A
PSICOLOGIA DA DIGNIDADE
Segundo algumas escolas
psicológicas o indivíduo é modelado pela
genética e resultado do programa hereditário. A educação é suspeita de produzir
efeito na transformação moral, quando as tendências do indivíduo são perturbadoras
e responsáveis pelo comportamento alienado ou desastrado, dócil ou afetivo,
pacífico ou violento...
Apesar da importância da genética
na construção fisiológica do indivíduo, é o self
responsável por seus conteúdos psíquicos, o Espirito, que herda de dele mesmo as experiências de vidas passadas.
A concepção fetal não é também o da criação da psique, nem a morte biológica será
o fim das suas funções, o ser energético
e pensante evolui lentamente, como ocorreu com as formas biológicas desde
os ensaios dos seres primários que se
tornaram os protótipos iniciais da atual organização humana... Podemos até
voltar ao período das primeiras expressões moleculares no fundo dos oceanos,
quando fascículos de luz, vindos de
outra dimensão, mergulhando nas águas salgadas, passaram a estimular as
referidas moléculas, formando os organismos unicelulares, ordenando-se em
expressões pluricelulares e seguindo o processo evolutivo... Esses fascículos
de luz desenvolveram-se no que viria a ser a energia vital, o psiquismo
animal, o ser espiritual do período de humanidade...
Os
caprichos do genes não formam o ser, suas características
físicas, emocionais e psíquicas, embora importante, é o Espirito que imprime neles as necessidades de desenvolvimento
intelecto-moral.
A
educação tem papel relevante sim, no seu desenvolvimento cultural,
emocional, comportamental, trabalhando-lhe os valores internos e
impulsionando-o à conquista do infinito.
Os
hábitos saudáveis, considerados edificantes e produzem harmonia emocional no
grupo social, transformação de tendências agressivas e de
sentimentos de baixa estima para melhor, o
esforço para qualquer realização ocorre através de processos
educativos, especialmente os de
natureza moral, que são os exemplos,
ao mesmo tempo que, com o estudo,
ocorre o desenvolvimento cultural e intelectual, num somatório de valores
que enobrecem o ser humano.
À
educação, está reservada, a tarefa de construir o homem e a mulher melhores e
mais sociáveis, desenvolvendo neles os germes do amor e da
dignidade, com os quais progride espiritualmente, tornando-se úteis à
comunidade, após transcenderem os
limites egóicos, quando lhes é possível adquirir a consciência de paz e dos
valores éticos que formam a vida pensante.
Se não houvesse mudança no
fatalismo genético, o significado do progresso desapareceria, continuando a
brutalidade ancestral, o primitivismo arbitrário, sem do saber, do comportar-se,
da autoiluminação. E assim, nenhuma doutrina científica e filosófica existiria,
porque a psique seria incapaz de as assimilar, sem os fenômenos fisiológicos
automatistas.
É incontestável no universo
a força do deotropismo como fonte convergente de tudo e de todos.
Assim como a luz atrai os
vegetais vitalizando-os e auxiliando-os nos milagres
que começam na germinação e prosseguem na inflorescência e frutificação, a atração de Deus como Criador é o poderoso
impulso para os fenômenos que ocorrem em toda parte.
Fonte inesgotável de energia
é a causa transcendente de tudo...
Lucigênito,
o ser humano, através dos complexos processos e
mecanismos da evolução, avança na busca
do estado numinoso, da perfeição que
lhe está destinada.
Uma ordem moral, em
consequência, responsável pelo equilíbrio galático vige no cosmo e manifesta-se
em tudo como lei de progresso que comanda o desenvolvimento ético e espiritual,
nada foge à sua ação de convergência.
Por isso, a evolução é
inevitável, e incessante.
Poucos instantes de reflexão
sobre a vida, em todas as suas expressões percebe-se essa fatalidade, presente
no impulso inicial, possibilitando a complexidade das formas e das
apresentações, registrando a sua historiografia pelos fenômenos cada vez mais nobres e
melhores, estruturados em constante desdobramento. Nunca, nessa progressão, qualquer
retrocesso, ou retorno aos momentos de caos do princípio, onde, sempre houve
ordem...
Essa ordem moral foi
detectada no século XIX, pelo teólogo inglês, mestre em Oxford, C. S. Lewis, que
ele denominou de lei moral, evitando
a designação de Deus, que desagradava os cientistas daquele tempo...
Com
esse conceito, o pensador estabeleceu que se encontra na lei do comportamento correto, que
oferece a melhor conduta nas várias situações, pautadas na ética do bem, filho do
dever. Propondo o conceito do certo e do errado, que é universal entre as criaturas humanas, embora as diferentes manifestações entre os povos
primitivos e os civilizados, um efeito natural da lei de progresso.
Allan
Kardec, estudioso dos fenômenos da vida e da imortalidade, detectou
a lei natural, que é a lei de amor, vinda de Deus, e apresentou
um complexo e completo esquema sobre as dez leis morais que dela se derivam,
abarcando tudo que é necessário para o estabelecimento da psicologia da dignidade humana, do comportamento correto.
O
esquema kardequiano inicia-se com a análise “Da lei divina ou natural” e acaba
no capítulo “Da lei de justiça, de amor e de caridade”, para deter-se num
estudo pleno a respeito “Da perfeição moral”, que antecede a psicologia junguiana estabelecendo como o
instante pleno da vida aquele que diz respeito à individuação, ao estado
numinoso.
O
insight kardequiano encontrava-se em
germe no universo e todos que sintonizavam com as leis cósmicas
também o captaram vestindo a ideia com as suas características emocionais,
culturais, religiosas.
Nesse edifício filosófico
moral ressalta os valores que dignificam a vida na Terra, o esforço natural da pessoa
na superação dos vícios antigos e conquista das virtudes, que são as realizações edificantes do processo
evolutivo.
Todas
as propostas da vida humana estabelecem a ética do comportamento correto, em
razão de outra lei, a de causa e efeito, que
demonstra a harmonia em tudo, dando ao ser pensante o livre arbítrio, mas
também a responsabilidade dos seus pensamentos, palavras e atos, pois sendo ele
o semeador também é o ceifador de tudo que ensemente.
Estabelecendo o princípio da
consciência, da responsabilidade que abre campo para a instalação da culpa ou
da tranquilidade, conforme o comportamento de cada um.
Todos são livres para as
condutas mentais, emocionais e morais que lhes convier, mas também das suas
consequências.
É preciso, manter a lei moral, que leva à conduta
psicológica saudável.
Texto
do livro Psicologia da Gratidão, ditado pelo Espirito Joanna de Ângelis,
psicografado por Divaldo Pereira Franco. Trabalhado por Adáuria Azevedo Farias.
Publicado em 15/01/16.
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