sábado, 20 de fevereiro de 2016

A VIDA E A MORTE

A organização fisiológica do homem é uma das mais importantes peças da engenharia genética já elaborada...
Formada por um sistema circulatório de entre 150.000 a 190.000 quilômetros de artérias, veias e vasos em circuito único, por onde circula o sangue que nutre as células, cerca de cem trilhões, renovando-se sempre, menos os neurônios cerebrais, segundo alguns neurocientistas, outros já dizem que algumas ilhas se repetem quando esses neurônios morrem, para que a vida pulse nesse mecanismo.
Esse equipamento depende do oxigênio que lhe é vital e que transforma o sangue venoso em arterial, eliminando as toxinas que produz pelo aparelho excretor, mantendo o equilíbrio.
A bomba cardíaca, de fundamental importância, começa a pulsar no vigésimo dia da fecundação, quando é disparado automaticamente um choque elétrico, e continua no desempenho da sístole e da diástole, de modo que o sangue chegue ao cérebro e dele aos pés atravessando esse extraordinário sistema circulatório, autopreservador. Se, uma picada de alfinete destrói milhares de capilares, imediatamente outros lhes substitui, num mecanismo  de ordem e de ação, e, quando há um corte maior,  é atirada sobre ele uma delicada camada de fibrina, para fazer o tampão que impede a morte com a hemorragia contínua, com exceção dos hemofílicos, que tem processo mais delicado e complexo...
Os sistemas nervosos de sustentação e equilíbrio são de uma complexidade incomum, emitindo vibrações e mensagens que se responsabilizam pela harmonia de toda a maquina, na execução do seu programa.
As glândulas endócrinas, especializadas, funcionam em ritmo que transcende a capacidade de entendimento humano, contribuindo com os hormônios responsáveis pela estabilidade dos equipamentos físicos, emocionais e psíquicos...
Essa aparelhagem que é única é ativada por sistemas especiais emissores de energia vindos da mente, circulando no organismo, mente que, é instrumento de manifestação do Espírito, consciente ou não da sua existência e significado.
Resistente a diferentes altitudes e vários golpes, é também frágil, pode ser vitima de bactérias e vírus que mantém sob controle, quando o sistema imunológico, deixa de funcionar como desejável...
É que todo o comando está no Espírito que a vitaliza e conduz, contribuindo para o seu êxito e a sua desorganização, embora nem sempre esteja consciente da grandeza do investimento em si, para alcançar as estrelas, saindo, da treva da ignorância para a imortalidade...
Essa máquina extraordinária única foi, trabalhada pelas Divinas Leis em dois bilhões de anos aproximadamente desde a formação das primeiras moléculas de açúcar, nas aguas oceânicas abissais, hoje com equipamentos elétricos e eletrônicos dos mais sofisticados, de forma que através dela o Espirito possa desenvolver o seu deus interno, cantando as glórias de Deus...
Nesses incomparáveis equipamentos estão os mecanismos que expressam a inteligência, o sentimento, as tendências de toda natureza, graças ao períspirito que os modela, obedecendo as exigências da Lei de Causa e Efeito, no desempenho da tarefa para a qual foi elaborado pela Divindade, como envoltório da alma ou Espírito.
A benção, de um corpo, para o crescimento espiritual, por mais limitado e destroçado, é de grandioso valor, por refletir as necessidades do seu agente espiritual, responsável pela maneira como se condensa no mundo das formas.
Respeitá-lo com carinho, assim contribuindo para que  alcance as finalidades a que se destina, é dever inteligente do viandante na  terra.
Protege-lo das agressões internas, vindos dos atavismos guardados nele, da sua conduta passada, é consciência de dever para com o invólucro material de que precisa para crescer e reparar, conquistar o infinito e avançar na busca da individuação.
Quando o Self (só para lembrar mais uma vez amigos, Self aqui se refere ao ser real, ao ser imortal, ao espírito) é consciente dos seus atributos, trabalha melhor a sua harmonia necessária, para desempenhar as funções de mortalidade e imortalidade que lhe dizem respeito, superando a sombra, que evoca os caminhos dúbios que foram palmilhados e precisam da ajuda do entendimento para que haja plena harmonia.
O corpo deve ser considerado um santuário sublime que a vida concede ao Espírito, para desabrochar os valores adormecidos, como ocorre com o solo generoso que acolhe a semente. Para que atinja a meta que se encontra no seu imo.
Da mesma forma, é preciso atender essa semente inteligente protegendo-a das pragas e perigos mesológicos que podem atentar contra a sua sobrevivência e o seu desenvolvimento vital.
Os maiores perigos são internos, são as imperfeições morais herança do primarismo, que insiste em manter prisioneiro o ser real, fazendo-o repetir as ações que o tornaram infeliz.
O esforço pelo autoconhecimento, pela autoidentificação das suas possibilidades é compromisso urgente para as criaturas que despertam em consciência lúcida para atingir a meta da vida, o estado sukha.
Fugindo da responsabilidade,  alguns indivíduos acham que os inimigos estão fora, programando ataques, criando estratégias de agressão e de destruição, sem perceber que eles nunca atingem o objetivo, se  encontram a lucidez daquele de quem não gostam e a preservação dos seus valores morais em  harmonia.
Os decantados adversários de fora, não podem fazer mal algum, quando se está consciente de si mesmo e disposto a galgar níveis mais elevados na escala da evolução que não cessa.
Qualquer ocorrência nociva que afete esse gigantesco instrumento da evolução, tem graves consequências, impondo refazimento através do renascimento corporal, em equipamento desorganizado pela insensatez do indivíduo.
A visão religiosa castradora do passado via no corpo um adversário por causa dos seus impulsos e de suas necessidades, puni-lo de forma covarde e  aplicar-lhe silícios, para diminuir a sua vontade, em falsas tentativas de libertá-lo das tentações, preferindo a ignorância que bloqueava o entendimento de que os desejos infrenes, os apelos carnais são reflexos do estágio do Espírito que se reflete na matéria e não ao contrário.
O amor, com o doce e calmo jumentinho, como dizia o santo de Assis, reconhecendo-o como o animal em que montava, é a mais bela proposta, cheia de contribuições para a sua preservação e harmonia.

Texto do livro Em Busca da Verdade. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis, Psicografado por Divaldo Pereira Franco. Trabalhado por Adáuria AzevedoFarias. 20/02/16.

Nenhum comentário: