sábado, 11 de maio de 2013


Aprender a amar

Continuação do cap. 2 do livro Refletindo a Alma

A carência é um dos sinalizadores de que a autoestima necessita ser trabalhada, pois alguém que não aprendeu a completar-se e que busca preencher o próprio vazio com a presença do outro estabelece relações de cobrança em vez de relações saudáveis. Muitos acreditam, no entanto, ser o ciúme “o tempero do amor”. Tempero inadequado, pelo que temos acompanhado, não somente nos noticiários da violência cotidiana, mas também nas experiências em consultório, onde podemos constatar a fragilidade emocional dos portadores de ciúmes, cuja afetividade, a capacidade de amar, encontra-se na patologia.

O amor ao próximo liberta, mas para isso devemos nos libertar através do autoamor, porquanto frisa a benfeitora (2003, p.21) que “o amor que se deve oferecer ao próximo é consequência natural do amor que se reserva a si mesmo, sem cuja presença muito difícil será a realização plena do objetivo da afetividade”.

Trabalhando a autoestima, assim como reelaborando as frustações vivenciadas como experiências naturais do processo evolutivo, o amor passa a viver a maturidade. Não mais parto na busca do outro que me completa na amorosidade, mas ofereço um amor inteiro, pautado nas bases do si-mesmo. É  no mínimo intrigante que muitas pessoas busquem o “outro perfeito” para amá-las, mas porque parece que poucos ainda buscam ser aquele que ama, ainda que de maneira "imperfeita", há um enorme desencontro entre as pessoas. 

Esse “amanhecer psicológico” que os que amam passam a viver proporciona vitalidade ao ser, renovação. Interessante como até mesmo as plantas e animais reagem positivamente à presença do amor, ou demonstram-lhe a carência. Até mesmo os cristais de água, como revelam as famosas experiências do Dr. Masaru Emoto, vibram e estruturam-se de acordo com as emoções que lhes são direcionadas.

O ser humano, complementa a benfeitora, “mais sensível, porque portador de mais amplas possibilidades nervosas de captação – pode-se afirmar com segurança – vive em função do amor ou desorganiza-se em razão da sua carência (2006c, p.243)

A descoberta de que somos “potências do amor” possibilita canalizá-lo de forma saudável, a benefício do próprio, do próximo, da coletividade e da relação com as forças do Universo.

E o amor de plenitude, o amor como expressão por excelência do ser humano, aprendemos com Jesus, o Homem Integral de todos os tempos, o psicoterapeuta por excelência, cuja análise será feita em um capítulo à parte.

Transcrito do artigo Uma Psicologia com Alma: A Psicologia Espírita de Joanna de Ângelis escrito por Cláudio Sinoti no livro  REFLETINDO A ALMA  pp.48-49.

Postado em 11-05-2013

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