidade a dor, atividade motora e funções cognitivas. A dopamina, que é outro neurotransmissor, está associado à sensação de euforia, entusiasmo e prazer. Esta regula o controle do movimento, da percepção e da motivação.
Na depressão, verifica-se que a dopamina, serotonina e outras substancias químicas, como a noradrenalina, acido gama-aminobutírico e asseticolina ficam alterados, desorganizando o estado de humor, as emoções, capacidade mental e o bem-estar do organismo.
Assim, podemos conceituar a depressão como: “Um Transtorno Afetivo (ou do Humor) caracterizado por uma alteração psíquica e orgânica global, com consequentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida.” (BALLONE, 2002,  Depressão, in. PsiqWep, Psiquiatria geral)
Para o Dr Inácio Ferreira:
“A depressão, seja como for considerada, é sempre um distúrbio muito angustiante pelos danos que proporciona ao paciente: dores físicas, taquicardias, problemas gástricos, inapetência, cefaleia, sentimento de inutilidade, vazio existencial, desespero, isolamento, ausência total de esperança, pensamentos negativos, ansiedade, tendência ao suicídio [...] O enfermo tem a sensação de que todas as suas energias se encontram em desfalecimento e as forças morais se diluem ante a sua injunção dolorosa”. (FERREIRA Apud Franco 2004 Aspectos Psiquiátricos e Espirituais nos Transtornos Emocionais)
O que vemos muitas vezes é uma separação fictícia entre a “depressão química e a depressão psicológica”. É como se, ao receber um diagnóstico de “depressão química”, o indivíduo não fosse responsável pelo próprio processo, sendo o causador de tudo o cérebro. O fato de estarem insatisfeitos com o trabalho, de sentirem que a vida está passando, do fracasso no amor, das dificuldades com a família, da alma que clama por realizar-se não é considerado, toma-se um remédio e libera-se das culpas. A depressão não pode ser separada da pessoa afetada por ela. E como afirma Joanna de Ângelis na sua obra Vitória Sobre a Depressão:
“Aprofundando-se, porém, a sonda investigadora a respeito desse cruel distúrbio comportamental da área da afetividade, a doença se exterioriza em razão do doente, que é sempre o Espirito reencarnado em processo de reequilíbrio dos delitos anteriormente praticados.”
Final do texto. Publicado de 04/02/2014

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