sexta-feira, 7 de julho de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

RELACIONAMENTOS ESPIRITUAIS

O intercambio entre os encarnados e os desencarnados é fenômeno natural que ocorre mesmo sem o conhecimento uns, dos outros ou de ambos.

Ante a lei das afinidades vigente no Universo, há uma identificação vibratória entre os seres humanos em ambos os planos da vida, consequente das suas aspirações, dos seus pensamentos, da sua conduta.
Sintonizam consciente ou não os encarnados com os que se despiram da indumentária orgânica.

Não sabendo que se encontram em uma outra dimensão, pelo fenômeno biológico da morte, mas não desintegrados, como diziam os materialistas ou fixados em religiões definidas que os aguardavam em além-túmulo, como afirmam algumas doutrinas religiosas, a mediunidade lhes ofereceu o campo de que necessitam para comunicar-se.

Com essa faculdade, podem manter o relacionamento ostensivo ou não com os que ficaram encarnados, contando-lhes os fatos que participam, as dores e alegrias, da sua vida material, sobre os sentimentos que os tipificam, fazendo parte ativa da sociedade da Terra.

Podemos considerar alguns como forças vivas e atuantes na Natureza, como protetores e guias espirituais, amigos ou adversários dos seres humanos, como uma  população invisível, mas presente.

Um número maior, dos que formam as comunidades físicas esperam, a oportunidade para renascer, para continuarem o processo de evolução a que todos estão destinados.

Sofrem ou alegram-se, são felizes ou infelizes, conforme as experiências vividas quando estiveram na Terra, tornando-se exemplos, advertências benéficas para os que vivem no mundo.

Suas lições de vida trazem diretrizes de segurança para que não se repitam nos seres humanos as aflições que vivem hoje, nem os desencantos no comportamento.

Porque gostam de manter comunicação com os encarnados, merecem carinho e respeito; mas, devem ser considerados de acordo com o seu nível de evolução, não como santos, nem como demônios, com exceção dos missionários do amor e da caridade, sendo vistos como as almas dos que partiram da Terra e continuam unidos ao seu magnetismo.

Eram considerados gênios e deuses, de acordo com a cultura na época.

Assumiram aos poucos a postura de guias benevolentes ou de demônios vingativos dos povos, levando-os para o bem ou para o mal, orientando ou punindo as criaturas.

 Assumiram condição divina, para conduzir melhor os povos ao crescimento intelecto-moral visando a felicidade reservada a todos.

Na Idade Média, pela ignorância imperante e as superstições religiosas, foram chamados seres satânicos perseguidos e odiados pelo obscurantismo perverso.

Com a chegada da Doutrina Espírita, adquiriram a qualidade própria, como seres espirituais crescendo para Deus.


Ante eles, considera o teu comportamento, esforçando-te moralmente para o aprimoramento interior, tendo em vista que vieste do mundo espiritual para o físico com objetivos relevantes, e que,  ao deixares o corpo, voltarás ao Grande Lar levando os valores que amealhares, tanto os edificantes quanto os perturbadores.

E assim, não os temas nem os deifiques. São teus irmãos do caminho de ascensão que participam das tuas realizações, aprendendo e renovando-se continuamente.

Conscientizando-se dessa população que envolve a Terra, poderás aprimorar as tuas percepções, para manteres contato mais lúcido e edificante com eles, os teus irmãos espirituais, ajudando-os se estão em sofrimento, ou sendo ajudado, caso necessites de apoio e inspiração.

Felizmente, a sociedade alcançou um nível cultural e ético em que pode compreender a realidade da vida nas duas faces entre os seres humanos: a física e a espiritual.

Como o berço é a porta de entrada no corpo, o túmulo representa a saída, sem grandes alterações.

Cada Espírito é a soma das suas realizações, através delas conquista sabedoria, ampliando a capacidade de desferir voos audaciosos com as asas do desenvolvimento intelectual e afetivo: conhecimento e amor.

O conhecimento é mais fácil de conquistar, por efeito do treinamento mental, já o sentimento de amor pede mais esforço, por ser uma luta interior, transformando impulsos perturbadores e instintos agressivos em manifestações de afeto.

Como ainda predomína a natureza animal em prejuizo da espiritual nos seres humanos, o processo auto-iluminativo que vem da conquista da sabedoria é mais penoso; porem mais compensador.

Cada passo, leva a conquistas sutis importantes, dando significado psicológico a existência tornando-a apetecida, digna de ser vivida, sem os conflitos internos nem os problemas  de relacionamento, geradores de sofrimentos e angustias.

O contato com esses amigos espirituais te libertará dos medos, das perdas, das expectativas afligentes.

Aprenderás, conforme o Eclesiastes, que há tempo para semear e para o juízo,  como há colher e realizar.

Trabalhando-te interiormente fiel ao propósito da conquista da paz, não te afadigarás com os sofrimentos da ansiedade, que somente complicam o comportamento dos que buscam conquistar a plenitude.

Esses amigos espirituais com os quais te relacionarás diminuirão a tua solidão, preenchendo os espaços vazios da tua existência com carinho e inspiração, para não desistires nunca de lutar pelo bem.

Percebendo neles a sobrevivência à morte, incomum alegria te invadirá o ser ante a nova dimensão em que se desenvolve a vida, estimulando-te a novas conquistas e atividades renovadas.

Viajor das estrelas, o Espírito tem origem divina, conduzindo inesgotáveis recursos que a ação dignificadora e o tempo vão desenvolvendo.

Avança, com os teus relacionamentos espirituais, escolhendo, com conduta exemplar, os que poderás conviver de forma útil, para que, ao terminares o compromisso terreno, sigas na direção da espiritualidade enquanto eles vem encarnar no corpo, contando contigo...

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado e editado por Adáuria Azevedo Farias. 07/07/2017.

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