GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Caros amigos leitores e seguidores de
nosso blog, muito grata pela assiduidade a essa página toda programada e elaborada
com muito carinho e respeito pelo momento em que passamos mas também pelo
paladar de cada um.
Dada a frequência daqueles que nos
acompanham e às suas solicitações é que, após encerrar o trabalho de mais um
Livro de Joanna de Ângelis psicografado por Divaldo Pereira Franco intitulado
ILUMINA-TE,
estamos agora atendendo às
solicitações voltando a publicação dos trabalhos que já fazemos há alguns anos
sempre buscando como ser o mais fiel possível ao estilo e a integridade dos textos publicados.
Agora repetindo o livro Psicologia da
Gratidão da mesma autora, com a única preocupação a de ser fiel o mais possível
ao pensamento da tão querida Mentora.
Mas por outro lado, sempre buscando facilitar a leitura e o entendimento daqueles
que com Ela se identificam sem a dificuldade tão repetidas vezes colocadas por
alguns leitores.
Para melhor entendimento, procuramos
de alguma forma facilitar a leitura daqueles irmãos e amigos que se referem ao
estilo rebuscado e ao rico vocabulário já tão bem explicado por ela mesma
através de Divaldo Franco, rico na sua proposta de contribuição, de
entendimento da Doutrina Espírita .
Com essa explicação, iniciamos então
os nossos trabalhos em GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS, passando a estudar o livro:
Psicologia da Gratidão:
“O passado não
reconhece o seu lugar: está sempre presente”. (Mário Quintana)
“A psicologia da gratidão
deve ser vivenciada em todos os momentos da existência corporal.
Filha do amadurecimento
psicológico, enriquece de paz e de alegria todo aquele que a
cultiva.”
Joanna de Ângelis
Os mitos
sempre fizeram parte do inconsciente coletivo da sociedade pelos difíceis
caminhos da História.
Através deles,
ou seja dos mitos, dos contos de fadas e do folclore, conseguiu-se explicações
lógicas para as complexidades dos fenômenos da vida, que foram aceitas por abarcar
todas as questões referentes ao ser humano.
Os ensinos
dos grandes mestres do passado foram todos realizados de forma simbólica,
inclusive os de Jesus, que utilizando-se das parábolas fez perpetuar as sua
lições na psique dos ouvintes, insculpindo-as nos vinte séculos passados desde que
aqui esteve conosco.
Admiráveis psicoterapias,
com nomes diferentes, são aplicadas em pacientes graves, contando-lhes
histórias e curando-os, utilizados ainda hoje por especialistas que com os símbolos
mitológicos, uns reais outros extraídos do Velho
ou do Novo testamento, vem trazendo
a conquista da saúde.
A mitologia, tornou-se então a psicologia
essencial que contribui para o despertamento do indivíduo, para que ele se
resolva a movimentar os recursos que se encontram no seu inconsciente, em favor de si mesmo.
É sempre
válido buscar os mistérios dos mitos, com objetivos relevantes,
trabalhando-os pela renovação interior das pessoas, ou para revalidar conceitos
e propostas que não se firmaram ainda no comportamento individual nem no coletivo.
Os mitólogos, apresentam formas diferentes das mesmas narrações, talvez como resultado da maneira como as veem ou as
interpretam.
O mito de
Perseu, como o da caverna de Platão e
muitos outros, tem sido interpretadas de formas variadas, adaptando a coragem do
herói ao objetivo psicológico do narrador.
Nas presentes páginas, numa síntese simples,
é demonstrado a força dos valores morais na defesa dos seres amados e das lutas
baseadas no perdão, para a construção da harmonia e da felicidade.
Sabe-se, conforme
a mitologia grega, que Perseu era filho de Dânae, um ser mortal, e de Zeus, o
rei do Olimpo. Foi dito ao pai de Dânae por um oráculo que, um dia, ele seria
assassinado pelo neto. Imediatamente ele
tomou providencias para manter afastado da filha qualquer pretendente. Mas Zeus,
a desejava e dessa maneira entrou na prisão em forma de chuva de ouro, e desse
encontro nasceu Perseu.
Tomando conhecimento
de que era avô, o rei Acrísio prendeu a filha e o neto em uma caixa de madeira,
lançando-os ao mar para que morressem por afogamento.
Informado dessa
artimanha perversa, Zeus soprou ventos brandos que levaram a caixa à costa da
ilha onde foi recolhida por modesto pescador que os abrigou com a concordância do
rei local.
Mas sua mãe,
passou a sofrer séria perseguição desse rei, que Perseu enfrentou. O rei
propôs, como condição para salvar a mãe de Perseu, que este trouxesse a cabeça
de uma das Górgonas, a Medusa, monstro ameaçador que transformava em pedra todo
aquele que lhe visse o rosto horrendo.
Para vencê-la,
Perseu precisava da ajuda dos deuses, e seu pai, Zeus, num gesto de puro amor,
designou que Hades, rei do mundo subterrâneo, emprestasse-lhe um capacete com o
qual ficaria invisível, Hermes deu-lhe sandálias aladas e Atenas ofereceu-lhe
uma espada afiada e um escudo especial tão polido que se transformava em
espelho, refletindo a imagem de tudo que o alcançasse.
Com esse
escudo, Perseu pôde apenas olhar o reflexo da Medusa, evitando vê-la
diretamente, e decepou-lhe a cabeça.
O herói em
triunfo voltou ao lar em alegria, mas, quando voltava, encontrou uma linda jovem
acorrentada a um rochedo próximo ao mar, esperando que um monstro viesse
devorá-la.
O herói soube
do seu nome, Andrômeda, e que seria sacrificada porque sua mãe ofendera os
deuses que, a castigaram.
Perseu apaixonou-se
imediatamente e a libertou, apresentando ao monstro marinho a cabeça da Medusa
que o transformou em pedra. Levando em seguida a jovem para conviver com sua
mãe, que se transferiu para o templo de Atena, para fugir às investidas do rei
ambicioso e depravado.
Desesperado,
Perseu transformou em pedra todos os inimigos da sua genitora, erguendo a cabeça
da Medusa, que foi oferecida a Atena, que a insculpiu no seu escudo,
tornando-se o emblema da deusa.
Perseu, agradecido aos deuses, devolveu-lhes os
preciosos presentes e permaneceu feliz com Andrômeda.
Certo dia,
porém, nos jogos atléticos, ao arremessar um disco, os ventos levaram-no para
fora do estádio, matando um idoso. Lamentavelmente era Acrísio, o seu avô,
confirmando-se a previsão do oráculo.
Como Perseu
não era ambicioso, emocionado e triste, não quis governar o reino que lhe
pertencia por herança ancestral, solicitando ao rei de Argos que com ele
trocasse de região, o que aconteceu, facultando-lhe construir a bela cidade de
Micenas, com sua esposa e seus filhos.
O nome
Perseu significa destruidor, e na mitologia vários elementos psicológicos têm
curso: o medo de Acrísio, o receio de não chegar à velhice, a temeridade das
punições àqueles que poderiam ser o veículo da sua morte, mas também a
clemencia de Zeus que protegeu a mulher amada e o seu filho, que arriscou a
vida para salvá-la da situação desagradável e saiu para matar o monstro que destruía
vidas ; também está presente o amor por
Andrômeda, transformando Perseu em libertador de vítimas inocentes.
No mito, Perseu castiga os maus e cruéis, tem a generosidade de devolver os presentes e ser grato aos deuses que o
ajudaram na empreitada exitosa, sofrendo pela morte do avô e renunciando ao seu reino, que troca por
outro.
Em todos os seres humanos encontram-se
esses arquétipos,
havendo ocorrido o triunfo da coragem por
amor, da gratidão por maturidade emocional, da proteção aos fracos em ato de
compaixão, da renuncia aos bens transitórios.
Perseu triunfou porque descobriu o
significado psicológico da sua existência, que era salvar a genitora, vencer os inimigos internos,
perseverar nos propósitos elevados e reconhecer a própria vulnerabilidade ante
as vicissitudes existenciais.
Quando alguém
deseja alcançar a vitória sobe os fatores externos, eliminando as Medusas que se
encontram no íntimo, nenhum medo mais o assusta ou aflige, porque a sua onda mental se encontra no idealismo do
amor e do bem incessante, que prevalecem com alto significado, não se
permitindo que o ressentimento ou a vingança lhe assinale a conduta.
Essa caminhada contínua leva o
lutador a individuação, após passar por todas as tormentas do ego e da sombra.
A psicologia da gratidão torna-se um
instrumento hábil no eixo ego-self, e deve ser vivida em todos os
momentos da existência corporal como roteiro de segurança para a conquista da
sua realidade.
Filha do
amadurecimento psicológico, enriquece de paz e de alegria todo aquele que a
cultiva.
Nesses dias
de violência e de crueldade, de indiferença pelos valores morais e emocionais
relevantes, a gratidão tem papel importante
a desempenhar, na saúde integral dos
seres humanos.
Vive-se o afã
dos prazeres grosseiros e tóxicos sem dá-se oportunidade para o Espírito que se
é, ante as fortes pressões do materialismo que domina a nossa sociedade
terrestre.
São convidados
para essa luta sem quartel os Perseus destemidos, capazes de superar as circunstancias difíceis, fixados na proteção de Deus que cuida de todas as Suas criaturas.
Esperamos que
essa modesta contribuição psicológica consiga ajudar o homem e a mulher na luta
da auto conquista.
Texto
de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Pereira Franco no livro, Psicologia
da Gratidão. Trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 03/06/2018.
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