A SOMBRA PERTURBADORA E
A GRATIDÃO
Continuação do cap. 2- O Milagre da Gratidão
Embora o esforço da psicologia social e de outras escolas, de
algumas valiosas doutrinas religiosas e filosóficas, o ser humano atem-se mais
ao que tateia e alcança do que anela emocionalmente, agarrando as sensações materiais
sem fruir as emoções libertadoras.
Infelizmente, a educação vigente trabalha mais em favor da
preservação do medo ao lado sombra do indivíduo, que se propõe ignorá-la, a fim
de desfrutar os bens que se encontram ao alcance, e mesmo quando defrontado por
pensamentos ou ocorrências infelizes, logo deseja esquecê-los, não os
enfrentar, como se fosse possível ocultá-los num depósito especial que os
asfixiaria. Realmente, quando reprimidos esses sentimentos e sucessos, na
primeira oportunidade ei-los que ressumam com a carga aflitiva de que se
constituem e nublam os céus róseos dos iludidos.
A existência humana é um permanente desafio que o self tem pela frente e todo o seu
esforço é procurar a integração da sombra no seu eixo.
Cabe a todos os indivíduos o dever de diluir a treva que se
lhe encontra ínsita, com naturalidade igual a que defronta a luz, considerar a
dor e a frustração como fenômenos normais que podem corresponder ao bem-estar e
à sabedoria, logo sejam convertidos pela racionalização e pelo trabalho psicológico.
Todos aqueles que são portadores da sombra – e todos o são -,
em vez de a compreenderem na condição de processo de crescimento, experimentam
uma certa forma de vergonha, de constrangimento, e procuram disfarça-la.
Tal comportamento dá lugar a uma sociedade hipócrita,
artificial, incapaz de procedimentos maduros e significativos que a todos
beneficie. O ser mais hábil no disfarce é sempre o mais homenageado e querido,
produzindo-lhe maior soma de sombra e de conflito, porque se vê obrigado a
continuar a parecer aquilo que, realmente, não é.
Atente para a continuação do 2º cap. na próxima postagem.
Texto estudado da obra PSICOLOGIA DA GRATIDÃO, pelo espírito
Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco. pp. 49-50.
Postado em 12-05-2013.
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