segunda-feira, 17 de abril de 2017

GRAVITANDO EM TORNO DE DEUS

A NOBRE SINFONIA DO SERVIÇO

A vida, em todos os seus aspectos, é um hino de louvor sinfônico à Divindade.

Para onde quer que olhe ou dirija o pensamento, surge, fascinante, a  obra de amor do Pai para o engrandecimento das Suas criaturas.

Desde as  movimentações das galáxias até as micropartículas atraídas pelo núcleo, em incessante movimentação, percebe-se a sabedoria do Criador que se transformou no Excelso Servidor.

Referindo-se-Lhe à grandeza transcendente, Jesus glorificou-O no trabalho, confirmando que Ele prosseguia em ação, assim como fazia o Filho.

Servir, é honra que a evolução intelecto-moral no ser humano encontra para crescer ao ritmo da harmonia cósmica.

Tudo serve sem cessar, contribuindo para o equilíbrio universal.

Uma parada no serviço se estabeleceria o caos em toda a parte.

É da ordem do Universo o movimento que equilibra tudo; não há lugar para a estagnação.

Por serviço entendemos todo e qualquer esforço edificante que preserve a ordem, que resguarde a vida, que perpetue o desenvolvimento ao  infinito...

Quando o ser humano se recusa ao serviço, vegeta, não tendo aprendido a viver, o que significa estacionamento.

A troca de experiências em serviço fraternal traz o crescimento espiritual, a iluminação interior.

Todos crescem para o Absoluto, ampliando a capacidade de compreender e de agir, para superar os limites momentâneos em que se agita.

Quanto mais a inteligência estuda a obra de Deus, mais se entusiasma com a Lei Moral, que nela se encontra em  sincronia com as suas  modulações.

A própria Natureza, renovando-se, sem cessar, e repetindo-se, eloquente, é uma canção vibrante de serviço ininterrupto.

Morre uma forma para ressurgir noutra. Transforma-se uma aparência, abrindo espaço para nova maneira de expressar a vida. Tudo se agita e se enriquece sob a batuta divina do cósmico Regente sinfônico.

O vento que altera a face do orbe, que rasga as rochas e levanta as dunas, é o mesmo agente que conduz o pólen delicado da flor, fecundando outra para a continuação do milagre da reprodução.

A água cantante que corre e escava o leito do rio, absorvida pelo calor do Sol, retorna em chuva abençoada que vivifica o solo crestado e atende a sede em todo lugar.

A tempestade que devasta, revitaliza o ambiente que vergastou, trazendo-lhe nova beleza e majestade.

Os fenômenos sísmicos assustadores, que assustam as pessoas em toda parte, servem de instrumento para o aprimoramento do planeta em transformação para mundo moral mais elevado.

O serviço de engrandecimento, está sempre propiciando vida e perfeição.

O silencio absoluto e estacionamento prolongado decorrem da pobreza de percepção dos sentidos físicos.

Nunca te negues ao serviço, justificando-te como sem recursos hábeis que possas utilizar em teu favor.

A formiga diligente e aparentemente desequipada é exemplo raro de previdência e de serviço constante.

A abelha laboriosa e quase insignificante, em organização social aprimorada, trabalha sem cansaço a serviço da colmeia.

O cupim esfaimado e quase desprezível é servidor da vida na sua função específica e infindável.

O mínimo que possuas, põe a disposição  da vida, e poderá resultarem muito para quem nada dispõe.

És detentor de importantes recursos que desconsideras, porque ainda não te resolveste pela produção do bem em tua vida.

Utiliza-os, e vê-los-ás multiplicar-se em tesouro de alto significado que  te levará ao deslumbramento e ao júbilo.

Não enumeres dificuldades, nem compares as tuas possibilidades com as de outro, que consideras melhor aquinhoado do que tu. desconheces os conflitos que ele tem, as lutas internas que trava, as ambições que acalenta...

Na engenhosa engrenagem da vida, todos são importantes e os suas contribuições são imprescindíveis para o equilíbrio geral.

Vê a máquina grandiosa fixada por parafusos modestos que lhe dão segurança.

Olha a represa imensa e poderosa, estruturada em pedras, cimento e ferrugem bem trabalhados.

Contempla o diamante bruto e te decepcionarás com a sua aparência grosseira, que a lapidação retira, para  que reflita o raio de luz.

No reino humano, assim como nos demais, todas as criaturas são interdependentes.

Pensa em torno da cadeia alimentar na Natureza até o estágio de Humanidade e ficarás fascinado com a sabedoria que a rege, às vezes em aspectos chocantes, mas obedecendo a um programa sublime, ininterrupto...

Sábia diretriz produz em abundancia  proporcionando equilíbrio, ecológico quanto cósmico.

Não interrompas essa sucessão de acontecimentos, quando chamado ao serviço, agarrando-se a falsos conceitos vindos da ociosidade dourada e do pessimismo perturbador. Renasceste no mundo para amar e servir, e não  como um peso morto na economia moral e emocional da sociedade.

O parasita humano é explorador do esforço alheio.
Permitindo-se o repouso sem limite,  exigindo dos outros trabalho redobrado.

Cresce, em ação, movimentando os abençoados dons da vida que dorme em latência no teu mundo íntimo, e avança, jovial e alegre, participando da sinfonia gloriosa do serviço em homenagem à vida.

Ninguém que pense e reflita tem direito de explorar o seu próximo, vivendo-lhe às custas, anulando a própria capacidade existencial.

A inteligência de que és portador revela-se em mitos aspectos, contribuindo para o teu ajustamento no conserto universal.

Integra-te, pois, na gloriosa sinfonia do serviço, contribuindo, pelo, menos, com os sentimentos de amor, de compaixão, de misericórdia, caso ainda não tragas os da abnegação e da renuncia coroados pela santa caridade.

Na discrição da tua conduta ou diante dos holofotes da mídia devoradora, serve com naturalidade, alegrando-te por participares da orquestração regida pelo Criador.
Texto de Joanna de Ângelis, psicografado por Divaldo Franco, no livro, Libertação do Sofrimento, trabalhado por Adáuria Azevedo Farias. 17/04/2017



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