sexta-feira, 30 de junho de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS
Imortalidade Triunfo do Espírito


A imortalidade sempre existiu. A ameba, por exemplo, um dos organismo unicelular dos mais simples, pode ser considerada imortal, pois, a medida que envelhece, pelo fenômeno da mitose, dá lugar a duas outras, cheias de vida, e assim, nunca ocorre a morte do elemento inicial.

A vida humana é da mesma forma, do ponto de vista do ser espiritual, que permite a cada um experienciar o que é de melhor para si.

O necessário viver o presente, em razão de o passado apresentar-se já realizado, e o futuro se encontrar ainda em construção.

Atingir o máximo possível no momento que passa, é desafio que não se pode desconhecer.

Essa mecânica, é feita pelo amor, que deve orientar a inteligência na aplicação das suas conquistas.

É um esforço individual expressivo, que se torna coletivo em benefício do conjunto social.

Assim como ocorre no organismo, em que nenhuma célula trabalha apenas para si mesma mas para o conjunto que deve funcionar em harmonia, vão surgindo os padrões de comportamento que dão lugar às tendências universais da vida, que ocorre conforme  o mecanismo da evolução. Cada parte que constitui o órgão está sempre preparada para transformar-se em um elemento maior e mais expressivo. É uma verdadeira cadeia progressiva, infinita, até quando se encerra o ciclo vital e a matéria se desagrega no fenômeno biológico da morte.

Esse processo ocorre sob o controle do Espírito, que modela o seu invólucro semimaterial, ou períspirito e quando ocorre a desarticulação das moléculas,  se libera e indestrutível continua na direção da plenitude, quando se depura de todas as imperfeições resultantes do largo período da evolução.

Essa busca pode ser chamada também de iluminação, cuja conquista elimina o medo dos enganos, da velhice, das doenças, da morte, por tornar possível a consciência da imortalidade, da continuação da vida em todas a suas maravilhosas nuanças que se apresentam em outras dimensões, em outros campos vibratórios.

Essa iluminação propicia o despertar do sonho, da ilusão dos objetivos da vida, tornando o ser consciente de tudo que pode fazer por si e pela sociedade.

Por mais se retarde essa conscientização, chega o momento que o Espírito sobrepõe-se ao ego e quebra o limite do intelecto, conquistando a visão coletiva sobre o infinito.

Então se autoanalisa, voltando-se para dentro e descobrindo os tesouros  da imortalidade, buscando no coração as forças necessárias para entregar-se à auto-iluminação.

Como disse Jesus: O reino dos Céus está dentro de vós; ou seja, do Espírito que se é, e não do corpo através do qual se manifesta.

Esse mecanismo é possível de ser alcançado quando a pessoa resolve remover as trevas que ocultam o conhecimento de si mesma, deixando-a confusa, para que se estabeleça a grandeza do amor franco e puro, gentil e corajoso que não conhece limites...


A imortalidade é, a grande meta a ser atingida.
Se a vida cessasse, com o fenômeno biológico da morte, não teria significado, o que surgiu em forma embrionária aproximadamente há dois bilhões de anos... assim alcançando o clímax da inteligência, da consciência e das emoções superiores, se fosse diluída, retornando às energias primárias, não teria sentido ético-moral nem lógico ou racional.

Muitos, dos que pensam, que a vida acaba com a morte, certamente agem contra os conceitos ultrapassados em algumas doutrinas religiosas em torno da justiça divina após a morte, com as execuções penais eterna e insensata.

Considerada, porém, como o oceano gerador da vida, a imortalidade precede o estágio atual em que se movimenta o ser humano e sucede-o, num vir-a-ser progressista sempre melhor e mais grandioso.

Há o mundo imaterial, causal, de onde procede a vida, que impregna a matéria orgânica e a impulsiona na sua fatalidade biológica, e aguarda o retorno desse princípio inteligente cada vez mais lúcido e rico de complexidades do conhecimento e do sentimento.

O sentido existencial é o de aprimoramento pessoal, com o consequente enriquecimento vindo da sabedoria que conduz à paz.

Ninguém se acaba pela morte.

A melhor visão da imortalidade é contemplar um cadáver do qual afastou-se o agente vitalizador, o Espírito que o acionava.

Como a vida não acaba, deve ser feito todo esforço pela mesma, para que a cada instante se conquistem melhores recursos de iluminação, de compaixão, de beleza, de harmonia.

Desse modo, aqueles que a desencarnação silenciou, velando-os com a paralisia dos órgãos a caminho da decomposição, também não morreram.

Eles continuam no caminho ascensional e mantem os vínculos sentimentais com os seus afeiçoados, ou não, deles lembrando-se e desejando intercambiá-los, para dizer que continuam vivendo da mesma forma.

Se fizeres silencio intimo ao lembrar-te deles, em sintonia com o pensamento de amor, eles poderão comunicar-se contigo, trazer-te notícias de como e de onde se encontram, consolando-te e acalmando-te, ao tempo em que te prometem o reencontro feliz, mais tarde, quando também soar o teu momento de volta.

Ao invés de revolta porque se foram, pensa que a distancia aparente é apenas vibratória e conscientiza-te de que nada aniquila o amor, essa sublime herança do Pai Criador.

Utiliza-te das lembranças queridas e envia-lhes mensagens de esperança e de ternura, de gratidão e de afeto, de forma que retemperem o ânimo e trabalhem pela própria iluminação, vindo em teu auxilio, quando as circunstancias assim o permitirem...

Não os lamentes porque desencarnaram, nem os aflijas com perguntas que ainda não te podem responder.

Acalma a ansiedade e continua amando-os, assim contribuindo para que fiquem em paz e cresçam na direção de Deus, sendo felizes.


A morte é a desveladora (acordar, despertar) da vida em outras expressões.
Jesus voltou da sepultura vazia para manter o contato com os corações queridos, confirmando a grandeza da imortalidade a que se referia antes, demonstrando que o sentido existencial é o da conquista do amor e da amizade, para a conquista da transcendência.

Ora pelos teus desencarnados, envolve-os em carinho e vive com dignidade em homenagem a eles, que te esperam além da cortina de cinza e sombra, quando chegar o teu momento de libertação.


Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 30/06/2017.

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