A
VIDA E A MORTE
A
organização fisiológica do homem é uma das mais importantes peças da engenharia
genética já elaborada...
Formada por um sistema
circulatório de entre 150.000 a 190.000 quilômetros de artérias, veias e vasos
em circuito único, por onde circula o sangue que nutre as células, cerca de cem
trilhões, renovando-se sempre, menos os neurônios cerebrais, segundo alguns
neurocientistas, outros já dizem que algumas ilhas se repetem quando esses neurônios morrem, para que a vida pulse
nesse mecanismo.
Esse
equipamento depende do oxigênio que lhe é vital e que transforma o sangue
venoso em arterial, eliminando as toxinas que produz pelo aparelho
excretor, mantendo o equilíbrio.
A
bomba cardíaca, de fundamental importância,
começa a pulsar no vigésimo dia da fecundação, quando é disparado automaticamente
um choque elétrico, e continua no desempenho da
sístole e da diástole, de modo que o sangue chegue ao cérebro e dele aos pés
atravessando esse extraordinário sistema circulatório, autopreservador. Se, uma
picada de alfinete destrói milhares de capilares, imediatamente outros lhes substitui,
num mecanismo de ordem e de ação, e,
quando há um corte maior, é atirada
sobre ele uma delicada camada de fibrina,
para fazer o tampão que impede a morte com a hemorragia contínua, com
exceção dos hemofílicos, que tem processo mais delicado e complexo...
Os
sistemas nervosos de sustentação e equilíbrio são de uma complexidade incomum,
emitindo vibrações e mensagens que se responsabilizam pela harmonia de toda a
maquina, na execução do seu programa.
As
glândulas endócrinas, especializadas, funcionam em ritmo que transcende a
capacidade de entendimento humano, contribuindo com os
hormônios responsáveis pela estabilidade dos equipamentos físicos, emocionais e
psíquicos...
Essa aparelhagem que é única
é ativada por sistemas especiais emissores de energia vindos da mente,
circulando no organismo, mente que, é
instrumento de manifestação do Espírito, consciente ou não da sua existência e
significado.
Resistente a diferentes
altitudes e vários golpes, é também frágil, pode ser vitima de bactérias e vírus que mantém sob controle, quando o
sistema imunológico, deixa de funcionar como desejável...
É
que todo o comando está no Espírito que a vitaliza e conduz,
contribuindo para o seu êxito e a sua desorganização, embora nem sempre esteja
consciente da grandeza do investimento em si, para alcançar as estrelas, saindo, da treva da ignorância para a imortalidade...
Essa
máquina extraordinária única foi, trabalhada pelas Divinas Leis em
dois bilhões de anos aproximadamente desde a formação das primeiras moléculas
de açúcar, nas aguas oceânicas abissais, hoje com equipamentos elétricos e
eletrônicos dos mais sofisticados, de
forma que através dela o Espirito possa desenvolver o seu deus interno, cantando as glórias de Deus...
Nesses incomparáveis
equipamentos estão os mecanismos que expressam a inteligência, o sentimento, as
tendências de toda natureza, graças ao períspirito que os modela, obedecendo as
exigências da Lei de Causa e Efeito, no desempenho da tarefa para a qual foi
elaborado pela Divindade, como envoltório da alma ou Espírito.
A
benção, de um corpo, para o crescimento espiritual,
por mais limitado e destroçado, é de grandioso valor, por refletir as necessidades do seu agente espiritual, responsável
pela maneira como se condensa no mundo das formas.
Respeitá-lo
com carinho, assim contribuindo para que alcance as finalidades a que se destina, é dever
inteligente do viandante na terra.
Protege-lo
das agressões internas, vindos dos atavismos guardados nele, da sua conduta
passada, é consciência de dever para com o invólucro material de
que precisa para crescer e reparar, conquistar o infinito e avançar na busca da
individuação.
Quando
o Self (só para lembrar mais uma vez
amigos, Self aqui se refere ao ser real, ao ser imortal, ao espírito) é consciente dos seus atributos, trabalha
melhor a sua harmonia necessária, para desempenhar as
funções de mortalidade e imortalidade que lhe dizem respeito, superando a sombra, que evoca os caminhos dúbios que
foram palmilhados e precisam da ajuda do entendimento para que haja plena
harmonia.
O
corpo deve ser considerado um santuário sublime que a vida concede ao Espírito, para
desabrochar os valores adormecidos, como ocorre com o solo generoso que acolhe
a semente. Para que atinja a meta que se encontra no seu imo.
Da mesma forma, é preciso
atender essa semente inteligente protegendo-a
das pragas e perigos mesológicos que
podem atentar contra a sua sobrevivência e o seu desenvolvimento vital.
Os
maiores perigos são internos, são as imperfeições morais
herança do primarismo, que insiste em
manter prisioneiro o ser real, fazendo-o repetir as ações que o tornaram infeliz.
O
esforço pelo autoconhecimento, pela autoidentificação das suas possibilidades é compromisso
urgente para as criaturas que despertam em consciência lúcida para atingir a
meta da vida, o estado sukha.
Fugindo da responsabilidade,
alguns indivíduos acham que os inimigos
estão fora, programando ataques, criando estratégias de agressão e de
destruição, sem perceber que eles nunca atingem o objetivo, se encontram
a lucidez daquele de quem não gostam e a preservação dos seus valores morais em
harmonia.
Os
decantados adversários de fora, não podem fazer mal algum,
quando se está consciente de si mesmo e disposto
a galgar níveis mais elevados na escala da evolução que não cessa.
Qualquer
ocorrência nociva que afete esse gigantesco instrumento da evolução, tem
graves consequências, impondo refazimento através do renascimento corporal, em
equipamento desorganizado pela insensatez do indivíduo.
A
visão religiosa castradora do passado via no corpo um adversário por causa dos
seus impulsos e de suas necessidades, puni-lo de forma covarde e aplicar-lhe silícios, para diminuir a sua vontade,
em falsas tentativas de libertá-lo das tentações,
preferindo a ignorância que bloqueava o entendimento de que os desejos
infrenes, os apelos carnais são reflexos do estágio do Espírito que se reflete
na matéria e não ao contrário.
O
amor, com o doce e calmo jumentinho,
como dizia o santo de Assis, reconhecendo-o como o animal em que montava, é a mais
bela proposta, cheia de contribuições para a sua preservação e harmonia.
Texto
do livro Em Busca da Verdade. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis,
Psicografado por Divaldo Pereira Franco. Trabalhado por Adáuria AzevedoFarias. 20/02/16.
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