quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A PSICOLOGIA DA DIGNIDADE
Segundo algumas escolas psicológicas o  indivíduo é modelado pela genética e resultado do programa hereditário. A educação é suspeita de produzir efeito na transformação moral, quando as tendências do indivíduo são perturbadoras e responsáveis pelo comportamento alienado ou desastrado, dócil ou afetivo, pacífico ou violento...
Apesar da importância da genética na construção  fisiológica do indivíduo, é o self responsável por seus conteúdos psíquicos, o Espirito, que herda de dele mesmo as experiências de vidas passadas. A concepção fetal não é também o da criação da psique, nem a morte biológica será o fim das suas funções, o ser energético e pensante evolui lentamente, como ocorreu com as formas biológicas desde os ensaios dos seres primários que se tornaram os protótipos iniciais da atual organização humana... Podemos até voltar ao período das primeiras expressões moleculares no fundo dos oceanos, quando fascículos de luz, vindos de outra dimensão, mergulhando nas águas salgadas, passaram a estimular as referidas moléculas, formando os organismos unicelulares, ordenando-se em expressões pluricelulares e seguindo o processo evolutivo... Esses fascículos de luz desenvolveram-se no que viria a ser a energia vital, o psiquismo animal, o ser espiritual do período de humanidade...
Os caprichos do genes não formam o ser, suas características físicas, emocionais e psíquicas, embora importante, é o Espirito que imprime neles as necessidades de desenvolvimento intelecto-moral.
A educação tem papel relevante sim, no seu desenvolvimento cultural, emocional, comportamental, trabalhando-lhe os valores internos e impulsionando-o à conquista do infinito.
Os hábitos saudáveis, considerados edificantes e produzem harmonia emocional no grupo social,  transformação de tendências agressivas e de sentimentos de baixa estima para melhor, o esforço para qualquer realização ocorre através de processos educativos, especialmente os de natureza moral, que são os exemplos, ao mesmo tempo que, com o estudo, ocorre o desenvolvimento cultural e intelectual, num somatório de valores que enobrecem o ser humano.
À educação, está reservada, a tarefa de construir o homem e a mulher melhores e mais sociáveis, desenvolvendo neles os germes do amor e da dignidade, com os quais progride espiritualmente, tornando-se úteis à comunidade, após transcenderem os limites egóicos, quando lhes é possível adquirir a consciência de paz e dos valores éticos que formam a vida pensante.
Se não houvesse mudança no fatalismo genético, o significado do progresso desapareceria, continuando a brutalidade ancestral, o primitivismo arbitrário, sem do saber, do comportar-se, da autoiluminação. E assim, nenhuma doutrina científica e filosófica existiria, porque a psique seria incapaz de as assimilar, sem os fenômenos fisiológicos automatistas.
É incontestável no universo a força do deotropismo como fonte convergente de tudo e de todos.
Assim como a luz atrai os vegetais vitalizando-os e auxiliando-os nos milagres que começam na germinação e prosseguem na inflorescência e frutificação, a atração de Deus como Criador é o poderoso impulso para os fenômenos que ocorrem em toda parte.
Fonte inesgotável de energia é a causa transcendente de tudo...
Lucigênito, o ser humano, através dos complexos processos e mecanismos da evolução, avança na busca do estado numinoso, da perfeição que lhe está destinada.
Uma ordem moral, em consequência, responsável pelo equilíbrio galático vige no cosmo e manifesta-se em tudo como lei de progresso que comanda o desenvolvimento ético e espiritual, nada foge à sua ação de convergência.
Por isso, a evolução é inevitável, e incessante.
Poucos instantes de reflexão sobre a vida, em todas as suas expressões percebe-se essa fatalidade, presente no impulso inicial, possibilitando a complexidade das formas e das apresentações, registrando a sua historiografia  pelos fenômenos cada vez mais nobres e melhores, estruturados em constante desdobramento. Nunca, nessa progressão, qualquer retrocesso, ou retorno aos momentos de caos do princípio, onde, sempre houve ordem...
Essa ordem moral foi detectada no século XIX, pelo teólogo inglês, mestre em Oxford, C. S. Lewis, que ele denominou de lei moral, evitando a designação de Deus, que desagradava os cientistas daquele tempo...
Com esse conceito, o pensador estabeleceu que se encontra na lei do comportamento correto, que oferece a melhor conduta nas várias situações, pautadas na ética do bem, filho do dever. Propondo  o conceito do certo e do errado, que é universal entre as criaturas humanas, embora as diferentes manifestações entre os povos primitivos e os civilizados, um efeito natural da lei de progresso.
Allan Kardec, estudioso dos fenômenos da vida e da imortalidade, detectou a lei natural, que é a lei de amor, vinda de Deus, e apresentou um complexo e completo esquema sobre as dez leis morais que dela se derivam, abarcando tudo que é necessário para o estabelecimento da psicologia da dignidade humana, do comportamento correto.
O esquema kardequiano inicia-se com a análise “Da lei divina ou natural” e acaba no capítulo “Da lei de justiça, de amor e de caridade”, para deter-se num estudo pleno a respeito “Da perfeição moral”, que antecede a psicologia junguiana estabelecendo como o instante pleno da vida aquele que diz respeito à individuação, ao estado numinoso.
O insight kardequiano encontrava-se em germe no universo e todos que sintonizavam com as leis cósmicas também o captaram vestindo a ideia com as suas características emocionais, culturais, religiosas.
Nesse edifício filosófico moral ressalta os valores que dignificam a vida na Terra, o esforço natural da pessoa na superação dos vícios antigos e conquista das virtudes, que são as realizações edificantes do processo evolutivo.
Todas as propostas da vida humana estabelecem a ética do comportamento correto, em razão de outra lei, a de causa e efeito, que demonstra a harmonia em tudo, dando ao ser pensante o livre arbítrio, mas também a responsabilidade dos seus pensamentos, palavras e atos, pois sendo ele o semeador também é o ceifador de tudo que ensemente.
Estabelecendo o princípio da consciência, da responsabilidade que abre campo para a instalação da culpa ou da tranquilidade, conforme o comportamento de cada um.
Todos são livres para as condutas mentais, emocionais e morais que lhes convier, mas também das suas consequências.
É preciso, manter a lei moral, que leva à conduta psicológica saudável.
Texto do livro Psicologia da Gratidão, ditado pelo Espirito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco. Trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. Publicado em 15/01/16.





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