GRAVITANDO
EM TORNO DE DEUS
RESPEITO À JUVENTUDE
Em uma carta comovedora,
o apóstolo Paulo dirigiu-se a um jovem a
quem amava como a um filho, recomendando-lhe, conforme Timóteo I, capítulo
quatro, versículo 12: Ninguém despreza a tua mocidade mas torna-te
o exemplo dos fies na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza...
Orientação paternal, que
ainda ecoa nos dias de hoje como melhor
conduta para as novas gerações.
Quando parece haver uma
conspiração orquestrada pela mídia perversa, para orientar o jovem na direção
da desagregação da personalidade, pelo consumo de drogas alucinantes, do sexo
sem dignidade, do álcool e do tabaco, em fuga espetacular da realidade para a
loucura, a mensagem de Paulo precisa ser
aplicada com urgência pelos pais e educadores nas mentes jovens.
Sem discernimento,
ainda vivendo as fantasias que lhes são oferecidas, os moços tem sede de
prazer, estimulados pelo desenvolvimento da libido em pleno despertar, não tendo
maturidade para solucionar o que deve do que não pode fazer, ou o que pode mas
não deve realizar, são arrebatados pelas atrações falaciosas, comprometendo o
organismo nos passageiros gozos de que logo mais se arrependerão.
Embora se apresente
como de demorado curso, o gozo que se renova através de sensações diversas,
cada uma mais perturbadora, não vai além do tempo da consumpção das energias,
da vitalidade e das forças juvenis...
Surgem logo o cansaço,
o enfado, a insatisfação, que buscam soluções em novos experimentos enganosos que
se multiplicam nos ambientes de perversão dos sentimentos.
Enfermidades variadas,
transtornos de conduta, desequilíbrios mentais, dependências trágicas das substancias
viciosas consomem a alegria e a esperança de viver, mergulhando-os em abismos
de loucura e de sofrimento.
Envelhecidos
prematuramente, apelam para receitas mágicas que lhes permitam continuar na
insânia, mais se comprometendo e sucumbindo, por fim, em tragédias ocultas ou
bombásticas, conforme o nível socioeconômico em que se encontram.
É
lamentável a aplicação das forças juvenis nos encantamentos perigosos
da atualidade cheia de sonhos fantásticos e de realidade dolorosa.
Dando espaços aos
instintos primitivos e não domados, permitem que se exteriorizem a
agressividade e a violência, o desrespeito a todos os valores ético morais, a
volúpia da anarquia e da desintegração das leis que equilibram a sociedade,
transformando a Terra num palco de loucura onde desfilam os poderosos que
zombam dos fracos que os sustentam, abrindo brechas para as reações do ódio, da
infâmia e da vingança...
A
educação das novas gerações é de emergência, desde que os
pais comprometam-se a dignificar a prole, renunciando às frustrações que os
levam a competir com os filhos nas conquistas do sexo, da projeção social doentia, dos quinze minutos sob os holofotes, como
ironicamente se referem os multiplicadores
de opiniões...
Se é deplorável o
desconcerto no adulto, muito mais é, naqueles que ainda não vivenciaram a
experiência carnal, sem oportunidade de amealhar os valores que os
consagrariam, permitindo-lhe a felicidade.
Os pais e educadores
têm em geral muitas responsabilidades, com as exceções compreensíveis, na desagregação
da juventude.
Vivendo conduta
materialista, embora alguns se vinculem às denominações religiosas, sem qualquer
tipo de religiosidade, a sua também é a meta do engodo pelo prazer a que se
atiram famintos e ansiosos.
Se tivessem conquistado
uma estrutura moral fortalecida pela fé espiritual, que lhes insculpisse a certeza
da sobrevivência do Espírito à consumpção da matéria, seria, sem dúvida, outra a
sua conduta, a sua proposta educacional.
Desejando a Terra, sob
o disfarce do Reino dos Céus, muitos segmentos religiosos enganam os imprudentes,
acenando-lhes a plenitude do Espírito a peso de moedas que lhes fornecerão o
poder ambicionado no mundo.
Ei-los, aos bandos, nas
pequenas e nas grandes cidades, refazendo tribos, ou formando grupos que se juntam
por afinidade pessoais, agressivos e infelizes, ostentando, a máscara do
disfarce da alegria.
Confusos e inquietos,
inspiram compaixão e solidariedade, tornando-se de difícil acesso, porque já
apresentam sinais de transtornos psicológicos, desvios de equilíbrio mental,
problemas fisiológicos e desconhecimento ético a respeito dos deveres.
Alguns, cômodos e
preguiçosos, evitam o trabalho, exigindo
dos pais maiores aflições, mantem-se
durante o dia diante da televisão ou do computador, para logo depois, quando chega
a noite, procurarem refúgio nos guetos, onde se perturbam, sob música
ensurdecedora, que os impede de pensar, sendo-lhes permitido fazer tudo, desde
que lhes paguem antecipadamente...
O deus dinheiro tudo proporciona, tudo facilita, não importa os meios
pelos quais seja adquirido, porque sem moral nem dignidade.
Como consequência,
aumenta o número dos traficantes de drogas - usuários aflitos que precisam delas
a qualquer preço -, dos proxenetas doentes – que exploram jovens masculinos e
femininos levianos, que lhes caem nas armadilhas bem construídas -, dos ídolos
sexuais que são substituídos a cada momento - dependendo da revista ou da
emissora de televisão que os escolheu -, num consumismo enlouquecedor, sem
tempo para uma atitude sensata ou refletida.
Sai-se de uma para
outra festa alucinante, não se dando oportunidade de refazimento de forças, enquanto
os endinheirados desperdiçam fortunas em exibições doentias da sua
extravagancia, humilhando mais ainda os miseráveis que os olham com mágoa sem
disfarce e ódio mal contido...
Os sequestros aumentam
terrivelmente, para conseguir dinheiro com facilidade, apesar dos riscos,
enquanto autoridades comprometidas com o crime e sem as credenciais moralizadoras que deveriam ter,
assistem a tudo presunçosos, sugerindo soluções que nunca concretizam.
Essa
é uma análise realista e não pessimista, do que ocorre em relação aos jovens que
a vida lhes emprestou – aos pais e aos educadores – e que não
tem tido interesse ou consciência de dever em conduzir com segurança e nobreza.
Lembremos
a lição paternal de Paulo ao filho espiritual Timóteo,
para que, preservando a mocidade com comportamento morigerado, as boas leituras
e as nobres ações, viva o Evangelho com
integridade e decisão, para que mereça a sua eleição para o Bem.
No jovem estão depositados
tesouros inexplorados que devem ser aplicados em benefício do seu
desenvolvimento intelecto-moral, assim proporcionando o progresso futuro da
Humanidade.
No seu presente,
movimentam-se os pés do futuro, que será marcado pelas suas edificações de
hoje, quando voltarão como consequências inevitáveis.
Todo esforço, portanto,
os adultos devem fazer, na orientação das mentes juvenis, demonstrando a eles,
através dos atos, a excelência do comportamento saudável e os gravames após os compromissos inferiores.
Adotando-se
as diretrizes da vida eterna preconizadas por Jesus e revividas pelo apóstolo
Paulo, será fácil construir-se uma sociedade feliz e
confiante, vencendo-se os impulsos
primitivos, superando-se as
dificuldades vigentes e experimentando-se
alegria de viver sem usar os falsos recursos do prazer mentiroso.
Aquele
que não desencarnar antes, sendo jovem hoje, seguirá pelos caminhos da
senectude com as marcas do comportamento, que o farão desditoso ou pleno
conforme se tenha conduzido.
Texto de Joanna de
Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento,
trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 14/04/2017
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