sábado, 11 de maio de 2013


 

PRINCIPAIS CONCEITOS DA TEORIA JUNGUIANA

Continuação do cap.6 – A Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung

Consciência

A palavra consciência vem do latim conscius, que significa “conhecer com os outros, participar do conhecimento”, ou “inteirar”. A consciência é a única parte da psique conhecida diretamente pelo individuo, formando-se a partir do inconsciente. Aparece logo cedo na vida, provavelmente antes do nascimento, e vai se transformando por toda a vida. O início da consciência é também o início da individuação. Ela é o ponto de orientação e percepção no mundo externo.

“Nossa consciência não se cria a si mesmo, mas emana de profundezas desconhecidas. Na infância, desperta gradualmente e, ao longo da vida, desperta cada manhã, saindo das profundezas do sono, de um estado de inconsciência. É como uma criança nascendo diariamente do seio materno” . (JUNG, 1986, Vol. V, p.465)

A consciência insurge quando nos permitimos olhar além dos limites de nossa percepção normal, além do limite do ego. Depois de ver a imagem escondida é mais fácil reconhece-la novamente. Aquilo que já é conhecido do ego torna-se parte da experiência, não sendo possível deixar de ver o que já foi visto. O de que tomamos consciência torna-se um aspecto integrado da nossa realidade pessoal.

A consciência se expande com base nas experiências e na vontade de nos tornarmos conhecedores de nós mesmos e do mundo. “Ser Consciente” é tomar conhecimento de algo que era sabido antes, que já se encontrava no inconsciente. Nenhuma imagem, emoção ou sentimento podem se tornar conscientes sem o ego como ponto de referência, ou seja, o que não se relaciona com o ego não atinge a consciência; a consciência é, desta forma, a relação dos fatos psíquicos com o ego.

Atente para a continuação do texto na próxima postagem.

Transcrito do artigo A PSICOLOGIA ANALÍTICA DE CARL GUSTAV JUNG escrito por Iris Sinoti – no livro  REFLETINDO A ALMA. pp.136-137.

Postado em 11-05-2013.

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