domingo, 12 de maio de 2013


A SOMBRA PERTURBADORA E A GRATIDÃO

Continuação do cap. 2- O Milagre da Gratidão

Embora o esforço da psicologia social e de outras escolas, de algumas valiosas doutrinas religiosas e filosóficas, o ser humano atem-se mais ao que tateia e alcança do que anela emocionalmente, agarrando as sensações materiais sem fruir as emoções libertadoras.

Infelizmente, a educação vigente trabalha mais em favor da preservação do medo ao lado sombra do indivíduo, que se propõe ignorá-la, a fim de desfrutar os bens que se encontram ao alcance, e mesmo quando defrontado por pensamentos ou ocorrências infelizes, logo deseja esquecê-los, não os enfrentar, como se fosse possível ocultá-los num depósito especial que os asfixiaria. Realmente, quando reprimidos esses sentimentos e sucessos, na primeira oportunidade ei-los que ressumam com a carga aflitiva de que se constituem e nublam os céus róseos dos iludidos.

A existência humana é um permanente desafio que o self tem pela frente e todo o seu esforço é procurar a integração da sombra no seu eixo.

Cabe a todos os indivíduos o dever de diluir a treva que se lhe encontra ínsita, com naturalidade igual a que defronta a luz, considerar a dor e a frustração como fenômenos normais que podem corresponder ao bem-estar e à sabedoria, logo sejam convertidos pela racionalização e pelo trabalho psicológico.

Todos aqueles que são portadores da sombra – e todos o são -, em vez de a compreenderem na condição de processo de crescimento, experimentam uma certa forma de vergonha, de constrangimento, e procuram disfarça-la.

Tal comportamento dá lugar a uma sociedade hipócrita, artificial, incapaz de procedimentos maduros e significativos que a todos beneficie. O ser mais hábil no disfarce é sempre o mais homenageado e querido, produzindo-lhe maior soma de sombra e de conflito, porque se vê obrigado a continuar a parecer aquilo que, realmente, não é.

Atente para a continuação do 2º cap. na próxima postagem.

Texto estudado da obra PSICOLOGIA DA GRATIDÃO, pelo espírito Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco. pp. 49-50.

Postado em 12-05-2013.

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