A sombra perturbadora e
a gratidão
Continuação do cap. 2
Há, sem dúvida, um grande conflito entre o que se é e o que
se deseja ser, no esforço contínuo por alcançar patamares em que a harmonia
emocional torne-se uma realidade, proporcionando estímulos para serem
conquistados.
Nada a estranhar, nessa aparente dualidade, já que existe
realmente o lado bom e o lado mau de todas as coisas, o alto e o baixo, o dia e
a noite, a vida e a morte, yin e o yang, produzindo a integração, a
unidade...
Em toda parte podem ser identificadas as manifestações
sombrias do ser humano, mas também o lado numinoso em toda a sua grandiosidade,
rutilante nos heróis do saber e do ser, do conquistar e do realizar, na
ciência, na tecnologia, nas artes, na religião, no pensamento, na
solidariedade, enquanto também vigem o instinto de destruição pela
agressividade, pelos vícios, pela ignorância, pela prepotência...
A civilização hodierna, rica de conquistas de vária ordem,
ainda não logrou tornar feliz a criatura humana que, embora favorecendo alguns
membros a viverem em grande conforto e desfrutando de comodidades, de belezas
ao alcance da mão, em sua grande parte
ainda permanece insatisfeita, infeliz, invariavelmente derrapando nos abismos
da drogadição, do alcoolismo, da busca desenfreada pelo prazer, pela ilusão.
Naturalmente que aí encontramos a predominância da sombra coletiva e
arquetípica não trabalhada pelo conhecimento do ser em si mesmo e das suas
imensas possibilidades, sempre conduzido pelo comércio para o gozo e o não
pensar em profundidade, vivendo na superficialidade dos fenômenos humanos. Tem
faltado a coragem social para romper com essa cortina que impossibilita a clara
visão da realidade psicológica da existência, de tal forma que as suas
aspirações não vão além dos limites sensoriais.
Atente para a continuação do 2º cap. na próxima postagem.
Texto estudado da obra PSICOLOGIA DA GRATIDÃO, pelo espírito
Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco. p. 48.
Postado em 11-05-2013
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