quinta-feira, 16 de abril de 2015

EXPERIENCIAS DE ILUMINAÇÃO

A vida na Terra é uma experiência de aprendizado muito importante, nessa experiência o Self (o ser espiritual, o ser real) em sua essência superior, vai até os arquivos do inconsciente coletivo e individual, para assimilar o que ali se encontra, e dessa forma ampliar a sua capacidade de sensatez, (de razão) (de bom senso), como também de conquistas libertadoras.

Como consequência liberta-se, das imposições do passado, porque as compreende, esclarecendo os problemas e dúvidas que se encontram latentes, não mais criando nem mantendo conflitos psicológicos, e abre-se à Essência Divina, o Modelo primordial, conseguindo dessa forma a completude do numinoso, (ou luminoso).
Momento em que a individuação torna-se plena e enriquecedora, vivenciando-se um reino dos Céus, por não trazer mais nem aflição nem inquietação.
Cada experiência no orgânico permite a conquista de mais conhecimentos e de melhor capacidade para desenvolver os sentimentos, assim aumentando a sua habilidade para entender-se, compreender as criaturas e amar-se, amando-as.
Sem essas oportunidades, as da reencarnação ou as da vivencia orgânica, não haveria como compreender as diferenças psicológicas, intelectuais, morais, orgânicas, econômicas, de saúde, que caracterizam a maioria da humanidade.
Admitindo uma única experiência corporal o ser   carrega o acaso feliz ou infeliz, que lhe impõe um destino que não pode ser modificado, submetendo-se sem defesa, às imposições desgovernadas dos acontecimentos. 
Nas oportunidades reencarnatorias, o livre arbítrio escolhe o bem ou o mal sofrer, a alegria ou a tristeza, a desgraça ou a boa sorte, percebendo que a única fatalidade, o único determinismo imposto é a plenitude, que cada um conquista conforme a dedicação e a luta a que se doe.
E assim, aprender o bem-viver, usufruir saúde integral, são consequências do vivenciar erros e acertos, como acontece a tudo que se relaciona com a vida em qualquer expressão.
O engano de hoje torna possível a reparação mais tarde. O acerto abre espaço para novas conquistas, levando para a harmonia consigo mesmo e com o Universo.
O processo evolutivo mesmo que seja individual, determina relacionamentos importantes contribuindo com resultados amplos e benéficos, beneficiando toda a sociedade, trazendo possibilidades e recursos para que existam condições gerais de equilíbrio entre todos, e como consequência, a paz e o bem-estar se façam presentes.
Ninguém pode esperar ser feliz a sós, já que, a solidão por si já caracteriza grave transtorno de conduta, que leva o indivíduo a alienação.
A finalidade principal e inadiável da vida na terra é unir o ego com o inconsciente, onde se encontram latentes ali adormecidos todos os valores ainda não experienciados capazes de produzir a individuação.
Integrar-se no Arquétipo primordial em a perda da própria consciência, da sua individualidade, é o objetivo da vida humana, após vencer as etapas orgânicas e psicológicas da sua evolução.
A força que gera essa conquista é a do Self livre da sombra e dos conflitos contínuos entre a anima-us.
Os relacionamentos desenvolve a capacidade de crescimento e de compreensão do sentido da vida, e de que é preciso alcançar os objetivos buscados.
Nesse esforço, o ego escravo das paixões é levado à libertar-se, à aliar-se com as  pessoas, percebendo os seus limites as suas dificuldades, enquanto atinge outros patamares de compreensão e de conduta.
No começo da tentativa, quando ainda carente de  maturidade psicológica, antes da expulsão do paraíso, o ego ocupa todo o espaço do Self, como se estivessem ambos no Jardim do Éden, sem separação, sem diálogo, sem consciência.
Conforme acontece a expulsão do paraíso, conquista-se o equilíbrio da consciência, o ego se libera, apesar de ainda ocupar uma grande área do Self.
Por fim, ego e Self em um eixo de harmonia, faz-se quase consciente, possibilitando a presença de Deus no intimo, a volta ao Arquétipo  (modelo) primordial.
Jesus sabia disso, por isso, misturou-se à multidão desesperada, imatura psicologicamente, sofrida, compartilhou Suas lições com todos, envolveu-Se nos dramas do cotidiano, vivenciou as dificuldades do trabalho manual, mostrando que a luta é o clima de crescimento do ser humano, e os grandes inimigos estão no seu mundo interior e não no externo, convidando à sair do epicentro do Self para conquistar a consciência.
Os adversários de fora nada podem fazer para prejudicar a quem é livre internamente, que já venceu os impulsos e superou as tendências agressivas. Mas, se ainda  encontra-se preso aos interesses  da superficialidade, rivaliza com esses que se  tornam inimigos, porque facilmente também se fazem inimigos.
O máximo que eles podem fazer ao adversário é criar dificuldades na caminhada de progresso da vítima, tentar contra os seus valores ou até contra a sua vida física. Mas nada além disso, porque não atinge a realidade de ser imortal que é, portanto, invencível, desde que não se deixe dominar pelas fantasias, pelas paixões do primarismo animal por onde passou.
A grande viagem iniciada com a expulsão do paraíso vai ajudar no conhecimento de como é possível a vitória nas grandes lutas, o novo Adão que é obrigado ao trabalho com suor, com renúncia e esforço, para autodescobrir-se e conseguir o diálogo entre o ser que aparenta e o ser que éEspírito indestrutível!
A criança que existe em todos inevitavelmente cresce e desenvolve a capacidade de entendimento, a necessidade de libertação, a busca do Si-mesmo, a aventura que lhe dá experiência, para fazer mais tarde, a volta para casa.
Nesse momento ocorre, a primeira mudança na psique coletiva, porque ocorreu a mudança individual, o crescimento do ser, a alteração do inconsciente, avançando para Deus, com a inevitável modificação das construções do mundo psíquico.
Nessa volta, não existe culpa, existe a consciência, pois ambas surgiram ao mesmo tempo, desde que Adão e Eva foram expulsos do paraíso, saíram da ignorância de Si-mesmos, para os enfrentamentos.
Depois do mito da desobediência, ambos  percebem suas diferenças anatômicas e escondem-se, envergonhados, frente a libido que surge – a malícia – e fogem também de Deus, ocultando-se, só não do deus interno que os acompanhará em todos os transes e trânsitos, descobrindo os opostos, sentindo as necessidades. A criança, que neles habitava, dá espaço agora aos adultos, aos seres formados para a procriação, para o desenvolvimento, não mais para a inocência, a ignorância permanente da sua realidade.
A psique amadurece, amplia o seu raio de entendimento e de ação, engrandece-se, possibilita a fissão dos eus, de forma que o ego se espraie, que surjam a sombra, os ânima-os, espaços naturais, de forma que crie o diálogo, a interação do eixo perfeito entre ele e o Self.
Essa viagem para a casa paterna já não tem volta.

Trabalho executado a partir do livro, EM BUSCA DA VERDADE, escrito por Divaldo Franco, ditado pelo espírito Joanna de Ângelis.
Postagem do dia16/04/20154.  

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