sexta-feira, 14 de abril de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS


RESPEITO À JUVENTUDE

Em uma carta comovedora, o apóstolo Paulo dirigiu-se a um jovem a quem amava como a um filho, recomendando-lhe, conforme Timóteo I, capítulo quatro, versículo 12: Ninguém despreza a tua mocidade mas torna-te o exemplo dos fies na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza...

Orientação paternal, que ainda ecoa nos dias de hoje como melhor conduta para as novas gerações.

Quando parece haver uma conspiração orquestrada pela mídia perversa, para orientar o jovem na direção da desagregação da personalidade, pelo consumo de drogas alucinantes, do sexo sem dignidade, do álcool e do tabaco, em fuga espetacular da realidade para a loucura, a mensagem de Paulo precisa ser aplicada com urgência pelos pais e educadores nas mentes jovens.

Sem discernimento, ainda vivendo as fantasias que lhes são oferecidas, os moços tem sede de prazer, estimulados pelo desenvolvimento da libido em pleno despertar, não tendo maturidade para solucionar o que deve do que não pode fazer, ou o que pode mas não deve realizar, são arrebatados pelas atrações falaciosas, comprometendo o organismo nos passageiros gozos de que logo mais se arrependerão.

Embora se apresente como de demorado curso, o gozo que se renova através de sensações diversas, cada uma mais perturbadora, não vai além do tempo da consumpção das energias, da vitalidade e das forças juvenis...

Surgem logo o cansaço, o enfado, a insatisfação, que buscam soluções em novos experimentos enganosos que se multiplicam nos ambientes de perversão dos sentimentos.

Enfermidades variadas, transtornos de conduta, desequilíbrios mentais, dependências trágicas das substancias viciosas consomem a alegria e a esperança de viver, mergulhando-os em abismos de loucura e de sofrimento.

Envelhecidos prematuramente, apelam para receitas mágicas que lhes permitam continuar na insânia, mais se comprometendo e sucumbindo, por fim, em tragédias ocultas ou bombásticas, conforme o nível socioeconômico em que se encontram.

É lamentável a aplicação das forças juvenis nos encantamentos perigosos da atualidade cheia de sonhos fantásticos e de realidade dolorosa.

Dando espaços aos instintos primitivos e não domados, permitem que se exteriorizem a agressividade e a violência, o desrespeito a todos os valores ético morais, a volúpia da anarquia e da desintegração das leis que equilibram a sociedade, transformando a Terra num palco de loucura onde desfilam os poderosos que zombam dos fracos que os sustentam, abrindo brechas para as reações do ódio, da infâmia e da vingança...

A educação das novas gerações é de emergência, desde que os pais comprometam-se a dignificar a prole, renunciando às frustrações que os levam a competir com os filhos nas conquistas  do sexo, da projeção social doentia, dos quinze minutos sob os holofotes, como ironicamente se referem os multiplicadores de opiniões...

Se é deplorável o desconcerto no adulto, muito mais é, naqueles que ainda não vivenciaram a experiência carnal, sem oportunidade de amealhar os valores que os consagrariam, permitindo-lhe a felicidade.

Os pais e educadores têm em geral muitas responsabilidades, com as exceções compreensíveis, na desagregação da juventude.

Vivendo conduta materialista, embora alguns se vinculem às denominações religiosas, sem qualquer tipo de religiosidade, a sua também é a meta do engodo pelo prazer a que se atiram famintos e ansiosos.

Se tivessem conquistado uma estrutura moral fortalecida pela fé espiritual, que lhes insculpisse a certeza da sobrevivência do Espírito à consumpção da matéria, seria, sem dúvida, outra a sua conduta, a sua proposta educacional.

Desejando a Terra, sob o disfarce do Reino dos Céus, muitos segmentos religiosos enganam os imprudentes, acenando-lhes a plenitude do Espírito a peso de moedas que lhes fornecerão o poder ambicionado no mundo.


Ei-los, aos bandos, nas pequenas e nas grandes cidades, refazendo tribos, ou formando grupos que se juntam por afinidade pessoais, agressivos e infelizes, ostentando, a máscara do disfarce da alegria.

Confusos e inquietos, inspiram compaixão e solidariedade, tornando-se de difícil acesso, porque já apresentam sinais de transtornos psicológicos, desvios de equilíbrio mental, problemas fisiológicos e desconhecimento ético a respeito dos deveres.

Alguns, cômodos e preguiçosos, evitam  o trabalho, exigindo dos pais maiores  aflições, mantem-se durante o dia diante da televisão ou do computador, para logo depois, quando chega a noite, procurarem refúgio nos guetos, onde se perturbam, sob música ensurdecedora, que os impede de pensar, sendo-lhes permitido fazer tudo, desde que lhes paguem antecipadamente...

O deus dinheiro tudo proporciona, tudo facilita, não importa os meios pelos quais seja adquirido, porque sem moral nem dignidade.

Como consequência, aumenta o número dos traficantes de drogas - usuários aflitos que precisam delas a qualquer preço -, dos proxenetas doentes – que exploram jovens masculinos e femininos levianos, que lhes caem nas armadilhas bem construídas -, dos ídolos sexuais que são substituídos a cada momento - dependendo da revista ou da emissora de televisão que os escolheu -, num consumismo enlouquecedor, sem tempo para uma atitude sensata ou refletida.

Sai-se de uma para outra festa alucinante, não se dando oportunidade de refazimento de forças, enquanto os endinheirados desperdiçam fortunas em exibições doentias da sua extravagancia, humilhando mais ainda os miseráveis que os olham com mágoa sem disfarce e  ódio mal contido...

Os sequestros aumentam terrivelmente, para conseguir dinheiro com facilidade, apesar dos riscos, enquanto autoridades comprometidas com o crime e sem  as credenciais moralizadoras que deveriam ter, assistem a tudo presunçosos, sugerindo soluções que nunca concretizam.

Essa é uma análise realista e não pessimista, do que ocorre em relação aos jovens que a vida lhes emprestou – aos pais e aos educadores – e que não tem tido interesse ou consciência de dever em conduzir com segurança e nobreza.

Lembremos a lição paternal de Paulo ao filho espiritual Timóteo, para que, preservando a mocidade com comportamento morigerado, as boas leituras e as nobres ações, viva o Evangelho com integridade e decisão, para que mereça a sua eleição para o Bem.

No jovem estão depositados tesouros inexplorados que devem ser aplicados em benefício do seu desenvolvimento intelecto-moral, assim proporcionando o progresso futuro da Humanidade.

No seu presente, movimentam-se os pés do futuro, que será marcado pelas suas edificações de hoje, quando voltarão como consequências inevitáveis.

Todo esforço, portanto, os adultos devem fazer, na orientação das mentes juvenis, demonstrando a eles, através dos atos, a excelência do comportamento saudável e os gravames  após os compromissos inferiores.

Adotando-se as diretrizes da vida eterna preconizadas por Jesus e revividas pelo apóstolo Paulo, será fácil construir-se uma sociedade feliz e confiante, vencendo-se os impulsos primitivos, superando-se as dificuldades vigentes e experimentando-se alegria de viver sem usar os falsos recursos do prazer mentiroso.

Aquele que não desencarnar antes, sendo jovem hoje, seguirá pelos caminhos da senectude com as marcas do comportamento, que o farão desditoso ou pleno conforme se tenha conduzido.

Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 14/04/2017

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