domingo, 12 de maio de 2013


Ego, Id e Superego

Continuação do artigo escrito por Marlon Reikdal: Freud e a estrutura psíquica...no cap.5

Freud descobriu então que os sintomas de que as pessoas se queixavam, as neuroses em geral, tinham relação direta com o inconsciente, tendo como fundamento que os sintomas dos sujeitos neuróticos seriam substitutivos daquilo que está o inconsciente.

Da mesma forma, ‘a cura’ só seria possível pela conscientização de algumas partes do inconsciente, como forma de o sujeito olhar para si, de perceber que existe algo interior que não está bem.

Segundo Freud, a neurose poderia equivaler a uma doença traumática em virtude da incapacidade de lidar com uma experiência, gerando desse modo uma fixação. E, para além disto, o sintoma seria então o substitutivo de alguma outra coisa que não aconteceu, conforme explica:

Determinados processos mentais normalmente

Deveriam ter evoluído até um ponto em que a

Consciência recebesse informações deles.

Isto, porém não se realizou, e, em seu lugar

- a partir dos processos interrompidos, que de

Alguma forma foram perturbados e obrigados

A permanecer inconscientes – o sintoma emergiu.

(FREUD, 1917, p. 330)

Esta interrupção, que chamamos de censura, obrigando os conteúdos a permanecerem inconsciente, é profundamente discutida pelo autor em vários textos, bem como os mecanismos de resistência e repressão. Sua base se encontra na satisfação pulsional. A organização e dinâmica do aparelho psíquico neste modelo se pauta toda e por completo na teoria da sexualidade, que Freud cogitava logo após o lançamento do livro dos sonhos.

Fique atento para a continuação do texto...

Artigo escrito por Marlon Reikdal – Freud e a estrutura psíquica: descobrindo o inconsciente - no livro Refletindo a Alma, pp. 113-114.

Postado em 12-05-2013.

Nenhum comentário: