GRAVITANDO
EM TORNO DE DEUS
RELACIONAMENTOS
ESPIRITUAIS
O intercambio entre os
encarnados e os desencarnados é fenômeno natural que ocorre mesmo sem o
conhecimento uns, dos outros ou de ambos.
Ante a lei das afinidades vigente no Universo,
há uma identificação vibratória entre os seres humanos em ambos os planos da
vida, consequente das suas aspirações, dos seus pensamentos, da sua conduta.
Sintonizam consciente
ou não os encarnados com os que se despiram da indumentária orgânica.
Não
sabendo que se encontram em uma outra dimensão, pelo fenômeno biológico da
morte, mas não desintegrados, como diziam os materialistas
ou fixados em religiões definidas que os aguardavam em além-túmulo, como afirmam
algumas doutrinas religiosas, a
mediunidade lhes ofereceu o campo de que necessitam para comunicar-se.
Com
essa faculdade, podem manter o relacionamento
ostensivo ou não com os que ficaram encarnados, contando-lhes os fatos que participam,
as dores e alegrias, da sua vida material, sobre os sentimentos que os
tipificam, fazendo parte ativa da sociedade da Terra.
Podemos considerar alguns
como forças vivas e atuantes na
Natureza, como protetores e guias espirituais, amigos ou adversários dos seres
humanos, como uma população invisível, mas presente.
Um número maior, dos
que formam as comunidades físicas esperam, a oportunidade para renascer, para continuarem
o processo de evolução a que todos estão destinados.
Sofrem ou alegram-se,
são felizes ou infelizes, conforme as experiências vividas quando estiveram na Terra,
tornando-se exemplos, advertências benéficas para os que vivem no mundo.
Suas
lições de vida trazem diretrizes de segurança para que
não se repitam nos seres humanos as
aflições que vivem hoje, nem os
desencantos no comportamento.
Porque gostam de manter
comunicação com os encarnados, merecem carinho e respeito; mas, devem ser
considerados de acordo com o seu nível de evolução, não como santos, nem como
demônios, com exceção dos missionários do amor e da caridade, sendo vistos como
as almas dos que partiram da Terra e continuam unidos ao seu magnetismo.
Eram considerados
gênios e deuses, de acordo com a cultura na época.
Assumiram aos poucos a
postura de guias benevolentes ou de demônios vingativos dos povos, levando-os
para o bem ou para o mal, orientando ou punindo as criaturas.
Assumiram condição divina, para conduzir melhor
os povos ao crescimento intelecto-moral visando
a felicidade reservada a todos.
Na Idade Média, pela
ignorância imperante e as superstições religiosas, foram chamados seres satânicos perseguidos e odiados pelo
obscurantismo perverso.
Com a chegada da
Doutrina Espírita, adquiriram a qualidade própria, como seres espirituais
crescendo para Deus.
Ante eles, considera o teu
comportamento, esforçando-te moralmente para o aprimoramento interior, tendo em
vista que vieste do mundo espiritual para o físico com objetivos relevantes, e
que, ao deixares o corpo, voltarás ao Grande Lar levando os valores que
amealhares, tanto os edificantes quanto os perturbadores.
E
assim, não os temas nem os deifiques. São teus irmãos do
caminho de ascensão que participam das tuas realizações, aprendendo e
renovando-se continuamente.
Conscientizando-se
dessa população que envolve a Terra, poderás aprimorar as
tuas percepções, para manteres contato mais lúcido e edificante com eles, os
teus irmãos espirituais, ajudando-os se estão em sofrimento, ou sendo ajudado,
caso necessites de apoio e inspiração.
Felizmente, a sociedade
alcançou um nível cultural e ético em que pode compreender a realidade da vida
nas duas faces entre os seres humanos: a física e a espiritual.
Como o berço é a porta
de entrada no corpo, o túmulo representa a saída, sem grandes alterações.
Cada
Espírito é a soma das suas realizações, através delas conquista
sabedoria, ampliando a capacidade de desferir voos audaciosos com as asas do desenvolvimento intelectual e
afetivo: conhecimento e amor.
O
conhecimento é mais fácil de conquistar, por efeito do
treinamento mental, já o sentimento de amor pede mais esforço, por ser uma luta
interior, transformando impulsos perturbadores e instintos agressivos em
manifestações de afeto.
Como ainda predomína a natureza animal em prejuizo da
espiritual nos seres humanos, o processo auto-iluminativo que vem da
conquista da sabedoria é mais penoso; porem mais compensador.
Cada passo, leva a conquistas sutis importantes, dando
significado psicológico a existência tornando-a apetecida, digna de ser vivida,
sem os conflitos internos nem os problemas
de relacionamento, geradores de sofrimentos e angustias.
O contato com esses
amigos espirituais te libertará dos
medos, das perdas, das expectativas afligentes.
Aprenderás,
conforme o Eclesiastes, que há tempo para semear e para o juízo,
como há colher e realizar.
Trabalhando-te
interiormente fiel ao propósito da conquista da paz, não te afadigarás com os sofrimentos
da ansiedade, que somente complicam o comportamento dos que buscam conquistar a
plenitude.
Esses
amigos espirituais com os quais te relacionarás diminuirão a tua solidão,
preenchendo os espaços vazios da tua existência com carinho e inspiração,
para não desistires nunca de lutar pelo bem.
Percebendo
neles a sobrevivência à morte, incomum alegria te
invadirá o ser ante a nova dimensão em que se desenvolve a vida, estimulando-te
a novas conquistas e atividades renovadas.
Viajor das estrelas, o
Espírito tem origem divina, conduzindo inesgotáveis recursos que a ação
dignificadora e o tempo vão desenvolvendo.
Avança, com os teus relacionamentos espirituais,
escolhendo, com conduta exemplar, os que poderás conviver de forma útil, para
que, ao terminares o compromisso terreno, sigas na direção da espiritualidade enquanto
eles vem encarnar no corpo, contando contigo...
Texto de Joanna de
Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento,
trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 07/07/2017.
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