EXPERIENCIAS DE ILUMINAÇÃO
A
vida na Terra é uma experiência de aprendizado muito importante, nessa experiência o Self
(o ser espiritual, o ser real) em
sua essência superior, vai até os arquivos do inconsciente coletivo e individual,
para assimilar o que ali se encontra, e dessa forma ampliar a sua capacidade de sensatez, (de razão) (de bom senso),
como também de conquistas libertadoras.
Como
consequência liberta-se,
das imposições do passado, porque as compreende, esclarecendo os problemas e
dúvidas que se encontram latentes, não mais criando nem mantendo conflitos
psicológicos, e abre-se à Essência Divina, o Modelo
primordial, conseguindo dessa forma a completude do numinoso, (ou luminoso).
Momento em que a individuação torna-se plena e
enriquecedora, vivenciando-se um reino
dos Céus, por não trazer mais nem aflição nem inquietação.
Cada
experiência no orgânico permite a conquista de
mais conhecimentos e de melhor capacidade para desenvolver os sentimentos, assim
aumentando a sua habilidade para entender-se, compreender as criaturas e
amar-se, amando-as.
Sem
essas oportunidades, as da reencarnação ou as da vivencia orgânica, não
haveria como compreender as diferenças psicológicas, intelectuais, morais,
orgânicas, econômicas, de saúde, que caracterizam a maioria da humanidade.
Admitindo uma única
experiência corporal o ser carrega o
acaso feliz ou infeliz, que lhe impõe um
destino que não pode ser modificado, submetendo-se sem defesa, às imposições
desgovernadas dos acontecimentos.
Nas
oportunidades reencarnatorias, o livre arbítrio escolhe o
bem ou o mal sofrer, a alegria ou a tristeza, a desgraça ou a boa sorte, percebendo
que a única fatalidade, o único determinismo imposto é a plenitude, que cada um
conquista conforme a dedicação e a luta a que se doe.
E assim, aprender o
bem-viver, usufruir saúde integral, são consequências do vivenciar erros e
acertos, como acontece a tudo que se relaciona com a vida em qualquer expressão.
O
engano de hoje torna possível a reparação mais tarde. O acerto abre espaço para novas
conquistas, levando para a harmonia consigo mesmo e com o Universo.
O
processo evolutivo mesmo que seja individual, determina
relacionamentos importantes contribuindo com resultados amplos e benéficos, beneficiando
toda a sociedade, trazendo possibilidades e recursos para que existam condições
gerais de equilíbrio entre todos, e como consequência, a paz e o bem-estar se
façam presentes.
Ninguém pode esperar ser
feliz a sós, já que, a solidão por si já caracteriza grave transtorno de
conduta, que leva o indivíduo a alienação.
A
finalidade principal e inadiável da vida na terra é unir
o ego com o inconsciente, onde se
encontram latentes ali adormecidos todos os valores ainda não experienciados
capazes de produzir a individuação.
Integrar-se no Arquétipo primordial em a perda da própria consciência, da sua individualidade, é o objetivo da vida humana, após
vencer as etapas orgânicas e psicológicas da sua evolução.
A
força que gera essa conquista é a do Self livre da sombra e dos conflitos contínuos entre a anima-us.
Os relacionamentos
desenvolve a capacidade de crescimento e de compreensão do sentido da vida, e de
que é preciso alcançar os objetivos buscados.
Nesse esforço, o ego escravo das paixões é levado à
libertar-se, à aliar-se com as pessoas, percebendo
os seus limites as suas dificuldades, enquanto atinge outros patamares de compreensão
e de conduta.
No começo da tentativa,
quando ainda carente de maturidade
psicológica, antes da expulsão do paraíso,
o ego ocupa todo o espaço do Self,
como se estivessem ambos no Jardim do
Éden, sem separação, sem diálogo, sem consciência.
Conforme acontece a expulsão do paraíso, conquista-se o equilíbrio da consciência, o ego se libera, apesar de ainda ocupar uma grande área do Self.
Por fim, ego e Self em um eixo de harmonia, faz-se quase consciente, possibilitando
a presença de Deus no intimo, a volta ao Arquétipo
(modelo) primordial.
Jesus sabia disso, por isso,
misturou-se
à multidão desesperada, imatura psicologicamente, sofrida, compartilhou
Suas lições com todos, envolveu-Se nos dramas do cotidiano,
vivenciou
as dificuldades do trabalho manual, mostrando que a luta é o clima de
crescimento do ser humano, e os grandes
inimigos estão no seu mundo interior e não no externo, convidando à sair do
epicentro do Self para conquistar a
consciência.
Os adversários de fora nada
podem fazer para prejudicar a quem é livre internamente, que já venceu os impulsos e superou as tendências agressivas. Mas, se ainda encontra-se preso aos interesses da superficialidade, rivaliza com esses que se
tornam
inimigos, porque facilmente também se fazem inimigos.
O
máximo que eles podem fazer ao adversário é criar dificuldades na caminhada de progresso da vítima, tentar
contra os seus valores ou até contra a sua vida física. Mas nada além disso, porque não atinge a realidade de ser imortal que é, portanto, invencível, desde que não se deixe
dominar pelas fantasias, pelas paixões do primarismo animal por onde passou.
A grande viagem iniciada com
a expulsão do paraíso vai ajudar no
conhecimento de como é possível a vitória nas grandes lutas, o novo Adão que é obrigado ao trabalho com
suor, com renúncia e esforço, para autodescobrir-se e conseguir o diálogo entre o ser que aparenta e o ser que é – Espírito
indestrutível!
A
criança que existe em todos inevitavelmente cresce e desenvolve a capacidade de entendimento, a necessidade
de libertação, a busca do Si-mesmo, a aventura que lhe dá experiência,
para fazer mais tarde, a volta para casa.
Nesse momento ocorre, a
primeira mudança na psique coletiva, porque ocorreu a mudança individual, o crescimento
do ser, a alteração do inconsciente, avançando para Deus, com a
inevitável modificação das construções do mundo psíquico.
Nessa volta, não existe culpa, existe a consciência, pois ambas surgiram ao
mesmo tempo, desde que Adão e Eva foram
expulsos do paraíso, saíram da ignorância de Si-mesmos, para os enfrentamentos.
Depois do mito da desobediência, ambos percebem suas diferenças anatômicas e
escondem-se, envergonhados, frente a libido que surge – a malícia – e fogem
também de Deus, ocultando-se, só não do deus interno que os acompanhará em
todos os transes e trânsitos, descobrindo os opostos, sentindo as necessidades.
A criança, que neles habitava, dá espaço agora aos adultos, aos seres formados
para a procriação, para o desenvolvimento, não mais para a inocência, a ignorância permanente da sua realidade.
A
psique amadurece, amplia o seu raio de entendimento e de
ação, engrandece-se, possibilita a fissão dos eus, de forma que o ego se
espraie, que surjam a sombra, os ânima-os, espaços
naturais, de forma que crie o diálogo, a interação do eixo perfeito entre ele e
o Self.
Essa viagem para a casa paterna já não tem volta.
Trabalho executado a partir do
livro, EM BUSCA DA VERDADE, escrito por Divaldo Franco, ditado pelo espírito
Joanna de Ângelis.
Postagem do dia16/04/20154.
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